Já havia alguns anos que
Deus prometera ao velho Abraão um filho, e através deste uma grande nação;
depois de uma angustiante espera, erros e acertos, Sara finalmente deu a luz ao
filho da promessa. Então, Deus coloca a fé e a devoção de Abraão em xeque:
ordena a Abraão que leve seu filho ao monte e o sacrifique em holocausto. Foi
um pedido estarrecedor, uma instrução capaz de sucumbir e abalar a mais
fervorosa fé e colocar qualquer mortal de joelhos e boca no pó. Contudo, de
alguma maneira (certamente vinda do próprio Deus) Abraão conseguiu reunir força
e coragem para obedecer, confiando no poder de Deus para ressuscitar seu filho
(ver Hebreus 11.17-19). Mas, quando Abraão está prestes a executar a ordem, o
Anjo do Senhor o chama e diz: “Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe
faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho,
o teu único filho” (Gênesis 22.12).
Este fato ilustra a
salvação que Deus proveria a humanidade através de Jesus Cristo, as semelhanças
são óbvias: Isaque era o único filho legítimo de Abraão, Jesus o unigênito
Filho de Deus, Abraão amou a Deus com tamanha intensidade que se dispôs a
sacrificar seu bem maior; Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu
Filho em sacrifício pela salvação da humanidade. Isaque não se opôs à atitude
de seu pai, Cristo não resistiu a vontade do Pai, Isaque carregou a lenha que
seria usada no sacrifício, Cristo carregou sua cruz até o Gólgota. Deus já
havia providenciado um carneiro para si, em substituição a Isaque e Abraão
oferece o carneiro em holocausto (Gênesis 22.13); Deus fez o mesmo por nós,
providenciou um Cordeiro e através de sua morte na cruz, nos substituiu e
redimiu, nos reconciliando com o Pai; morreu para que pudéssemos viver. O mais
valioso “único Filho”, foi exatamente o preço do nosso resgate.
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