sábado, 12 de julho de 2014

Nossas ofertas agradam a Deus?

Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O SENHOR aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou.
O SENHOR disse a Caim: “Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquista-lo, mas você deve dominá-lo”.

           Gênesis 4.3-7

O primeiro ato de adoração a Deus registrado após a queda do homem foi ofertar-lhe. Após a queda, Deus não rompeu inteiramente o seu relacionamento com a humanidade. Havia justificativa para Ele destruir o homem, pois este traiu sua confiança, desobedeceu, merecia a morte. Mas, ao invés disso, Deus ofereceu Sua Graça e Misericórdia, pelo grande amor a humanidade, estabeleceu um caminho para o homem restaurar a comunhão com Ele — por meio de sacrifícios e ofertas, que eram sagradas, porque apontava para Cristo, o Sacrifício Perfeito, aquele que redimiria o pecado da humanidade.
As ofertas representavam a confissão de pecado, a penalidade pelo pecado e uma profissão de fé, que apontava para aquela Oferta única: o Cordeiro de Deus que levaria sobre si todos nossos pecados.
O relacionamento entre o homem e Deus sempre se baseou na obediência a todos os mandamentos divinos, inclusive os relativos aos dízimos e às ofertas. Quando o homem adorava a Deus com os seus dízimos e suas ofertas, Ele derramava abundantemente as suas bênçãos sobre o ofertante e o FAZIA PROSPERAR.
Havia um profundo significado espiritual de entrega na apresentação da oferta ao Senhor. Este significado sempre foi o aspecto mais importante da vida dos crentes. Não apenas a oferta em si era importante, mas também a maneira em que era apresentada. Se não estivesse de acordo com as diretrizes de Deus, era considerada inaceitável e então rejeitada. Depois da queda, em algum momento, Deus revelou a Adão a maneira correta de ofertar, o tipo de oferta, o tempo certo para apresentá-la e o que cada oferta representava. No tempo designado, Caim e Abel foram apresentar cada um a sua oferta ao SENHOR.
Caim apresentou uma oferta do fruto da terra. Abel ofereceu o melhor que possuía: o primogênito do rebanho.
E Deus aceitou a oferta de Abel, mas rejeitou a de Caim. Por quê?
A oferta de Caim era apenas um sacrifício de agradecimento, não um sacrifício de expiação. Não houve da parte dele humildade, arrependimento, confissão de pecado, tampouco o reconhecimento da necessidade de um grande Sacrifício que um dia redimiria o homem de seus pecados.
Abel apresentou-se a Deus com um sacrifício de expiação. Ele ofereceu o melhor de tudo que possuía. Não trouxe consigo um cordeiro doente, paralítico ou maculado, mas selecionou o melhor primogênito de seu rebanho e sacrificou-o no altar da adoração.
O sangue do cordeiro que Abel sacrificou apontava profeticamente para o sangue de Cristo, que seria derramado para remissão do pecado de toda a humanidade.
Ao oferecê-lo a Deus, Abel estava reconhecendo que era um pecador sujeito à ira divina. E assim, pela fé, buscava a misericórdia de Deus.
A oferta de Abel foi aceita por Deus porque foi apresentada com fé: "Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas" (Hb 11.4). Deus aceitou a oferta de Abel, e isso lhe foi creditado como justiça.
As ofertas que oferecemos a Deus são parte de nosso relacionamento com Ele. Não podemos tratá-las de modo superficial, e apresentá-las sem fé. É fundamental a maneira COMO ofertamos, assim como O QUE ofertamos, pois isso é determinante na aceitação ou recusa de Deus. Nossas ofertas devem ser SANTAS e apresentadas a Deus como ato de adoração. Ele deseja de nos ofertas voluntárias, oferecidas de coração e por amor a Ele, não por obrigação ou insistência de alguém. Por isto, Paulo recomendou aos Coríntios: "Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com  pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9.7). Se não conseguimos ofertar livremente e com alegria, alguma coisa está errada. É preciso que o Espírito Santo nos revele onde está o problema. Se ofertarmos de má vontade ou tristes, nossa oferta não será aceita por Deus. Analisemos por um minuto nosso procedimento com relação às ofertas.
Estamos retendo ofertas? Contribuímos apenas por dever ou porque nos sentimos pressionados ou constrangidos a fazê-lo? Deus quer renovar nosso relacionamento com Ele e que passemos a adorá-lo voluntariamente e com alegria, dando-lhe O MELHOR de tudo que Ele mesmo nos deu. Nossas ofertas refletem nosso relacionamento com Ele (que importância atribuímos a ELE). E, para que sejam aceitáveis a Deus, precisam ser entregues com liberdade, sem reservas e com reverência ao que Ele é e reconhecimento pelo que Ele fez por nos.
As ofertas oferecidas continuamente pelos israelitas, ano após ano, eram insuficientes para purificar o povo do pecado. Serviam apenas para lembrá-los de seus pecados e da necessidade que tinham de um Salvador.

O sacrifício de Cristo nos capacita a estabelecer um relacionamento com Deus, sem medo e com ousadia, e a receber Dele tudo o que precisamos.

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