Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo
de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.
Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé,
sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos
sofrimentos.
1 Pedro 5.8,9
Não podemos negar que a maioria de nós está
com os corações, mentes e almas sobrecarregados de entulhos e lixos mundanos.
Basta qualquer refugo de vaidade, ilusão ou vangloria bater à porta, e
rapidamente não apenas abrimos, mas escancaramos. A maledicência, intriga, contenda,
revolta e a ira surgem e as deixamos entrar sem mais delonga. A vingança e os
maus intentos procuram um abrigo, e já estamos nós cordialmente, os acomodando
e puxando uma cadeira para fazerem-lhes sala. A lamentação e a lamuria querem
dar uma festa, e gentilmente as conduzimos até a cozinha. A luxúria toca a
campainha, e mudamos e perfumamos os lençóis da cama. Os escândalos surgem em
nossas telas e ficamos atentos, absortos, entretidos emprestamos nossos olhos,
ouvidos e sentidos para divertidamente deleitarmos e assistirmos ao desfeche.
Evitamos, não sabemos, ou não queremos
dizer, "não"? O que nos obriga a fazer ou permitir o que não queremos? Aquilo que
nos vence torna-se nosso senhor, passa a ter o domínio sobre nós. Tudo nos é
permitido, mas nem tudo nos convém!
"Cada um de nós prestará contas de si
mesmo a Deus" (Romanos 14.12).
"No passado vocês já gastaram tempo
suficiente fazendo o que agrada aos pagãos. Naquele tempo vocês viviam em
libertinagem, na sensualidade, nas bebedeiras, orgias e farras, e na idolatria
repugnante. No tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos
humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus. Eles acham estranho que vocês
não se lancem com eles na mesma torrente de imoralidade, e por isso os
insultam. Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para
julgar os vivos e os mortos" (1 Pedro 4.3,2,4,5).
A maioria de nós, temos dificuldade no
conceito de administração, é bem mais fácil a improvisação, o “empurrar com a
barriga”. Pensamos vagamente sobre, otimizar e administrar o tempo, o peso, a
grana, os gastos, agenda e orçamento pessoal... Mas e quanto à administração do
pensamento, do tempo ocioso, das horas vagas? Não seria extremamente importante
que nos interessássemos em controlar nossos pensamentos e o que guardamos em
nossos corações?
"Assim como a mosca morta produz mau
cheiro e estraga o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a
sabedoria e a honra" (Eclesiastes 10.1).
"Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios
4.23).
Jesus, nosso Mestre, exemplo e SENHOR, agia
como um guarda bem treinado vigiando o portão da cidade, policiava Sua mente,
Ele guardava obstinadamente, com toda diligência e intelecto a entrada do Seu
coração, para não permitir que as hostilidades e os atos corrompidos do mundo,
pudessem contamina-Lo. Se Ele agia assim, certamente devemos também fazê-lo.
Quanto maior a agitação ao nosso redor,
quanto mais nos aproximamos dos tempos do fim, mais atentos e cuidadosamente
devemos vigiar e guardar a porta de entrada de nossos pensamentos, nossa mente,
os valores do nosso coração, para mantermos e conservarmos a calma pacifica e
duradoura e fortalecermos a nossa fé. Nada podemos; torna-se humanamente
impossível, termos um sóbrio discernimento diante de uma circunstância, uma
causa, uma decisão a ser tomada, se os nossos pensamentos encontram-se emaranhados,
entulhados, num turbilhão, em revolta rebeldia contra os propósitos do nosso
Criador.
"Tudo o que for verdadeiro, tudo o que
for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável,
tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem
nessas coisas. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os
seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4.8,7).