segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Néctar do coração


Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor.
                                  Cânticos 4.16

Dentre as especiarias citadas neste capítulo de Cânticos, se observarmos veremos que algumas são bem sugestivas. O aloés é uma especiaria amarga; remete-nos à doçura que deixa ao paladar após degustar algo de sabor amargo, exótico, o nosso doce de laranja cidra por exemplo...
A mirra por sua vez, de tão aromática e alto poder de conservação, era utilizada para preparar e embalsamar os mortos; refere-se a falência dos sentimentos negativos e danosos ao nosso coração, aqueles que exalam fortes odores de tão ruins que são: orgulho, arrogância, vaidade, mentira, murmuração, ciume, inveja, blasfêmias, pecados de toda sorte que somos especialistas em produzir...
Por outro lado, há sempre um encanto estampado, escancarado e inexplicável que circunda em torno de alguns cristãos, parece que a atmosfera ao redor deles exala santidade, simplesmente porque trazem  no semblante as profundas marcas da disciplina, e o espírito dócil da obediência, são as marcas indeléveis da cruz; a pura evidencia da completa extinção do voluntarismo, arrogância, presunção, orgulho, do superego inflado que agora prostra-se aos pés do SENHOR, descobre que este é o melhor lugar para se estar... É a beleza celeste adquirida através de um espírito quebrantado e um coração devoto e contrito, é como a música produzida com notas que brotam de uma tonalidade menor, como arranjos e harmonia celestes.
Ah! E o incenso... com a fragrância que desprende-se ao ser aquecido pelo fogo – como um pó que enquanto arde, exala e inebria em nuvens aromáticas de pura doçura do centro das chamas. Fala-nos do coração cuja pureza, muitas vezes tem-se lapidado, moído, triturado, aprimorado e desprendido através das ardentes chamas da aflição, até que o vazio da alma é totalmente preenchido pelas nuvens da adoração, intimidade, louvor, busca, entrega, oração...
É bastante oportuno examinarmos o nosso interior, e observarmos se o nosso coração produz e derrama o néctar, os unguentos, as especiarias, os perfumes e aromas suaves ou jorramos apenas  o amargor do fel?

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno" (Salmos 139.23,24).

Palavra para o seu coração

Vocês que escaparam da espada, saiam! Não permaneçam! Lembrem-se do Senhor numa terra distante, e pensem em Jerusalém.

                                   Jeremias 51.50


Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.


                                   Marcos 8.38

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Ele se compadece de nós

Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes.

                                    Mateus 14.14

Quando Mateus afirma que Jesus expressou compaixão pela multidão, não se referiu a uma piedade superficial, momentânea, tipo a expressão verbalizada: “Oh, dó! Vou orar por eles”... que é nítido, claro e evidente se tratar apenas de um sentimento circunstancial.
Não, a tradução aqui refere-se a algo mais profundo e complexo; Mateus deixa claro e evidente que o SENHOR sentiu a dor deles dentro de Si mesmo, condoeu-Se, absorveu para Si o sofrimento da multidão.
Ele sentiu a frustração no manquejar do paralítico, a agonia do cego que tateava em trevas, a dor da fome e da miséria dos que mendigavam em busca do pão, foi tocado pelo preconceito e isolamento imposto ao leproso, percebeu o constrangimento e a vergonha dos que cometiam pecados, a dor dos enfermos doeu Nele também... E justamente por sentir as dores dos presentes, e colocar-Se no lugar deles, não pode apenas contemplar, foi movido a cura-los.
Pena - se diferencia de compaixão, o coração compadecido sente a dor, tristeza, angustia e a necessidade do próximo – era exatamente assim que o Mestre sentia-Se diante de todos a quem curou libertou e transformou.
"Ao ver as multidões, teve grande compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor" (Mateus 9.36).

"Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: Quero. Seja purificado! Imediatamente a lepra o deixou, e ele foi purificado" (Marcos 1.41,42).

Palavra para o seu coração

Não planeje o mal contra o seu próximo, que confiantemente mora perto de você.

                                   Provérbios 3.29


Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

                                   1 Coríntios 13.5

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Nosso lar não é aqui


Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.

                                         João 15.19

Todos nós de uma maneira ou outra já experimentamos a sensação de não pertencer ou não fazer parte do cenário onde estamos.
É uma casa diferente da nossa, as vezes na época de estudo fora, uma republica, uma pensão, servindo o exército num quartel, num treinamento hospedado em um quarto de hotel, em turismo acomodado em albergue ou alguma pousada em beira de estrada... Sem dúvida alguma, em todos esses lugares há sempre algum conforto, cama quentinha, macia e aconchegante, mesa farta suprida de guloseimas e variadas iguarias, banheira com sais relaxantes, diversas opções de entretenimentos, esportes e lazer... Mas, por mais suntuosa, calorosa que seja a pomposa acolhida e sejamos recebidos e acomodados, em nada se compara com a “Casa do Pai”, onde vive e assiste a Presença do nosso Pai.
Sim, quantas vezes nos sentimos deslocados, desconfortáveis aqui na terra, mesmo rodeados de amigos e dos nossos queridos, parece que não nos encontramos... Aliás, há ocasiões e situações e até mesmo pessoas que nos fazem sentir completamente fora do contexto, indesejáveis e inadequados.
Além das circunstancias amargas e episódios trágicos, que nos entristecem e deixa um sabor amargo de urgência em querer apressar o regresso à casa do Pai.
Verdade é que nem sempre nos sentimos tranquilos, acolhidos e confortáveis por aqui – e nem poderíamos, esse não é o nosso lar, estamos muito distantes da nossa Pátria, somos forasteiros, caminhantes... É natural que nos sintamos deslocados, tudo o que temos e usamos aqui é fugaz e transitório, o nosso corpo se degenera a cada dia, o idioma falado aqui diverge do nosso, a casa que habitamos se deteriora, o carro que dirigimos se desgasta... Não importa onde estejamos, estamos de passagem, o mundo que habitamos não é o nosso lar, nem a casa do nosso Pai – só encontraremos estabilidade e paz no céu com o SENHOR, ali sim é o nosso lar, ao lado Dele.
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou" (João 17.14).
"Voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver" (João 14.3).

"Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória", (João 17.24).

Palavra para o seu coração

Eles me atacaram no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.

                                        2 Samuel 22.19


Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja fortalecido pela graça, e não por alimentos cerimoniais, os quais não têm valor para aqueles que os comem.


                                        Hebreus 13.9

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O preço do silencio


Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.

                                       Isaías 53.7

Quanta graça é necessário para digerir e administrar bem um mal-entendido? Quanto precisamos para receber suavemente, em perfeito equilíbrio emocional um insulto, uma injustiça ou mal julgamento?
Nada expõe melhor o nosso verdadeiro caráter como quando alguma palavra negativa é proferida contra nós – esta é a prova que logo revela se somos feno, madeira, prata ou ouro maciço.
"O crisol é para a prata e o forno é para o ouro, mas o Senhor prova o coração" (Provérbios 17.3).
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4.23).
AH!...Se tivéssemos maturidade o suficiente para avaliarmos a grandeza oculta nas bênçãos advindas das tribulações superadas, faríamos exatamente como Davi, quando amaldiçoado por Simei:
"Deixem-no em paz! Que amaldiçoe,... Talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo. Assim, Davi e os seus soldados prosseguiram pela estrada, enquanto Simei ia pela encosta do monte, no lado oposto, amaldiçoando, jogando pedras e terra" (2 Samuel 16.11-13).
Uma grande parte de nós, vive no limite, basta um insulto, para deixarmos de lado o labor do trabalho por mais edificante que seja e partirmos no encalço, em franca perseguição aos nossos ofensores, e nem percebemos que fazemos de nossa vida uma roda-viva de insignificantes redemoinhos sem nenhum valor. É como atirar pedras mirando a lua, como correr atrás do vento ou mesmo mexer num vespeiro, podemos até dispersá-las tirando-lhes a paz, mas certamente seremos mais afetados e nada obteremos para compensar a dor e o tempo perdido, a não ser o mel... Tem alguns de nós que perde o sono se não tiverem a última palavra numa discussão...
Ao invés disso, que estejamos abertos para recebermos de Deus mais, bem mais do caráter Daquele que é o nosso exemplo, Mestre e SENHOR.
"Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo" (Hebreus 12.3).

"Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça" (1 Pedro 2.23).

Palavra para o seu coração

Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza.

                                   Provérbios 11.24

Pelo contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.


                                   2 Coríntios 6.4,10

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Expressão de amor


Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

                                         João 3.16


Eram três figuras humanas suspensas em suas cruzes... agonizantes, arfavam em sofreguidão buscando o ar, braços estendidos quase deslocados, fixados pelos pregos que impiedosamente rasgavam as suas mãos, no retorcido e rústico tronco de madeira bruta, um enorme prego trespassava os pés acima dos artelhos, dilacerando os músculos, nervos e carne. Um deles trazia uma coroa de espinhos sobre a cabeça, suor e sangue se misturavam e escorriam livremente por seu rosto sofrido, contraído pela intensa dor... Cabeças pendidas... Seus gemidos eram abafados pelo burburinho dos curiosos que ainda permaneciam e assistiam ao espetáculo, ridicularizando-os, dirigindo-lhes impropérios, deboches, insultos de todos os níveis. Qual seria os danos ou prejuízos que ocasionaram à sociedade para colherem tamanha hostilidade, e merecerem penalidade tão severa e brutal?!
Os soldados que concluíam o turno satisfeitos pelo dever cumprido, acomodavam-se buscando espaço entre os presentes, numa posição privilegiada bem diante dos três.
As mulheres inconsoladas, mas discretas; mantinham uma certa distancia ao pé da colina, choravam e lamentavam a irreparável perda.
Todo o céu arregimentado, anjos, arcanjos, serafins e querubins em prontidão para ao som do comando iniciar a batalha – toda a natureza permanece em alerta para facilitar o combate – a eternidade inteira se dispôs; silencio total... A ordem não veio – O Criador se calou – aliás afirmou: “Assim deve ser”! Decretou Ele, antes de ausentar-Se da cena.
Um anjo mais corajoso e intrépido, ousa retrucar: “Mamass, e se ao invés de... O Criador o interrompe com firmeza, mas suave brandura: “Dessa forma não seria amor”!
E assim, a cruz tornou-se praticamente um símbolo universal que dispensa qualquer explicação; mas complicado mesmo é transmitir, traduzir e explicar a dimensão, extensão: altura, largura, cumprimento, profundidade do amor capaz levar Jesus, o Filho do Deus Altíssimo até essa cruz por cada um de nós, meros pecadores.

"Oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3.17-19).

Palavra para o seu coração

Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.

                                     João 8.12


Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.


                                     João 14.6

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A resignação na espera


Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência... os que esperam no Senhor receberão a terra por herança.

                                  Salmos 37.7,9

Quantos de nós oramos e demoradamente esperamos no SENHOR, sem obtermos qualquer sinal de resposta?!
E como o servo de Elias, nos cansamos de ver que tudo permanece inalterado, na mesmice de sempre e nossas forças se esvaem, querem fraquejar, teimam em desistir e nos abandonar – é bem possível que estejamos aguardando de forma incorreta – na hora e no local errados – necessitamos estar no lugar ideal, onde as bênçãos do SENHOR nos alcançarão.
"Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente" (Romanos 8.25).
Precisamos entender que a paciência afasta toda a ansiedade, todo o pranto, o temor e a insegurança... Por que nos entristecermos e desanimarmos? Se Ele disse que viria, a Sua Palavra é igual a Sua própria presença – só Ele conhece nossa necessidade melhor do que nos mesmos, sabe a resistência que colocou em cada fibra que teceu em nós – Ele tem um propósito para tudo e certamente essa espera promove a maturidade em nós e glória e reconhecimento ao Seu Nome. 
A paciência nos faz ver o quanto somos pequeninos e dependentes, afasta as nossas obras, pois o que Ele deseja de nós é apenas que creiamos - "A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou" (João 6.29).
Quando depositamos Nele a nossa confiança, sabemos que Ele está no controle e que tudo está bem, podemos Nele descansar. 
A paciência afasta o querer imperioso, voluntarioso - Sim, porque muitas vezes desejamos a todo o custo alcançar o nosso objetivo, independentemente de ver realizado o querer e a vontade do SENHOR naquela área específica.
A paciência afasta o enfraquecimento – ao invés de entendermos a demora como motivo para desistência, saibamos que Deus tem o momento ideal para tudo, e que Ele está preparando melhor suprimento, algo maior para nós, e está usando este tempo para nos preparar para recebê-lo – Ele pode e faz mais do que pedimos, sonhamos ou imaginamos.
A paciência fortalece nossa esperança e convicção, afasta toda vacilação – pois os fundamentos do SENHOR são firmes; e quando somos providos da Sua paciência, permanecemos firmes e fortalecidos enquanto esperamos.
A paciência produz adoração, que se manifesta em louvor e exaltação, que expressa paz, contentamento e alegria na longanimidade - ..."sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz" (Colossenses 1.11,12).
E enquanto esperamos no SENHOR, que a paciência possa efetivar e concluir em nos a sua obra completa e perfeita, para que alcancemos aprovação e enriquecimento espiritual.

"E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma" (Tiago 1.4).

Palavra para o seu coração

Tu és o meu Deus; graças te darei! Ó meu Deus, eu te exaltarei!

                                 Salmos 118.28


Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele prestarás culto.


                                 Mateus 4.10

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Nas mãos do Criador


Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas.

                                   Oséias 6.1

“Eu vi o arado sulcando a terra, e meditei: - a vida é como um campo sob o olhar perspicaz do SENHOR;
- Onde irá crescer o precioso grão? – Onde, a fé e a esperança?
- Onde, o amor e a compreensão?
- No sulco aberto pelo arado da dor”...
Há ocasião em que cada um, individualmente tem seu momento na escola da adversidade, uns mais intensamente, outros de forma mais branda, leve, amena, sorrateira; porém todos igualmente estamos integrados na escola de Deus.
Os sonhadores, introspectivos e absortos nos pensamentos afirmam: -“Bendita é a noite, pois nos torna nítida as estrelas”! Porém, os mais ousados, intrépidos e já mais avançados e experimentados no aprendizado podem dizer: - “Bendito é o sofrimento, pois nos torna nítidas as consolações de Deus”!
Seu João, velho caboclo, matuto, viúvo e sem filhos, esquecido no sertão; assistia com lágrimas nos olhos as enchentes arrastar seu ranchinho com todos seus pertences e seu moinho, feito por suas próprias e calejadas mãos, tudo o que o pobre homem conseguira conquistar ao longo de sua existência... Mas enquanto buscava abrigo sob as árvores, e assistia a cena fúnebre da sua miséria, enquanto as águas cediam, escoavam e baixavam; com o coração partido pela dor da perda irreparável, desanimado e sem nenhuma esperança... De repente ele viu algo brilhando nos barrancos desnudos pelas águas violentas das enxurradas... Secando as lágrimas, assoando o nariz, aproximou-se confuso e embasbacado: - “Parece ouro”!, disse para si mesmo. E realmente era ouro. A enchente que o havia deixado pobre, era a mesma que o tornara irremediavelmente rico.
E essa cena se repete e acontece de variadas maneiras e em diferentes vidas e momentos e circunstancias, basta que estejamos atentos, alertas e que tenhamos os olhos e os sentidos abertos para percebermos o agir de Deus.
"Darei a você os tesouros das trevas, riquezas armazenadas em locais secretos, para que você saiba que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que o convoca pelo nome" (Isaías 45.3).

"Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos"! (Romanos 11.33).

Palavra para o seu coração

Contudo, os seus compatriotas dizem: O caminho do Senhor não é justo. Mas é o caminho deles que não é justo.

                                     Ezequiel 33.17


Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.


                                     1 João 1.9

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Aprimorando a cada etapa


Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?

                              João 18.11

O Criador dedica e investe considerável tempo em nós, Seu amor, zelo e cuidado por cada um é infinitamente superior e maior do que o tempo e atenção gasta pelo artista com sua obra. Isso porque Ele nos conduz pelo caminho da escola da adversidade, das circunstancias difíceis, provações amargas, à uma estatura e uma forma aprimorada, mais nobre e elevada aos Seus olhos perscrutadores.
É de extrema importância e relevância para nós, um espírito dócil e obediente, para recebermos de Suas mãos o cálice que Ele nos destina. Quando porem, nos rebelamos, rejeitamos a mirra e ocultamos nossos sentimentos destrutivos, não os apresentamos ao SENHOR para a devida cura, a consequência e os danos ocasionados a nós mesmos são irreparáveis.
Não somos capazes de dimensionar ou sondar o cuidado, desvelo, dedicação, empenho e o amor com que Deus nos prepara e oferece o cálice para sorvermos; e isto que deveríamos receber como benefício para o nosso próprio crescimento, em muitas circunstâncias negligenciamos e deixamos escapar, num deslize indiferente, relutante e indolente, e absolutamente nada extraímos dali.

E logo depois queixosos murmuramos: “Puxa!!! Deus bem que podia fazer algo por mim – estou tão vazio, tão seco, tão infrutífero e improdutivo”... Mas esquecemos de nos lembrar que o tempo urge, a fila anda, o tempo não espera - se abrirmos o coração para absorvermos positivamente as lições que o SENHOR coloca a cada dia diante de nós,  mesmo que muitas vezes dolorosas, certamente elas provocarão em nós um saldo infinitamente mais positivo do que negativo, muito mais benéfico do que se estivéssemos em todo o tempo embalados no berço esplêndido do comodismo.
"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados" (Hebreus 12.5,6,11).

Palavra para o seu coração

Tu és bondoso e perdoador, Senhor, rico em graça para com todos os que te invocam.

                                      Salmos 86.5

Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.


                                      Hebreus 4.16

sábado, 18 de fevereiro de 2017

A escalada do triunfo


Mas, quando clamaram ao Senhor, ele lhes levantou um libertador, Otoniel, filho de Quenaz, o irmão mais novo de Calebe, que os libertou. O Espírito do Senhor veio sobre ele.

                              Juízes 3.9,10

O Criador molda e prepara Seus heróis, e quando surge a necessidade, já estão prontos - os leva e coloca-os em seu devido lugar, e sem que alguém se de conta, de repente, todos se admiram dos seus feitos; indagando-se de onde saíram estes?!  
É necessário que nos entreguemos e nos rendamos ao Santo Espírito que trabalha em nos, molda-nos e nos prepara através dos corretivos e disciplinas que surgem; e na fase conclusiva, o granito já lapidado, o mármore no retoque final; será o momento exato do SENHOR colocar-nos no alto do pódio, no pedestal e ajustar-nos a cada um em nosso devido nicho.
Aproxima-se o dia em que, se permanecermos fieis, assim como Otoniel, também julgaremos as nações e governadores e reinaremos com o nosso SENHOR Jesus na terra, no milênio. A obra, a edificação que está se realizando em cada um de nós, necessita estar concluída até a chegada do glorioso dia – é necessário que assim como fez Otoniel e todos os outros que se destacaram, sejamos obedientes, humildes e submissos entre as aflições, dores, conquistas e pequeninas vitórias da presente e fugaz vida, cuja importância e significado, talvez nem imaginemos. 
Porem estejamos certos disto, quando o Espírito Santo tiver preparado e pronto um Otoniel, José, Davi ou Daniel, o SENHOR de todos terá um lugar no pódio já preparado e reservado para ele. A coroa vem sempre após a cruz.
Ao longo da nossa jornada há altos e baixos, montes, vales e desertos para atravessarmos, há tempo definido para tudo – todos temos  que atravessar o túnel da tribulação antes de galgarmos a estrada elevada do triunfo.
"Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta,

tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé" (Hebreus 12.1,2).

Palavra para o seu coração

Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: Arranque-se e plante-se no mar, e ela lhes obedecerá.

                                Lucas 17.6


Jesus respondeu: Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja. E naquele mesmo instante a sua filha foi curada.


                                Mateus 15.28

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Oração Eficaz


Então Jacó orou: Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, ó Senhor que me disseste: Volte para a sua terra e para os seus parentes e eu o farei prosperar; não sou digno de toda a bondade e lealdade com que trataste o teu servo. Quando atravessei o Jordão eu tinha apenas o meu cajado, mas agora possuo duas caravanas. Livra-me, rogo-te...Pois tu prometeste.

                                Gênesis 32.9-11,12

Há vários pontos positivos nessa oração, que de certo modo podemos fazer dela um padrão, para expressar quando encontrarmos atribulados pela fornalha da aflição.
Jacó menciona logo de inicio as afirmativas do SENHOR – “Disseste; Tu prometeste” (vs 9,12). Dessa maneira ele já conseguiu despertar, chamar a atenção de Deus para si; pois através de Suas promessas, Ele Se coloca acessível a nós – o próprio Herodes foi muito zeloso em honrar seu juramento, imaginemos como não o será o nosso Criador?
Sempre que orarmos, devemos manter nossos olhos bem abertos sobre as promessas; elas são nossa senha, o crachá de entrada para as portas do celeiro celeste, a posse e conquista das bênçãos de Deus para nós.
É importante que sejamos específicos e definidos em nossas petições – “Que queres que te faça”? O Mestre fazia uma pergunta direta e objetiva a cada um que em aflição e sofrimento chegava-se a Ele. Então, podemos concluir que se quisermos obter respostas diretas, bem definidas e objetivas, apresentemos nossas solicitações de forma clara, em o Nome do SENHOR Jesus podemos ousar diante de Deus.
Aliás, podemos sem receio de erro, afirmar que seremos bem sucedidos em todos os aspectos da nossa existência, na mesma proporção em que valorizamos e aplicamos para nós mesmos, a Palavra de Deus, tomando-a como verdade absoluta e realidade incontestável cada Palavra e revelação, sem alterar ou substituir pelos nossos próprios valores. Temos muitos pontos favoráveis, podemos lançar mão da Palavra de Deus, Suas ricas promessas nela contida; o Nome do SENHOR Jesus, que está acima de todos os nomes; o Seu sacrifício a nós creditado – e certamente nenhuma petição nos será negada.
"E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei"
(João 14.13,14).

"Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa" (João 16.23,24).

Palavra para o seu coração

Durante o dia o Senhor ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite.

                                          Êxodo 13.21


Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma.


                                           1 João 1.5

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A gratidão e o louvor


Jesus olhou para cima e disse: Pai, eu te agradeço porque me ouviste.

                                  João 11.41

Nesta passagem observamos que Lázaro ainda encontra-se no túmulo, e a ação de graças precede o milagre da ressurreição. Sempre imaginamos que o sentimento de gratidão e o reconhecimento, deveriam vir após o recebimento da graça, do milagre ou benção, nesse caso, após Lázaro ter sido restituído à vida. Mas o Mestre Jesus dá graças pelo que está prestes a receber e realizar; a gratidão sai antes da chegada da dádiva, na convicção de que ela está a caminho.
Sim, o cântico da vitória é cantado antes de ser travado o combate – é o semeador já entoando o cântico da colheita – é a gratidão e ação de graças precedendo o milagre certo.
Só loucos, desequilibrados, quem crê no improvável ou tem uma fé inabalável, pensa em entoar um salmos de vitória quando os combatentes estão saindo para a peleja – onde mais podemos ouvir hinos de ação de graças por dádivas ainda não recebidas?
Entretanto, não há estranheza nem desequilíbrio na ordem de ações adotadas pelo SENHOR Jesus – a atitude de ação de graças e de louvor antecipado é vital para a efetivação dos milagres – pois só adotamos essa postura, quando cremos verdadeiramente e estamos convictos do recebimento. Mesmo porque, os milagres são operados pelo poder espiritual, e este é proporcional à fé que emitimos.
A gratidão e o louvor agradam a Deus, são benéficos e gratificantes ao servo que ora, é como um bálsamo, um curativo e um refrigério para a alma. Mesmo em meio as tribulações, dores, decepções, provas, adversidades e lutas, quando as trevas se tornam mais densas e faltam forças e palavras para orar – “experimente louvar” – o louvor liberta, enxuga as lagrimas, dissipam as trevas e aplaca a dor...
"Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo" (Salmo 92.1).

Palavra para o seu coração

Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene!

                                        Amós 5.24


E aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor.


                                        Efésios 5.10

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Perseverança na carreira


Corramos com perseverança a corrida que nos é proposta,

                                  Hebreus 12.1

A nossa carreira espiritual ou corrida cristã não é um trotar lento, cadenciado, não; pelo contrário, é uma prova de resistência, exigente, extenuante, cansativa e por vezes até agonizante, nosso Mestre e SENHOR Jesus que o diga.
É necessário, dedicação, coragem, abnegação, tremendo esforço para finalizarmos e concluirmos bem, inteiros. Nem todos nós conseguimos cruzar a reta final, uns arrastam vacilantes e exaustos margeando a trilha, outros sucumbem e desabam próximos a finalizar... Todos eles rotineiramente costumavam correr a todo o pulmão, e por um bom tempo conseguiram manter o ritmo, mas bateu o cansaço e começaram a trotar e logo depois, a caminhar e por fim, sem o devido preparo para tamanho desafio, fatalmente desistiram; não avaliaram que a carreira exigisse tanto de si.
Mas é interessante observarmos que o maior e melhor trabalho do ministério de Jesus foi o Seu último e os seus passos mais fortes  e mais exigentes foram os derradeiros – Ele é o nosso melhor exemplo de resistência em suportar – poderia a qualquer momento ter dado de mão, “dane-se, eles que encontrem outro salvador, bando de mal educados e mal agradecidos”; ter simplesmente desistido da corrida e da carreira – “quer saber? Estou fora”! – mas perseverou em Sua marcha, resgatou e honrou a Sua noiva amada.
Portanto, todas as vezes que a corrida tornar-se difícil, e estivermos prestes a desabar, os passos já trôpegos pelo cansaço extenuante, pensemos em como o SENHOR e Rei Jesus, carregou a nossa cruz, suportou as feridas, cusparadas, açoites, coroa de espinhos, chacotas, bofetadas no rosto, sede, pregos nos pés e nas mãos, sem reclamar, sem merecer, sem nada dever – e nós reclamamos, murmuramos e nos esgotamos por tão pouco...
"Se você correu com homens e eles o cansaram, como poderá competir com cavalos? Se você tropeça em terreno seguro, o que fará nos matagais junto ao Jordão"? (Jeremias 12.5).

"O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra. Ele não se cansa nem fica exausto, sua sabedoria é insondável. Ele fortalece ao cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam" (Isaías 40.28-31).

Palavra para o seu coração

"Ah, Senhor", Gideão respondeu, "se o Senhor está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam quando dizem: Não foi o Senhor que nos tirou do Egito? Mas agora o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos de Midiã".

                                          Juízes 6.13


Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.


                                          Efésios 5.17

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Segundo Tuas promessas


Agora, Senhor,... Faze conforme prometeste, para que tudo se confirme, para que o teu nome seja engrandecido para sempre.

                       1 Crônicas 17.23,24

Este é um aspecto fundamentalmente imprescindível a ser considerado em nossas orações, e que a maioria das vezes ignoramos completamente. No afã de ter os nossos desejos realizados, nossas petições efetivadas e orações atendidas, simplesmente deixamos de levar em conta as promessas e o querer de Deus para nós – acabamos por pedir coisas que não estão absolutamente prometidas.
É necessário, portanto, perseverarmos por um tempo, para termos convicção e certeza de que as nossas solicitações estão dentro dos propósitos do SENHOR para nós.
Porém, há ocasiões em que estamos totalmente cientes e persuadidos de que as nossas reivindicações estão abalizadas, concernentes com os propósitos, planos e a vontade de Deus para nós. E é exatamente quando somos levados a segurar uma promessa das Escrituras e reivindicá-la, como fez Davi, na expectativa de que ela contem uma mensagem exclusivamente para nós. Em tais situações, apoiados em toda a fé que conseguimos reunir; confiantes como os antigos patriarcas e grandes seguidores; intrépidos ousamos dizer: "Tu, SENHOR, disseste"!
A bem da verdade, nada melhor ou mais seguro do que descobrir uma promessa da Palavra de Deus e nos apropriar dela – sem angústia, ansiedade, sofrimento, luta ou combate; simplesmente apresentamos a promessa e reivindicamos o seu cumprimento; completamente certos quanto ao resultado. Sem dúvida teríamos maior interesse e confirmação em nossas orações se fossemos mais objetivos e definidos em nossas petições – é bem mais fácil clamar especificamente por uma bênção do que orar vagamente por várias.
Todas e cada uma das promessas da Palavra é um documento escritural de Deus, que pode ser apresentado diante Dele com esta simples e lógica solicitação: "Cumpre, SENHOR, conforme falaste"! Jamais, em hipótese alguma o Criador decepciona ou trai a confiança dos que Nele confia; o Pai Celestial não falta com a Palavra empenhada para com o Seu Filho.
"Lembra-te da Palavra dita a teu servo e na qual me fizeste esperar", eis o clamor que prevalece. É um argumento duplo: é a Tua Palavra. Não a cumprirás? Por que falaste, se não a vais fazer valer? Tu me fizeste esperar nela, irás fazer desapontar a esperança que Tu mesmo geraste em mim? (C. H. Spurgeon).
"Estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido" (Romanos 4.21).
É a imensurável grandeza, misericórdia, a eterna fidelidade de Deus que torna preciosa as Suas promessas – em contra partida as promessas humanas é cada dia menos confiável, insignificantes e de menor valor – são muitas e grandes as decepções, corações partidos por conta de promessas quebradas, não honradas e nem cumpridas. Mas, desde a criação Deus jamais quebrou uma só das Promessas feita a qualquer de Seus pequeninos filhos.
Portanto, é triste e até intrigante vermos cristãos titubearem à porta da promessa, em plena noite escura de aflição, temerosos e com receio de adentrarem, quando na verdade, deveriam ali chegar com confiança e alegria e buscar abrigo, descanso e guarida como um filho na casa do Pai.
Concluímos e aprendemos que cada promessa é sustentada e edificada sobre quatro pilares: a santidade de Deus que não Lhe permite enganar; Sua graça e bondade que não O deixa esquecer; Sua verdade e imutabilidade que não O deixa retirar ou mudar e a Sua justiça que O faz cumprir.

"Faze conforme prometeste, para que tudo se confirme, para que o teu nome seja engrandecido para sempre e os homens digam: O Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, é Deus para Israel"! (1 Crônicas 17.23,24).

Palavra para o seu coração

Certamente Deus esmagará a cabeça dos seus inimigos, o crânio cabeludo dos que persistem em seus pecados.

                                    Salmos 68.21


Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.


                                    Romanos 10.9

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Nosso sustentáculo


Cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram.

                               1 Tessalonicenses 4.14

Para todos os cristãos e seguidores do Mestre Jesus, nosso sustentáculo e esperança é – A ressurreição de Cristo é a nossa garantia, convicção e certeza da nossa também.
Porém há muitos incrédulos que questionam como podemos depositar a nossa fé e esperança em algo tão arcaico, improvável e irreal?!
Mas, todos sabem que a ressurreição é real; que o sepulcro vazio é histórico; e estas dúvidas jamais povoaram nossas mentes.
Sim, exatamente como o apóstolo Paulo elucida:
"Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos" (1 Coríntios 15.16-18).
Para aqueles que não creem, nenhuma prova é suficiente, e tentam por todos os modos confundirem, enxovalharem e deturparem a fé cristã.
Porém, o nosso amado Mestre e SENHOR Jesus ressurgiu dos mortos, e os seus seguidores também irão ressuscitar como Ele; caso contrário, há pelo menos dois mil anos de gerações amalucadas e doidos contaminados por uma epidemia que contagia e passa de uma geração para outra. Somos loucos sim, contagiados pelo grande e imensurável amor do nosso SENHOR e Deus – A ressurreição do SENHOR Jesus é uma prova irrefutável e uma prévia da nossa – Essa é a pedra angular, fundamental, sobre a qual está alicerçada e construída a fé cristã.
É bem verdade que hoje vivemos tempos difíceis, onde poucos merecem confiança, e falar de ressurreição deixa muitos confusos, desconfiados; agora tentemos imaginar o que ocorreu com aqueles que procuraram Jesus e encontraram apenas o túmulo vazio!
A ressurreição simplesmente torna a fé cristã excepcional, incomum, extraordinária.

"Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. Cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem" (1 Coríntios 15.19,20,21,23).

Palavra para o seu coração

Então Jesus tomou os pães, deu graças e os repartiu entre os que estavam assentados, tanto quanto queriam; e fez o mesmo com os peixes.


                                        João 6.11

Eu sou o Pão Vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que deverei dar pela vida do mundo é a minha carne.

                                        João 6.51

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A exclusividade da cruz


 Levando a sua própria cruz, ele saiu...

                                João 19.17

Uma antiga narrativa descreve uma mulher exausta e insatisfeita com a própria sorte, conta-se que ela vivia cansada e infeliz, reclamando, lastimando, murmurando pelos cantos, dizendo-se injustiçada, julgava carregar uma cruz mais pesada e sacrificante que os demais. Seu maior desejo era poder trocar aquela vida enfadonha e triste, deixar aquela velha cruz, por outra mais leve.
Até que um dia sonhou que estava em um local onde havia muitas cruzes para escolha, de vários formatos, modelos e tamanhos, então ela achou o máximo, sentiu-se realizada, pois afinal poderia livrar-se da sua e troca-la por algo mais ao seu estilo...
Então começou sua busca: havia uma bem minúscula, linda, cravejada de brilhantes, rubis, com entalhes em ouro e pedras preciosas, toda ornamentada, magnífica. Seus olhos brilharam ao vê-la, imaginando que aquela era a ideal, era exatamente a sua cara, sob medida para ela. “Puxa!!! Esta sim, é cruz que se apresente, posso carrega-la facilmente”! E tomou-a logo para si; mas seu corpo frágil e já debilitado, estremeceu e sucumbiu sob o peso daquela cruz, não conseguiu tira-la do lugar; os ornamentos a tornou linda e maravilhosa, mas infelizmente era peso demais para a mulher.
Seus olhos logo foram atraídos por outra bonita cruz, não muito distante, com alegres flores coloridas entrelaçadas que a ornamentavam tronco e braços – esta seria a cruz ideal, pensou – mais simples, mais discreta, mais festiva, mais alegre e jovial, menos chamativa, “esta é que deveria ser a minha cruz desde o princípio, isto sim”! Murmurou. Então, numa expressão de alívio e realização a tomou; mas sob as flores lindas havia espinhos, que lhe feriram os ombros e as costas.
Decepcionada prossegue em sua busca até que finalmente, mais adiante, viu uma cruz muito simples, sem ornamentos ou entalhes, sem flores, enfeites ou decorações, apenas com algumas inscrições de palavras de amor. Pegou-a ainda não muito convicta, mas logo percebeu que de todas era esta a mais fácil de remover, carregava-a facilmente como se moldasse e pertencesse a sua própria anatomia. E enquanto a contemplava ainda admirada pela facilidade e identificação com aquela cruz, os primeiros raios de sol iluminaram aquele ambiente em que se encontrava, e ela pode ver estarrecida que aquela era a sua própria cruz – ela a havia encontrado novamente, e descobriu que era realmente a melhor de todas, e a que lhe era a ideal e a mais leve, exatamente sob medida para ela.
Deus sabe mensurar o tamanho da nossa força, a nossa disposição e vigor, sabe o que é melhor e ideal para cada um, pois Ele nos criou e sabe o que investiu em cada um dos Seus. 
Não podemos calcular o peso da cruz dos outros – ao contemplarmos as pessoas ricas e confortáveis, prósperos, suntuosos, ostentando toda sorte de bens e valores; logo pensamos que a sua cruz é de ouro e pedras preciosas, cheias de ornamentos e sem nenhum contratempo, pensamos que gostaríamos de tê-la para nós, ou pelo menos uma idêntica; mas não podemos calcular nem precisar o peso que há por trás dela para removê-la e rebocá-la.
E quando nos deparamos com pessoas lindas, felizes, sempre alegres, joviais, festivas, imaginamos logo que a sua cruz deve ser ornada de flores coloridas e perfumadas – mas não podemos nem imaginar os espinhos que estão a ferir os ombros de quem a remove... Na verdade se pudéssemos experimentar todas as outras cruzes disponíveis que julgamos melhores, mais leves e adequadas do que a nossa, logo constataríamos que com nenhuma delas nos identificaríamos como a nossa própria; nenhuma é tão certa, ideal e adequada para nós, exatamente como a que temos no momento.

"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Mateus 16.24).

Palavra para o seu coração

O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.


                                     Isaías 58.11

Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.

                                     João 7.37,38

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

As nossas atitudes


Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.

                                   Colossenses 3.17

Naquele dia, Maria Madalena e a outra Maria concluíram que algo precisava ser feito – pois o corpo do Mestre deveria ser preparado para a cerimônia fúnebre, conforme ditava Sua cultura. Nenhum de Seus discípulos disponibilizaram para ação, então ambas as “Marias” tomaram a iniciativa.
Não sabemos se durante o percurso até ao destino, elas não se questionaram, pararam, titubearam, repensaram por longos minutos. Tentemos imaginar como seria se uma delas incomodada pela inércia dos discípulos reclamasse: - Por que as piores tarefas sobram sempre para nós? E a outra rebatesse em concordância: É verdade, estou farta de ser sempre a única a tomar a iniciativa, parece que ninguém mais se importa! E o que você acha, se Andre e Filipe fizessem algo dessa vez, só para variar?!
Sabemos muito bem que onde diversas pessoas atuam juntas, sempre surgem motivos para discórdia, nem todos pensam da mesma forma, geralmente alguns são mais desenvoltos, desinibidos e acabam por ser mais atuantes e se destacarem dos demais. Não sabemos quais pensamentos protagonizaram as mentes dessas Marias, mas louvemos a Deus que elas tenham prosseguido e concluído suas ações; caso contrário, para nós seria uma verdadeira tragédia. 
Se bem analisarmos, hoje temos ciência de um fato, que para elas até então, era desconhecido. Sabemos que Deus está em todo o tempo no controle, que monitora toda a história, mas elas criam estarem completamente sozinhas realizando suas atividades; e na verdade não estavam em momento algum, o Criador as seguia bem de perto, Seu olhar as contemplava e certamente Ele as inspirava.
Aquela atitude era a maneira que elas encontraram de demonstrar seu amor, atenção, dedicação, respeito, zelo pelo Mestre e SENHOR, será que nós temos usado as oportunidades que surgem para também demonstrar a Ele o nosso amor?
Sim, pensemos nisto, mesmo que não consigamos visualizar uma razão lógica e racional para alguma atividade das ordenanças de Deus para nós, não devemos desistir – assim como aquelas mulheres, embora não possamos agora entender, haverá o tempo em que tudo nos fará sentido e que justificará o nosso esforço, e veremos que nada é em vão na obra de Deus.

"Vocês devem ser fortes e não se desanimar, pois o trabalho de vocês será recompensado" (2 Crônicas 15.7).

Palavra para o seu coração

Fazer o que é justo e certo é mais aceitável ao Senhor do que oferecer sacrifícios.

                                  Provérbios 21.3


Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.


                                  Hebreus 13.16

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O crime não compensa


Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.

                              Provérbios 28.13

Na época de colégio, era proibido fumar dentro da escola. A grande maioria dos garotos se sentia o máximo, justamente por fumarem – faziam isso escondido, e tentavam chamar a atenção dos demais, pousando de intrépidos, valentes, destemidos e másculos... Até que por fim venceram, devagar todos havíamos de alguma forma, experimentado e provado os tais cigarros. Era o modo clássico de demonstrarmos os quão homens e corajosos nos tornamos; os que não aderiam à moda estavam por fora, eram inadequados, covardes e medrosos.
Mas numa dessas noites, todos estávamos na costumeira rodinha, quando um dos nossos amigos deu o toque de alerta: "Atenção, diretor na área"! Mas ele já estava tão próximo de nós, que o amigo que estava com o cigarro não teve alternativa senão engoli-lo, para não entregar a todos nós. Um preço tremendamente elevado pela nossa desobediência, por um mero capricho de querer pousar de moderno, ser aceito no grupinho, ser igual aos demais, parecer aquilo que não somos.
Na realidade nosso corpo não foi criado para se contaminar com o fumo ou qualquer tipo de droga, da mesma forma como nossa alma não foi criada para levar sobre si a carga do pecado.
"Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força foi se esgotando como em tempo de seca" (Salmos 32.3,4).
A bem da verdade, é impossível obtermos paz se estivermos tentando manter algum segredo do Pai – o melhor que temos a fazer é colocarmos tudo diante Dele de uma vez, e clamarmos por Seu perdão, Ele é rico em misericórdia e sabe como ninguém, lidar com as nossas falhas.

"Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia"! (Salmos 32.5,1,2).

Palavra para o seu coração

O Senhor respondeu: Eu os perdoei, conforme você pediu.

                                Números 14.20

E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho.


                                João 14.13