quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Apenas o silencio


Calar-se-á por seu amor.
         
              Sofonias 3.17

"Jesus não lhe respondeu palavra" (Mateus 15.23).
Pode ser que neste exato momento, haja entre nós alguém que atravessa circunstancias de um período de intensa e esmagadora tristeza, profundo desapontamento, traição, perda, subtração, ou um doído golpe provindo de uma fonte inesperada... Encontra-se ansioso por ouvir a suave e inequívoca voz do Mestre, a sussurrar-lhe: "Tenha bom ânimo, tudo isso passa, você vencerá, força, confia"!, mas a despeito da tremenda dor, só encontra completo silencio e o sentimento de insegurança, incerteza e tristeza permanece, sem que alguém se compadeça e venha lhe estender a mão – "Não lhe respondeu palavra".
Mas podemos estar certos de que a dor do filho reflete profundamente no coração do Pai, e que portanto, o terno, meigo coração de Deus muitas vezes deve doer, ouvindo os tristes e queixosos murmúrios e lamentos que se levantam do nosso frágil, inseguro, incerto, impaciente e débil coração; murmuramos, lamentamos, queixamos, reclamamos, nos impacientamos porque não conseguimos discernir, entender que é exatamente por amor de nós, que Ele não responde, ou que parece nos afirmar o contrário do que os nossos olhos embaçados pelas lágrimas conseguem distinguir, olhos de tão curta e limitada visão... Pobre de nós!
O silencio do Mestre é tão eloquente quanto a Sua voz, e pode ser um sinal, não de desaprovação, mas de aprovação e de Seu profundo e consistente propósito de benção para a nossa vida. Basta esperarmos pacientemente que no Seu tempo colheremos.
"Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus" (Salmos 42.5,6).

"Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Salmos 40.1).

Palavra para o seu coração

Vejam a pedra que coloquei na frente de Josué! Ela tem sete pares de olhos, e eu gravarei nela uma inscrição, declara o Senhor dos Exércitos, e removerei o pecado desta terra num único dia.

                                   Zacarias 3.9

Aquele que estava assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas! E acrescentou: Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança.


                                   Apocalipse 21.5

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Idolatria instalada


Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus.

                            2 Tessalonicenses 2.4

O antiCristo fixará a própria imagem na Cidade de Jerusalém e vindicará para si, adoração; sob pena de morte. Todas as nações serão coagidas a cumprirem as suas ordenanças, do contrário, as pessoas serão decapitadas. Daniel diz assim:
"O rei fará o que bem entender. Ele se exaltará e se engrandecerá acima de todos os deuses e dirá coisas jamais ouvidas contra o Deus dos deuses. Ele terá sucesso até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidido irá acontecer. Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados nem pelo deus preferido das mulheres, nem por deus algum, mas se exaltará acima deles todos" (Daniel 11.36,37).
E João afirma:
"Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse 13.15-18).
Na Escritura, o número seis é considerado o número do pecado. O número 666 forma um código que se traduz em o nome do deus de um povo, uma nação, que tem todas as características de intolerância acima descritas – mas o número 666 do antiCristo também leva a crer que ele faz parte da trindade demoníaca, formada por Satanás, o falso profeta e o antiCristo, que irão operar sinais e maravilhas a fim de convencer o mundo de que o antiCristo é o próprio Deus.
"E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens. Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra da besta que fora ferida pela espada e contudo revivera" (Apocalipse 13.13,14).
Tudo indica e é o que parece, que o antiCristo será vitima de algum atentado, golpe, ou mesmo sofre algum tipo de acidente, conforme João registra:
"Uma das cabeças da besta parecia ter sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. Todo o mundo ficou maravilhado e seguiu a besta" (Apocalipse 13.3).
O antiCristo tenta por todos as maneiras imitar e rivalizar ao Mestre e SENHOR Jesus, na Sua morte e ressurreição – ele entra em cena em Apocalipse seis, cavalgando um cavalo branco, porque o SENHOR Jesus Cristo, nosso Messias, faz Sua aparição em Apocalipse dezenove, montado num cavalo branco.
Mas ao contrário do Mestre Jesus, os dias do antiCristo estão contados:

"Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais miraculosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Os demais foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles" (Apocalipse 19.20,21).

Palavra para o seu coração

Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: Onde está o seu Deus? 

                                  Salmos 42.3

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.


                                  Hebreus 12.14

terça-feira, 29 de agosto de 2017

As misericórdias do SENHOR


Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!

                                  Lamentações 3.22,23

Quem dentre nós nunca se sentiu semelhante a Mefibosete?!
Ele aparece apenas de relance na Bíblia, 2 Samuel 4.4, sem muitos detalhes, seu nome: Mefibosete; sua catástrofe: foi derrubado pela ama; seu problema: em decorrência da queda tornou-se aleijado.
Ele era filho de Jonatas, neto de Saul, primeiro monarca de Israel, ambos foram mortos em combate, o trono então ficou vago para ser ocupado por Davi. Naquela cultura era comum o novo rei demarcar a extensão do seu território e exterminar com todos descendentes da família do rei deposto.
Certamente Davi não seguia essa tradição, mas a família de Mefibosete não quis correr esse risco e apressadamente tentaram ocultar o menino, de cinco anos, que seria o presumível herdeiro do trono real, logo após a morte do pai e do avô. E nessa precipitação, o pequenino Mefibosete caiu dos braços da ama, e ficou manco dos pés.
A história desse pequenino soa familiar para muitos de nós... que embora não tenhamos nascido na realeza, mas já tivemos dias melhores de exultante glória, onde nada nos preocupava a não ser a felicidade, fartura, bonança... mas que de repente, tivemos que encarar um outro cenário bem adverso, uma situação caótica, de incertezas e dúvidas sobre o amanhã. E quem de nós não trás as marcas de uma imprevisível queda? Sim, daquelas que só somos capazes de nos erguer, apoiados em alguém?
E todos nós também trememos e tememos a cada instante por saber que constantemente estamos sendo espreitados e avaliados por um grande Rei que nunca vimos pessoalmente...
Por quase duas décadas o príncipe manco, viveu clandestinamente numa terra distante, uma vida comum, simples e de condição humilde, amedrontado, incapaz de procurar ou se aproximar do monarca e tentar ajudar a si próprio.
Mas Deus que tudo sonda e tudo vê, nunca esquece os que são Seus. Sob a liderança de Davi, Israel cresceu e teve paz – o povo ficou feliz e grato pelo reinado seguro e promissor – e o rei Davi por sua vez, não se esqueceu da promessa feita ao amigo irmão Jonatas, e fez justiça a Mefibosete.
"Quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e ele o recompensará" (Provérbios 19.17).
"O Senhor é misericordioso e compassivo" (Salmos 111.4).
"Graças, porém, à tua grande misericórdia, não os destruíste nem os abandonaste, pois és Deus bondoso e misericordioso" (Neemias 9.31).

"Todos os caminhos do Senhor são misericórdia e verdade, para aqueles que guardam Seu concerto e Seus testemunhos" (Salmos 25.10).

Palavra para o seu coração

Prestem culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os abençoará, dando-lhes alimento e água. Tirarei a doença do meio de vocês.

                                   Êxodo 23.25

Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará.


                                   João 12.26

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Total Comprometimento


Então Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 

                                       Mateus 16.24

Na Jornada para responder à questão "o que fazer para realizar as obras de Deus"?, depararemos com vários altares ao longo do caminho. Isso porque, precisamos nos consagrar e dedicar ao Senhor constantemente, a fim de conhecer toda a envergadura e as implicações desse questionamento em nossa vida e em nosso ministério.
Estamos convencidos de que, se não negarmos a nós mesmos, acabaremos atrapalhando o progresso da Obra de Deus em nos. A submissão de nossa vontade a Deus — a morte do "eu" — é um processo contínuo.
Muitos fizeram uma rendição total quando se converteram, porém agora se desviaram do Caminho. Os cuidados e as pressões levaram-nos a colocar os desejos pessoais em primeiro lugar, relegando a edificação do Reino de Deus ao segundo plano.
O Inimigo atrapalha o povo de Deus, tentando impedir que nos entreguemos inteiramente a vontade do SENHOR. Assim, fica mais difícil identificar as áreas que ainda não submetemos ao senhorio de Cristo ou as atitudes e os desejos que devemos mortificar no altar. É muito mais fácil enxergar essas pedras de tropeço na vida de outros cristãos, que reconhecer e confessar os obstáculos e entraves em nossa própria vida.

Se nos alistarmos no exército de Deus, a nossa dedicação deve ser total - a decisão de realizar a Sua Obra, e sermos capazes de dar provas do Seu poder, é um compromisso extremamente sério. Isso exige tempo em comunhão com Deus, derramando o nosso coração diante Dele. Temos de permitir que o Espírito Santo purifique a nossa motivação e os nossos desejos. Isso requer que nos entreguemos ao Espírito de Deus enquanto Ele remove os obstáculos de nossa vida. Além disso, temos de estar determinados a não olhar para trás.
"Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus" (Lucas 9.62).

Palavra para o seu coração

Até quando o adversário irá zombar, ó Deus? Será que o inimigo blasfemará o teu nome para sempre?

                                   Salmos 74.10

Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.


                                   Atos 4.29

domingo, 27 de agosto de 2017

Manter o ritmo


Porque nos tornamos participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio.

                                  Hebreus 3.14

Somente o último passo é que pontua a vitória, a fita de chegada não se rompe antes da última passada!
E nas reflexões que nos trazem "O Peregrino", não há lugar que ofereça maior perigo do que as proximidades dos portais celestiais. Sim, pois era exatamente ali que situava o castelo da dúvida; bem ali o terreno encantado atraía e vencia o viajante distraído e já exausto, presa fácil; levando-o a cilada de um sono fatal.
Podemos facilmente entender que é quando as bênçãos divinas estão próximas, quase conquistadas, que a porta do inferno se torna mais real, bem próxima e presente com suas armadilhas e perigos fatais.
"E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos" (Gálatas 6.9).

"Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre" (1 Coríntios 9.24,25).

Palavra para o seu coração

Guarda a minha vida e livra-me! Não me deixes decepcionado, pois eu me refugio em ti.

                                      Salmos 25.20

Por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele.


                                      Efésios 3.12

sábado, 26 de agosto de 2017

Centralidade


A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.

                                   Salmos 119.105

Ao estudarmos as Escrituras, devemos nos ater ao seu tema central – a salvação por intermédio da fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, o Criador de todas as coisas.
A Palavra tem como intuito primordial anunciar o projeto divino para salvar, redimir seus filhos da perdição e total condenação – então partindo desse pressuposto, Ela anuncia a perdição do Homem e a sua real necessidade de salvação – proclama também que o SENHOR Jesus é Deus, que corporalmente habitou entre nós, para tomar sobre Si nossos pecados, assumir nossa culpa, nos perdoar, justificar e trazer redenção a todos os que Nele creem.
Mesmo que a inspiração divina tenha mobilizado quarenta diferentes autores, a Bíblia possui um tema central – a salvação através da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus; que tenha sido redigida há muitos séculos, ela é sempre atual, e é o único livro cujo Autor se faz presente enquanto a lemos, o Espírito Santo Se expressa e Se comunica através dela com Seus leitores. Inicia-se com Moisés, no solitário e isolado deserto da Arábia, quem escreveu o Pentateuco, os seus cinco primeiros capítulos; e finaliza-se com João, o mais jovem dos doze discípulos convocados, na sombria e solitária ilha de Patmos, com a Revelação de Apocalipse – toda ela é desenvolvida e entrelaçada por um único eixo em comum, uma só trajetória, um único Caminho – a demonstração do imenso amor de Deus, Sua impressionante jornada em execução ao Seu surpreendente projeto de salvação à humanidade decaída.
Entender e estudar o plano divino é a mais valiosa pesquisa já empreendida, ter o discernimento a medida que nos aprofundamos na leitura, deve tornar-se o nosso mais supremo objetivo e aplicar as Suas verdades em nossas vidas deve ser a nossa meta, nosso propósito, dever, estilo e padrão. Mesmo porque compreender o plano bíblico é como ajustar o GPS na direção correta, para que a nossa jornada se transcorra em segurança, sem nenhum contratempo.
Os planos e planejamentos do nosso País, por sua Constituição Política se baseia e se fundamenta no tripé dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – embora estes traçam e executam importantes decisões políticas – não podemos jamais perder de vista, que o imprescindível e fundamental plano para nossa vida está no coração do nosso Criador.
"Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua" (Provérbios 16.1).
"Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos" (Provérbios 16.9).
"Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus" (Salmos 20.7).

"Ganho entendimento por meio dos teus preceitos; por isso odeio todo caminho de falsidade" (Salmos 119.104).

Palavra para o seu coração

Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.

                                        Josué 1.9

Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da esperança.


                                        Hebreus 6.11

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Em Sua dependência


Na angústia me deste largueza.

                 Salmos 4.1

Sem dúvida alguma, essa é uma profunda constatação feita por alguém, sobre o governo moral divino – não se trata de uma palavra de gratidão a Deus por ser poupado da angústia, do sofrimento – pelo contrário, trata-se do reconhecimento e gratidão por ser liberto através do sofrimento – pois afirma: "‘Na’ angústia me deste largueza". Sugere então, que o sofrimento, a tristeza tornara-se em fonte de espaço, alargamento, uma nova perspectiva na vida.
Todos nós, de algum modo, tomamos conhecimento e experimentamos dessa verdade. José, por exemplo, na prisão teve angústia que se compara ao ferro dilacerando a própria alma – entendemos no entanto, que foi exatamente o período de amadurecimento que lhe era indispensável para aquilo que o aguardava posteriormente. Se ele fosse poupado do sofrimento e da prisão, não estaria preparado para tornar-se governador do Egito – a cadeia de ferro que aprisionou e dilacerou seus pés, foi exatamente a preparação para a cadeia de ouro que envolvera o seu pescoço, ao tornar-se governador – a prisão para José foi a pavimentação da sua escalada até o trono.
Muitas vezes murmuramos, reclamamos, nos entristecemos diante das circunstancias adversas que atravessamos; mas, se queremos uma maior compreensão, amor, maior compaixão, discernimento, capacitação em compartilhar a dor alheia, sentir e dividir auxiliando aos menos afortunados, perdidos que cruzam nosso caminho; - precisamos antes de experimentar essa largueza, sermos estreitados, experimentados na dor e no sofrimento humano – não seremos capazes de conduzir ou transportar o pesado fardo de ferro que comprime o dorso do nosso próximo, se nunca tivemos o próprio coração transpassado pelo mesmo ferro.
Tudo o que entendemos como fator limitante em nossas vidas, são na verdade oportunidades para alargar as perspectivas diante de nos – não podemos murmurar dos pesados grilhões que nos acorrentam, pois na verdade eles são asas que nos conduzirão para o âmago, o coração ferido da humanidade. 
Como entenderemos a dor que dilacera o próximo, sem que primeiro a tenhamos vivenciado?

"Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado" (Hebreus 4.15).

Palavra para o seu coração

Pois aqueles que desprezaram o dia das pequenas coisas terão grande alegria ao verem a pedra principal nas mãos de Zorobabel. Então ele me disse: Estas sete lâmpadas são os olhos do Senhor, que sondam toda a terra.


                                    Zacarias 4.10

Os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons.

                                    Provérbios 15.3

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Necessitamos de um Salvador


Pois todos pecaram e estão destituídos da presença gloriosa de Deus, mas, pela sua graça e sem nada exigir, Deus aceita a todos por meio de Cristo Jesus, que os salva.

                                  Romanos 3.23-24

Não há algo que possamos fazer, desempenhar através dos nossos esforços para atrair a atenção do SENHOR, ou mesmo para merecer e nos tornar mais dignos diante de Deus. A bem da verdade, o poder da salvação é a graça Dele sendo derramada imerecidamente sobre todos nós.
A salvação se traduz na irradiante, santa, súbita, serena, tranquilizadora e providente Presença divina, em pleno tremendal no revolto oceano da circunstancia da nossa agitada vida – simplesmente distinguimos Sua voz, em meio ao sonoro burburinho frenético que nos rodeia e muito desconfiados, meio a contra gosto, iniciamos nossa jornada.
Tal qual a Paulo, a percepção nos convence da nossa real situação: - somos transgressores convictos, especialistas em pecado, incapazes de praticar o bem que desejamos; miseravelmente, necessitamos encarecidamente de um Redentor.
Igual a Pedro, temos consciência da dura e cruel verdade: estamos atolados, enlameados e contaminados pela podridão corrupta e tendenciosa do mundanismo – o nosso primeiro impacto diante do Mestre seria "Afaste-Se de mim, pobre e imundo pecador"! Embora estejamos afundando no lamaçal enquanto direcionamos o foco da nossa visão para as ofuscantes vitrines do mundo; o nosso Mestre permanece firme, inabalável – ninguém o convence do pecado... Então, mais que depressa saltamos do Titanic das cisternas rotas, da justiça própria, da razão exacerbada e corajosamente nos atiramos, nos lançamos no sólido barco da remidora graça divina.
Pouco a pouco, sem que percebamos, começamos lentamente escalar os montes, andar sobre as águas, e até mesmo auxiliar a outros náufragos, sobreviventes assim como nós – a morte já não nos atemoriza, perde seu sentido e sua força – deixamos o perfeccionismo, a neurose pela perfeição, pois os erros são justificáveis – a vida tem novo brilho, novo sabor, um real e verdadeiro sentido – o viver com Deus deixa de ser teoria, torna-se a nossa vital realidade.
A graça é tremendamente surpreendente – a sua dimensão e magnitude sempre trás um novo e verdadeiro propósito à nossa vida quando nos mantemos na trajetória com o SENHOR.  
"Pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus"; (Efésios 2.5-8).

Palavra para o seu coração

O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação! Ele é o meu Deus e eu o louvarei, é o Deus de meu pai, e eu o exaltarei!

                                       Êxodo 15.2

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.


                                       2 Coríntios 12.10

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Na quietude da sombra


Na sombra de sua mão ele me escondeu; ele me tornou uma flecha polida e escondeu-me na sua aljava.

                                 Isaías 49.2

Todos necessitamos de vez em quando, nos recolher na quietude da sombra. O intenso brilho do sol do dia ofusca-nos a visão, torna-nos incapazes e insensíveis de distinguir, discernir e apreciar as variações e nuances dos delicados e neutros tons – somos então recolhidos no recesso da sombra do quarto da enfermidade; na macia e reconfortante cama do leito de dor; na meia luz da casa de meditação e de pranto; distantes da claridade, bem onde fugiu o sol...
E isso nos torna nostálgicos, com a ligeira sensação de incompletude, como se tivéssemos nos tornado obsoletos ou descartados. Mas, tenhamos bom animo, não temamos! É apenas a sombra da sábia mão do Mestre; Ele está na direção, guiando as circunstancias das nossas vidas – há lições que só podem ser absorvidas ali - primeiro assimilamos, depois iremos à prática; às aulas de campo.
O SENHOR aguarda o nosso amadurecimento bem de perto, até o momento ideal, oportuno para executarmos alguma tarefa onde o Seu nome será engrandecido, glorificado através do que Ele realizará através de nós e por nós.
São tantas as vezes em que nos sentimos solitários, enquanto aguardamos submissos na sombra; é como se o mundo houvesse nos dispensado e esquecido completamente. Mas, consideremos como a aljava encontra-se sempre fixada ao Guerreiro, ao fácil alcance de Sua mão, Ele a prepara com todo o cuidado e atenção; sabe exatamente o momento certo para emprega-la.
Em muitas ocasiões as sombras fornecem melhores condições para o desenvolvimento e rápido crescimento – o milho por exemplo, cresce muito mais rapidamente na sombra das noites quentes de verão – o intenso sol do meio-dia enrola-lhe as folhas; mas bem depressa elas se desenrolam se uma nuvem cobre o céu. A sombra, tem esse diferencial, ela executa e desenvolve um trabalho que a claridade não é capaz.
A beleza, nitidez, exuberância do luar e das estrelas são muito mais acentuados nas sombras densas das escuras noites – há algumas tímidas e delicadas plantas que só florescem na sombra; e há também muitos vastos e verdes campos em terras onde a neblina, nuvens, chuvas e sombras são predominantemente o ano todo.

"Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor Soberano é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos" (Habacuque 3.17-19).

Palavra para o seu coração

Pois o Senhor, o seu Deus, os tem abençoado em tudo o que vocês têm feito. Ele cuidou de vocês em sua jornada por este grande deserto. Nestes quarenta anos o Senhor, o seu Deus, tem estado com vocês, e não lhes tem faltado coisa alguma.

                                    Deuteronômio 2.7

Simão respondeu: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes".


                                     Lucas 5.5

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Unificação


No final do reinado deles, quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo, surgirá um rei de duro semblante, mestre em astúcias.

                                        Daniel 8.23

Acredita-se que o antiCristo terá um plano de domínio mundial sustentado em três pontos – uma só moeda, sistema único de poder de compra; uma única religião para todos, ecumenismo; um único e centralizado governo, uma nova organização mundial.
Crê-se ainda que a economia estipulada e disseminada por ele, será de uma sociedade sem moeda corrente, na qual as transações serão efetivadas e controladas eletronicamente.
João se refere a essa situação, assim:
"Obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome" (Apocalipse 13.16,17).  
Satanás deixa pista desse plano de unificação mundial desde que Ninrode, contrariando as ordenanças do SENHOR, se propôs a construir uma torre nas planícies de Sinear – a torre de Babel. Satanás ofereceu a Jesus um novo comando centralizado, se Ele se curvasse diante dele e o adorasse.
Após a I Guerra Mundial, que tinha o intuito de ser a "guerra para por fim a todas as guerras", o então presidente americano Woodrow Wilson desenvolveu a ideia da Liga das Nações, objetivando manter a paz através de um governo único. Adolf Hitler afirmou ao povo alemão que traria "uma nova ordem" à Europa.
Crê-se também, que ele promoverá um governo mundial unificado, um mundo sem fronteiras, em que as nações serão regidas e submetidas a leis internacionais a elas impostas, por tais lideranças mundiais.
"Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará,
mas aquele que perseverar até o fim será salvo" (Mateus 24.10-13)
"Felizes os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas" (Apocalipse 22.14).

"Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso, eles estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Não cairá sobre eles sol, e nenhum calor abrasador, pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima" (Apocalipse 7.14-17).

Palavra para o seu coração

Deus justo, que sondas as mentes e os corações, dá fim à maldade dos ímpios e ao justo dá segurança.

                                    Salmos 7.9

Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus.


                                    Efésios 5.15,16

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Orar sem cessar


 Orem continuamente.

                              1 Tessalonicenses 5.17


A que exatamente se refere a palavra "orar"? Alguns eruditos fazem-na parecer capciosa, complicada, difícil demais para o nosso raso intelecto, outros entendidos fazem-na parecer muito abstrata, vaga demais, para o nosso entendimento simplista de dona de casa. Há alguns que imaginam que para orar é necessário ajoelhar-se, fechar os olhos, e declamar frases rebuscadas e eloquentes em alta e empossada voz; sem dúvida alguma, não deixa de ser uma maneira singular de bela oração.
Entretanto, a oração é uma prática comum, corriqueira, ao alcance de todos, desde o erudito catedrático ao mais alienado e simples iletrado – pois em nosso entender, orar é comunicar-se com Deus, em atitude de comunhão, intimidade, louvor, adoração e gratidão ao Ser que nos ama e zela por nós com o cuidado de Pai. Não cremos ser necessário fazer um curso de especialização, para aprender a nos comunicar com o nosso Pai Celestial.
"A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola:
Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.
O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.
Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.
Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’.
"Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (Lucas 18.9-14).
E se entendemos que orar é dialogar com o Pai celestial, então podemos fazê-lo independente da posição que estamos – de pé, joelhados em reverencia, sentados, deitados, executando nossas tarefas diárias – a qualquer hora e em qualquer tempo – enquanto dirigimos, caminhamos ou aguardamos em uma fila - despertamos pela manhã ou perdemos o sono na madrugada... 
O apóstolo Paulo nos sugere – "orar sem cessar" – isto significa que mesmo enquanto executamos e desempenhamos nossas responsabilidades, podemos muito bem manter um diálogo mental com o nosso amado Criador.
Na verdade, a oração é um item imprescindível, vital em nossa experiência espiritual – não há relacionamento saudável sem a comunicação, sem o diálogo, em todas as esferas: conjugal, profissional, social – na família, igreja, escola, no esporte, entre os amigos... Do mesmo modo, a oração é o alimento, a nutrição que fortalece a nossa comunicação com o SENHOR, uma forma de aproximação e de obtermos uma melhor compreensão divina.
Quanto maior o tempo que dedicamos à oração, maior será a nossa intimidade e comunhão com Deus, melhor será a nossa compreensão, entendimento e visão das perspectivas sob a ótica Dele. E isto, por sua vez, nos fortalece, dá segurança, promove a necessária transformação à nossa disposição e atitude de enfrentamento, dá-nos mais força, equilíbrio, sensatez e serenidade nas tomadas de decisão.
A oração pode na maioria das vezes, não alterar muito as circunstâncias e situações exteriores, mas transforma drasticamente o modo como as encaramos e enfrentamos – nos transmite paz interior, serenidade, centralidade, equilíbrio, sensatez, segurança, calma necessária nas dificuldades que surgem diante de nós e nas resoluções, administrações que precisamos executar e decisões que precisamos tomar.
"Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar" (Lucas 18.1).
"Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos" (Colossenses 4.2).

"Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5.17).

Palavra para o seu coração

Por causa de seu grande nome o Senhor não os rejeitará, pois o Senhor teve prazer em torná-los o seu próprio povo.

                                   1 Samuel 12.22

Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.


                                   João 4.22

domingo, 20 de agosto de 2017

A mão de Deus


Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!

                               Mateus 10.29-31

Não foi o mero acaso que nos trouxe tantos males – sim, as muitas e tristes dores que corajosamente atravessamos agora...
A sábia mão do SENHOR o permitiu, bem sabemos – sim, vemos na Bíblia a incomparável história do dedicado e temente servo Jó; através de quem, como num palco, Deus nos ensina lições tremendas dos Seus caminhos.
Caminhos esses, muito acima dos nossos, muito além da nossa simplista compreensão humana – por isso, podemos ver em tudo a mão de Deus...
E se hoje nada entendemos das circunstancias que nos rodeiam – bem sabemos que haverá um dia em que compreenderemos tudo por fim, sem necessidade de explicação.
Sim, podemos descansar e cegamente confiar em Quem deu a própria vida e até morreu por amor a nós!

"Os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente o coração" (2 Crônicas 16.9).

Palavra para o seu coração

Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado.

                                        Salmos 32.5

Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.


                                        1 João 2.2

sábado, 19 de agosto de 2017

Dispa-se da toga


Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.

                                     Mateus 7.2

É quase imperceptível mas em todo o tempo estamos analisando e julgando o que acontece ao nosso redor.
Censuramos e até gracejamos de um homem que passa por nós cambaleando e ziguezagueando logo pela manhã, porém não presenciamos, ignoramos a surra que ele sofreu na noite anterior... Ficamos perturbados, observando e reprovando o andar coxeante de uma mulher, mas não sabemos que o seu belo calçado feriu-lhe insuportavelmente os pés...
Nos intrigamos e julgamos covarde quando vemos o medo estampado em alguém, por algo tão insignificante ao nosso ver; mas nem calculamos quantos foram os dardos e pedradas dos quais esse alguém, com muito sofrimento tem escapado...
Consideramos alguém muito saliente, estridente, espalhafatoso, extravagante para o nosso requintado e seleto gosto – mas pode ser que esse indivíduo tenha se cansado de ser ignorado e nem ser notado como tantas outras vezes... 
E quando é extremamente reservado, comedido, recatado – é  bem possível que tema novamente escorregar e se ferir de novo...
É muito lento, mais vagaroso que uma tartaruga – nem fazemos ideia de quantos tropeções levou recentemente na tentativa de ser mais rápido ao caminhar...
Não conhecemos o interior, as circunstâncias, os motivos, as razões, as dificuldades, as limitações de cada um – somente Aquele que sonda e esquadrinha o coração, sabe as intenções que há por trás de cada atitude e escolha que tomamos; é quem pode e está capacitado a julgar – "Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos" (2 Timóteo 4.1). Este é o nosso justo Juiz – portanto, deixemos a poltrona e a toga de juiz, pois não fomos chamados para isso.

"Não julguem, para que vocês não sejam julgados" (Mateus 7.1).

Palavra para o seu coração

Assim diz o Senhor: Contenha o seu choro e as suas lágrimas, pois o seu sofrimento será recompensado, declara o Senhor. Eles voltarão da terra do inimigo.

                                      Jeremias 31.16

Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.


                                      2 Coríntios 4.17

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Vacilantes


Pedro saiu do barco, andou sobre a água e foi na direção de Jesus.
Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!

                                 Mateus 14.29,30

Havia em Pedro muito ímpeto e um pouco de fé, em meio às dúvidas e contida insegurança; o ímpeto o fez querer aventurar-se ao encontro do Mestre por sobre as águas, a fé o fez  ousar sair do barco, a dúvida o fez reparar no vento, e a insegurança o fez clamar por socorro; e foi clamando que a mão segura do SENHOR o sustentou.
Na experiência vivida por Pedro, o observar ao vento foi para ele um obstáculo – já que conseguia andar sobre as águas, as ondas eram irrelevantes para ele, na caminhada até ao Mestre. Sua atenção devia estar compenetrada somente na luz que emanava de Cristo a ele, em meio as trevas que tinha diante de si a percorrer.
Mas ainda assim – qual de nós teria a intrepidez e ousadia demonstrada no impetuoso e imaturo Pedro?
Da próxima vez que o SENHOR nos convidar por sobre as águas que nos rodeia: "Vem"! Estejamos preparados, avancemos confiadamente – e não vamos incorrer ao mesmo erro de Pedro, em momento algum afastemos ou desviemos Dele o nosso olhar.
Não é cronometrando a sequencia e o tamanho das ondas que iremos vencê-las ou prevalecer sobre elas; nem é ferindo ou lutando contra o vento impetuoso, que cresceremos em força e robustez. Dimensionar e examinar o perigo pode fazer-nos titubear, vacilar diante dele; e parar diante da dificuldade é expor-se a ela, é vê-la derramar-se sobre nós e fatalmente sufocar-nos, afundando-nos.
Ergamos os olhos para os montes, e confiantes prossigamos – Ele é o nosso socorro, bem presente na angústia – o nosso único e seguro Caminho.
Com Ele e só Nele – podemos triunfar!
Importa é ver Sua bela face – e só com Ele andar.
E que ruja o vento atroz – e que brame o rijo e encapelado mar...
Importa é ver Sua bela face – e com a mão segura na Sua, para sempre andar!

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno" (Salmos 139.23,24).

Palavra para o seu coração

Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?

                                      Êxodo 15.11

Pai, glorifica o teu nome! Então veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente.


                                      João 12.28

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Obra é Dele e apenas Dele


Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.

                                        2 Timóteo 2.13

Ainda bem que o SENHOR nos concede Suas bênçãos de acordo com Suas riquezas e não consoante à dimensão de nossa fé.
E é imprescindível termos consciência disso para não nos tornarmos incrédulos. Paremos um instante e observemos o mundo ao nosso redor.
Há mais bocas do que pães disponíveis; há mais enfermos do que médicos para tratar; há mais necessitados e carentes de ouvir e conhecer a Verdade do que pessoas preparadas e dispostas a contá-la, compartilhar e testemunha-la.
E então, o que faremos nós? Se racionalizarmos, damos de ombro e seguimos adiante, mesmo porque somos apenas mais um na multidão, não iremos alterar o curso das coisas, simplesmente diremos ao mundo que infelizmente não podemos ajudá-lo.
Mas, não é porque somos a minoria que vamos desistir – olhemos para o alto - "Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?  O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra" (Salmos 121.1,2). 
Fortalecemos a nossa confiança – e a nossa esperança não é vã nem infrutífera, pois os méritos do Mestre e SENHOR Jesus são provados e aprovados – Ele já nos demonstrou que nunca falha – e é exatamente isto o que faz Deus ser DEUS!
Sim, não podemos julgar, nem medir nosso serviço ao SENHOR pelos resultados obtidos – Ele não nos convocou para sermos estrelas, líderes de destaque com milhares de seguidores, e fã clube de carteirinha (aliás quem precisa de milhões de seguidores, é só provocar um vespeiro e sair correndo, simples assim...).
Deus nos chamou para sermos sal da terra, luz na escuridão, uma voz no deserto – qualquer resultado positivo que obtemos, o mérito é Dele, a obra é Dele, apenas Dele; somos simplesmente o burrinho transportando o "Rei", e isto já é mérito que enobrece além do limite, qualquer ser humano.
"Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade"! (Salmos 115.1).

"Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre"! (Romanos 11.36).

Palavra para o seu coração

O anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que o temem, e os livra.

                                       Salmos 34.7

E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.


                                       1 João 5.15

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O impostor da paz


No final do reinado deles, quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo, surgirá um rei de duro semblante, mestre em astúcias.

                                    Daniel 8.23

O SENHOR Jesus nos advertiu de que os dias do antiCristo seriam os piores momentos que o mundo iria conhecer. Seu discurso aos discípulos está registrado em Mateus 24, Marcos 13, Lucas 21 e João 16. Ele discorre sobre um período de falsos messias, guerras, rumores de guerras, fome, peste, calamidades, tristeza, desamor, angústia, decepção, tragédia, iniquidade, perseguição e catástrofes mundiais. Afirma que os tempos do fim serão tão terríveis que, "se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria" (Mateus 24.22).
Esse personagem, o antiCristo, fará a sua entrada no cenário mundial sorrateiramente, como um discreto homem de paz – talvez até conquiste um premio Nobel. Daniel 8.25 revela que ele "destruirá a muitos que vivem em segurança". Ele mediará a paz para Israel e o Oriente Médio e assinará um tratado de paz de sete anos, que será quebrado após três anos e meio (Daniel 9.27).
O antiCristo será um homem talentoso, de charme e carisma quase hipnóticos; em sua caminhada rumo ao poder usará seus dotes e talentos na conquista dos países federados europeus, para depois lançar seus vorazes olhos sobre a menina dos olhos de Deus: Israel.
Usará força militar para ganhar e manter a supremacia mundial.
"Ele se exaltará e se engrandecerá acima de todos os deuses e dirá coisas jamais ouvidas contra o Deus dos deuses. Ele terá sucesso até que o tempo da ira se complete... Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados,... nem por deus algum, mas se exaltará acima deles todos. Em seu lugar adorará um deus das fortalezas; um deus desconhecido de seus antepassados ele honrará com ouro e prata, com pedras preciosas e presentes caros" (Daniel 11.36,37,38).
Inicialmente, ele proporcionará prosperidade ao mundo, e ganhará a confiança e a simpatia geral, apoio principalmente dos que são ávidos pelo poder, pois fará prosperar o engano – isto sugere que talvez haja um grande colapso econômico mundial e, então, o homem do pecado, o filho da perdição – o mais ilustre filho de Satanás – vá seduzir o mundo com promessas de prosperidade, restauração do poder de compra, riquezas, confortos, facilidades e comodidades aos seus comparsas, até conquistar a confiança de seus adeptos e simpatizantes.

"Ele se tornará muito forte, mas não pelo seu próprio poder. Provocará devastações terríveis e será bem sucedido em tudo o que fizer. Destruirá os homens poderosos e o povo santo. Com o intuito de prosperar, ele enganará a muitos, e se considerará superior aos outros. Destruirá muitos que nele confiam e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes" (Daniel 8.24,25).

Palavra para o seu coração

Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu lhe ordeno que abra o coração para o seu irmão israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra.

                                     Deuteronômio 15.11

E vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.


                                     Efésios 5.2

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Casualidades


Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!

                                    Filipenses 4.6,4

Com Deus não há casualidades – cada incidente que surge no percurso é delineado na medida, com o intuito de nos aproximarmos Dele.
Logo no início do reinado de Davi, o SENHOR capacitou-o a obter várias e grandes conquistas, dentre elas, o retorno da Arca de Deus à cidade santa – estas realizações lhe proporcionaram grande alegria. A espontaneidade de Davi fazia com que ele demonstrasse efusivamente e de maneira intensa e descontraída, abertamente suas emoções. Ele podia chorar sua solidão, expor suas tristezas e temor ao SENHOR, mas também podia dançar freneticamente e de forma contagiante.
Um coração preenchido pelo poder de Deus é livre para glorifica-Lo e deleitar-se Nele. Através das circunstancias de nossa vida, podemos observar que o SENHOR provê generosamente o necessário para atender nossas demandas. Quando tomamos consciência disso, nosso coração se enche de gratidão, nossa vida torna-se repleta de alegres e singelas expressões de louvores, reconhecimento às dádivas recebidas.
Se Davi agia assim espontaneamente e é considerado "Um homem segundo o coração de Deus" (1 Samuel 13.14), deduz-se então, que agradamos ao SENHOR quando expressamos verdadeiramente nossas emoções – quando atravessamos o vale do desespero ou o pico da alta e sublime montanha do contentamento, podemos exteriorizar sem constrangimento ou mordaças as nossas emoções.
Mas, a total liberdade manifestada por Davi para expressar seu louvor e gratidão é contrastada com a reserva e o desdém de sua esposa Mical.
Ela, tal qual o pai Saul, não direcionava nem baseava sua energia emocional na firme convicção na soberania, amor e graça de Deus. Como havia pouco conteúdo em sua mente sobre a amorosa e graciosa bondade divina, em decorrência disso, havia também restrita capacidade de gratidão, reconhecimento e deleite emocional Nele.
Há muitas "Micals" por aí, sempre cruzamos com alguma; cuja mente encontra-se deficiente do Verdadeiro Evangelho libertador, e em decorrência da inanição pelo fraco cardápio espiritual e pela subnutrição das crenças reais; suas emoções são raquíticas e inexpressivas. Sim, porque infelizmente a religião produz mais "Micals" que "Davis".
Verdade é que a convicção da graça de Deus resulta em espontâneas expressões de contagiante alegria – um coração que desconhece a presença divina na adversidade, angustia, tribulação, tristeza ou na dor; jamais se deleitará em adoração e louvor.

"Bendiga ao Senhor a minha alma! Bendiga ao Senhor todo o meu ser! Bendiga ao Senhor a minha alma! Não esqueça de nenhuma de suas bênçãos"! (Salmos 103.1,2).