domingo, 31 de janeiro de 2016

Águas Purificadoras


Tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.

                                  João 13.4,5

Das longas caminhadas no antigo Oriente, as pessoas traziam os pés cobertos por poeira e lamas endurecidas pelo suor, era tarefa dos serviçais em uma recepção, lavar e limpar os pés dos convidados.
Na cena descrita acima em nosso Texto, Jesus assume a função de servo, aquele que está numa posição inferior, aos ali presentes... E ainda hoje é O mesmo que deseja purificar, limpar, higienizar cada parte suja de nos, de nossa história, de nosso passado, cheio de culpas, cheio de razões próprias, justificativas e desculpas pelos erros e pecados cometidos, pelos julgamentos e enganos cometidos... Mas para que isto ocorra é necessário que permitamos. Sim, porque o servo só irá higienizar os nossos pés, se reconhecemos e confessamos que há essa necessidade; é preciso admitirmos que estamos impuros, cobertos de poeira, ofuscados pela lama do suor e do pó da estrada, pela sujeira da vida, pelos caminhos tortuosos, pelo becos sórdidos do erro e das trilhas enganosas e frustrantes que percorremos ao longa de nossa vil jornada.
Quando não admitimos nem reconhecemos nossa necessidade, significa que estamos bem como estamos, não seremos limpos. Não seremos purificados até que o desejemos, ou que a imundície venha nos incomodar.
"Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos"; (Mateus 7.6).
"Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés" (Lucas 15.22).
Da mesma maneira, enquanto não submetermos nossos próprios pés, áreas restritas, proibidas, censuradas, os calabouços e porões que há em nós ao Senhorio de Cristo, Aquele que se entregou e foi ferido por nós; permitindo que Ele possa purifica-las, restaura-las, recria-las, renova-las... jamais seremos capazes de lavar os pés daqueles que nos ferem, humilham, traem, machucam, ofendem, destratam, desconsideram... e porque ainda não estamos aptos a percebê-los como meros instrumentos, ferramentas usadas para nos lapidar e como fertilizantes para nos fazer crescer, ir além, impulsionar nossa jornada.
Sim, necessitamos estar sempre alertas, sondarmos nosso interior e revirar os lugares remotos, iluminar cada cantinho e trazer à Luz da Palavra, permitindo que Nosso Mestre e SENHOR tenha acesso a todas as áreas do nosso ser, que suas águas purificadoras possam limpar, higienizar nosso coração, nossos pensamentos e intenções, e que tudo o que há em nós seja usado para a gloria e louvor do Nome Dele.

"Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Romanos 11.36).

Palavra para o seu coração

Senhor, por que estás tão longe? Por que te escondes em tempos de angústia?


                                  Salmos 10.1

Chegando ao lugar onde Jesus estava e vendo-o, Maria prostrou-se aos seus pés e disse: Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido.

                                  João 11.32

sábado, 30 de janeiro de 2016

Sobreviventes


Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.

                                Mateus 22.37

Se aprofundarmos no solo de um coração, encontraremos uma busca por finalidade, um desejo por significado, por uma razão, uma essência de ser, de pertencer, sede de referencial. Todos nos deparamos um dia com o básico e profundo questionamento: “Qual é o real propósito de minha existência”?
Alguns buscam sentido numa formação, numa profissão – “Meu propósito é ser um médico, curar e tratar pessoas”. Ótima e louvável profissão, mas incapaz de justificar a existência. Outros escolhem ocuparem-se com o trabalho, ao invés de ocuparem-se em viver. Estas, geralmente tornam-se o que fazem; por isso realizam muito... trabalham horas a fio porque se não produzirem, sua identidade não existe, são estes os que dizem: - “Meu nome é trabalho”! Há aqueles que são o que possuem; buscam significado numa nova casa, mobília nova, carro novo, roupas novas. Estes são os “queridinhos” da economia consumista, mas são os vilões do próprio orçamento e do próprio bolso; porque se julgam valer apenas o que possuem. Alguns tentam esportes, jogos, lutas, danças, entretenimentos, sexo, pornografia, leitura, pesquisa, cultos, religiões e tudo o mais que possamos imaginar. Mas tudo são vãs ilusões, miragens de um extenso deserto de falidos propósitos, que não conduzem a lugar algum.
Devemos encarar a VERDADE: Sem confessar a Deus, longe do Criador, somos meros fragmentos de náufragos que flutuam a deriva na imensidão, rumo à perdição eterna. Embora temos nossos dons, talentos, qualidades, interesses, afinidades que são extremamente importantes para identificar-nos e estabelecer quem somos; certamente, nossa identidade como seguidores de Deus, o grau de intimidade e aproximação que temos com o Criador, é o fator preponderante que rege, influencia e norteia toda a nossa qualificação.

"Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).

Palavra para o seu coração

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,


                                          1 Pedro 1.3

Minha alma se gloriará no Senhor; ouçam os oprimidos e se alegrem.

                                           Salmos 34.2

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Nossa Habitação


Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada.

                                    João 14.23

Há algum lugar no mundo em que nos sentimos mais seguros do que o abrigo do nosso lar? Pois é, e Deus quer habitar conosco, Ele não deseja apenas ser o descanso do final de semana, um lazer na tarde de domingo, ou a casa de praia para acolher-nos nas férias de verão. Longe de pensar em usá-Lo como um refúgio ou retiro para apoio na eventual solidão; Ele almeja ser nossa habitação eterna, sim... em todos os momentos, nosso referencial, nosso endereço, nosso lar:
"Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso.... Se você fizer do Altíssimo o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda" (Salmos 91.1,9,10).
Atualmente é moderno analisar Deus, tentamos entender Seu caráter e desmistificar Sua personalidade, ótimo, de alguma maneira buscamos uma maior aproximação, mas deixamos de entendê-Lo como nossa morada. Olhamos para Ele como um Ser sobrenatural capaz de realizar proezas, curas, milagres, maravilhas, mas não o percebemos como nosso lar; o vemos como Criador de tudo e Alguém capaz de socorrer-nos, mas não a casa onde vivemos... Nosso Pai Celestial almeja bem mais que isso:

"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas... porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas... Pois nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.24,25,28).

Palavra para o seu coração

Desvia de mim os teus olhos, para que eu volte a ter alegria, antes que eu me vá e deixe de existir.


                                    Salmos 39.13

Os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons.

                                    Provérbios 15.3

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Exclusividade


Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

                               1 Pedro 2.9

Há ocasiões em que mesmo em meio a uma multidão, somos imperceptíveis, ninguém observa nossa presença, somos apenas mais um dentre todos. Sem dúvidas um novo "blazer", em corte estrangeiro, aparência bem cuidada, um belo e conversível carro importado; podem ajudar-nos a sermos notados, mas isso dura apenas um breve tempo... as roupas envelhecem, o carro torna-se obsoleto, surgem novos e mais modernos carros no mercado, nossa aparência bem cuidada vai se desgastando e envelhecendo-se com o tempo. É como a estória da Cinderela que após certa hora, tudo volta a sua triste realidade; a carruagem torna-se abóbora novamente.
Se desejarmos uma mudança definitiva em nossa perspectiva, precisamos aprender a nos ver pela ótica do nosso Criador. Sim, segundo a Palavra, o SENHOR nos veste com vestes de salvação, cobre-nos com o manto de justiça, tal como um noivo que põe um turbante de festa na cabeça, como uma noiva enfeitada e ornamentada com finas joias (Isaías 61.10).
Sempre que nossa autoestima estiver em baixa, precisamos rememorar o nosso alto valor:
"Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito", (1 Pedro 1.18,19).
Por mais que o atual sistema consumista apele contra isto, o desafio é não esquecer que nosso real tesouro não é aqui, meditar na Palavra e nela permanecer em todo tempo, permitir que o amor de Deus mude a forma de nos ver e nos relacionarmos com o mundo, pois isto fará uma grande diferença em nosso viver.

"Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gálatas 2.20).

Palavra para o seu coração

Fiz-me acessível aos que não perguntavam por mim; fui achado pelos que não me procuravam. A uma nação que não clamava pelo meu nome eu disse: "Eis-me aqui, eis-me aqui".


                                   Isaías 65.1

Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: "Siga-me". Levi levantou-se e o seguiu.

                                   Marcos 2.14

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Coragem desafiadora


Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
                             Romanos 8.31
                           
Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados.
                             Hebreus 8.12

Que importa se alguns deles foram infiéis? A sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?
                             Romanos 3.3

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
                             Romanos 8.1

Quando lemos estas ricas promessas, não apenas revigoramos a alma, mas nos enchemos do poder extraordinário do Espírito Santo destinado aos que confiam e esperam em Deus. Com essa convicção, nosso coração torna-se intrépido, com coragem necessária para desafiar e romper com as barreiras e as adversidades circunstanciais; apoiados Nele, tudo podemos, porque Ele nos fortalece.
As promessas bíblicas são nossa coluna dorsal, nossa estrutura, base e fundamento para a disposição necessária para os enfrentamentos que se opõem a nós, é como o espinafre para o marinheiro Popeye.
É certo que nossos pecados serão lançados no mar do esquecimento, todos foram aniquilados pelo ato de amor e misericórdia de Cristo Jesus. Quando o Criador direciona o olhar para nós, Ele vê a Cristo, nosso Substituto, nossa oferta pelo pecado. Nossos erros, fragilidades, pecados, imperfeições não devem mais roubar-nos a paz; agarrados Nele venceremos todos os desafios, nada é páreo para Sua grandeza.
É possível acovardarmos diante de algum obstáculo, sabendo disso?

"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" (Isaías 41.10).

Palavra para o seu coração

Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei.


                                João 16.7

Esta é a aliança que fiz com vocês quando vocês saíram do Egito: Meu espírito está entre vocês. Não tenham medo.

                                Ageu 2.5

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Crer para ver


Então creram nas suas promessas e a ele cantaram louvores.
Mas logo se esqueceram do que ele tinha feito...., puseram Deus à prova nas regiões áridas. Deu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma.

                            Salmos 106.12-15

Sobre Moisés lemos que ele “permaneceu firme como quem vê o que é invisível”; mas exatamente o oposto ocorreu com os israelitas no texto citado acima. Mantiveram-se firmes apenas durante as circunstancias favoráveis, eram regidos pelos sentidos ao invés de confiar e descansar no Criador eterno e invisível que tudo pode.
Isso não diverge muito nos dias de hoje, muitos de nós temos uma vida cristã intermitente, de altos e baixos, feito uma gangorra; nos ocupamos com o exterior, nos centralizamos nas circunstancias, e permitimos que elas ditem nosso ritmo e humor de cada dia; em vez de olharmos e esperarmos em Deus. Precisamos vê-Lo em todos os momentos, termos a sensibilidade para perceber a relevância de Seu falar mesmo em meio aos percalços, dores e sofrimentos que enfrentamos. Não é porque estamos com Ele que nossa vida será só flores e ventos favoráveis, não sejamos ingênuos nem hipócritas de nos aproximarmos Dele visando apenas os benefícios de uma vida fácil e isenta de problemas, porque não é a realidade.
"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).
A única certeza que temos é que Ele estará conosco em todo o tempo, e mesmo em meio às adversidades a Sua paz inundará o nosso ser além da compreensão humana, e quando desse mundo partirmos estaremos com Ele definitivamente; confiados Nele temos a Salvação eterna que é a maior dádiva que podemos desejar.
No texto acima lemos sobre os hebreus: “Então creram”... Eles só conseguiram crer após verem o Seu agir – então creram - verdadeiramente duvidaram da capacidade de Deus quando chegaram diante do mar Vermelho, mas quando Ele abriu o caminho e os fez atravessar e viram a Faraó e seu exército sucumbirem afogados, “então creram”.
Justamente por conta dessa fé que apoia nas circunstancias é que eles tiveram uma vida de oscilações, altos e baixos.
Cremos em Deus só quando tudo vai bem, ou cremos Nele a despeito do mal que nos rodeia? Qual é a nossa postura em meio às adversidades? Ela é quem determina o nível de fé que temos, pois o mundo diz “ver para crer”, mas Deus nos afirma “Crer para ver”:
"Eu não te falei que, se creres, verás a glória de Deus?" (João 11.40).
O salmista diz: "Oh! se eu não houvera crido que veria a bondade de Jeová na terra dos viventes!" (Salmos 27.13).

“Fé é crer no que não vemos, e a recompensa desta fé é vermos aquilo que cremos”. (Santo Agostinho).

Palavra para o seu coração

Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.


                                        João 6.51

Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo.

                                        2 Coríntios 4.10

domingo, 24 de janeiro de 2016

Roteador Espiritual


Eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça.

                        Lucas 22.32

Nós, cristãos necessitamos investir nos cuidados de nossa fé; não podemos nos esquecer de que ela é o único mecanismo que dispomos para alcançarmos as bênçãos celestiais. Nossa oração só tem acesso ao trono de Deus, quando advinda de um coração contrito.
A fé é o roteador espiritual que faz a conexão entre terra e céu, é através dela que a mensagem de amor proferida do coração do Criador chega tão rápido que, antes de clamarmos, Ele já responde, a Palavra ainda está em nossa boca, e Ele nos ouve e nos atende.
Mas se o roteador falhar, quebra-se a conexão; como receberemos as mensagens?
Estamos em luta? Pela fé somos fortalecidos em Deus. Em aflição? Pela fé obtemos apoio e esperança Nele. Em perseguição? Pela fé Nele nos refugiamos, e nos abrigamos. Vencidos, derrotados pelo inimigo? Pela fé, em Cristo nos apoiamos e nos reergueremos mais fortalecidos... Mas sem fé, é impossível agradar a Deus; em vão clamaríamos, não há outra maneira de conectarmos com as regiões celestiais. Se houver interferência, algum tipo de bloqueio, como nos comunicaremos com o nosso grande e Poderoso General? Como receberemos Suas instruções e estratégias e missão a ser cumprida e desempenhada?
A fé nos reveste da armadura para o combate, através dela recebemos a intrepidez necessária ao embate, a força e revestimento para romper as trincheiras adversárias, a sabedoria para usar as oportunidades ideais e a escolha certa das armas e ferramentas a serem usadas em cada situação; ela ainda coloca à nossa disposição todos os atributos de Deus, nos auxilia a resistir às hostes do maligno, nos concede vitória e triunfo sobre os assaltos do inimigo.
Sem fé, como receberemos do SENHOR as bênçãos celestiais?
Portanto, cuidemos com todo o zelo da nossa fé.

"Tudo é possível para aquele que crê"! (Marcos 9.23).

Palavra para o seu coração

O Senhor te abençoe e te guarde;


                       Números 6.24

O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.

                       Salmos 121.8

....Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.
                            
                      
                       Zacarias 2.8

sábado, 23 de janeiro de 2016

A obediência é fruto da fé


Naquele mesmo dia .... como Deus lhe ordenara.

                                      Gênesis 17.23

O único tipo de obediência existente é o ato acatado e praticado de imediato, pois a obediência adiada é desobediência, e por assim dizer, um ato de rebeldia, teimosia. Todas as vezes que Deus nos ordena algo, nos chama a desempenhar um determinado de dever, nos oferece a oportunidade de uma benção, uma aliança com Ele. Essa grande, rica e feliz oportunidade, só poderia ser comparada em termos de magnitude espiritual ao sermos aprovados em um concurso muito concorrido, com chance remotíssima de aprovação; ou ganharmos sozinhos um premio de loteria há muitos anos acumulado.
"O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo..... e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo" (Mateus 13.44).
"Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou" (Mateus 13.46).
Diante de um chamado de Deus, desempenhar o dever é nossa parte, e Ele certamente fará a Dele, abençoando-nos ricamente, de forma soberba, farta, abastada, recalcada e transbordante. E a única maneira de demonstrarmos nossa disposição em obedecermos é acatarmos “naquele mesmo dia”, a exemplo de Abraão.
É bem verdade que muitas das vezes adiamos e ficamos procrastinando no cumprimento de um dever, e só mais tarde recobramos o ânimo para desempenharmos aquela tarefa da melhor maneira que podemos. Tipo aquele filho que precisamos ordenar dez vezes para vermos cumprida a tarefa: - “Já vou..., jajá eu vou..., agora mesmo eu vou..., estoooou innnndo..., puxa se não fizer isso, não vou ter paz”!!!!
É melhor fazer dessa forma do que não fazer de maneira alguma, mas qual Pai se agradará dessa atitude de resistência e rebeldia as ordenanças dele? Por mais que realizemos tal tarefa no capricho, não deixa de ser uma forma deficiente de cumprir e se desvencilhar do dever. Um cumprimento adiado nunca trará a benção completa que receberíamos se desempenhássemos no momento exato do chamado, isto é evidente mesmo porque há um sincronismo em tudo no mundo espiritual. A nossa rebeldia e procrastinação certamente provoca um dano não apenas a nós, mas ao Reino como um todo, há outras almas que necessitam serem envolvidas nessa tarefa, serem salvas, alcançadas, libertas, iluminadas... É como se participássemos de uma corrida com a tocha olímpica, que cada atleta precisa cumprir o seu papel, para que o outro tenha a sequencia a partir daquele ponto; se um atleta tropeça em um ponto, os demais sofrem um retardamento lá na frente. “Naquele mesmo dia” é a maneira de ordenar-nos: “Faça-o agora”, imediatamente.
Martinho Lutero dizia que “o cristão verdadeiro crucificará a pergunta: Por que? Ele simplesmente obedecerá sem questionamentos”. Não devemos ser como aqueles que necessitam ver para crer, pois se a obediência é fruto da fé, a paciência e dedicação no desempenho é o viço desse fruto.

"A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria" (1 Samuel 15.22,23).

Palavra para o seu coração

Assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.


                                    João 10.15

Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!

                                    Mateus 7.20

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Mar em fúria


Fizeram-se ao mar em navios, para negócios na imensidão das águas, e viram as obras do Senhor, as suas maravilhas nas profundezas.

                                         Salmos 107.23,24

Que bom se tudo a nossa volta fosse eternamente bonança; pensamos muitas vezes... Mas para o céu toda brisa e vento que sopra são benéficos. Quem ainda não assimilou isto, não se tornou mestre, é apenas aprendiz. A grande verdade é que a única coisa que não influi e nem contribui é a calmaria, a estagnação. Norte ou sul, leste ou oeste tanto faz, é irrelevante a direção, qualquer vento pode nos conduzir em direção ao porto bendito. Muitas vezes nosso eu está mais inflado que nossas velas, então só nos aproximamos do SENHOR diante de grande perigo:
"Deus falou e provocou um vendaval que levantava as ondas. Subiam aos céus e desciam aos abismos; diante de tal perigo, perderam a coragem. Cambaleavam tontos como bêbados, e toda a sua habilidade foi inútil. Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e ele os tirou da tribulação em que se encontravam" (Salmos 107.25-28).
Nossas habilidades não traduzem segurança, procuremos apenas estarmos em mar alto, e confiemos no grande Autor e Consumador da nossa fé, não temamos ventos impetuosos, se Ele afirmou que chegaremos à outra margem, lancemo-nos apoiados em suas promessas. Façamos nossa a oração daquele antiquado e velho marujo crente: “Ó SENHOR, manda-nos ventos que nos conduza ao mar alto, às águas profundas. Cá, estamos muito próximos dos recifes SENHOR, à primeira brisa do inimigo, seremos arremessados e feitos em pedaços; manda-nos ao alto mar, onde teremos espaço o suficiente para obtermos uma grande e gloriosa vitória”.
Não custa relembrarmos: nossa fé só revela sua real dimensão diante das provas; todos somos avaliados após o aprendizado e aquilo que não suporta o momento da prova, não é nada além de simples confiança carnal – fé em tempo de calmaria e bonança, é qualquer coisa, menos fé.

"Reduziu a tempestade a uma brisa e serenou as ondas. As ondas sossegaram, eles se alegraram, e Deus os guiou ao porto almejado. Que eles deem graças ao Senhor por seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens, Que o exaltem na assembleia do povo e o louvem na reunião dos líderes" (Salmos 107.29-32).

Palavra para o seu coração

Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.


                                      Mateus 28.19,20

Mas vocês não partirão apressadamente, nem sairão em fuga; pois o Senhor irá à frente de vocês, o Deus de Israel será a sua retaguarda.

                                       Isaías 52.12

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Quando o sol declina


O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados.

                                  Mateus 10.27

Há época em nossa vida que o SENHOR nos conduz e nos reserva um canto escuro, a fim de nos fazer revelações... É o escuro do lar ensombreado pela dor da perda ou da enfermidade, o escuro da vida solitária e desolada, onde o luto cerrou as cortinas e o riso se estancou, onde a enfermidade leva a alegria e o ânimo, ofusca a luz e nos enfraquece a disposição para lutar e viver, o escuro de uma traição que rouba nosso teto e nosso chão, nos apunhala pela costas e traz consigo de contrapeso o desalento, o reverso, desapontamento, tristeza esmagadora e opressiva.
Então enquanto ruminamos e tentamos administrar e organizar a dor intensa, o SENHOR nos convida a estar a sós com Ele, nos revela Seus segredos, grandes, profundos, estupendos, eternos e infinitos; os olhos habitualmente ofuscados pelo falso brilho das vitrines mundanas, Ele leva a contemplar as constelações celestes, e dá aos ouvidos sensibilidade para perceber e distinguir os meios-tons suaves da Sua voz, muitas vezes sufocada pelo tumulto do vozerio e dos gritos terrestre.
Mas certamente, como toda revelação, traz consigo uma responsabilidade: “dizei-o às claras... pregai-o”...
Quando Deus nos abençoa com uma revelação, não é porque somos melhores que outros, pelo contrário:
"Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são”,
(1 Coríntios 1.27,28).
Perante Deus não há alguém que realmente seja algo, só Ele é, e quando decide derramar sobre nós suas grandes bênçãos, convém que partilhemos com os irmãos menos favorecidos, assim como os cristãos fizeram na ocasião da pesca maravilhosa, tais revelações sempre implicam, envolvem uma responsabilidade, se vamos enterrar ou fazer render tais dádivas e talentos em nós investidos.
Não podemos ficar para sempre ruminando a dor, chorando as perdas, nos lastimando com pena de nós mesmos, fechados no quarto escuro meditando sobre o passado ocorrido... Há um momento em que precisamos virar a página, mudar o foco, somos conclamados a tomar o nosso lugar na marcha e no tumulto da vida, aprendemos muito com as aves que voam em bando no céu:
Os pássaros grandes, como gansos e cisnes voam no céu, geralmente numa formação em V, percebemos que a ave que vai na frente bate as asas muito mais intensamente do que as que vêm atrás; desta forma, elas poupam energia, se esforçam menos, porque se beneficiam do deslocamento de ar causado pelas outras aves. O líder não é sempre o mesmo, para manter a justiça no grupo, as aves se revezam na liderança, e as que se cansam se deslocam para trás, e outro pássaro descansado toma o seu lugar, assim mantém o ritmo constante no voo do bando.
Da mesma forma que nós, quando chegada a nossa hora, devemos tomar nossa posição , dizer e proclamar o que aprendemos, o que ouvimos, o que Deus fez por nós. E isto dá um novo sentido, novo significado ao sofrimento, porque na maioria das vezes, o fator mais pesado e triste das adversidades que enfrentamos é nos sentirmos incapazes, inválidos, desqualificados, improdutivos, descartados, inúteis, solitários e abandonados... É comum desperdiçarmos horas a fio, o nardo precioso de nossas almas em tristes lamentações e vãs conjecturas infundadas.
Mas todos os nossos dias estão diante de Deus, em tudo tem Ele o Seu propósito, se chama à parte um filho, para uma missão ou comunhão numa esfera mais elevada, a fim de que possa ouvir Dele, face a face e levar e proclamar a mensagem para os seus irmãos que estão ao pé do monte, como fez com Moisés. Foram perdidos os quarenta dias que Moisés passou no alto do Monte, ou foi desperdício o tempo que Elias passou em Horebe, ou o tempo que José passou no Egito, ou os anos que Paulo passou na Arábia? Quem somos nós para questionar, ainda que para nós sejam incompreensíveis, os planos Daquele que é SENHOR sobre todos e sobre tudo?
Na vida de fé não há atalho, e a fé é a condição vital para uma vida santa e vitoriosa, não outra maneira, sem ela é impossível agradar a Deus. Nós precisamos de períodos de comunhão e meditação a sós com Ele, é fundamental subirmos ao monte da oração em intimidade e comunhão, chegarmos ao vale de repouso em tranquilo resguardo à sombra de uma grande rocha ou debaixo de um zimbro ou reclinando nossa cabeça sobre uma pedra de travesseiro, e que tenhamos noites em contemplação sob o luar e as estrelas – em que a escuridade tire de cena o mundo físico e finito, silencia o burburinho da roda viva humana e descortine a visão para o infinito e eterno – sim, e isto nos é indispensável tanto quanto o alimento e a água para o nosso corpo; mesmo quando não entendemos e que para chegarmos a entender precisamos sofrer algo trágico, que nos desestrutura e desestabiliza, desacelerando nosso ritmo frenético pela força da circunstancia ao nosso ver.
Só desta forma a consciência da presença de Deus torna-se tão real que deixa marcas indeléveis em nós, capacitando-nos a dizer repetidamente como o salmista:
"O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade" (Salmos 145.18).
"Tu, porém, Senhor, estás perto e todos os teus mandamentos são verdadeiros" (Salmos 119.151).

Há corações que se comparam a determinadas e excêntricas flores, de rara beleza, desabrocham-se nas sombras da vida. 

Palavra para o seu coração

A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.


                            Provérbios 15.1

Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha,

                            Efésios 4.26

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ardentes provações


Eu refinei você...; eu o provei na fornalha da aflição.

                           Isaías 48.10

A Palavra de Deus é como um néctar de aroma agradável, é como uma chuva atenuante que ameniza a fúria e o crepitar das chamas ardentes; é como uma rija armadura, contra a qual o fogo não tem poder... Quem poderá se opor, ou medir forças com Deus? Quem poderá impedir o Seu agir?
Pois que se levantem as aflições – Deus nos escolheu. Pobreza, enfermidades, misérias, problemas, adversidades batendo em nossa porta – Deus já é o SENHOR de nossa casa, é Ele quem abastece o nosso celeiro, Ele é o Médico que nos dá a saúde, Nele temos o Bálsamo de Gileade, que atenua, suaviza e aplaca toda dor – Deus nos escolheu. O que podem as circunstancias contrárias deste vale de lágrimas mundano contra nós, se Deus é por nós?
Não temamos jamais, o SENHOR Jesus está conosco, Ele mesmo prometeu estar conosco todos os dias, nunca nos abandonar em todo tempo; então em nossas provações ardentes, a Presença Dele é o nosso conforto e segurança, Ele é a nossa confiança e esperança, nunca deixará nem perderá o que escolheu para Si, não nos esquecerá na fornalha da aflição.
"Não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa" (Isaías 41.10).
O fardo da dor e do sofrimento se assemelha a um crachá estampado em nosso pescoço, quando na verdade é apenas como um peso necessário e fundamental para conservar e fazer permanecer o mergulhador no fundo, onde se encontram as valiosas pérolas e tesouros escondidos.

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai" (João 10.27-29).

Palavra para o seu coração

Pegaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, gritando: Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor! Bendito é o Rei de Israel!


                                    João 12.13

Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas.
Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade,

                                   2 Pedro 3.10,11

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O sustento para cada dia


Mas a terra em que vocês, atravessando o Jordão, vão entrar para dela tomar posse, é terra de montes e vales, que bebe chuva do céu. É uma terra da qual o Senhor, o seu Deus, cuida; os olhos do Senhor, do seu Deus, estão continuamente sobre ela, do início ao fim do ano.

                                    Deuteronômio 11.11,12

Um novo ano iniciou-se, viveremos cada dia na dependência do SENHOR. Quem poderá afirmar o que virá pela frente? Quais as mudanças, necessidades, experiências surgirão, o que haverá de novo? Tudo são conjecturas e suposições... mas para os que confiam no SENHOR, sempre há esperança e a certeza de que Ele cuida dos seus, e que nenhum de seus planos pode ser frustrado.
Ele afirma que o seu olhar está continuamente sobre os seus, que seus anjos acampam ao redor dos que O temem; que Dele vem a nossa provisão, onde encontramos mananciais e fontes cristalinas que nunca se secam, ribeiros caudalosos que jamais estancarão.
Os ansiosos, tristes, solitários, desesperados, frustrados, decepcionados, desesperançados, abandonados, traídos, sobrecarregados, endividados, todos encontramos em Cristo ricas promessas e respostas repletas da graça e da misericórdia do Pai Criador. E sendo Ele a fonte do amor, graça e da misericórdia, na presença Dele nunca nos faltará todas estas dádivas, que tanto ansiamos; paz suprema de espírito, quietude nas tribulações da vida, segurança do amanhã eternamente com Ele. Nem seca, nem calor, nem quaisquer calamidades poderão por fim àquele rio, “cujas correntes alegram a cidade de Deus”.
As notícias nos bombardeiam, oscilações no mercado financeiro, tragédias, peste e calamidades, querem roubar e desestabilizar a nossa paz... Mas o nossos olhos e coração precisam se fixar apenas no Autor e Consumador da nossa fé, Ele é o nosso socorro e bem presente nas tribulações.
A terra está repleta de vales e montes, são planícies e declives, alternâncias se sobrepõem para quebrar a monotonia do nosso cotidiano, tantos os vales, como os montes e os desertos são necessários e todos tem sua razão de ser, nada é por mero acaso. Os montes recolhem as chuvas para centenas de vales frutíferos e produtivos. Até os desertos, em sua quietude, crueza e nua beleza glorificam ao Criador. Conosco também é assim, o monte das adversidades é que nos eleva ao trono da graça e nos faz retornar extasiados com chuvas de bênçãos. Os montes rudes e ásperos de cada dia, que nos assombram, nos espantam e contra os quais murmuramos, questionamos e reclamamos, eles são os responsáveis pelas águas cristalinas que nos dessedentam. Quantos de nós temos perecido ou desistido no deserto, quantos poderiam ter vivido e prosperado em terra montanhosa! Quantos teriam sido abatidos, vencidos e congelados pela neve, açoitados pelos ventos, despojados da beleza das flores e da doçura dos frutos, não fosse à proteção dos rudes e toscos montes... Rijos, duros, íngremes, ásperos, tão difíceis de escalar! Sim, os montes de Deus são para o seu povo uma proteção contra os inimigos.
"Como os montes cercam Jerusalém, assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre" (Salmos 125.2).
Impossível termos noção do efeito que as perdas, aflições e dores sofridas, estão produzindo sobre nós... Confiemos apenas, sejamos firmes e valentes, os olhos do SENHOR estão sobre nós do início ao fim... O Pai vem bem de perto, como a galinha que cuida dos seus pintainhos; para tomarmos pela mão, direcionar-nos, guiar-nos pelo caminho, e conduzir-nos ao fim dos Seus propósitos para cada um de nós.

"Todos os meus caminhos te são bem conhecidos... Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno" (Salmos 139.3,5,16,23,24).

Palavra para o seu coração

Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.


                                           1 João 4.11

Quem afirma estar na luz mas odeia seu irmão, continua nas trevas. Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço. Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram.

                                           1 João 2.9-11

sábado, 16 de janeiro de 2016

Crepúsculo


 Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente.

                      Filipenses 4.18

Há espécie de plantas e flores que se desenvolvem na sombra, não temem a ausência de luz solar e os lugares inóspitos e sombrios do jardim.
No mundo espiritual há similares também, geralmente se manifestam quando as circunstancias são instáveis e se fortalecem em situações difíceis e insustentáveis... Não há outra maneira de compreendermos e explicarmos alguns episódios e experiências vividas pelo apóstolo Paulo.
Na prisão de Roma, tudo sugere que sua missão suprema estava acabada definitivamente, mas é justamente neste ambiente hostil, que as belas flores começam a desabrochar e revelar seu glorioso esplendor. Certamente ele devia tê-las contemplado antes, crescendo as margens da estrada aberta por onde passava, mas nunca com o viço e a exuberância que se apresentavam agora. As promessas da Palavra revelavam seus tesouros de forma nunca antes observada.
"O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração", (Lucas 6.45).
Dentre esses ricos e preciosos tesouros, há dádivas maravilhosas, como a graça, o amor, o enlevo, a paz, o aroma suave da doce Presença do Amado Cristo; e parecia que elas necessitavam ser abafadas, cercadas pela sombra e pela dor, para poderem revelar e exteriorizar seus profundos e secretos segredos, na intensidade de sua gloria interior. Por razões alheias a nós, essa adversa atmosfera de sombra e escuridão tornou-se o propício ambiente de grandes revelações; o legado que hoje temos deve-se muito a esses terríveis anos de reclusão. 
Lentamente, a introspecção, a dor da solidão começou agir em Paulo, e como nunca antes, ele percebeu toda a extensão e profundidade da riqueza de conteúdo de sua herança espiritual; entrega-se de corpo e alma, rende-se ao Espírito Santo, como instrumento usado para que hoje sejamos também iluminados, em contrapartida aos anos de escuridão que ele sofreu.
Quem ainda não teve contato com pessoas que, diante de situações adversas, revestem-se de garra, coragem, força e esperança como de um manto? Elas podem enfrentar as piores circunstancias, podem até ser aprisionadas, colocadas em cativeiro como José, mas levam consigo o seu tesouro, ninguém consegue separá-las dele; ainda que as coloquem num deserto, não adianta, pois:

"O deserto e a terra ressequida se regozijarão; o ermo exultará e florescerá como a tulipa;... Águas irromperão no ermo e riachos no deserto. A areia abrasadora se tornará um lago; a terra seca, fontes borbulhantes" (Isaías 35.1,6,7).

Palavra para o seu coração

O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas.


                                 Salmos 145.9

Ele fortalece ao cansado e dá grande vigor ao que está sem forças.

                                 Isaías 40.29

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Orando, crede


Jesus respondeu: "Pode ir. O seu filho continuará vivo". O homem confiou na palavra de Jesus e partiu.

                                João 4.50

Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.

                                Marcos 11.24

Há determinadas situações e circunstancias que requerem orações específicas, então precisamos orar; até que a segurança e a paz inundem nosso coração, e estarmos cientes de que o assunto já se encontra nas mãos de Deus; até podermos sinceramente dar-Lhe graças convictos da resposta.
Se a solução demorar, não devemos nos inquietar e ficarmos orando temerosos como quem duvida do atendimento; pois esta postura, só será obstáculo e essa oração enfraquecerá nossa fé e minará nossa esperança. Sim, o impulso que nos leva a ficar orando, veio de nossa carne ou do próprio inimigo, e denota insegurança e fragilidade de fé. Se o SENHOR nos faz esperar, podemos evidentemente mencionar o assunto a Ele, mas sempre de maneira a deixar claro que estamos convictos e crendo na resposta. Nossa oração deve fortalecer nossa fé e nunca enfraquecê-la; podemos então afirmar a Deus que estamos aguardando e crendo que Ele já nos ouviu e que desde já agradecemos, e exaltamos o Nome Dele por tomar esse assunto em suas mãos.
Nossa fé robustece quando passamos a dar graças pela solução que cremos receber; enquanto que se ficarmos voltando a orar e clamar a Deus pelo mesmo assunto, anulamos a promessa da Palavra Dele dita anteriormente a nós, e o “sim” Dele em nosso coração, que havia trazido paz e certeza de resposta. Essas orações, expressam inquietação, ansiedade do coração; e inquietação resulta da incredulidade quanto a resposta.
"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11.6).
"Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso", (Hebreus 4.3).
Geralmente, é quando nos focamos mais nas dificuldades e nos problemas do que nas promessas de Deus, que surgem essas orações ansiosas:
“SENHOR me dá..., Sr eu quero..., Sr eu preciso..., Sr eu tenho que ter..., Sr, rápido... Sr depressa... Sr por favor... Ei: SSSssEEEEEENNNNNHHHOOOORRRR”!!!!
Vigiemos e oremos para não cairmos na tentação de orar assim, Deus tem o controle de tudo, e sabe tudo o que necessitamos, mesmo antes de falarmos, Ele já sabe o que vamos pedir, nossa ansiedade e estresse, não vai apressa-Lo, nossa imaturidade só demonstra nossa pequenez...
“Abraão, embora levasse em conta o seu próprio corpo já amortecido, não duvidou da promessa de Deus” (Romanos 4.19,20).
Abraão estava convicto de suas limitações, mas tinha também convicção da grandeza e do poder de Deus, sabia que Deus não dependia dele, para realizar e efetivar suas promessas.
O início da ansiedade é o fim da fé, mas o começo da fé põe fim na ansiedade e na inquietude. A presença de Deus põe fim a toda ansiedade.
Quando tudo vai bem, e tudo parece nos favorecer, nossa fé fica estagnada, precisamos ser desafiados, nossa fé precisa ser provocada para que possa crescer e fortalecer.
A sós com Deus, Ele nos segreda Palavras grandiosas, cheias de graça, nos faz ricas Promessas, confirma nossa aliança com Ele... Põe-Se, então à distancia para nos observar e ver o quanto nos cremos, embora já saiba; mas para mostrar a nós mesmos, o quão pequenos e dependentes somos; a seguir permite que o tentador se aproxime – E aí as provas parecem contradizer tudo o que Ele nos falou e prometeu, mas é nesse cenário que a fé ganha mérito; é o momento de olharmos para o alto, além da tempestade e do meio dos navegantes atemorizados, exclamarmos: “Eu confio em Deus, que sucederá do modo por que me foi dito”.
É o momento de fazermos como Jó, que mesmo nas piores circunstancias, diante de seus amigos acusadores, adorou e proclamou:
"Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus" (Jó 19.25,26).

Sabemos em Quem temos crido, ainda que rujam as águas e os montes se abalem, esperemos confiantes em Suas Promessas, pois Fiel é O que prometeu, Nele não há sombra de variação. 

Palavra para o seu coração

Então clamamos ao Senhor, ao Deus dos nossos antepassados, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu o nosso sofrimento, a nossa fadiga e a opressão que sofríamos.


                             Deuteronômio 26.7

Ele lhes disse: Sou eu! Não tenham medo!

                             João 6.20

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Tudo tem o seu propósito


Ninguém pode olhar para o fulgor do sol nos céus, depois que o vento os clareia.

                               Jó 37.21

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3.1).
Embora muitas vezes as nuvens ofuscam o brilho do sol, devemos muito à formação delas, pois de maneira sutil, em seus contornos e reentrâncias, trazem beleza, leveza e abstratas formas a perfeição da natureza. Tudo tem a sua função e desempenha o seu papel.
Em nossa vida também surgem nuvens, ofuscando-a, ensombreando-a, refrescando-a e vezes sem contas envolvendo-a em total escuridão, mas certamente em todas as nuvens, há o seu lado favorável, em todas elas há o seu propósito.
"Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da minha aliança com a terra.... E eis que apareceu na nuvem a glória do Senhor"! (Gênesis 9.13,14;Êxodo 16.10 ).
Se observássemos o outro lado das nuvens, onde estão banhadas pela luz que filtram e interceptam; esplêndidas e magníficas feito imensas e colossais cordilheiras, ficaríamos estarrecidos diante de exuberante beleza.
Daqui vemos apenas a sua face inferior, não dispomos de uma visão 360 graus, por exemplo, para descrever a luz que banha e reflete seus pontos e picos mais elevados, esquadrinha suas reentrâncias e reflete cada pináculo... E cada partícula de suas gotas absorvem as propriedades salutares que a seu tempo se derramarão sobre a terra, saciando e aplacando as necessidades reclamadas pelo solo carente.
Se conseguíssemos ver sob outro prisma nossos sofrimentos e angústias! Se ao invés de contemplá-los de baixo para cima, pudéssemos encara-los de cima para baixo, dos lugares altos onde estamos já assentados com Cristo; se descobríssemos como eles refletem com surpreendente e pura beleza, na esfera celeste, o brilho da luz da face do Mestre; então nos alegraríamos, ganharíamos fôlego e alento ao perceber que eles estão apenas lançando a sua sombra sobre nossa existência, fugaz e passageira. Avivemos sempre em nossa memória o fato de que as nuvens são passageiras, estão em constante movimento, segundo o soprar do vento purificador de Deus.

"A chuva e a neve descem dos céus e não voltam para ele sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come", (Isaías 55.10).

Palavra para o seu coração

Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento;


                                 2 Coríntios 2.14

Quero cantar ao Senhor pelo bem que me tem feito.

                                 Salmos 13.6

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Descansar em Deus


Tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito.

                                  Atos 27.25

Conta-se das experiências vividas por um velho e alquebrado capitão dos grandes navios dos Estados Unidos, crente convicto e muito dedicado.
Ele costumeiramente narrava aos seus tripulantes e passageiros sobre um fato que revolucionou sua morna vida cristã:
“Numa de suas muitas viagens, encontrava-se a bordo entre os ilustres passageiros, George Müller. Ao contornarem as costas de um trecho chamado Terra Nova, ele estava já exausto, pois permanecera 24 horas na ponte de comando, quando George Müller, procurou-o e disse-lhe:
- ‘Capitão, vim dizer-lhe que preciso estar em Quebec no sábado à tarde’!   
- ‘É humanamente impossível, sem chance, respondi a ele’.
- ‘Pois bem, se o seu navio não pode levar-me, Deus achará outro recurso. Há 57 anos que nunca quebro um compromisso. Desçamos até a cabine dos seus mapas, vamos orar’!
Conta o capitão:
Olhei para aquele homem (de Deus???) e pensei de que hospital de lunáticos o deixaram escapar? Era só o que me faltava!!!!... Eu jamais havia ouvido algo semelhante, tentei argumentar:
- ‘Senhor Müller, o Sr tem noção da densidade dessa neblina que está sobre nós’?
- ‘Não’, respondeu ele, calmamente; ‘meus olhos não se fixam na densidade da neblina, mas no Deus vivo, que controla cada circunstância da minha vida’.
Ele se ajoelhou e fez uma oração, talvez a mais simples que já ouvi, e quando acabou, eu iria orar também para parecer cortês de minha parte; mas ele pôs a mão em meu ombro e me disse para não fazê-lo, e argumentou:
- ‘Em primeiro lugar, você não crê que Ele atenderá, e em segundo, eu estou convicto de que Ele já respondeu, portanto sua oração é desnecessária’.
Olhei para ele, embasbacado, e ele percebendo minha perturbação, segredou-me:
- ‘Capitão, já faz 57 anos que eu conheço o meu Deus, e nunca houve um só dia que eu deixasse de ter audiência com Ele. Levante-se, Capitão e abra esta porta, tome o seu posto e verá que a neblina já se dissipou’.
Lentamente me levantei e pasmo constatei que era realmente assim exatamente como ele falou. No sábado à tarde, George Müller estava em Quebec para o seu compromisso. E eu tive simplesmente a experiência mais profunda de minha vida cristã, com o Deus que eu imaginava conhecer”.

"O Senhor conhece quem lhe pertence" (2 Timóteo 2.19).