domingo, 31 de julho de 2016

Sobriedade e constante vigilância


Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.
Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.

                             1 Pedro 5.8,9

Não podemos negar que a maioria de nós está com os corações, mentes e almas sobrecarregados de entulhos e lixos mundanos. Basta qualquer refugo de vaidade, ilusão ou vangloria bater à porta, e rapidamente não apenas abrimos, mas escancaramos. A maledicência, intriga, contenda, revolta e a ira surgem e as deixamos entrar sem mais delonga. A vingança e os maus intentos procuram um abrigo, e já estamos nós cordialmente, os acomodando e puxando uma cadeira para fazerem-lhes sala. A lamentação e a lamuria querem dar uma festa, e gentilmente as conduzimos até a cozinha. A luxúria toca a campainha, e mudamos e perfumamos os lençóis da cama. Os escândalos surgem em nossas telas e ficamos atentos, absortos, entretidos emprestamos nossos olhos, ouvidos e sentidos para divertidamente deleitarmos e assistirmos ao desfeche.
Evitamos, não sabemos, ou não queremos dizer, "não"? O que nos obriga a fazer ou permitir o que não queremos? Aquilo que nos vence torna-se nosso senhor, passa a ter o domínio sobre nós. Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém!
"Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus" (Romanos 14.12).
"No passado vocês já gastaram tempo suficiente fazendo o que agrada aos pagãos. Naquele tempo vocês viviam em libertinagem, na sensualidade, nas bebedeiras, orgias e farras, e na idolatria repugnante. No tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus. Eles acham estranho que vocês não se lancem com eles na mesma torrente de imoralidade, e por isso os insultam. Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos" (1 Pedro 4.3,2,4,5).
A maioria de nós, temos dificuldade no conceito de administração, é bem mais fácil a improvisação, o “empurrar com a barriga”. Pensamos vagamente sobre, otimizar e administrar o tempo, o peso, a grana, os gastos, agenda e orçamento pessoal... Mas e quanto à administração do pensamento, do tempo ocioso, das horas vagas? Não seria extremamente importante que nos interessássemos em controlar nossos pensamentos e o que guardamos em nossos corações?
"Assim como a mosca morta produz mau cheiro e estraga o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a sabedoria e a honra" (Eclesiastes 10.1). 
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4.23).
Jesus, nosso Mestre, exemplo e SENHOR, agia como um guarda bem treinado vigiando o portão da cidade, policiava Sua mente, Ele guardava obstinadamente, com toda diligência e intelecto a entrada do Seu coração, para não permitir que as hostilidades e os atos corrompidos do mundo, pudessem contamina-Lo. Se Ele agia assim, certamente devemos também fazê-lo.
Quanto maior a agitação ao nosso redor, quanto mais nos aproximamos dos tempos do fim, mais atentos e cuidadosamente devemos vigiar e guardar a porta de entrada de nossos pensamentos, nossa mente, os valores do nosso coração, para mantermos e conservarmos a calma pacifica e duradoura e fortalecermos a nossa fé. Nada podemos; torna-se humanamente impossível, termos um sóbrio discernimento diante de uma circunstância, uma causa, uma decisão a ser tomada, se os nossos pensamentos encontram-se emaranhados, entulhados, num turbilhão, em revolta rebeldia contra os propósitos do nosso Criador.

"Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4.8,7).

Palavra para o seu coração

Era este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu-me o pedido.

                                      1 Samuel 1.27


Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse?


                                      1 Coríntios 4.7

sábado, 30 de julho de 2016

Plenamente saciados


E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.

                         Filipenses 4.19

Parece mesmo incrível, mas nunca estamos plenamente satisfeitos, sempre estamos buscamos algo novo. Nos levantamos da mesa de uma farta e sobejada refeição, acariciamos com palmadinhas a barriga esticada como as cordas de um afinado violino e pensamos: - Puxa!!! Comi como um extravagante rei!!! Mas poucas horas depois, já estamos de volta à cozinha, assaltando a geladeira, buscando roer e lambiscar os restos mortais do nosso soberbo banquete.
Despertamos, após uma bem dormida noite, super dispostos, saltamos da cama animados, queremos agitar, trabalhar, produzir, exercitar, afinal o repouso restaurou nossas energias, recarregou nossas baterias, estamos hiper, super satisfeitos... por enquanto. Mas, daí umas doze horas de pique total, só conseguimos ver nossa caminha aconchegante nos convidando a descansar, e nos enroscar sob os lençóis.
Planejamos as férias ao longo do ano de trabalho, mal podemos administrar a ansiedade e euforia da longa espera... economizamos mês a mês... e "felizinhos" partimos rumo às merecidas férias, são banhos de mar, dias de sol, boa música, boa comida, bons espetáculos, bons amigos, jogos, brincadeiras, shows, filmes, diversão a valer... Mas, no caminho de volta para casa, já começamos a planejar as próximas férias, ou feriado prolongado para repetirmos a dose.
Nunca estamos satisfeitos, queremos sempre mais!!!!
Quando crianças, queremos chegar logo à adolescência, na adolescência, queremos nos tornar adultos, uma vez adultos, queremos nos casar, já casados, queremos filhos; quando chegam os filhos, queremos vê-los crescidos... após crescidos os filhos, eles se vão e a casa torna-se vazia... então queremos que venham nos visitar e nos alegrar com a presença dos netos... aposentados, numa poltrona reclinável, com os movimentos difíceis pelo peso da idade, as vistas já turvas, reclamamos: “Se pudéssemos voltar a ser criança outra vez”.
Nunca estamos plenamente satisfeitos, sempre buscamos mais!!!
Não há nada no mundo natural capaz de aplacar e saciar plenamente nossa carência, satisfazer nossos anseios profundos, porque o vazio que há em nós só se completa com a plenitude de Deus, só Ele é capaz de acalmar e ministrar em nós a paz duradoura e definitiva e o sossego para nossas almas famintas de Deus.
"Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna" (João 4.14 ).
Sempre que nos sentirmos coagidos, pelos apelos deste mundo consumista, que valoriza mais a criação do que o Criador, mais as dádivas e os dons do que o Doador e SENHOR de todos; que possamos ler alguns Salmos como estes:
"Com a tua mão, Senhor, livra-me de homens assim, de homens deste mundo, cuja recompensa está nesta vida. Quanto a mim, feita a justiça, verei a tua face; quando despertar ficarei satisfeito ao ver a tua semelhança" (Salmos 17.14,15).
"Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre"! (Salmos 131.1-3).

Palavra para o seu coração

O Senhor reinará eternamente.

                                          Êxodo 15.18


Então, você é rei! disse Pilatos. Jesus respondeu: Tu dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem.


                                          João 18.37

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Cristãos maduros


Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade.

                               2 Timóteo 2.15

Muitos de nós, acalentamos intenso desejo interior de realizar obras que sejam significativas, marcantes e permanentes, ao longo da nossa existência. Ao lermos os Salmos, verificamos que desde os primórdios, nossos ancestrais também pensavam e se preocupavam com isto.
"Sejam manifestos os teus feitos aos teus servos, e aos filhos deles o teu esplendor! Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos"! (Salmos 90.16,17).
Mas, se bem analisarmos, para que a obra de um homem não se perca na vastidão e imensidão da eternidade, é necessário que ela seja bem estruturada e consolidada, e fundamentalmente esteja em conformidade com os propósitos de Deus para o Homem. A Palavra de Deus é o norte, a bússola, o controle de qualidade; é o prumo que vai aparar as arestas e nivelar nossas edificações. Em nossos dias é a única Verdade confiável, na qual podemos basear e ter como padrão a ser seguido.
Nesta direção, de acordo com a Palavra, a obra inicial de Deus é que creiamos em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo.
"Então lhe perguntaram: O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou" (João 6.28,29).
Para iniciarmos a obra de Deus é indispensável termos um vital, profundo e íntimo relacionamento com Ele, porque primeiro necessitamos conhecer ao Deus da obra. Após conhecermos a Cristo, e O designarmos como o SENHOR de nossas vidas, iniciamos a descoberta do projeto de Deus para o presente, através da leitura sistemática das Escrituras. Muita leitura, muito conhecimento; pouco estudo resulta em pouco entendimento; quanto mais nos envolvemos, mais aprendemos, quanto maior a dedicação, melhor o desempenho; pois antes de tudo, a obra de Deus inicia-se no próprio cristão. Primeiro Ele trabalha em nós, para depois trabalhar através de nós.
A regeneração é apenas o inicio deste processo da obra de Deus na vida cristã. A bem da verdade, ela inaugura as etapas da transformação cristã, a qual Deus concluirá um dia, levando-nos à perfeição.
"Assim como vocês ofereceram os membros dos seus corpos em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade. Agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 6.19,22,23).
"Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1.6).
Certamente o nosso empenho, obediência e assídua disciplina à vontade de Deus conforme revelada nas Escrituras, é um dos fatores determinantes e grande diferencial no desenvolvimento deste processo. É como um veículo possante, dotado de modernos recursos, mas que resolvemos utiliza-lo sem o conhecermos completamente, nem estudarmos seu manual de funcionamento; iremos sem sombra de dúvidas, negligenciar grande parte do seu desempenho, por mera ignorância ou falta de dedicação... Assim somos nós, sem o conhecimento da Palavra de Deus, nossas chances na realização de Sua obra são bem remotas e meramente superficiais.
A expressa ordem do SENHOR Jesus de espalhar as boas-novas do Seu Evangelho a todos os homens foi registrada no final dos quatro Evangelhos e no início do Livro de Atos, tamanha a significância desta atitude. O método adotado por Deus é de que o homem espalhe o Evangelho e o Espírito Santo convença as pessoas.
"Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6.44).
"E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6.39,40).
Será que sabemos dimensionar o real valor de uma alma?
Outro importante fator é sabermos observar a obra de Deus no mundo, lermos, decifrarmos o momento em que estamos vivendo, conciliarmos o tempo do Homem com o tempo de Deus, para percebermos o que requer urgência e não desperdiçarmos as oportunidades provindas do SENHOR.   
A Igreja de Deus é o organismo designado por Cristo para a execução da Sua Obra no presente, e esta é a razão pela qual o inimigo investe acirradamente contra ela. Uma vez corrompida, todos os que se alimentam e se sustentam de suas doutrinas, fatalmente também se perderão.
"E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la" (Mateus 16.18).
Deus trabalha na Igreja através do Espírito Santo e também motiva e move pessoas espiritualmente dotadas para fortalecê-la e abençoa-la no cumprimento dos Seus propósitos e consolidação de Sua Obra.

"E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (Efésios 4.11-13).

Palavra para o seu coração

O Senhor respondeu a Moisés: Estará limitado o poder do Senhor? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não.

                                     Números 11.23

Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.

                                     Marcos 1.31

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tal como nós


Àquele que se lembrou de nós quando fomos humilhados O seu amor dura para sempre!

                             Salmos 136.23

Foi plano e decisão de Deus experienciar todas as emoções humanas, fazer-Se conhecido, revelar-Se a nós através de um simples corpo humano, semelhante ao nosso.
Sim, era humana a voz que proferiu as palavras de ordem para o morto de quatro dias, deixar seu túmulo e sair, diante dos olhares perplexos de toda uma multidão. A mão que corajosamente, sem nenhuma repulsa tocou e trouxe cura ao leproso, tinha os mesmos calos de um marceneiro experimentado na profissão.
Os pés sobre os quais a mulher pranteou, eram cobertos pela poeira e desgastados pelas longínquas caminhadas. E todas as vezes quando Aquele Homem chorou, suas lágrimas brotavam de um coração ferido, abatido e entristecido pela dor de uma alma incompreendida pela humanidade completamente cega e espiritualmente perdida.
"Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. Também a lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus a visitaria" (Lucas 19.41,42,44).
Jesus embora sendo Deus, despiu-Se da Sua Glória, vestiu-Se de completa humanidade, andou e peregrino junto ao povo, era acessível a todos: enfermos, miseráveis, possessos, prostitutas, excluídos, rejeitados, moribundos, crianças... Todos que O procuravam obtinham Sua atenção, em momento algum aceitou tornar-Se como uma estátua emoldurada numa catedral de vitrais, ou ser tratado como um sacerdote religioso num palanque ou plataforma qualquer. Não, não, ao contrário disso, nosso Mestre quis estar o mais próximo possível de todos, era completamente acessível e tocável, tal como qualquer um de nós.
Aliás, Ele mesmo afirmou jamais Se afastar dos que O amam verdadeiramente; mesmo quando voltou-Se para o Pai, enviou Seu Santo Espírito para habitar dentro de nós, e nos revelou em Sua Palavra que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, por mais suntuosos que sejam.
"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.24,25,28).

Palavra para o seu coração

Eu, o Senhor, sou o seu vigia, rego-a constantemente e a protejo dia e noite para impedir que lhe façam dano.

                                     Isaías 27.3


Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.


                                     João 15.1,2

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Dimensão do amor e tolerância ao próximo


Em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam;

                                  Mateus 7.12

A passagem sobre o Ribeiro de Besor merece um lugar de destaque entre os livros de cabeceira dos esgotados. Sim, porque ela é bálsamo e refrigério ao coração cansado.
A história inicia-se lá em Ziclague, Davi e seus seiscentos soldados voltam do combate contra os filisteus e encontram um verdadeiro caos. Invasores amalequitas entraram na aldeia, saquearam-na e levaram as mulheres e crianças como reféns. A dor, frustração e revolta dos homens se convertem em ira, não contra os amalequitas, mas contra Davi. Pois foi ele quem os levou para a batalha, deixou as mulheres e crianças vulneráveis, expostas e desprotegidas. Então ele é culpado e precisa morrer. Assim, eles começam a juntar pedras para apedreja-lo.
Se Davi já não estivesse familiarizado com este tipo de situação e tratamento, talvez esse pudesse ser seu pior momento: mas... Ignorado pelo próprio pai, menosprezado pelos irmãos, Saul o queira morto, e agora seu próprio exército... Simplesmente rejeitado por todo círculo social expressivo em sua vida.
Mas parece que o caos e os desafios, o motivam, estimulam e o transforma em um dos melhores. Sim, porque enquanto os homens nutrem sua ira, Davi busca seu Deus.
"Davi, porém, fortaleceu-se no SENHOR, no seu Deus" (1 Samuel 30.6).
É fundamental que aprendamos a fazer o mesmo, porque amigos nem sempre estão disponíveis, e muitas vezes nossos valores se divergem; os sistemas de apoio nem sempre apoiam, pastores são humanos e falhos como todos nós, suscetíveis a desviarem-se do essencial. Então quando faltar a ajuda necessária, apoio, socorro, saída; temos de fazer como Davi, voltarmos para Deus. Ele é o nosso socorro bem presente em nossas tribulações!
"Devo perseguir esse bando de invasores? Irei alcançá-los? Persiga-os; é certo que você os alcançará e conseguirá libertar os prisioneiros" (1 Samuel 30.8).
Então Davi redireciona a raiva de seus homens para o inimigo, eles começam a perseguir os amalequitas. É bem verdade que estão exaustos e que ainda trazem a poeira da estrada depois da longa batalha travada, e não assimilaram totalmente a revolta e a raiva que sentem de Davi. E ainda tem como agravante o completo desconhecimento do esconderijo dos amalequitas, certamente se não fosse por amor aos seus entes queridos, talvez desistissem da dura empreitada.
Na verdade, duzentos deles desistem. Ao chegarem a um ribeiro chamado Besor, eles descem dos cavalos e entram no riacho e se banham e se refrescam, retiram a poeira do corpo, e se esticam na grama, então o cansaço cobra o seu tributo. Ouvindo a ordem para seguir em frente, duzentos deles preferem descansar.
Qual é o limite de cansaço que leva uma pessoa a abandonar e desistir do resgate de sua própria família?
Toda igreja tem um grupo de tais pessoas, são excelentes, prestativas, assíduas, tementes a Deus, como todos nós. Algumas há apenas horas outras já há anos, elas marchavam com muita disciplina e determinação. Mas depois de algum tempo sem a devida resposta, bate a frustração, a fadiga as consome, elas se tornam debilitadas e exaustas. Tão esgotadas, indispostas e cansadas que não conseguem reunir forças para salvar nem mesmo os do próprio sangue. Os anos passaram, a idade avançada roubou-lhes o ar e o pique, a disposição. Ou talvez tenha sido uma série sequencial de derrotas de tirar o fôlego e qualquer disposição para prosseguir. A viuvez, a depressão, o vício, o abandono e o divórcio podem tranquilamente nos conduzir ao ribeiro. Não importa qual seja a razão, há na igreja sempre pessoas que se encontram em seus limites, que simplesmente se sentam e descansam, incapazes a qualquer tipo de reação.
E cabe então a igreja decidir: O que fazemos com as pessoas que se encontram no Ribeiro de Besor? Devemos simplesmente ignorá-las, fingir que não existem e que não as vemos, humilhá-las, repreendê-las, forçá-las a caminhar?  Devemos dar-lhes um descanso, estipular um tempo e contar os minutos decorridos? Ou mais uma vez aprendermos e fazermos o que Davi fez? Ele simplesmente permitiu que ficassem. Afinal de contas, hoje são eles e amanhã poderemos ser nós, na mesma situação. Como gostaríamos que nos tratassem?!
"Levem os fardos pesados uns dos outros. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé" (Gálatas 6.2,9,10).
"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças", (Eclesiastes 9.10).

"Vocês devem ser fortes e não se desanimar, pois o trabalho de vocês será recompensado" (2 Crônicas 15.7).

Palavra para o seu coração

Vejam a pedra que coloquei na frente de Josué! Ela tem sete pares de olhos, e eu gravarei nela uma inscrição, declara o Senhor dos Exércitos, e removerei o pecado desta terra num único dia.

                                  Zacarias 3.9


Aquele que estava assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas! E acrescentou: Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança.

                                  Apocalipse 21.5

terça-feira, 26 de julho de 2016

Excelência do conhecimento


E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor.

                        Filipenses 3.8

A estação da colheita é o tempo festivo das espigas, tempo de safra, de celeiros cheios, repletos de fartura e de bonança. Mas se nos aprofundarmos e observarmos, a mensagem do campo fértil para nós veremos, que a lição vai mais além do que a simples aparência nos revela.
Sim, ele nos diz que precisamos morrer para poder viver... Conforto, comodidade e bem estar não podem ser consultados, nem considerados ou levados em conta.  Precisamos crucificar valores, desejos e hábitos pecaminosos, nocivos e não apenas os que são evidentes e aparentes, mas também os ocultos, não revelados, escabrosos que se transvestem e aparentam ingênuos, despretensiosos, inocentes e retos aos olhos de todos.
Se nutrirmos o elevado desejo de ser útil ao mundo, se queremos salvar os outros, não podemos nos dar ao luxo de priorizar a nossa própria salvação, temos que nos arriscar vencer o comodismo, nos expor. Só podemos dar frutos, se primeiro formos sepultados em trevas e solidão; a semente só germina após o silencio e o repouso da morte.
"Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto" (João 12.24).
Muitas vezes fraquejamos e titubeamos só em pensar na seriedade e profundidade de tal missão, mas se o Mestre nos pede isto, se Ele nos capacita e espera de nós tal desempenho; possamos então declarar ao mundo em alto e bom som: como é sublime e glorioso termos sido considerados dignos de podermos entrar na comunhão dos Seus sofrimentos, e desfrutarmos da Sua doce e constante companhia.
"Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará" ( João 12.26).
E que possamos em todo o tempo trazer vívido em nossa memória, o elevado nível desta seleção, da qual somos parte e que nos distingue e diferencia, nos estimula e desafia a batalhar cada vez mais para nos transformarmos em vasos de honra, idôneos, prontos para o Seu uso.
"Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome de Jesus" (Atos 5.41).
Observemos que o Calvário Dele floresceu e frutificou, a abundância brotou da dor, da morte gerou-se a vida... Afinal de contas esta é a lei do Reino. Quando o botão se transforma em flor não chamamos a isto de morte, é apenas um ciclo natural da vida.
"E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês. Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Romanos 8.11,13,14).
"Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida" (João 3.36).

"Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos"! (Romanos 11.33).

Palavra para o seu coração

Assim Daniel prosperou durante os reinados de Dario e de Ciro, o persa.

                                          Daniel 6.28


Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.


                                          1 João 4.9

domingo, 24 de julho de 2016

Laços de Família


E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.

                            2 Coríntios 6.18

De certa forma, todos nutrimos a esperança de termos um dia uma grande e coesa família, daquelas alegres e festivas, onde todos se dão bem, se ajudam mutuamente, torcem uns pelos outros, se unem nos finais de semana, celebram festividades e conquistas, são cooperadores e cúmplices uns dos outros.
Torcemos na expectativa de que nosso íntimo amigo, venha se tornar também parte de nossa ampla família.
Observamos, porém, que em nenhum momento Jesus demonstrou este tipo de ilusão fantasiosa, tanto que, ao referir-Se a Sua família, Ele categoricamente nos diz:
"Então olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Marcos 3.34,35).
Sim, porque muitas vezes, os Seus próprios irmãos não compartilhavam, nem concordavam com Seu ponto de vista, ou Suas convicções, mas em momento algum Ele demonstrou qualquer intolerância ou os forçou a compreendê-Lo. Certamente, Ele reconhecia que não poderia cobrar um entendimento ou uma postura de alguém que não está apto a atendê-Lo, e que Sua família espiritual podia tranquilamente prover o que Sua família de sangue não dispunha e não tinha condições de apresentar no momento.
Não cabe a nós controlar a maneira como a nossa família reage a nós, cada um tem sua própria forma de reagir aos estímulos, somos restritos, ficamos atados em se tratando do comportamento dos outros com relação a nós.
Precisamos romper com a ilusão de querer em tempo integral agradar a todos que nos rodeiam, não seremos melhores aceitos ou mais bem tratados se formos amistosos, politicamente corretos, legais de carteirinha; como se houvesse sempre um padrão, um formato a ser seguido para ser aceito e eleito membro do fã clube, ou seremos expulso do time. Não somos responsáveis, nem temos o controle ou o domínio sobre as reações além de nós mesmos. 
Mas podemos sim, permitir que Deus nos conceda e supra em nós tudo aquilo que nossa família não pode, não tem ou não quer nos dar. Se o nosso pai terreno nos evita, despreza, ou nos ignora, não façamos disso motivo de frustração ou revolta, apenas deixemos que o SENHOR nos revele porque É o nosso Pai celestial. Simplesmente não deixemos que mágoas e ressentimentos encontrem espaço em nosso ser, não percamos o carinho, a atenção, o zelo e o cuidado que são devidos aos nossos familiares. Mesmo porque, o SENHOR ainda quebranta corações endurecidos e transforma famílias inteiras, para a glória do Nome Dele.

"Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com ele" (Daniel 2.20-22).

Palavra para o seu coração

Porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição.

                                       Salmos 16.10


E quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?


                                       João 11.26

sábado, 23 de julho de 2016

Sem plano “B”


Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam.

                                Atos 16.25


Os extraordinários feitos, resultantes da fé em ação, raramente iniciam-se com estratégias e cálculos bem planejados. 
Certamente não foi a coerência nem a lógica de raciocínio, que levou Moisés ousar e levantar seu cajado, quando estavam encurralados às margens do Mar Vermelho. Também não foi baseado na vertiginosa evolução da ciência, ou alguma surpreendente descoberta no campo da medicina, que convenceu Naamã a mergulhar sete vezes nas poluídas águas de um rio.
E não foi fundamentado em resultados de pesquisas científicas, nem do ensino coerente e graduado secular, ou a sabedoria institucionalizada, que fez Paulo simplesmente abandonar o zelo pela Lei e apaixonadamente abraçar a graça com todas as suas forças.
Do mesmo modo que, não foi um organizado elenco de renomados preletores intelectuais, nem de consagrados e experimentados sacerdotes, que se reuniram num escritório de Jerusalém para orarem e jejuarem para que Pedro fosse liberto da cadeia. Ao contrário disso, foi um pequenino grupo de crentes assustados, desesperados e perplexos, trancafiados e encolhidos num canto de uma sala qualquer... Foi uma igrejinha inexpressiva, uma pequenina congregação, sem placas nem denominação, que não possuía estratégias nem plano “B” para lançarem mão, não tinham a quem recorrer ou apelar... Dependiam única e exclusivamente do SENHOR e exatamente em razão disso, se surpreendiam com as repostas imediatas as suas orações.
Extraímos grandes lições na humildade e simplicidade da Igreja Primitiva, a dedicação, o zelo, a pureza, inteireza de caráter, disciplina, perseverança na consagração, contínua e ininterrupta oração. Aprendemos também, que muitas vezes usamos a semente do medo para o plantio de cada ato de fé, que nasce em meio às tempestades, são regadas com nossas lágrimas de aflição, e que os viçosos frutos colhidos dali, só o SENHOR pode nos dar. E que por pior que possam parecer as circunstancias e dificuldades que nos sobrevém, elas são imensuravelmente menores que Aquele que nos sustenta e nos dá forças para vencer.

"Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre. Como os montes cercam Jerusalém, assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre" (Salmos 125.1,2).

Palavra para o seu coração

Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: Onde está o seu Deus?

                                   Salmos 42.3

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.


                                   Hebreus 12.14

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Na quietude e no silêncio


 Houve silêncio, e ouvi uma voz suave.

                                 Jó 4.16

É imensa a dificuldade que a maioria de nós encontra na tentativa de silenciar e aquietar o nosso ser, para ouvir a voz de Deus. Parece simples e elementar, mas basta dispormos, que surge uma multidão de vozes, sons e apelos externos e internos, alcançam e atingem nossos ouvidos e sentidos prendendo a nossa mente, cobrando e exigindo nossa atenção e cuidado.
Às vezes são nossas próprias inquietações, cobranças, perguntas, questões, urgências, deveres, cuidados que surgem e brotam do nada; em outras ocasiões são sugestões do vil tentador, são os sons, zumbidos, ecos e ruídos produzidos pela roda viva e pelo tumulto do mundo.
Somos cercados e rodeados, ora puxados, ora empurrados, ora atraídos, ora impulsionados e sacudidos com as ruidosas aclamações, festivas propagandas, apelativos reclames que nos induz a um indescritível desassossego e inquietação. Parece-nos muitas vezes crucial atender a maioria delas, responder a algumas indagações, são preocupações que surgem com inseguranças e conflitos pelo amanhã que virá com todos os seus problemas que clamam por solução; para podermos alcançar a almejada paz e o desejado sossego de nosso espírito aflito.
Mas o SENHOR, categórico nos diz:
"Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus"; (Salmos 46.10).
E a medida que nos aprofundamos e aprendemos a beber bem devagar, sorver gota a gota desta fonte inesgotável, nossos sentidos pouco a pouco começam obedecer e diligentemente cerramos nossos ouvidos a todos os sons estranhos, até que como amordaçadas as vozes externas cessam, deixam de nos influenciar – restando apenas uma doce voz mansa e suave, mas vigorosa e renovadora soando bem dentro do nosso ser, com imensa ternura, mas com grande poder arrebatador, trazendo-nos imensa paz, conforto e segurança. É como a resposta de Deus aos nossos anseios, buscas e orações, é como a intercessão do próprio Espírito Santo ministrando o refrigério do Seu bálsamo, como curativo divino para nossa alma cansada e sobrecarregada pelos valores e cargas mundanas. O próprio Deus vivo suprindo nossas carências, recarregando nossas energias, reavivando Sua própria obra em nós.
É bem assim que o nosso débil espírito sacia-se e bebe a vida de nosso SENHOR ressurreto, é de onde tiramos a força necessária para os embates que surgem; tal como a relva tenra absorve as gotas do fresco orvalho. Mas da mesma maneira que o orvalho não pode ser percebido nem encontrado em noites de tempestades, o orvalho da graça, da misericórdia e dos cuidados do Criador não é distinguido nem usufruído pela alma e o espírito inquieto e desassossegado.
"No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor", (Isaías 30.15).
Em outras palavras:

Na paz produzida pela fé está a nossa salvação; na paciência e na tranquilidade está a nossa força; contudo, nós muitas vezes rejeitamos! 

Palavra para o seu coração

Prestem culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os abençoará, dando-lhes alimento e água. Tirarei a doença do meio de vocês.

                                      Êxodo 23.25


Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará.

                                      João 12.26

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Armas poderosas contra Satanás


Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. O tentador aproximou-se dele e disse: Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
Jesus respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então o Diabo o levou a cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Jesus lhe respondeu: Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus.
Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares. Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus, só a ele preste culto.

                                      Mateus 4.1-10

Como um guerreiro poderoso que enfrenta o inimigo em combate, Jesus lutou bravamente contra Satanás. As poderosas palavras que proferiu eram armas terríveis, que acertaram o alvo e repeliram Satanás.
Um dos maiores embates entre Jesus e o Diabo ocorreu no início do Seu ministério. Nessa batalha, registrada em Mateus quatro, Jesus nos mostra como enfrentar Satanás em cada provação, tentação ou ataque e como obter a vitória completa.
Após o batismo no rio Jordão, Jesus foi levado pelo Espírito até o deserto, onde passou quarenta dias orando e jejuando em comunhão com Deus, buscando direcionamento divino e preparando-se para a obra que fora chamado a realizar. Durante esse período no deserto, Satanás apareceu para enfrentá-lo. Não sabemos exatamente como isso ocorreu, mas é certo que o Diabo reconheceu Jesus. Ali, diante dele, em forma humana, estava o Filho do Deus Todo-Poderoso, que estivera com o Criador desde o principio e assistira a cena em que Satanás fora expulso do céu.
O Diabo sabia que Jesus fora enviado e comissionado por Deus para derrotá-lo. Portanto tentaria por todas as maneiras detê-Lo, impedindo-O de cumprir a vontade do Pai.
Jesus sabia quem era Satanás e por que ele estava ali, sabia que o seu adversário era enganador e mentiroso e que viera para tentá-lo a pecar contra Deus. Não foi um encontro casual, e Jesus não foi apanhado de surpresa, Ele estava preparado. Sabia que era o Filho de Deus e tinha certeza de que fora chamado para derrotar Satanás. Cristo estava convicto de que fora ungido com o poder do Espírito Santo, estava ciente de que possuía poder e autoridade do Deus Todo-Poderoso e que todo o céu O apoiava. "Até aos espíritos imundos ele dá ordens com autoridade e poder, e eles saem!" (Lucas 4.36).
O termo grego traduzido como "autoridade" significa "exercer poder". "Poder" vem do vocábulo grego "dunamis", que representa o poder miraculoso de Deus. Juntas, essas palavras transmitem a ideia de "direito de exercer o poder miraculoso de Deus".
Satanás atacou Jesus três vezes, tentando-O a pecar contra o Pai, em todas elas, Jesus exerceu a Sua autoridade sobre o Diabo, declarando a Palavra de Deus. Inicialmente, por saber que Jesus estava faminto, Satanás desafiou-O a provar que era o Filho de Deus, e transformar uma pedra em pão. Mas seu intento foi frustrado, Jesus o rebateu precisamente com um golpe certeiro.
Novamente o Diabo desafiou a Jesus, agora para que se lançasse do pináculo do Templo, para que os anjos O socorressem provando assim que era o Filho de Deus. Cristo mais uma vez o repeliu e desarmou-o.
Sem se dar por vencido, em uma última tentativa, Satanás prometeu dar a Jesus todos os reinos do mundo, se prostrado Se curvasse e o adorasse, tentando seduzi-Lo pelo poder. Cristo sabia que o Diabo é mentiroso e enganador. Assim, colocou-o em seu devido lugar e novamente o repreendeu e o expulsou: "Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o SENHOR, o seu Deus, e só a Ele preste culto" (v.10).
Por Jesus ter declarado a Palavra de Deus com conhecimento, precisão e autoridade o Diabo foi obrigado a fugir e bater em retirada.

"Embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus", (2 Coríntios 10.3-5).

Palavra para o seu coração

Até quando o adversário irá zombar, ó Deus? Será que o inimigo blasfemará o teu nome para sempre?

                                      Salmos 74.10


Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.


                                      Atos 4.29

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Laços de Ternura


- Por que achei favor a seus olhos, a ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira?
- O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio! 

                              Rute 2.10,12

Deus recompensou grandemente a lealdade de Rute à sogra Noemi. Apesar das dificuldades que lhes sobrevieram e que sofreram, ela se propôs a não abandonar a idosa mulher e acompanha-la e apoia-la até o fim de seus dias e o SENHOR a abençoou sobremaneira pelo ato de bondade e ternura demonstrado.
Rute colhia cevada para garantir o sustento de ambas, nos campos de Boaz um próspero parente da sogra, que reconheceu nela uma mulher de valor e assegurou que seus servos deixassem espigas extras para ela. Apesar do grande esforço e do trabalho pesado do campo, Rute era grata pelo que possuía, não se deixava desanimar, nem se abater pelas lutas e dificuldades que enfrentavam.
Boaz por sua vez, também demonstrou grandeza de caráter, generosidade em seus pequenos atos de bondade; atitudes estas que lhe renderam grande recompensa.
Muitas vezes imaginamos que os atos importantes que praticamos são apenas e somente aqueles pelos quais recebemos algum reconhecimento público. Pensamos que para realizar algo significativo, somente escrevendo um livro, ou compor uma música de sucesso, ou criar uma obra de arte, pintar um quadro e obter reconhecimento... Há um senso comum de que o valor e o significado de sucesso na vida dependem de algum reconhecimento público.
Mas este não é o caso. Feitos realmente significativos e gratificantes são muitas vezes realizados silenciosamente, discretamente, sem alardes, e quase sempre sem qualquer reconhecimento. A grande maioria dos atos memoráveis, significativos e importantes que realizamos na vida estão bem longe de serem dramáticos, esplendidos ou grandiosos.
Felizmente, para nossa alegria, no dia do SENHOR, Deus recompensará muitos, que dificilmente se lembrarão dos atos importantes praticados, pelos quais serão honrados.
Ter uma palavra de conforto e de apoio a alguém que anda triste, desesperançado e desanimado; visitarmos alguém inválido e solitário; sabermos ouvir e sermos pacientes com nosso próximo; estendermos a mão aos necessitados que nos rodeiam; ligar a alguém que sofre para demonstrar que se importa com ela; oferecer um copo de água fresca em Nome de Jesus, são atitudes que praticamos e geralmente nos esquecemos, mas certamente o SENHOR jamais Se esquece.

"E se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu lhes asseguro que não perderá a sua recompensa" (Mateus 10.42).

Palavra para o seu coração

O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não se desanime!

                                   Deuteronômio 31.8


Mas eles insistiram muito com ele: "Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já está quase findando". Então, ele entrou para ficar com eles.


                                   Lucas 24.29

terça-feira, 19 de julho de 2016

Onde está o seu tesouro?!


Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

                                Marcos 8.36

Se há alguém que poderia possuir todos os bens do mundo, usufruí-los e exibi-los, este seria o SENHOR Jesus, Seu real possuidor.
"Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem"; (Salmos 24.1).
Ele poderia com muita propriedade ter possuído, exibido e ostentado toda a opulência das riquezas de minérios, de conforto, de facilidades, conhecimento e sabedoria em todos os níveis, mas ao contrário disto, não valorizou nem Se ateve a isto, pois sabia que as riquezas não são capazes de salvar sequer uma alma. 
Mesmo porque o único caminho que conduz à vida eterna é a redenção obtida através do sangue Dele, Jesus Cristo, o Filho unigênito do Deus vivo.
"Tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados" (Mateus 26.27,28).                                                    
Sem o derramamento do Seu sangue, estaríamos perdidos, condenados para sempre, não haveria a remissão dos nossos pecados, fomos justificados diante de Deus através desse ato.
Então, não importa quanto dinheiro, posses, bens, riquezas, poderes, posição social, consigamos angariar nesse mundo; precisamos chegar ao lugar onde venhamos nos render e entregar nosso coração ao SENHOR, confessando e reconhecendo Sua soberania e atribuindo-Lhe o lugar de único e suficiente Salvador das nossas vidas. Não importa se somos bons vizinhos, bons cidadãos, cumpridores dos nossos deveres, bons pagadores, bons patrões, exímios esposos e pais e chefes de família exemplar; não importa o que já sofremos ou as facilidades e vantagens que já tivemos, não importa os sonhos que já realizamos nem e os que ainda estamos por sonhar: se não tivermos Cristo como nosso Salvador, então nada mais importa, exatamente e literalmente “tudo” é vão e perda de tempo.
“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”? (Marcos 8.36).
E não adianta apenas e tão somente proferirmos isto em palavras, de maneira superficial, Ele sonda os corações.
"Todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras" (Apocalipse 2.23).
Jesus não entregou Sua vida num calvário para o nosso conforto e facilidades. Temos que nos conscientizar de que não há coroa sem cruz, faz parte do pacote. Não existe bênçãos sem fardo, não há conquista sem conflito, não há vitória sem luta. A Palavra nos orienta a combater o bom combate da fé. Então, precisamos começar a deixar de lado as coisas de crianças e nos amadurecer na fé, tomarmos uma posição diante do SENHOR. Mesmo porque, há fardos para serem carregados, há batalhas para serem travadas, gigantes para serem derrubados, vitórias a serem conquistadas, territórios para serem dominados, onde a bandeira do SENHOR precisa ser hasteada e tremular pelos ares.
Precisamos colocar nossas mãos no arado sem olhar para trás. Então deixemos de lado as lamentações infundadas e infantis, sobre o conforto e facilidades que não temos. Estamos em guerra contra Satanás e seu exército, não há tempo para picuinhas.
Será que Deus encontrará em nós, homens de valor, quando sondar o nosso coração? Será que nosso amado Mestre pode contar conosco, ou somos daqueles que vacilam e tremem na base na hora da prova? Será que já alcançamos e cumprimos tudo o que nosso Criador planejou sermos e realizarmos aqui? Se estamos vivos é prova de que ainda temos trabalho pela frente, nosso descanso não é aqui, avante irmãos!

"Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.13,14).

Palavra para o seu coração

Louvado seja Deus, que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor!

                                    Salmos 66.20


Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.


                                    João 16.24

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Deus sonda o coração

O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração.

                                   1 Samuel 16.7

Conforme a instrução recebida, Samuel segue o caminho para Belém, suas entranhas remexem, calafrio na espinha e os pensamentos correm. É arriscado ungir um rei quando Israel já possui alguém no trono. Contudo, é mais perigoso desacatar e desobedecer a Deus e viver sem um líder na circunstancia que viviam.
Samuel entra na vila, arrastando um novilho. Sua chegada atrai a atenção dos habitantes, raramente os profetas visitam Belém. Viera ele para castigar alguém ou estaria se ocultando e fugindo de algo? Nem uma coisa nem outra — assegura o profeta de ombros caídos, absorto em suas próprias conjecturas. Alega sabiamente, que viera apenas para sacrificar o animal para Deus, e convida os anciãos juntamente com Jessé e seus filhos a se juntarem a ele.
A cena lembra um desfile de passarela. Jessé exibe seus filhos um de cada vez, como cães de raça em coleiras. Samuel examina-os de vários ângulos, observa-os detalhadamente e por mais de uma vez, está pronto para dar-lhes a nota máxima; mas, em cada uma delas, Deus o impede.
Eliabe, o mais velho, parece a mais lógica e acertada escolha. Imagine-o como o Galã da vila: cabelos ondulados, maxilar proeminente, olhar penetrante, esbelto e forte, esbanjando saúde. Ele usa uma calça jeans apertada, tênis de marca e tem um sorriso perfeito. Este é o cara, sem dúvida alguma estou diante do rei, pensa Samuel.
"Errado", diz Deus.
Abinadabe entra como o segundo irmão e forte concorrente. Acharíamos que ele era o próprio modelo da capa de uma famosa revista masculina. Terno impecável de corte italiano, sapatos de couro de crocodilo. Cabelo negro bem cortado e fixado para trás com gel, barba delineada e aparada emoldurando o rosto. Pensem num rei estiloso! Abinadabe preencheria com sobra esse perfil, mas...
O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração (1 Samuel 16.7).
Deus não Se deixa influenciar com estilo, então Samuel pede para que entre o terceiro irmão, Samá. Ele é estudioso, intelectual, versátil, prático e aplicado, esbanja carisma, mas tem massa cinzenta sobrando. Usa uns óculos que lhe dá um ar de superioridade e o torna marcante e sóbrio; é formado pela Universidade Federal e está de olho em um programa de pós-graduação no Egito, pretende se doutorar em ciências. Jessé sussurra para Samuel: "Esse é meu orgulho, nunca reprovou na escola, líder da sua turma, presidente do diretório acadêmico e orador oficial da Faculdade de Belém".
Samuel fica tremendamente impressionado, mas Deus não. Deus novamente alerta o sacerdote: "O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração" (1 Samuel 16.7).
Sete filhos passaram, os sete fracassaram. O desfile para. Samuel os conta mentalmente e indaga: — Jessé, você não tem oito filhos?
Uma pergunta semelhante fez a madrasta de Cinderela contorcer-se. Jessé provavelmente fez o mesmo ao ver detectada sua flagrante injustiça paterna: "Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas" (16.11).
O termo hebraico para "caçula" é haqqaton e indica mais do que idade inferior; sugere posição. O haqqaton era mais do que o irmão caçula; era o irmãozinho — o tampinha, o bebezinho.
Coube a ele então, cuidar das ovelhas da família. Coloque o menino onde ele não venha causar problemas, nem prejuízos, nem confusão, deixe-o lá no campo a céu aberto é mais seguro.
E é exatamente ali que encontramos Davi, no pasto com o rebanho. Mas as Escrituras dedicam 66 capítulos à sua história, deixando-o, em número de referências, atrás somente de Jesus. O Novo Testamento menciona seu nome 59 vezes. Ele estabelecerá e habitará a cidade mais famosa do mundo, Jerusalém. O Filho de Deus será chamado o Filho de Davi. Os maiores e mais profundos salmos fluirão de sua pena. Iremos chamá-lo de rei, guerreiro, menestrel e exterminador de gigantes.
Mas, naquele importante momento, ele nem mesmo está incluído na reunião familiar; é simplesmente uma criança esquecida, desclassificada e descredenciada, realizando uma tarefa doméstica em uma cidade que não passa de um ponto no mapa.
O que levou Deus a escolhê-lo? Precisamos saber.
Afinal, andamos pelo mesmo pasto que andou Davi, sim, o pasto da exclusão.
Estamos cansados do sistema superficial da sociedade, de sermos classificados de acordo com a aparência exterior, os centímetros de nossa cintura, os metros quadrados de nossa casa, a cor de nossa pele, o modelo de nosso carro, a marca de nossas roupas, o tamanho de nosso escritório, os diplomas conquistados, o modelo do celular, a ausência de rugas e espinhas. Não estamos nós já cansados dessa ótica de valores mundanos?
O trabalho duro é ignorado, a devoção não compensa é desperdício de tempo. O diretor prefere a segmentação ao caráter. O professor escolhe alunos mimados em vez de alunos preparados. No esporte não se destacam os melhores e sim os apadrinhados. Os pais exibem seus filhos preferidos e deixam os nanicos lá fora no campo.
Estamos realmente cansados dessa mesmice, dessa injustiça barata. Então é hora de pararmos de valorizar o que eles pensam e valorizam. Pois o que importa verdadeiramente é o que o nosso Criador pensa:
"O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração" (16.7).

E isto é o que conta!