quinta-feira, 30 de março de 2017

Assim como nós


Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós.

                                    Tiago 5.17

Ainda bem, graças a Deus por isso! Trilhamos os mesmos passos, ele deitou-se sob um zimbro; como em desalento, já fizemos tantas vezes; reclamou, lastimou, queixou e murmurou igualzinho a nos; foi incrédulo, assim como temos sido; temeu e fugiu, exatamente da mesma maneira como nos comportamos em algumas ocasiões...
Mas no tocante a Deus, quando o assunto é buscar ao SENHOR, ele se diferencia em muito de nós, a Palavra diz: “Ele orou em oração”; entende-se que ele continuou, permaneceu, prevaleceu em oração. E nós podemos já extrair daqui uma lição – orar continuamente.
E ao seguirmos com ele até ao cume do Monte Carmelo, podemos absorver mais uma lição fantástica sobre fé e vista. Nessa ocasião, a questão não era mais descer fogo do céu, mas sim água; e o homem que pode ordenar a vinda de um elemento, pode muito bem, também ordenar a vinda de outro, usando os mesmos meios e métodos.
Sabemos que ele se prostrou com o rosto entre os joelhos - escolheu uma posição em que sob o manto neutralizava e isolava-se de tudo o que podia dispersar sua atenção – tanto pela vista como pelos ouvidos.
E ordena ao servo: - “Sobe e olha” – insistentemente, sem desanimar nem desistir – a voz e a mão de um homem estiveram erguida em clamor e súplica diante de Deus, e em breve caiu a torrencial e copiosa chuva; e nem mesmo os preparados e rápidos cavalos de Acabe conseguiram transporta-lo até as portas de Samaria antes que caísse a chuva.
A lição que acatamos sobre a fé e a vista: a fé, o conduz a fechar-se e recolher-se em clamor, oração e súplica a sós com o SENHOR; a vista, observando e nada vendo; a fé, prosseguindo insistentemente, “orando em oração”; a despeito de todas as desesperançosas e desoladoras informações que a vista dá.
Será que já aprendemos a prevalecer em oração?
Ou na primeira informação desalentadora da vista já dizemos: - “Eu já sabia – é exatamente como pensei”! “Não adianta mesmo”! E desistimos logo de orar – recolhemos rapidamente o tapetinho onde estivemos ajoelhados dobramos cuidadosamente e simplesmente partimos para outras atividades.
Não, já é hora de amadurecermos, não podemos permanecermos rasos eternamente, sem nenhuma profundidade espiritual, traga a vista as desanimadoras notícias que trouxer, deixa a vista nos bombardear com suas desalentadoras e deprimentes informações, não lhes daremos atenção; que isso nos sirva de incentivo e impulso para intensificarmos o clamor e a oração, pois o Deus vivo permanece nos céus, Ele está no controle, e mesmo o que para nos parece demora, é parte do Seu projeto, da Sua graça e bondade para conosco.

"A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos" (Tiago 5.16-18).

Palavra para o seu coração

Como os descendentes de Canaã, comerciantes que usam balança desonesta e gostam muito de extorquir,

                                  Oséias 12.7

Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança.


                                  1 Pedro 3.9

quarta-feira, 29 de março de 2017

Intrepidez e ousadia no SENHOR


Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.

                                       Josué 1.9

É bem verdade que ao assumirmos riscos, há grandes probabilidades de fracasso, e se falharmos, sempre haverão os que zombam, fazem piadas, gracejos, nos ridicularizam... Mas, não devemos atribuir grande valor ou importância às zombarias, mesmo por que; os que reprovam quem falha ao assumir um grande risco, não são merecedores de confiança.
Os insultos, críticas e a desaprovação dos que se sentam atrás, observam e dão sugestões presunçosas, na maioria das vezes tornam-se absolutamente nulas.
As grandes conquistas, a Terra Prometida pertence aos que assumem o risco, cujas faces tornam-se desfiguradas, sulcadas, marcadas pelas intempéries, vento, poeira e suor, que se esforçam valorosamente, intrépidos ousam arriscar tudo, podem errar e cair, ferir, beijar a lona repetidamente, mas que nunca desistem e dão o melhor de si, sem fazer caso da dor ou da derrota. O lugar dessas pessoas não pode ser entre as almas frias, covardes, acomodadas e tímidas, que se sentam numa plateia e não conhecem riscos, lutas, combates, vitórias ou derrotas.
Se a atitude dos intrépidos servisse de inspiração, incentivo e persuasão aos tímidos e acomodados a ouvirem a voz interior do Espírito Santo que nos convida e desafia a ousar, tentar e realizar grandes obras para o Reino de Deus, descobrir tudo o que somos Nele e tudo o que Ele é e pode em e através de nós, e a esperar grandes coisas do SENHOR!
Não podemos crer que uma vida devotada a Deus deva transcorrer na segurança de uma redoma, insípida, ou numa pacífica, enfadonha e entediosa sequencia de fatos corriqueiros sem desafios, riscos ou empolgação. Devemos mais é encorajar-nos a intrepidamente ousarmos correr riscos por amor ao próximo, certamente Deus honrará aos que ouvem e atendem ao Seu chamado com prontidão e disposição para servi-Lo.
"Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar" (Josué 1.7).

"Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena" (Provérbios 24.10).

Palavra para o seu coração

Vocês são os filhos do Senhor, do seu Deus. Não façam cortes no corpo nem rapem a frente da cabeça por causa dos mortos,

                                        Deuteronômio 14.1


Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz,


                                        Efésios 5.8

terça-feira, 28 de março de 2017

O benefício da dor


Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
                                 
                                       Salmos 119.71

Se bem analisarmos, perceberemos que há diversos momentos na vida em que é fundamental e de suma a importância o desempenho do nosso sistema nervoso, pois através dele podemos sentir pressão, temperatura, dor, medo...
Habitualmente vemos a dor como algo ruim, uma vilã e que estaríamos infinitamente melhores se pudéssemos eliminar definitivamente de nossas vidas toda dor. Mas a bem da verdade, não poderíamos sobreviver sem a dor, sim; ela diz aos nossos olhos quando piscar, aos nossos pulmões quando tossir, aos nossos corpos quando mudar a posição, aos nossos dedos quando o gelo ou calor é muito intenso, como um termômetro indicando o limite para se afastar.
No âmbito emocional, a dor é o indício de que nossos relacionamentos estão problemáticos, não estão saudáveis; quando o nível de estresse se acentua, quando o luto e o recolhimento é a melhor reação diante da perda de um ente querido ou quando não conseguimos mais lidar, administrar a circunstancia, a situação adversa que nos acomete.
Dr Brand, especialista no tratamento da lepra, afirmava que a sensação de dor é essencial para a sobrevivência – ele percebeu que a maioria dos enfermos pela lepra se feriam e perdiam partes do corpo porque não sentiam dor, e isto não os alertava para o perigo de se exporem e consequentemente ferirem-se. Ele dizia ainda: "A única reclamação legítima que se pode fazer contra a dor é que ela não pode ser desligada. Ela pode tornar-se incontrolável, como no caso de pacientes terminais de câncer, mesmo tendo ela dado o seu aviso prévio e não havia mais nada a ser feito para tratar a causa daquela dor".
Porem, no campo espiritual a dor fica fora de controle quando negligenciamos a sua causa ou quando tentamos lidar com ela da nossa própria maneira, diferente dos padrões de Deus.
Culpa, medo, ansiedade, depressão, ódio, revolta, amargura... são formas de dor espiritual ou emocional. Todas elas são indícios que devem ser avaliados e respeitados em sua devida importância. A atitude do mundo parece orientar para que as emoções dolorosas devem ser abolidas, atenuadas, administrada para que a pessoa seja considerada saudável, sadia, compatível com a normalidade.
A culpa realmente aponta, direciona para uma consciência sensível ao pecado; o medo ou nos leva a fugir do perigo iminente ou nos dá forças para reagir e enfrentar o obstáculo; a ansiedade indica que a pessoa precisa reavaliar a sua confiança, comunhão e intimidade com Deus; a depressão é um indício, um alerta de que a vida está se tornando um fardo e que o peso precisa ser aliviado, e que talvez seja necessário ajuda, socorro para suporta-lo; o ódio dá margem para entender que a pessoa perdeu o foco, a perspectiva e começa a considerar as circunstancias da vida como um ataque pessoal e perseguidor; a amargura por sua vez significa que o ódio, a raiva está se transformando numa atitude defensiva e hostil em direção às pessoas e às circunstancias da vida...
Estas dores, bem como seus sintomas, indicam que há algo errado, e a necessidade de tomar atitudes e providencias que aliviem, atenuem, erradiquem, eliminem estas dores e que levem e conduzam a vida para um lugar de perdão, paz, entendimento, esperança, paciência, amor... Sem as dores, realmente, não saberíamos o valor dos prazeres que Deus nos concede.

"Fira-me o justo com amor leal e me repreenda, mas não perfume a minha cabeça o óleo do ímpio, pois a minha oração é contra as práticas dos malfeitores" (Salmos 141.5).

Palavra para o seu coração

Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo".


                                      João 13.8

Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.

                                      Mateus 12.50

segunda-feira, 27 de março de 2017

Submissão a Deus


Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!
Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda.

                                    Mateus 7.21-27

De todas as estratégias poderosas que Jesus usou para derrotar Satanás, uma se destaca das demais - ela nos capacita a vencer definitivamente a batalha contra o Diabo.
Essa estratégia liberou o poder de Deus sobre a vida de Jesus, capacitando-O a destruir as obras do Diabo e a vencer o pior teste de sua vida.
A mesma estratégia garantiu a Cristo vitória sobre a morte e Sua ressurreição com poder, possibilitou derrotar Satanás e redimir a humanidade do pecado,  fez com que Ele alcançasse uma posição exaltada e conferiu-Lhe o Nome que é sobre todo nome: Jesus conhecia a vontade de Deus e vivia em perfeita conformidade com ela!
Se aplicarmos a mesma estratégia — CONHECER e CUMPRIR a vontade de Deus — experimentaremos:
• o poder de Deus liberado sobre nós para que tenhamos autoridade sobre o pecado, doenças e o poder do Inimigo;
• vitorias em todas as circunstâncias, nas provações e dificuldades que enfrentarmos;
• vitória definitiva sobre Satanás;
• desfrutar a recompensa magnífica de um corpo glorioso e entrada triunfal no Reino dos céus.
Caso ignoremos e não apliquemos a estratégia de conhecer e cumprir a vontade de Deus, Satanás irá sempre dominar-nos, levar a melhor; a nossa vida será uma sucessão de fracassos, e fatalmente acabaremos derrotados.
A maioria do povo de Deus atualmente enfrenta problemas, porque não conhece a vontade de Deus. Há muitos cristãos confusos, incapazes de saber a diferença entre seguir a própria vontade e a de Deus. Muitos de nós caminhamos na completa ignorância espiritual.
Satanás está obtendo sucesso! O desconhecimento da vontade de Deus, nos torna vulneráveis – vacilamos, tememos, titubeamos receosos e duvidosos ao enfrentarmos o Inimigo, mostramos que não sabemos o que fazer e acabamos confiando em nossa natureza humana, estratégias carnais, força do braço...
Por não conhecermos a vontade de Deus, falhamos em viver de acordo com ela, consequentemente andamos em rebelião, fazendo o que desejamos e seguindo nossos próprios planos. Pensamos que estamos justificados perante Deus e que estamos caminhando rumo ao céu.
Jesus diz claramente que quem FAZ a vontade de Deus entrará no Reino dos céus. Ele não se esquiva do assunto nem distorce a verdade, para que a aceitemos mais facilmente, dizendo algo como: "Se orarem a mim e afirmarem que eu sou o Senhor de sua vida..."; ou: 'Se confiarem e crerem em mim como seu Senhor, entrarão no Reino dos céus". Ele declarou abertamente que aqueles que cumprem a vontade do Pai celeste é que entrarão no Reino dos céus.
Jesus está voltando para aqueles que estão vigilantes, que buscam continuamente fazer a vontade de Deus. Na parábola das dez virgens, as cinco que não tinham as lâmpadas preparadas e acesas foram deixadas para trás.
Em outra parábola que diz respeito à segunda vinda, Jesus afirma: 'Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites (Lucas 12.47).
Aquele "que faz a vontade" do Pai recebe a vida eterna (1 João 2.17).

Abrir mão de nosso querer e cumprir o desejo do Pai não é uma opção, tampouco é algo que possamos realizar de maneira displicente. É uma exigência a ser cumprida com esmero e diligencia!

Palavra para o seu coração

E os homens de Bete-Semes perguntaram: Quem pode permanecer na presença do Senhor, esse Deus santo? Para quem enviamos a arca, para que se afaste de nós?


                                  1 Samuel 6.20

Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?

                                   Salmos 139.7

domingo, 26 de março de 2017

Mão Única


Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

                                Romanos 1.16

Qual de nós nunca se perdeu no caminho, no julgar, no interpretar, no entender, na direção... perdeu o rumo totalmente?
Seguimos equivocadamente pelo portão de embarque errado, tomamos o voo errado, em direção oposta e acordamos na cidade, país, lugar alheio, destino errado...
Mas para nosso conforto pessoal, o apóstolo Paulo nos afirma que não somos os únicos, há muitos assim também; só que de maneira mais grave tomam direção oposta nos caminhos da vida e no relacionamento com Deus, aos romanos ele disse:
"Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Romanos 3.10-12).
"Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3.23).
Em um dado momento de alguma maneira, todos nos perdemos, gentios e judeus indistintamente, seguimos rumos incertos, destinos equivocados – e por essa razão necessitamos do socorro, o GPS, a bússola divina, o prumo celeste. Os caminhos errôneos são induzidos pelo ego inflado, super estimado, nos julgamos capazes de acertarmos sozinhos, confiados em nos mesmos, os prazeres mundanos, as vaidades, ilusões, orgulho, consumismos desenfreados, orgias, glutonarias, ostentação, culto ao próprio corpo... o único caminho, a única direção e saída plausível é Jesus Cristo. 
Em se tratando da reconciliação da humanidade com Deus, não há meio termo, só há um escape - Jesus Cristo.
"Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3.23,24).

Palavra para o seu coração

Não é Efraim o meu filho querido? O filho em quem tenho prazer? Cada vez que eu falo sobre ele, mais intensamente me lembro dele. Por isso o meu coração por ele anseia; tenho por ele grande compaixão, declara o Senhor.

                                      Jeremias 31.20


Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus.


                                      Romanos 9.16

sábado, 25 de março de 2017

Nas mãos do Especialista


Quem de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso?

                                       Jó 12.9

A muitos anos encontrou-se na África um dos mais extraordinariamente magnífico e estupendo diamante que a história já viu – foi oferecido ao Rei da Inglaterra, para abrilhantar sua coroa. O rei enviou-o a Amsterdam para ser lapidado, pelas mãos de um renomado especialista.
O lapidador tomou a valiosa e rara gema e fez nela uma marca – então desferiu-lhe um golpe seco e certeiro com seu instrumento de operário. E lá estava a soberba pedra dividida em dois pedaços! Diante do olhar incrédulo dos que assistiam, alguns admirados exclamavam: "Que louca insensatez, que imprudência, que desperdício negligente, que descaso criminoso"!
De forma alguma – aquele golpe havia sido minuciosamente calculado, planejado, estudado por horas, dias e longas semanas; desenhos, projetos, esquemas, maquetes e modelos haviam sido feitos sobre a pedra. Suas qualidades, potencialidades, defeitos, possibilidades, as linhas de corte, tudo havia sido estudado e considerado com extremo e exaustivo critério e relevante cuidado. O homem a quem ela estava entregue era nada menos, do que um dos mais hábeis lapidários do mundo.
Aquele golpe foi exatamente o clímax do engenho do lapidário – a partir dali, traria a pedra a sua mais perfeita forma, exuberância, estilo, brilho e esplendor – quem diria que o golpe que parecia arruinar e destruir a magnífica preciosidade, era na verdade a sua redenção? Daquelas duas metades saíram as duas soberbas gemas que o olho perscrutador e hábil do lapidário visualizou escondidas na escoria e pedra bruta que saiu da mina.
Da mesma forma, por vezes Deus deixa cair sobre nossa vida, um golpe cortante, radical, fatal – o sangue jorra, os nervos retraem, a alma grita, quer fugir em agonia – o golpe nos parece equivocado, um grande, profundo e irreparável erro. Mas na verdade não é - somos para o SENHOR joias preciosas – e Ele é nada menos que o mais perfeito, sábio e hábil lapidário do universo.
Num breve dia iremos abrilhantar o diadema do Rei – agora até  que estejamos prontos, estamos sendo moldados pelas Suas mãos - saibamos porem, que nenhum golpe recairá sobre nos, que não seja permitido pelo Seu amor, o qual das Suas profundezas opera bênçãos, dádivas e enriquecimentos espirituais que jamais vimos, imaginamos ou procuramos.
Estamos em andamento, em pleno processo de produção, deixemos que o Lapidador molde-nos como o oleiro a trabalhar o barro, submetendo-nos aos movimentos e direção de sua roda – e em curto prazo de tempo estaremos admirados, louvando ao SENHOR pelas vezes que Suas mãos nos pressionou, mesmo que tenham nos causado angustias e dores, pois seremos capazes de crer e reconhecer a destinação final que Deus tem em vista, que é trazer um filho à Luz.
"Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo-poderoso. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos também curam" (Jó 5.17,18).

"Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas" (Oséias 6.1).

Palavra para o seu coração

Tu és o Deus que realiza milagres; mostras o teu poder entre os povos.

                                           Salmos 77.14

Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.


                                           Marcos 8.34

sexta-feira, 24 de março de 2017

Onde depositamos nossa confiança?


Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.

                                  Salmos 20.7

Samuel desempenhou brilhantemente seu papel de juiz sobre Israel, mas no momento de se aposentar, seus filhos não estavam aptos, encontravam-se corrompidos, insuficientes e inadequados para conduzirem a Nação. O povo falhou na compreensão da totalidade, extensão e abrangência que envolvia o fato de Deus ser o seu Rei, não conseguiam entender que a razão de seus problemas e infortúnios era consequência, resultado da desobediência ao SENHOR. Estava patente a Deus que o desejo de Israel por um rei, baseava-se em sua confiança na força humana, em detrimento da confiança divina.
Na trajetória da vida de Saul, podemos extrair a preciosa lição de que a obediência e a busca a Deus é muito mais eficaz, eficiente e fundamentalmente mais importante que toda sabedoria, estratégia, capacidade, força humana que pudermos possuir.
Se mentalmente selecionarmos alguns destacados personagens bíblicos e mesmo entre os renomados cristãos pós-bíblicos e de nossa era, ficaremos admiravelmente perplexos e convictos de que nada há em comum ou familiar entre eles; desde etnia, nacionalidade, educação, temperamento, hábitos e qualificações pessoais, as diferenças são tão claras, vastas e gritantes quanto à própria vida humana. No entanto, todos eles em dado momento, trilharam cada um em seus dias, uma trajetória de vida muito acima da convencional. Certamente suas diferenças e divergências não foram fator limitante ou significativo aos olhos de Deus.
Alguma similaridade entre eles de certo modo atraiu a atenção da esfera celestial – talvez algo que os motivasse e os impulsionassem para Deus, forte o bastante para mantê-los e fazê-los cultivarem e prosseguirem nessa busca até torna-la a razão, o ideal, estilo e maior conquista de suas vidas. Diferiam dos demais porque em suas dúvidas, conflitos, insatisfações, ânsia interior, seguiam outro rumo, buscavam outro escape, bem diferente dos demais.    Adquiriram o hábito vital de consultarem ao SENHOR em todo tempo, principalmente em suas dificuldades e manterem-se fieis e obedientes à direção e visão celestiais.

Precisamos aprender a evitar o erro de Saul, de cair na armadilha da auto confiança, auto suficiência e mesmo descrer, não dar crédito a nossa fragilidade, fraqueza humana, julgar-nos "super" pelo fato de ocuparmos uma posição de destaque – não podemos jamais esquecer que somente o poder de Deus pode tornar-nos uteis e aptos ao serviço do Seu Reino, e que com Ele somos mais que vencedores.
Vale observar a orientação de Davi:
"A teu respeito diz o meu coração: Busque a minha face! A tua face, Senhor, buscarei" (Salmos 27.8).

Palavra para o seu coração

Destruirá a morte para sempre. O Soberano Senhor enxugará as lágrimas de todo o rosto e retirará de toda a terra a zombaria do seu povo. Foi o Senhor quem disse!

                                     Isaías 25.8

Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou.


                                    Apocalipse 21.4

quinta-feira, 23 de março de 2017

Perseverar sem esmorecer


Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.

                                  Lucas 18.1

Em nossa trajetória de oração e intercessão nada é tão rotineiro e comum do que cairmos na tentação de relaxarmos, baixarmos a guarda, e deixarmos de perseverar.  Iniciamos animados, começamos a clamar e orar por um fim específico, apresentamos nossas razões, queixas e petições diante do SENHOR por um dia, uma semana, um mês... e não recebendo nenhuma pista, nenhum sinal, nada de resposta definida; é o suficiente para desmaiarmos, esmorecermos totalmente e silenciamos, cessamos de orar sobre o assunto, damos por encerrada a questão. E essa atitude é um incalculável despropósito – sim, o velho e pernicioso hábito que nutrimos de iniciar e não concluir as tarefas, que prejudica todos os setores e áreas de nossa vida, diga-se de passagem.
Quem se permite o danoso costume de começar e não acabar, simplesmente formou o hábito de fracassar. E se começarmos a orar por um determinado assunto e deixarmos de persistir até obtermos total segurança da resposta, estaremos exatamente formando em nossa vida de oração o mesmo hábito de fracasso – síndrome de tarefas inacabadas – tudo iniciado, nada concluído, nada efetivado, nada realizado...
Desanimar é fracassar – esse fracasso gera total desencorajamento e completa descrença na realidade da oração, e isto destrói qualquer possibilidade de êxito.
O Mestre Jesus mesmo nos encoraja a orar sempre sem esmorecer, até que recebamos o que pedimos, ou então até estarmos convictos no coração de que ainda o receberemos. No primeiro caso, paramos porque recebemos, no segundo paramos porque cremos, e a fé em nossa mente é tão segura como se vista pelo nossos olhos, pois é a fé dada por Deus, e tanto o querer como o realizar é Ele quem produz em nos.
Quanto mais exercitarmos em nossa vida de oração, mais experimentaremos, reconheceremos e discerniremos esta certeza dada por Deus a nos, saberemos quando descansar e apoiarmos totalmente nela ou quando insistirmos e continuarmos a pedir e humilhar-nos até recebermos.
Permaneçamos firmes, de olhos abertos nas promessas do SENHOR até que Ele venha ao nosso encontro; pois todas elas, uma a uma a seu tempo serão cumpridas.

"Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração" (Romanos 12.11,12).

Palavra para o seu coração

Eu, eu mesmo, sou quem a consola. Quem é você para que tema homens mortais, os filhos de homens, que não passam de relva,

                                       Isaías 51.12

Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?


                                       Romanos 8.31

quarta-feira, 22 de março de 2017

GPS defeituoso

Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.

                                    1 João 1.8

Observando a evolução da história humana, nitidamente percebemos que há algo muito errado com o nosso GPS moral. Poucos contestam o fato de que somos capazes de apresentar nobres sentimentos, impulsos bondosos e termos atitudes altruístas, mas temos uma sagaz capacidade e aparentemente infinita de nos divertir com a dor alheia, fazermos descaso dos sentimentos do próximo, na chamada banalização e animalização da humanidade. Divertimos-nos a valer vendo as chamadas “pegadinhas” onde nossos semelhantes são simplesmente ridicularizados em troca de algum dinheiro.
A Bíblia chama a imoralidade humana de pecado, reconhecendo o fato de que ela é antes de tudo uma ofensa contra a Lei de Deus, antes mesmo de ferir e macular o próprio pecador e outros envolvidos. Mas o pecado não é um conceito muito popular em nossos dias. A sensibilidade moderna gosta de reinventar e reescrever a linguagem moral fazendo uso de um jargão de saúde mental – o “eu” como centro de meu próprio universo, se for prazeroso, se minha consciência e meu coração pedem e não me condenam que mal há??? A ideia é que a linguagem moral leve a culpa, e a culpa é um sentimento, um estado interior negativo, que impedem o bem estar das pessoas que estão tentando aprender a aceitar a si mesmas, assim como são; falhos, complexos, suscetíveis ao erro...
Será que nós, como cristãos, devemos nos livrar do conceito do “pecado”, seria isto benéfico para nós?
O pecado é em si nocivo, enganoso, destrutivo, mortífero – é a escolha intencional de pensar, optar, seguir e agir ao contrário, na contra mão ao Caminho de Deus – leva e ocasionam drásticas consequências, lares e famílias destruídas, desrespeito às leis e a ordem, perversão e promiscuidade, abusos, consumismos desenfreado e desmedido, violência em todos os níveis sociais, alcoolismo, dependências químicas, uso de drogas, miséria, pobreza, calamidade, exploração humana, relativismo moral, destruição da personalidade, entre outros... Acontece que quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, poluíram o ribeiro da humanidade em sua nascente – a partir daí, cada pessoa que está no rio da humanidade, adiciona os seus poluentes individuais ao fluxo da correnteza, através de seus atos e escolhas de desobediência, rebeldia, rebelião contra Deus e Sua Lei.

Essa linha de raciocínio nos força reconhecer que há algo errado com nosso senso moral – alias o pecado explica por que deixamos de seguir os impulsos nobres, embora os tenhamos; e o porquê a maioria dos nossos impulsos não é exatamente nobre, como deveriam. 
Mas uma vez conscientes da nossa impossibilidade de lidar com o pecado por nossos próprios esforços, somos impelidos a voltarmos a Deus, de modo que nossas ofensas morais possam ser perdoadas através da morte de Cristo – humildemente buscamos no Mestre e SENHOR Jesus ajuda a cada dia na árdua tarefa de revitalizar nossas mentes, inspiração em nossos sonhos e desejos, direção e curso para as nossas atitudes e ações. E isto nos conscientiza e desmente a errônea noção de que toda a humanidade é decente, boa e capaz e que precisa apenas caprichar, praticar boas ações, dar tudo de si para ir para o céu – esta ideia é equivocadamente demoníaca – ao admitirmos a presença do pecado em nossa vida e nossa total necessidade e dependência, as boas-novas de perdão e salvação através de Jesus Cristo estarão disponíveis, indistintamente ao nosso alcance.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1.9).

Palavra para o seu coração

Então purificarei os lábios dos povos, para que todos eles invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo.

                                       Sofonias 3.9


E clamavam em alta voz: A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro.


                                       Apocalipse 7.10

terça-feira, 21 de março de 2017

Fé inabalável


Tudo é possível àquele que crê.

                   Marcos 9.23

Em poucas ocasiões teremos a chance de ouvir uma definição de fé tão simples, mas ao mesmo tempo tão real, prática e literal; como a que ouvimos de uma idosa senhora de cor, de lindos cabelos prateados e dentes brancos de marfim, sempre a mostra – ela respondia ao questionamento de um jovem afoito e voluntarioso, que impaciente indagava sobre como obter auxílio, chamar a atenção do SENHOR em meio as adversidades e necessidades.
Com seu peculiar trejeito, num gesto que lhe era bem característico, ela aponta o dedo indicador em riste e diz a ele com muito ênfase: - "Você tem apenas que crer que Ele efetuou, deu, curou, solucionou ou realizou; e isto lhe será dado, é bem assim"!
O nosso maior erro é que após Lhe pedirmos algo, não cremos na realização, ou que seremos atendidos; começamos a querer ajuda-Lo, facilitar de algum modo, arrumar outros que julgamos mais capacitados que nós para ajudá-Lo também, como se o nosso Deus necessitasse de algo ou algum facilitador, ficamos espreitando para ver como Ele vai fazer o que pedimos, ou como Ele Se sairá... Pobre de nós meros e finitos mortais!
"Se eu tivesse fome, precisaria dizer a você? Pois o mundo é meu, e tudo o que nele existe. Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará" (Salmos 50.12,14-15).
Na verdade, a fé estabelece o nosso "amém" ao "Sim" de Deus, e então confiantes descansamos, retiramos nossas inúteis mãos e deixamos o SENHOR realizar, efetivar e concluir a Sua obra.
"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará" (Salmos 37.5).
A nossa preocupação, desespero, aflição em absolutamente nada contribui ou favorece o agir e o operar de Deus por nós – Ele age e opera no tempo Dele e nada ocorre sem o Seu consentimento e permissão.
Uma fé operante confia e pode muito bem dar graças antecipadamente por uma promessa ainda não alcançada; pois está ciente de que os vales tortuosos e os desertos áridos de Deus são tão necessários e fundamentais quanto os altos, campinas verdejantes e jardins floridos e perfumados; tudo tem a sua devida importância e valor nos planos do SENHOR, nada é por acaso.

"Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração" (Salmos 37.4).

Palavra para o seu coração

Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam.

                                         Isaías 64.4


E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho.


                                         1 João 5.11

segunda-feira, 20 de março de 2017

Cumprir o Seu querer


Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.

                                João 15.2

No interior campestre, conta-nos uma humilde serva do SENHOR que estava no limite de suas forças, desanimada ponderava até mesmo em desistir da jornada cristã, perplexa com as grandes aflições que pareciam fazer dela o seu principal alvo.
Em certo dia, passando por uma vinha em pleno esplendor do outono, não pode deixar de observar que as videiras não estavam podadas e que sua folhagem ostentava um luxuriante viço, digno da atenção de todos os passantes. Não pode deixar de ver também, que as ervas daninhas, pragas e capim cresciam ali a vontade e que o terreno parecia em completo abandono, em total descuido, entregue ao descaso.
Enquanto seguia seu caminho, meditava estarrecida sobre o que vira – nesse devaneio, ainda refletindo, Deus lhe deu uma mensagem tão preciosa que ela fez questão de compartilhar e passar adiante:
-"Filha, você questiona sobre a razão, o motivo, o porquê de tantas provações e dificuldades em sua vida... Observe atentamente as condições desta vinha e absorva a lição que ela te dá. O agricultor deixa de cuidar, podar, revolver, adubar, irrigar a terra, limpar e colher o fruto maduro, exatamente quando nada mais espera da vinha naquela estação. Ela é deixada de lado, abandonada ao esquecimento porque a estação de fruto já passou, e qualquer esforço nessa ocasião seria inoperante, retrabalho, não traria resultado satisfatório nem compensador. A grande maioria das vidas livres do sofrimento refletem a mesma inutilidade, superficialidade, vazio de alma, incapacidade da aprofundar raízes e consequentemente produzir frutos...
– Você quer, então, que Eu pare de podar a sua vida? Devo deixa-la entregue a si mesma, a sua própria sorte, por sua conta e risco?
Embasbacada, o coração em sobressalto mas ao mesmo tempo consolado e em completa e perfeita paz, ela exclama um sonoro: -Não, SENHOR! Quero apenas cumprir o Seu querer!"

"Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1.38).

Palavra para o seu coração

Assim diz o Senhor: Seu ferimento é grave, sua ferida, incurável. Farei cicatrizar o seu ferimento e curarei as suas feridas, declara o Senhor, porque a você, Sião, chamam de rejeitada, aquela por quem ninguém se importa.

                               Jeremias 30.12,17

Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve.


                               Malaquias 3.18

domingo, 19 de março de 2017

Zelosos no agir


Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça, dê ânimo aos seus corações e os fortaleça para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras.

                               2 Tessalonicenses 2.16,17

"Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude!" (Lucas 10.40).
Marta tinha uma intensa e agitada rotina – ela bem que merecia repousar um pouco.
"Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;
todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada" (Lucas 10.41,42).
E qual foi exatamente a escolha de Maria? Ela optou, escolheu, decidiu deixar tudo o mais e colocar-se aos pés do Mestre. Sábia escolha! Porque para Deus, é mais agradável contemplar um servo inexpressível, pouco produtivo; mas autentico, sincero, humilde, que valoriza mais o espiritual e eterno que as efemeridades mundanas - do que o barulho, a agitação dos afazeres de um outro servo atribulado e com amargura no coração... Que adianta fazer tanto, e depois ficar reclamando, murmurando, se lastimando, se vangloriando do que fez?
Na verdade, não importa o serviço ou benefício que se presta e sim a intenção, o coração por trás dele – uma grande atitude, mas cheia de amargura, anula, inutiliza, neutraliza o nosso sacrifício diante do altar de Deus.
É imprescindível observarmos, estarmos atentos às nossas atitudes, pois elas traduzem, dizem muito sobre o modo como entendemos e valorizamos o nosso relacionamento com o Pai.

"Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido" (Josué 1.7,8).

Palavra para o seu coração

Longe de nós nos rebelarmos contra o Senhor e nos afastarmos dele, construindo para holocaustos, ofertas de cereal e sacrifícios um altar que não seja o altar do Senhor, do nosso Deus, que está diante do seu tabernáculo!

                                     Josué 22.29

E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.


                                     Hebreus 10.24,25

sábado, 18 de março de 2017

Andar ao Seu lado


 ...Ilesos, andando pelo fogo,

                    Daniel 3.25

As chamas não detiveram seus movimentos, caminhavam pelo meio do fogo, sem sofrer dano algum. O conforto, a paz que a revelação do SENHOR nos proporciona, é que a Sua doce presença, não nos torna imunes a dor, mas nos emancipa através do sofrimento.
Que Ele possa ensinar-nos a entender que quando chegam as sombras, estamos apenas atravessando o túnel, basta manter-nos convictos de que num breve dia tudo estará bem, o nevoeiro das dúvidas, temores, incertezas e inseguranças terão dissipado.
Bem sabemos que um dia chegaremos à gloria da ressurreição, mas até que chegue esse dia – que a confortadora presença do Mestre esteja conosco a cada calvário que tivermos que atravessar, que em meio aos nevoeiros e sombras que invadirem a nossa estrada, possamos discernir a luz do SENHOR ao fim do túnel, que possamos manter-nos na rota, convictos de estarmos no Caminho certo rumo à Casa do Pai.
Andando ao Seu lado, superaremos a dor, o dano do sofrimento, mesmo atravessando e caminhando em meio ao fogo ardente das tribulações; passearemos suavemente diante dos olhos incrédulos que nos contemplarem. Embora estremeçamos aos sermos provados, esforcemo-nos para sairmos como ouro refinado, e enquanto dura o fogo da provação, que possamos nos manter o tempo todo ao Seu lado.
"Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.

Irá a minha presença contigo para te fazer descansar" (Êxodo 33.15,14).

Palavra para o seu coração

A glória do Senhor será revelada, e, juntos, todos a verão. Pois é o Senhor quem fala.

                                           Isaías 40.5
  
Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos.


                                           Efésios 1.18

sexta-feira, 17 de março de 2017

Moldados por Cristo


Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.

                                    João 15.10

Há recompensa para nossa busca ao SENHOR, embora muitos de nós valorizamos e enfatizamos as doutrinas, filosofias, modismos, prosperidade, conforto, religiosidade, crendices, vaidades mundanas... Há sempre os que correm de um lado para outro atrás dessas paixões menores, mas vitória mesmo propriamente dita, alcança aquele que busca tão somente ao SENHOR, ouvi-Lo, obedecê-Lo, estar com Ele. Estes serão tão premiados que a própria benção correrá atrás.
"E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus: Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo"...(Deuteronômio 28. 2,3).
Mas dentre todas as dádivas insistentemente buscadas por nós, a nossa maior motivação deve ser aquela benção que aguarda aqueles que querem e priorizam a Cristo. Estes receberão além das demais bênçãos não solicitadas, nada menos que o coração do Mestre Jesus.
"Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada" (João 14,23).
"E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito" (2 Coríntios 3.18).
Nenhuma dádiva se compara a tornar-se semelhante a Ele, igual ao Mestre – em momento algum Ele nutriu o sentimento de culpa, Deus quer remover a nossa, quer que as nossas escolhas e atitudes sejam tal que nunca tenhamos que carregar o fardo da culpa;
Jesus nunca teve medo da morte, enfrentou-a e derrotou-a por nós, Deus quer nos transformar em pessoas ousadas, intrépidas, corajosas, capazes de encarar a morte;
O Mestre era movido por íntima compaixão, bondade e misericórdia para com os enfermos, os marginalizados; era paciente, compreensivo e tolerante para com os revoltados; pronto, ousado e destemido diante dos desafios que se Lhe apresentavam; Deus quer ver-nos atuando do mesmo modo – que alcancemos a Sua estatura de varão perfeito, tal como o SENHOR Jesus.

Nosso Pai não quer suprimir nosso livre arbítrio, nosso direito de escolha, ou tolher qualquer outro aspecto da liberdade que nos concedeu, pelo contrário; Ele nos concede inclusive o direito de recusa-Lo e optarmos por não ter vida. Mas quando Ele Se deixa conhecer por nós, concede a nós um supremo privilégio tornar-nos a Sua morada. Que o nosso viver se torne Cristo, e que nos conformemos e nos moldemos à Sua verdade!

Palavra para o seu coração

Como são belos nos montes os pés daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas notícias, que proclamam salvação, que dizem a Sião: O seu Deus reina!

                                    Isaías 52.7

E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.


                                    Lucas 9.2

quinta-feira, 16 de março de 2017

Selecionados por Deus


Não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

                           Romanos 8.26

Uma grande variedade dos problemas que nos assolam, deixam-nos estarrecidos e perplexos em nossa trajetória cristã, são nada menos que respostas a nossas petições:
Clamamos ao SENHOR para dilatar nossa paciência e tolerância, e o Pai cerca-nos daqueles que nos provam ao nível do nosso limite, pois "a tribulação produz a paciência".
Pedimos mais submissão, Ele nos envia sofrimentos; pois absorvemos e aprendemos a obediência através do que padecemos.
Solicitamos auxílio para deixarmos o egoísmo e tornarmos mais altruístas, Deus então cria oportunidades para nos doarmos e sacrificarmos; acudindo, auxiliando, pensando mais no próximo e dando-nos em prol dos que nos rodeiam.
Repetidamente oramos por força e humildade, e surge um mensageiro de satanás pronto para afligir-nos até deixar-nos prostrados no pó, clamando para que ele seja removido do nosso caminho, e necessitando auxilio para reerguermos do baque e abalo sofrido.
Vezes sem conta clamamos para que nossa fé seja aumentada, e de repente nossos objetos começam a quebrar, o dinheiro cria asas, os filhos adoecem, ou surgem provas e problemas inéditos, inesperados que requerem de nós uma fé de gigante para sobrevivermos e superarmos as difíceis circunstancias.
Quantas vezes oramos por um coração e uma natureza tal qual a do Cordeiro Santo, e somos requisitados para desempenharmos tarefas insignificantes, que todos recusam ou se sentem menores ao executa-las, ou somos subtraídos, prejudicados, preteridos, esquecidos sem que possamos nem ao menos solicitar reparação; mesmo porque: "como um cordeiro, mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abre a sua boca" (Atos 8.32).
Ansiosamente buscamos por mansidão, então do nada surge uma verdadeira avalanche de tentações para conduzir-nos à irritabilidade e aspereza. Desejamos um espírito tranquilo, sossegado, pacífico, e cada nervo do nosso corpo é esticado como corda de violino, até a máxima tensão suportada, a fim de que possamos aprender a Nele confiar, e que quando Ele nos invade com sua paz, nada nem ninguém pode nos abalar ou perturbar.
Queremos exercer mais amor, sermos treinados nele, e Deus nos envia sofrimentos maiores e nos cerca por pessoas de difícil trato, complicadas, desagradáveis, e permite a elas atitudes, ações e palavras que nos irritam, chateiam, magoam e ferem nosso coração; para nos mostrar que:
"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios 13.4-7).
Inconsequentes e impetuosos como os dois discípulos que queriam ambos ocupar os lugares privilegiados ao lado do Mestre, assim somos nós, almejamos ser semelhantes ao SENHOR Jesus, e a resposta é:
"Provei-te na fornalha da aflição" (Isaías 48.10).
"Porventura estará firme o teu coração? Porventura estarão fortes as tuas mãos, nos dias em que eu tratarei contigo"? (Ezequiel 22.14).
"Não sabeis o que pedis! Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber"?  (Mateus 20.22).

A nossa trajetória pacífica, em completa vitória independentemente da circunstancia que nos envolve depende da submissão, obediência, aceitação de cada prova, como sendo providência de um Pai zeloso, amoroso, que conhece os nossos limites e quer o melhor para cada um de nós; é viver acima dos problemas, nos lugares celestiais, aos pés do Mestre, na presença do Trono; e ao contemplar de lá; os nossos insolúveis problemas serão diminutos, atenuados, minimizados, saberemos que foram oportunidades divinas, escolhidas e selecionadas pelo amor celestial por nós.

Palavra para o seu coração

Com o teu braço forte resgataste o teu povo, os descendentes de Jacó e de José.

                                      Salmos 77.15

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei,


                                      Gálatas 4.4