sábado, 31 de janeiro de 2015

Especulações infundadas

Por milhares de anos o homem tem tentado, em todas as culturas e sociedades, imaginar como é a natureza de Deus. Nesta tentativa de aplacar a curiosidade e o grande vazio da alma, criam inutilmente deuses à sua própria imagem, à imagem do sol, da lua, das estrelas, da terra e de centenas de outros objetos. Apesar de suas especulações filosóficas obre a inteligência divina criadora do universo, o homem nunca será capaz de descobrir a verdadeira totalidade sobre Deus, tudo o que se sabe é o que Ele mesmo revela, e é crucial que estejamos dispostos a aceitar a revelação escrita de Deus, concernente à sua própria natureza e seus mandamentos para a humanidade. A Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, revela a natureza de Deus, como uma personalidade amorosa, santa e poderosa que está interessada na vida e no destino de toda humanidade.
As antigas Escrituras nos revelam que haverá uma geração de homens, no final desta presente era, que viverá um período de tribulação, a qual suportará a maior perversidade já desencadeada por Satanás. A ira de Deus será derramada sobre os pecadores impenitentes durante aquele período sem precedentes de sete anos. O próprio Satanás será solto para tentar sua rebelião final contra o Deus Todo-Poderoso em sua incansável campanha para estabelecer seu reinado sobre a terra, sob o governo de seu representante pessoal, o anticristo.
As mesmas Escrituras, entretanto, nos garantem que Jesus Cristo voltará do céu no momento em que a terra se depara com sua crise final, para derrotar os exércitos do anticristo e salvar a humanidade da iminente destruição. O SENHOR derrotará Satanás depois de um terrível período de sete anos de provação, conhecido como a grande tribulação. Os profetas revelam que dois terços da humanidade morrerão de fome, guerras e pragas durante esses terríveis sete anos. Essa provação final pela qual a humanidade passará, entretanto, terminará de forma triunfal, com o retorno glorioso de Jesus Cristo, dos céus, com um exército de anjos poderosos e os santos de todas as épocas. Quando Cristo finalmente derrotar os líderes perversos do mundo, do seu trono em Jerusalém. Finalmente, o som das armas de fogo será silenciado para sempre, o terror das salas de tortura será destruído, o horror da fome e das doenças incuráveis será removido, secarão todas as lágrimas e o medo da violência e do abuso será tirado do coração dos homens e mulheres. A humanidade finalmente irá experimentar a verdadeira paz sob o reinado do Messias, Jesus Cristo.

Palavra para o seu coração

Não explore os pobres por serem pobres, nem oprima os necessitados no tribunal, pois o Senhor será o advogado deles, e despojará da vida os que os despojarem.


                                  Provérbios 22.22-23

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Martírio dos Apóstolos


Um historiador da Igreja, chamado Schumacher pesquisou sobre a vida dos apóstolos e registrou o martírio que cada um experimentou.
Mateus foi martirizado na Etiópia, morto por um ferimento feito a espada.
Marcos morreu em Alexandria, no Egito, depois de ser arrastado por cavalos pelas ruas, até morrer.
Lucas foi enforcado na Grécia como resultado de sua tremenda pregação aos perdidos.
João enfrentou o martírio quando foi colocado num grande tacho contendo óleo fervendo, durante uma onda de perseguição em Roma; contudo, escapou miraculosamente da morte. Foi então sentenciado às minas na prisão da Ilha de Patmos. Ali ele escreveu o livro profético de Apocalipse. Posteriormente foi libertado e voltou para servir como bispo da cidade de Edessa, na moderna Turquia. Morreu com idade bem avançada, sendo o único dos apóstolos a morrer pacificamente.
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, numa cruz em forma de X; de acordo com a tradição da igreja, disse aos verdugos que não era digno de morrer da mesma maneira que Jesus Cristo tinha morrido.
Tiago, o justo, o líder da igreja de Jerusalém, foi atirado do pináculo sul do templo, de uma grande altura, quando recusou-se a negar sua fé em Cristo. Quando descobriram que tinha sobrevivido à queda, seus inimigos o espancaram até a morte com um porrete. Este foi o mesmo pináculo para onde Satanás levou Jesus durante a tentação.
Tiago, o Grande, filho de Zebedeu, era um pescador profissional quando Jesus o chamou para um ministério que levaria o resto da vida. Sendo um líder forte da igreja, Tiago finalmente foi decapitado em Jerusalém. O oficial romano que o vigiava observou atônito enquanto Tiago defendia sua fé no julgamento. Posteriormente, andou ao lado de Tiago até o local da execução. Tomado de convicção, declarou sua nova fé ao juiz e ajoelhou-se ao lado de Tiago, aceitando ser também decapitado como cristão.
Bartolomeu, também conhecido como Natanael, foi missionário na Ásia. Testemunhou sobre o SENHOR Jesus na região que atualmente é a Turquia. Bartolomeu foi martirizado por sua pregação na Armênia, sendo esfolado até a morte com um chicote.
André foi crucificado numa cruz em forma de X em Patras, na Grécia. Depois de ter sido severamente chicoteado por sete soldados, amarraram seu corpo com cordas na cruz, para prolongar sua agonia. Seus seguidores disseram que quando estava sendo levado para a cruz, André disse: “Há muito tempo tenho desejado e esperado esta hora. A cruz tem sido consagrada pelo corpo de Cristo, que foi pendurado nela.” Continuou pregando aos torturadores por mais dois dias, até que morreu.
O apóstolo Tomé foi morto com um golpe de lança na Índia, durante uma de suas viagens missionárias, para estabelecer uma igreja no sub-continente.
Judas, o irmão de Jesus, foi morto a flechadas quando se recusou a negar sua fé em Cristo.
Matias, o apóstolo escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes, foi apedrejado e depois decapitado.
Barnabé, que fez parte do grupo de setenta discípulos, escreveu a Epístola de Barnabé. Pregou o evangelho por toda a Itália e Chipre. Foi apedrejado até a morte em Salônica.
O apóstolo Paulo foi torturado e depois decapitado em Roma, por ordem do perverso imperador Nero, em 67 d.C. Paulo suportou um longo período de prisão, durante o qual escreveu muitas cartas para as igrejas que havia fundado por todo o Império Romano. Essas cartas, que ensinavam as doutrinas fundamentais do cristianismo, formam uma grande parte do Novo Testamento.

Os detalhes do martírio dos discípulos e apóstolos são encontrados nas fontes de tradições da igreja primitiva, narradas nos escritos dos pais da igreja, onde a crença universal dos escritores cristãos primitivos era que cada um dos apóstolos enfrentou o martírio corajosa e fielmente, sem negar a fé na ressurreição de Cristo.

Palavra para o seu coração

Quem ama a sinceridade de coração e se expressa com elegância será amigo do rei.

Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura.


                                    Provérbios 22.11,29


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vidas Transformadas através da Bíblia

O estudo da Palavra de Deus, com o propósito de descobrir a vontade de Deus, é a matéria secreta que tem formado os grandes homens de caráter.
É evidente a transformação de vida que ocorre nas pessoas que colocam sua fé e confiança em Jesus Cristo, e o buscam através da Bíblia. Uma fé perseverante na verdade de Deus revelada nas Escrituras fortalece a confiança das pessoas, mesmo diante das maiores provações e tribulações; esta fé inabalável nos capacita a permanecer firmes contra as maiores perseguições, como o escritor aos Hebreus no capítulo 11 registra que os grandes heróis da Bíblia ficaram firmes contra a oposição de Satanás.
A Bíblia tem fascinado e atraído a atenção dos homens mais brilhantes de cada geração. Um escritor anônimo certa vez comentou: “Aquele que ensina a Bíblia nunca é um professor; é sempre um estudante”. Um dos pais da igreja, que viveu no segundo século, chamado Tertuliano, devotou sua vida ao estudo da Bíblia, dia e noite. No final de sua vida, havia memorizado a maior parte da Bíblia, inclusive as pontuações. Um profundo amor pelas Escrituras motivou os cristãos daqueles primeiros séculos de perseguição a andar em obediência ao Salvador, Jesus Cristo.
Eusébio, o maior historiador da igreja primitiva, escreveu sobre um cristão que sofreu perseguição, cujos olhos foram queimados durante uma das dez grandes ondas de perseguição contra a igreja primitiva. A despeito da perda dos olhos, esse irmão podia repetir aos cristãos reunidos grandes porções da Bíblia, de memória.
Thomas Beza, o brilhante tradutor da Bíblia que viveu em 1585 d.C., tinha um amor tão profundo pelas Palavras do Salvador que, com oitenta anos, ainda podia repetir de memória todas as epístolas do Novo Testamento, em grego. Dois dos líderes da Reforma Protestante, Cranmer e Ridley, tiveram a fé imensamente fortalecida quando ambos memorizaram todo o Novo Testamento, durante o tempo em que estavam sendo perseguidos. Aqueles que amam a Bíblia nunca irão se encontrar sem um amigo fiel, um maravilhoso e sábio conselheiro, um companheiro alegre e o mais efetivo conforto para a alma.

O Dr A. T. Pierson sugeriu em um de seus livros sobre a Bíblia que devemos nos aproximar das descobertas espirituais da maneira como os antigos israelitas se aproximavam do templo de Jerusalém. O Pátio dos Gentios, exterior, representa a letra das Escrituras. O Pátio Interior de Israel, um lugar muito mais santo, é similar à verdade intrínseca das Escrituras; o Santo dos Santos, o lugar mais sagrado do templo é equivalente à própria pessoa de Jesus Cristo. Somente quando passamos através do véu e entramos na intimidade do Santo dos Santos é que nós O encontramos face a face.

Palavra para o seu coração

Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.
Quem é generoso será abençoado, pois reparte o seu pão com o pobre.



                                 Provérbios 22.6,9

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

As circunstâncias são oportunidades

O justo passa por muitas adversidades, mas o SENHOR o livra de todas;

                             Salmos 34.19

A Bíblia é muito clara em dizer que passaremos por aflições nesta vida. Mas será que o fato de estarmos aflitos, passando por adversidades ou carregando fardos pesados significa reprovação de Deus?
Não, necessariamente!
Entendemos que, apesar das aflições, existe libertação total de todas as adversidades. Em nome de Jesus, não permitamos que o Diabo use as circunstâncias de nossas vidas para trazer dúvida e desânimo que resultará em derrota!
Deus pode usar as circunstâncias de nossa vida para fazer-nos crescer espiritualmente ou trazer-nos a uma maior intimidade com ELE.  Muitas vezes, ficamos pensando apenas no que o Diabo está tentando fazer. Deixemos de nos preocupar com ele e concentremos nossa atenção no que Deus está fazendo!
Deus pode muito bem usar as adversidades, os problemas insolúveis, doenças irreversíveis...porque as CIRCUNSTÂNCIAS SÃO OPORTUNIDADES para DEUS ser glorificado, ELE usará as situações para se revelar forte, fiel, grande, poderoso, absoluto, supremo, infinito, intenso... Foi assim na vida de José do Egito...
Quando passarmos pelo vale da sombra da morte, Deus usará essa circunstância para demonstrar a sua fidelidade. Ele a usará para provar que "nunca nos deixará, nunca nos abandonará" (Hebreus 13.5). Quando estivermos passando por provações, vales e lutas, ELE usará essa circunstância para mostrar-nos que é possível levar mil a correr, que eles cairão aos milhares à nossa volta, mas não se aproximarão de nossa morada (Salmos 91.7).

As circunstâncias adversas da nossa vida são oportunidades para aproximar-nos de Deus, e para ELE se revelar a nos de maneira mais grandiosa que antes; as vezes somos tão fortes que só uma dor intensa nos conduz a ELE. Então, descansemos na segurança que Deus nos dá, de que haverá libertação, livramento, mudança, para que Ele possa usar as situações como oportunidade para revelar a glória dEle! Para ser Deus em nossas vidas!

Palavra para o seu coração

Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria.


                   Provérbios 21.5

A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida.

                   Provérbios 22.4

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Cooperadores de Deus

O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho.
Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus.

                 1 Coríntios 3.8-9

Cooperamos com Ele para que a obra de salvação seja operada em nós e nos outros, colaboramos em prol de um objetivo comum, sem a pretensão de receber méritos. O mérito maior é a nossa própria salvação e a seleção dentre todos os demais de pertencermos a esta seleta escolha de podermos ser úteis, protagonistas na maior Obra de construção da história da humanidade.
“Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.
Pois nessa esperança fomos salvos” (Romanos 8.22-24).
Jesus tinha muitos discípulos e cooperadores, assim como os apóstolos também, deixando claro que todos precisamos de ajuda, necessitamos uns dos outros e de uma estreita comunhão e amizade que nasce da cooperação. A igreja precisa da cooperação dos cristãos, aliás ela só existe em prol deles.
Roguemos pela misericórdia de Deus para sermos avivados e para melhor utilizarmos nossos dons e talentos, cooperando com Ele para a divulgação do evangelho e a salvação de muitas almas. Isto nos encherá da transbordante paz e plena convicção de estarmos no centro de sua suprema vontade.

“Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos” (Provérbios 16.9).

Palavra para o seu coração

O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!
A beleza dos jovens está na sua força; a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos.
Os golpes e os ferimentos eliminam o mal; os açoites limpam as profundezas do ser.


                         Provérbios 20.7,29-30

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ligados à Fonte de Suprimento divino

Deste-me força para o combate; subjugaste os que se rebelaram contra mim.

                 Salmos 18.39

Uma das maiores estratégias satânicas é distanciar-nos de nossa fonte de suprimento.
A tática de afastar as tropas inimigas dos postos de abastecimento é usada freqüentemente na guerra. Com isso, tentam tornar impossível ao exército oponente o acesso à munição e outros suprimentos, como comida e água, enfraquecendo-o e posteriormente derrotando-o.
O lado desligado de seus suprimentos logo se tornará fisicamente exausto e ficará sem munição. Nesse ponto, torna-se alvo fácil para o inimigo.
Observamos obreiros cristãos, pastores e evangelistas das linhas de frente caírem nessa cilada do inimigo. Ficam tão envolvidos na obra do Senhor que deixam de ouvir o Senhor lhes falar, como Jesus a seus discípulos: "Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco" (Marcos 6.31).
Independente de quanto a pessoa seja favorecida pelo poder e pela unção do Espírito Santo, enquanto ela estiver nesta terra, terá um corpo físico limitado. O homem espiritual pode ser capaz de viajar a milhares de quilômetros por minuto, ficar acordado noite após noite, orar, estudar a Palavra e ministrar às necessidades dos outros, mas o corpo logo se fatigará.
"Mas se eu não a fizer, a tarefa não será realizada!" Com bastante freqüência, essa é a idéia de homens e mulheres que sentem profundamente o chamado de Deus em sua vida. Parece que o descanso não faz parte de seu ministério, que Deus não pode prosseguir sem eles. Mas essa é, na verdade, uma forma de orgulho espiritual. A obra de Deus PROSSEGUIRÁ. Ele está no controle. Elias foi um grande profeta, mas Eliseu (seu servo) foi mais usado por Deus. Nosso Deus não depende de nós, Ele nos usa por sua misericórdia, a qualquer momento Ele levanta e prepara vasos infinitamente melhores e mais ungidos que nós. 
Não permitamos que o nosso zelo pessoal e a compaixão pelos perdidos controlem e determinem as nossas ações. Devemos deixar que Cristo seja nosso "Agente controlador". Devemos ser capazes de perceber quando o nosso zelo nos impulsiona para além de nossa capacidade física, pois nos tornamos improdutivos.
É freqüente que os cristãos na "linha de frente" da batalha se esforcem para além da liderança de Cristo. Eles geralmente se sentem culpados quando tiram um tempo para descansar. Mas quando Deus chama um indivíduo para um período de descanso, esse não é um tempo desperdiçado, pelo contrário até esse descanso é produtivo e estratégico na obra e em nossa vida.
O tempo separado para Deus é o mais valioso e produtivo que podemos ter. Durante esse período a sós com Deus, Ele nos restaura física, mental e espiritualmente. Fala conosco, dá-nos nova direção. Ele nos dá o maná novo e fresco para entregarmos ao Seu povo, ministra primeiramente em nossas vidas.
Se conseguíssemos que pelo menos 10% de nossos pastores deixassem um espaço em sua agenda lotada — infindáveis programas de edificação, reuniões dos conselhos, atividades sociais da igreja local e outros deveres pastorais — para estar a sós com Deus por uma semana ou duas, teríamos uma explosão espiritual!

Para estarmos espiritualmente preparados, devemos respeitar nossos limites, obedecer quando Deus nos chama para descansarmos Nele. Quando chegar esse momento, atentemos para ouvir a voz do SENHOR e OBEDECER-LHE!

Palavra para o seu coração

O temor do Senhor conduz à vida: Quem o teme pode descansar em paz, livre de problemas.


                                 Provérbios 19.23

domingo, 25 de janeiro de 2015

Satanás tenta usar todas as circunstâncias para derrotar-nos!

Depois que Jó orou por seus amigos, o SENHOR o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. Todos os seus irmãos e irmãs, e todos os que o haviam conhecido anteriormente vieram comer com ele em sua casa. Eles o consolaram e o confortaram por todas as tribulações que o SENHOR tinha trazido sobre ele, e cada um lhe deu uma peça de prata e um anel de ouro.
O SENHOR abençoou o final da vida de Jó mais do que o início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de boi e mil jumentos.

                    Jó 42.10-12

Em Jó, vemos um exemplo clássico, de alguém atacado pelo inimigo por meio das circunstâncias da vida. Satanás vem contra a Palavra de Deus para desmerecê-la na vida do crente, utilizando-se desse método. Precisamos, a exemplo de Jó, confiar que Deus nos protegerá.
Temos na Palavra o conhecimento de que com fé em Deus, quaisquer que sejam as nossas necessidades, Ele nos suprirá, nos sustentará. Como na história de Jó, a vitória é apenas questão de tempo e confiança no Deus de nosso livramento e de nossa salvação!
A Bíblia relata que Jó era um homem justo, de conduta impecável. Satanás desafiou a Deus: "Estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face" (Jó 1.11). A alegação de Satanás era de que Deus havia abençoado tanto Jó que naturalmente ele seria "irrepreensível", mas se fosse removido o escudo de proteção para que ele, Satanás, atacasse o patriarca, este certamente se rebelaria contra Deus e o "amaldiçoaria".
Deus aceitou o desafio. Satanás foi autorizado por Deus a atacar Jó do mesmo modo que costuma atacar as pessoas: pelas circunstancias da vida.
Numa sucessão rápida de desastres, o patriarca perdeu os bens terrenos, os filhos, a saúde e a compreensão da própria mulher. Ele também teve de contender com o julgamento de seus amigos, que o acusaram de pecado.
Jó perdeu tudo que possuía, EXCETO A SUA FÉ EM DEUS! "Em tudo isso Jó não pecou e não culpou a Deus de coisa alguma" (Jó 1.22).
Mas Satanás não desistiu, atacou Jó por meio de três amigos deste: Elifaz, Bildade e Zofar. Ao invez de confortá-lo, um após o outro acusou Jó de estar sendo castigado por Deus porque era mau e por haver pecado em sua vida. Jó protestou inocência, mas eles se recusaram a crer. Em vez de apoiar e confortar o amigo, procederam como muitos de nós, julgaram, cobraram, acusaram, tentaram descobrir o motivo dos percalços de Jó, e Deus não nos nomeou para esta função, nenhum de nós tem essa atribuição, e assim procedemos na maioria das vezes e erramos como os amigos de Jó.
Despojado de seus bens, sofrendo uma dor terrível, abandonado pela família e pelos amigos, Jó viu-se em uma completa derrota, tornou-se fraco e desanimado, perdeu toda a esperança. Foi incapaz de sentir a Presença de Deus; era como se Deus o tivesse abandonado. Jó amaldiçoou o dia em que nasceu (Jó 3.3); estava cheio de incredulidade (Jó 9.16,17); acusou Deus de oprimi-lo e não punir os ímpios (Jó 10.1-3); questionou as ações de Deus e justificou-se (Jó 40.8). Fixou os olhos nas circunstâncias, e acabou se tornando tão desanimado e deprimido que desejou morrer. Permaneceu deprimido até que Deus tratou com ele por causa dos questionamentos do patriarca. Quando Jó percebeu o quanto desconhecia sobre os mistérios da criação, Deus agiu a favor de seu servo. O arrependimento foi o caminho para liberar as bênçãos de Deus mais uma vez, sobre a vida de Jó.

Deus o curou e restituiu em dobro o que Satanás lhe havia tirado. Para abençoá-lo, Deus usou todas as circunstâncias que Satanás havia usado para o derrotar, concedeu a vitória pela obediência de Jó. Sua família voltou a procurá-lo e o confortou. "O SENHOR abençoou o final da vida de Jó mais do que o início" (Jó 42.12). Satanás usou todas as circunstâncias possíveis para atacar e destruir Jó, mas não conseguiu. 

Palavra para o seu coração

Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo.
A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.


              1 Crônicas 29.11-12

sábado, 24 de janeiro de 2015

Cristãos apanhados por um ciclo de derrota


Num outro dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles para apresentar-se. O SENHOR perguntou a Satanás, "De onde você veio?"
Satanás respondeu ao SENHOR: "De perambular pela terra e andar por ela".
Disse então o SENHOR a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal. Ele se mantém íntegro, apesar de você me haver instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo".
"Pele por pele!", respondeu Satanás. "Um homem dará tudo o que tem por sua vida. Estende a tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face."
O SENHOR disse a Satanás: "Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele".
Saiu, pois, Satanás da presença do SENHOR e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça.


                         Jó 2.1-7

Muitos cristãos vivem derrotados porque não reconhecem Satanás como o Destruidor, que usa as circunstâncias como arma para derrotá-los. Eles ouvem os pregadores e mestres afirmando que os cristãos não têm de passar por provações e perseguições. E que, se passam, é porque estão em pecado, fora da vontade de Deus, não têm fé suficiente ou porque Deus os está punindo.
Não conhecendo a VERDADE que Satanás ataca em suas circunstâncias, eles são apanhados e envolvidos em uma onda de derrota, que apresenta cinco características:

1. A estratégia de Satanás é primeiramente atacar uma de nossas áreas mais vulneráveis por meio das circunstâncias da vida. O objetivo supremo do Inimigo é destruir a única coisa que temos de precioso — a nossa alma. Não existe absolutamente nada que Satanás possa fazer para riscar o nosso nome do "livro da vida". Ele não tem o poder de lançar a nossa alma no inferno. Deus, por meio do livre-arbítrio, deu-nos o poder de decidir o nosso destino. Podemos escolher a vida ou a morte, o Paraíso ou o inferno. O objetivo de Satanás, ao agir em nossas circunstâncias, é destruir o nosso relacionamento com Deus, separando-nos Dele, nos fazer questionar o seu amor, até perdermos a fé no SENHOR e em suas promessas. O diabo quer controlar a nossa vontade, até que a usemos para dar as costas a Deus e pecar contra Ele. Mas podemos escolher a vitória, a vida, o Paraíso!

2. Satanás nos ataca por meio de nossas circunstâncias para causar o ESTRESSE, que atinge todo o nosso ser; o coração, a mente e o corpo inteiro, é uma das estratégias mais mortais neste ciclo de derrota; é o inimigo número um da saúde. O estresse enfraquece o sistema imunológico e aumenta a nossa suscetibilidade a quase todas as doenças. Lembremo-nos de que nenhuma das circunstâncias, provações e tribulações que enfrentamos é responsável pelo estresse. É A NOSSA REAÇÃO a elas que o ativa. Se tivermos medo, preocupação ou dúvida de que Deus nos livrará nas circunstâncias que enfrentamos, seremos derrotados. Entretanto, se as enfrentarmos, confiando que Deus nos dará vitória sobre a situação, o nosso coração e a nossa mente se encherão de uma paz que excede todo entendimento. Não haverá mais lugar para o estresse, só assim o vencemos.

3. Depois de atacar-nos por meio de circunstâncias estressantes, Satanás começa a bombardear a nossa mente com MEDO, PREOCUPAÇÃO e DÚVIDA, enche tanto a nossa mente com pensamentos negativos que ficamos imobilizados, incapazes de liberar a nossa fé. Quando o medo agarra a nossa mente, começamos a preocupar-nos demais com as circunstâncias. Dia e noite, a nossa mente fica em constante agitação. Então Satanás nos mantém sob pressão mortal que nos paralisa e impede de receber de Deus o que precisamos. A estratégia de Satanás é encher a nossa mente com medo, preocupação e dúvida, até que a Palavra de Deus se torne ineficaz em nossa vida, pois não está mais respaldada na fé. E Satanás sabe que podemos "confessar" a Palavra até morrer, mas ela não terá efeito algum, a menos que a declaremos com fé, sem vacilar, crendo que será feito conforme Deus falou.

4. Nesse ponto do ciclo de derrota, a estratégia de Satanás é desgastar-nos física, mental e espiritualmente até cansarmos e DESANIMARMOS, nos tornarmos fracos e abatidos.
Paulo, certa vez, advertiu os crentes, que estavam se tornando cansados e desanimados, por causa desse problema. Ele sabia que, em nossa batalha espiritual contra Satanás, no momento em que desanimamos e paramos de resistir aos seus ataques, estamos sujeitos às suas mãos. Somos derrotados apenas quando deixamos de lutar. Paulo tinha toda a razão para se tornar fraco e desanimado. Ele experimentou a dor, a fome, a sede, a exaustão e a perda de todas as coisas. Enfrentou circunstâncias que estavam além da capacidade humana. Contudo, ele não desanimou. Não relaxou. Não parou de resistir e de lutar contra Satanás (Atos 20.24).

5. Se nos tornarmos desanimados ou mentalmente abatidos, começamos a viver a onda de derrota até perder o ânimo. O desânimo leva à depressão, que resulta em mais estresse, e somos apanhados em um círculo vicioso. Paulo não permitiu que nenhuma das circunstâncias terríveis que Satanás usou contra ele o desanimasse ou deprimisse. Paulo fez uma escolha. Ele podia escolher entre deixar-se levar pelas circunstâncias ou crer em Deus. Paulo tinha uma lealdade simples para com Deus. Sabia que o Senhor faria exatamente o que prometera, que Deus o livraria em meio às circunstâncias e apesar delas.
Uma das maiores verdades que Deus nos ensina e que nos capacita a enfrentar vitoriosamente os ataques de Satanás em nossas circunstâncias, é recusar-nos a olhar para elas. Em determinados momentos de nossas vidas, quando os desafios parecem impossíveis de superar:
Não olhemos para o tamanho de nossas necessidades, olhemos para a grandeza de nosso Deus! As circunstâncias nos impedem de ver o seu poder.
Se mantivermos os olhos nelas, o Diabo as usará para derrotar-nos e para desacreditarmos a Palavra de Deus — a Palavra escrita, a Palavra viva. A nossa vitória está em manter os olhos na grandeza de nosso Deus e em sua capacidade. Ele promete levar-nos passo a passo — não todos de uma vez. E cada passo será um milagre!

Satanás sabe que, se fixarmos os olhos nas circunstâncias ao nosso redor, cairemos na armadilha desse ciclo de derrota. Se olharmos para Deus e crermos em suas promessas, resistiremos e teremos vitória sobre elas.

Palavra para o seu coração

Quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e ele o recompensará.


                       Provérbios 19.17

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Responde-me quando clamo

Responde-me quando clamo, ó Deus que me faz justiça! Dá-me alívio da minha angústia; Tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
                      Salmos 4.1

Quem de nós nunca teve dificuldades para dormir? As pressões do trabalho, a família, os estudos, os filhos, as lutas, as finanças, construção, reforma, casa, carro, tudo... Davi enfrentou uma grande pressão e ainda assim teve uma calma noite de sono nos braços de Deus. Absalão e suas forças empreendiam uma forte perseguição a Davi, desejando matá-lo. Na verdade eles acamparam em volta da caverna onde Davi e seus amigos estavam.
Dentro da caverna, Davi pede a Deus que ouça suas súplicas e tenha misericórdia, como já o fizera antes. Confiando em Deus, Davi pergunta até quando seus inimigos zombariam dele e imaginariam poder destruí-lo. Davi lembra a Absalão que Deus o havia ungido e que o SENHOR separa para Si o que é piedoso (Salmos 4.3).
Numa caverna úmida e fria, cercados por soldados e ouvindo Davi compor uma nova canção, os amigos próximos de Davi se perguntam se estariam seguindo o homem certo (Salmos 4.6). O que eles gostariam de ver não é uma espera pacífica em Deus, mas uma reação, um contra-ataque, uma vitória imediata. Enquanto eles se lamentam, Davi escreve cânticos de louvor ao seu SENHOR.
Os pensamentos de Davi se dirigem para a festa anual das colheitas, uma época em que os celeiros ficavam atulhados de grãos e os tonéis transbordavam de vinho. Ele havia perdido um palácio, posição social e suas riquezas. Naquele momento ele não era absolutamente nada, apenas um errante fugitivo. Apesar disso, a alegria de Davi era tremenda. Com lagrimas descendo por sua face, ele canta. 
“Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho”. 
Davi tinha sua alegria em Deus, não nos bens, posição social ou conforto. Em todas as suas aventuras, conquistas e mesmo recordando os dias de fartura, não havia nada mais desejado por Davi que o seu relacionamento com Deus. Isto lhe dava paz. 
“Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança” (Salmos 4.8). 
Embora as forças de Absalão estivessem ao redor, Davi tinha a única coisa necessária para mantê-lo em segurança. Nenhuma flecha poderia atingi-lo. Nenhuma espada lhe faria dano. Nenhum exército o conquistaria, Ele tinha Deus, tinha paz perfeita, a paz que excede todo entendimento (Filipenses 4.7).
Nada escapa ao controle do SENHOR nosso Deus, aquele que nos prende o corpo não tem poder de aprisionar nossa alma, ainda assim somos livres, pois Ele já nos libertou.
Que reação teríamos se perdêssemos nosso palácio?  Perdêssemos nosso cargo na presidência da republica, e tivéssemos que nos refugiar em uma caverna para não sermos mortos nas emboscadas e ciladas de nossos inimigos? Choraríamos, lamentaríamos, esbravejaríamos e gritaríamos a todos nosso desespero, a injustiça de que fomos vítimas, ou escreveríamos um hino de louvor a Deus? Mesmo se corrêssemos o risco de sermos taxados de lunáticos por nossos amigos? Diante dos diversos  problemas que enfrentamos na vida, conseguimos dormir nos ternos braços do Pai? Para que isto ocorra primeiramente precisamos ser salvos e, depois, como Davi, viver uma vida consagrada e santificada. Quando somos salvos, nossa vida muda completamente, radicalmente. Aquilo que amamos, que valorizamos, que apreciamos, que gostamos de fazer, muda. A santificação faz com que amemos as coisas que antes odiávamos e odiemos as coisas que anteriormente amávamos, é bem assim!
Por quê? Porque agora somos separados (santos) para Deus, somos membros da família Dele, agora somos salvos em processo de santificação, então a cada dia vamos nos lapidando gradativamente até a estatura de varões perfeitos, à imagem e semelhança do SENHOR de todos nós.

“Falai com o vosso coração sobre a vossa cama” (Salmos 4.4). Uma consciência limpa, um correto relacionamento com o Salvador, traz um sono tranqüilo. Nenhum travesseiro é tão macio quanto as promessas do SENHOR, nenhum cobertor tão acolhedor quanto a sua Presença. 

Palavra para o seu coração

Casas e riquezas herdam-se dos pais, mas a esposa prudente vem do Senhor.


                         Provérbios 19.14

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O amor e a paz são diferenciais cristãos

Se for possível, quando estiver em vós, tende paz com todos os homens.

                Romanos 12.18

No que depender de nós, devemos promover e buscar a paz com todos. Caso os demais não queiram, o problema é deles.
A paz é a condição para que o amor e o diálogo fluam, promovendo a comunhão entre os membros do Corpo de Cristo. Deus já nos perdoou através de Cristo que é a nossa justiça e justificação por nossos delitos, permitindo assim que estejamos em paz com Ele e com nós mesmos, para nos relacionar melhor uns com os outros.
E o SENHOR nos deu o ministério da reconciliação (2 Corintios 5.18), e nosso Deus não é de confusão.
Precisamos entender que ninguém é perfeito nem auto-suficiente, ninguém se basta, somos membros uns dos outros (Romanos 12.5). Somos um corpo com muitos membros onde cada um deve ter cuidado igualmente com os outros.
Precisamos cultivar a paz, a reconciliação das pessoas umas com as outras e com Deus, e o amor.
“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!”
(Salmos 133.1).

Afinal Jesus deixou bem claro: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (João 13.35), que a marca dos seus discípulos seria o amor. O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Romanos 13.10). Jesus é o Príncipe da Paz. Como seus embaixadores, sejamos, pois promotores da paz! 

Palavra para o seu coração

O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.

2 Pedro 3.9

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Senhor avalia o espírito

Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia o espírito.

                           Provérbios 16.2

Desde de a antiguidade a maioria das pessoas crêem em bênçãos e maldições. Balaque e os moabitas, por exemplo, queriam que Balaão, o mágico, usasse sua suposta influencia com o Deus de Israel, para amaldiçoar os israelitas, e interromper-lhes o progresso para Canaã.
Mas, observamos que Deus avalia tanto os motivos como as ações. As inclinações do coração de um indivíduo, como o desejo de obter poder e dinheiro de Balaque e de Balaão, eventualmente são reveladas, independentemente do disfarce exterior usado, mas diante de Deus tudo é claro e patente.
Nosso caráter demonstra o que realmente somos, comparado ao que parecemos ser. Podemos parecer generosos, mesmo quando em nosso coração somos avarentos.
Usamos a palavra “virtude” para designar o que é “bom caráter”, os antigos gregos a usavam para indicar “excelência”. Os gregos distinguiam quatro virtudes principais:
1.  Discernimento - a percepção, leitura da circunstância, do momento presente. Sem discernimento tomamos decisões incorretas, escolhas erradas. Em grande escala, a falta de discernimento ocasiona conflitos, desencontros, desavenças, guerras...
Essa virtude é a essência do conselho de Paulo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).
2.  Coragem – é a força necessária para agir certo mesmo com prejuízo próprio, mesmo quando as circunstâncias são tentadoras, e ninguém está vendo, ou as conseqüências são dolorosas e tendemos a atenuar, aliviar para poupar-nos em detrimento de outros.
“Somente seja forte e muito corajoso!” (Josué 1.7)
É fácil ser mãe quando o bebê sorri satisfeito após o café da manhã; mas é preciso coragem para ser mãe quando a criança sofre de uma deficiência progressiva e irreversível, incurável. É preciso coragem para ser pai quando o filho só pode proporcionar tristeza, dor e vergonha para a família...
Coragem é a capacidade para agir bem face ao perigo que lhe ameaça a vida, a segurança, o futuro, as coisas que lhe são queridas. O antigo Testamento é uma sinfonia de variações a coragem.
“Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno” (Mateus 10.28).
3.  Temperança – administrar, controlar, reger, ser capaz de orquestrar tudo o que vai dentro de si. Uma pessoa moderada não se deixa influenciar pelas circunstâncias, as substâncias, outras pessoas, antes entrega a Deus o controle e em troca, aceita a responsabilidade genuína como um desafio do SENHOR.
Como os demais dons do Espírito, a temperança precisa ser praticada, a fim de não ser perdida.
"Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade" (Provérbios 16.32).
4.  Justiça – a pessoa com senso de justiça determina nunca favorecer alguém em detrimento de outro, rejeita sempre o suborno, não se corrompe, não se vende.
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Miquéias 6.8).


Quais dessas virtudes precisam ser fortalecidas em nós, qual é o testemunho que Deus tem dado sobre nós? Quando nos apresentarmos perante Ele, não nos questionará sobre o quanto fomos felizes aqui, mas nos perguntará que tipo de pessoas fomos, como administramos os dons e as dádivas que Ele confiou em nós? Pensemos a respeito, ainda há tempo!

Palavra para o seu coração

...Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.


               1 Timóteo 2.3-4

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Satanás não tem direitos sobre o justo

Disse então o SENHOR a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal”.

                     Jó 1.8


Toda infelicidade e toda dor que existem neste mundo e afligem a humanidade foram causadas pela desobediência do ser humano a Deus.
O relacionamento entre ambos foi tão afetado pelo pecado que a humanidade está sob maldição, pela própria desobediência.
Entretanto, o pecado não destruiu o amor de Deus pelo ser humano. Deus ainda o ama, cuida dele e lhe dá provisão e proteção constante.
Se o nosso relacionamento com Deus é de amor, de obediência e confiança, e mesmo assim passamos por dificuldades, provações, dor, sofrimento e tragédia, então temos que procurar uma razão escondida por trás desse cenário, algo que não conseguimos ver com os olhos naturais.
O relato bíblico das múltiplas provações de Jó não apenas oferece uma resposta dramática às nossas questões, como também torna essa resposta relevante para as dificuldades de nossa vida.
A história de Jó lança luz sobre a razão do sofrimento dos justos. Uma olhada para ele revelará um dos maiores mistérios do mundo: por que Deus permite que seus servos sofram.
Para começar, Jó não era um homem comum. Era um indivíduo muito conceituado. Possuidor de riquezas, prosperidade, muitos bens e uma ótima família.
E, mais importante, era um homem piedoso e temente ao Senhor.
Jó foi provado por meio das circunstâncias da própria vida, assim como você e eu. Todos nós somos provados pelas circunstâncias da vida. Por trás de toda situação, toda prova, existe uma razão. Freqüentemente, não somos capazes de ver ou compreender essa razão pelos sentidos naturais.
O ser humano não vive em um único mundo, vive simultaneamente em dois mundos: o material e o espiritual, ambos são reais.
As provações de Jó nas circunstâncias de sua vida aconteceram no plano espiritual e material, assim como ocorre conosco. Ele foi provado no mundo natural, em seu corpo e sua alma, no plano material, mas a sua maior provação foi no mundo espiritual, em sua fé.
As provações de Jó surgiram tão rapidamente e com tanta fúria que, antes que ele conseguisse se recobrar de um golpe, outro era desferido. Foi impressionante. No mundo natural, os efeitos foram devastadores. Em meio a tudo, porém, houve uma coisa que Jó nunca perdeu: A FÉ EM DEUS.
"Em tudo isso Jó não pecou e não culpou a Deus de coisa alguma" (v. 22).
Jó sabia que a sua vida consistia em mais do que via ou possuía. Ele tinha confiança em Deus. À certa altura, confessou que não podia ver Deus; não o podia sentir, mas estava tudo bem, porque Deus conhecia o caminho por onde ele andava; se o pusesse à prova, apareceria como o ouro (23.10).
Jó foi um pioneiro que abriu caminho para nós. Ele não via as razões ocultas no assédio de Satanás, mas foi do agrado de Deus tirar o véu das Escrituras para nos deixar ver o que acontecia nas regiões celestiais, por trás do cenário das provações desse justo. Jó estava tendo as suas lutas no plano natural, mas eram decorrentes de uma batalha no plano espiritual. O que ocorria nos bastidores era um confronto direto entre Deus e Satanás, tendo Jó como objeto de disputa. Fica claro que até o inimigo pode ser usado por Deus para o nosso aprendizado e ele só vai até onde o SENHOR permite.

Jó é o nosso exemplo. E, quando ele levantou o escudo da fé diante dos ataques de Satanás, então contemplou a vitória: "O SENHOR abençoou o final da vida de Jó mais do que o início" (Jó 42.12). Como pessoas, justificadas por Cristo, quando depositamos nossa confiança inteiramente em Deus, nosso Redentor, podemos também ver sua mão trabalhar sobre as nossas circunstâncias.

Palavra para o seu coração

Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".


       Atos 1.8

domingo, 18 de janeiro de 2015

Confiemos somente em Deus


Então terá misericórdia dele, e lhe dirá: Livra-o, para que não desça à cova; já achei resgate.

                 Jó 33.24

Se observarmos veremos que a verdadeira amizade pode ser medida tanto por palavras quanto pelo silêncio, aliás, há momentos em que o silêncio é melhor que mil palavras.
Um verdadeiro amigo sabe o momento certo de falar e de calar. Os amigos de Jó, por exemplo, mostraram genuína sabedoria durante os sete dias de silêncio ao virem compartilhar a dor de Jó. Mas, depois que começaram a falar, não mais se contiveram. Muito do que disseram era óbvio, algumas afirmativas eram até verdadeiras. Porém em relação ao sofrimento, estavam todos na escuridão tanto quanto Jó. Quando Deus finalmente falou (Jó 38.1-41.34), Ele silenciou a todos.
Dos quatro amigos que visitaram Jó, Eliú foi o mais centrado, que mais se aproximou da verdade. Ele encorajou Jó a olhar para além das circunstâncias e confiar no SENHOR. Não sabemos qual foi a resposta de Jó a Eliu, pois Deus se pronunciou logo depois deste jovem. Atentemos para as palavras de Eliú, pois somente ele escapou da reprovação de Deus. Deus ordenou aos outros três se arrependerem e se desculparem com Jó (42.7-11).
A avalanche de acusações e reprovações de seus amigos pesaram e constrangeram a Jó. Com sutil sabedoria, Eliu mostra a Jó que ele havia enfatizado demais sua própria justificação (Jó 33.7-8). Ele retoma os clamores de Jó sobre sua virtude pessoal (Jó 33.9) e suas alegações quanto à injustiça de Deus (Jó 33.10-11). Mas, então, Eliú lembra ao seu amigo mais velho que o relacionamento de Deus com a humanidade não é mecânico (Jó 33.12-18). Nós adoramos, obedecemos, amamos e conhecemos Deus até certo ponto, somos limitados aos nossos sentidos. Deus, porém, está muito acima de nossa plena compreensão. Quando estamos vivendo sob o calor da dor e sofrimento, nos esquecemos de que “tudo coopera para o bem dos que amam a Deus”. Eliú faz uma leitura da situação e de maneira simples a define: “Maior é Deus do que o Homem” (Jó 33.12). A criatura não pode contender com o Criador.
Depois de desafiar Jó com brandura, Eliú caminha para o ponto principal. Se um mensageiro nos apresentasse a Deus (Jó 33.23), ele não o faria com o objetivo de nos dar oportunidade de nos justificar diante Dele. Quanto mais olhamos para nós mesmos, mais percebemos nossa pequenez diante Dele, nossa necessidade da graça e misericórdia, do perdão; maior é a possibilidade de oferecer a Deus apenas desculpas, justificativas e explicações. Quanto mais olhamos para a glória de Deus e sua justiça perfeita, mais inclinados estaremos a nos prostrarmos, cairmos de joelhos em profundo e silencioso arrependimento. Foi exatamente isso que aconteceu no final da história de Jó: “Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca” (Jó 40.4).

Eliú atribuiu ao “mensageiro” outros nomes: “intercessor”, “resgatador”, “alguém capaz de redimir” (Jó 33.23-24). Eliú não estava descrevendo sua própria atuação na situação de Jó, ele tentava reconduzir a atenção de Jó novamente para Deus. Em seu caminho para a “cova” (Jó 33.22), as pessoas necessitam de algo além da meras palavras: precisam de alguém que possa resgatá-las. Reconhecermos que somos pecadores, egoístas, mesquinhos, maus, blasfemadores, injustos não é o suficiente para nos salvar. Esta percepção, insatisfação, simplesmente nos prepara para aceitar, buscar ou rejeitar, recusar a oferta de salvação de Deus. Admitir nosso pecado é um passo importantíssimo em direção à salvação, mas não chegaremos lá até que aceitemos o resgate: JESUS. Ele é o “um entre milhares” (Jó 33.23), o único que nos mostra, conduz e nos concede a justiça de Deus (Jó 33.26).

Palavra para o seu coração

“Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra“.

                             2 Timóteo 3.14-17

sábado, 17 de janeiro de 2015

Nada além da verdade


Paulo nos orienta a rejeitar a mentira e proclamar a verdade:

Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.

(Efésios 4.25)

Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador.

(Colossenses 3.9-10)


Sejamos sempre sinceros e simples, falemos somente a verdade, como recomendou Jesus em Mateus 5.37: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não porque o que passa disso é de procedência maligna. Contudo, sejamos amáveis com as pessoas da mesma maneira como gostaríamos que fossem conosco, esperemos para falarmos na hora certa, no momento oportuno e adequado, quando poderemos expor (e não impor) nosso ponto de vista e fazer-nos ouvir e absorver com toda a necessária calma.
Não devemos constranger ninguém, expondo publicamente, falando de qualquer maneira na frente de outras pessoas, apontando os erros e defeitos que observamos. Como nos ensina a Palavra de Deus, como é preciosa a palavra dita a seu tempo (Provérbios 25.11).
A verdade é para edificar o outro, e não para destruí-lo. Portanto, essa arma espiritual que liberta não deve ser empunhada com arrogância, desprezo pelo outro; antes, deve ser usada com sabedoria e com amor. O ideal seria que todos nós antes de aconselharmos ou exortarmos alguém fôssemos até Tiago 3 e bebêssemos e absorvêssemos a lição que ele nos dá ali, aí sim estaríamos aptos a tentar ministrar e abençoar o irmão, com toda humildade, temor e tremor, diante de Deus. Agindo assim, quantos problemas, fofocas, boatos, comentários, dissabores, fatos desagradáveis, mágoas, feridas e cicatrizes estaremos evitando.
Além disso, criemos o hábito de falar coisas boas, agradáveis, conforme nos ensinou novamente Paulo:

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.

Palavra para o seu coração

"Pois vocês conhecem os mandamentos que lhes demos pela autoridade do Senhor Jesus. A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa,"

                      1 Tessalonicenses 4.2-4

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Revesti-vos pois...


Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.
Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.
Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações.

                         Colossenses 3.12-16

Por que Paulo usou a palavra entranhas? Porque entranha fala de profundidade; é algo que está escondido e bem arraigado, enraizado, sendo difícil de arrancar. Se estivermos revestidos de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, o Espírito Santo dominará nosso ser, e nossa comunhão com nosso irmão na fé não será algo superficial; portanto, não poderá ser abalada por qualquer lapso humano ou desentendimento, para suportar e perdoar o outro, promovendo o crescimento e a edificação do Corpo de Cristo.
Há ainda muitos cristãos imaturos, novos convertidos, superficiais, que dizem: “não falo com aquele irmão porque ele também não me cumprimentou”, ou se opõe ao outro porque o acham arrogante, antipático, cheio de si, e saem falando mal dele para todo mundo.
Isso é cristianismo?
As vezes, aquela pessoa que imaginamos antipática, carrancuda, mau-humorada, triste, apática, está vivenciando um problema sério e sabe Deus, como chegou até a igreja, sabe se lá o quanto foi trabalhoso ao Espírito Santo trazê-la até ali, a que “duras penas” ela ali chegou, e ao invés de nos aproximarmos para tentarmos ajudá-la, darmos uma palavra de ânimo, de conforto ou de consolo, nós cristãos imaturos e “perfeitos” que somos, preferimos julgar, condenar, penalizar, publicar e denunciar para que os demais também venham excluir em vez de juntar. Mas Jesus não nos constituiu ou nos nomeou juízes uns dos outros, e na mesma proporção que julgamos seremos julgados.

Antes, fomos chamados a crucificar nossas paixões, corrigir nosso olhar, que só vê o que está aparente e o que nos convêm; a amar, porque o amor é o vínculo da perfeição (Gálatas 5.24; Colossenses 3.14). Como lembrou Paulo, nós que somos “fortes” devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos (Romanos 15.1).

Palavra para o seu coração

E glorificavam a Deus por minha causa.

                            Gálatas 1.24

Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.


                        Colossenses 1.9