"De sua
parte", disse Deus a Abraão, "guarde a minha aliança, tanto você como
os seus futuros descendentes. Esta é a minha aliança com você e com os seus
descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino
entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será
o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de
oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em
sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem
descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que
ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança
perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido
circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha
aliança".
Gênesis 17.9-14
Após relatar
as bênçãos da aliança, Deus apresentou os termos que Abraão deveria obedecer,
cumprir fielmente para que ele e sua semente herdassem as bênçãos da aliança. A
circuncisão da carne identificava os participantes, era sinal da aliança de
Abrão com Deus. Os que se recusassem a obedecer a esta ordenança e
permanecessem incircuncisos, seriam culpados de quebrar a aliança e, portanto
rejeitados, desprezados, este sinal exterior da aliança com Deus era sombra da
circuncisão que ocorre no coração e no espírito da descendência de Abraão sob a
Nova Aliança.
Por crer na
promessa de Deus, Abraão foi considerado justo perante Ele.
Paulo disse
aos romanos: "Dizemos que a fé foi creditada a Abraão como justiça. Como
lhe foi creditada? Antes ou depois de ter sido circundado? Não foi depois, mas antes de ser
circuncidado. Ele recebeu a marca da circuncisão como sinal ou evidência ou
como selo da justiça que ele possuía pela fé, quando ainda não era
circuncidado, fé de que seria pai de todos os que verdadeiramente cressem sem
ter sido circuncidados, a fim de que a justiça (boa situação com Deus) também
lhes fosse creditada" (Rm 4.9-11; TAB Versão Amplificada)
A justiça de
Abraão foi resultado da fé, não da circuncisão exterior, da carne. Pela fé,
Abraão firmou aliança com Deus, obedeceu às condições da aliança e recebeu as
promessas.
Sob a Nova
Aliança, Deus ainda requer a circuncisão. Nós, que somos a semente de Abraão,
firmamos uma aliança por meio da fé no Cristo ressurreto e no seu poder de nos
salvar. Somos considerados justos, justificados e estabelecidos em boa posição
para com Deus, por meio da fé.
Quando
aceitamos a Cristo pela fé, o nosso coração é circuncidado. Deus escreve os
seus estatutos e mandamentos em nossa mente bem como o desejo de conhecê-lo,
amá-lo e obedecer-lhe. A nossa carne — a natureza carnal — é crucificada. Somos
lavados, os nossos pecados são perdoados e somos justificados perante Deus.
O sinal de
nossa aliança com Deus não é a circuncisão da carne, mas a do coração.
Paulo declarou
aos romanos: "Não é judeu verdadeiro quem o é apenas no exterior e
publicamente nem é a verdadeira circuncisão algo exterior e físico. Mas é judeu
quem o é interiormente, e a verdadeira circuncisão é a do coração, pelo
Espírito, e não a literal" (Rm 2.28,29; TAB).
Ele disse
aos colossenses: "Nele também vocês foram circuncidados, não com uma
circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão espiritual feita por
Cristo, que é o despojar do corpo da carne do todo corrupto, da natureza carnal
com as suas paixões e cobiças. Então vocês foram circuncidados quando foram
sepultados com Ele no seu batismo, no qual também ressuscitaram com Ele para
uma nova vida mediante a fé no poder de Deus conforme demonstrado quando Ele o
ressuscitou dentre os mortos" (Cl 2.11,12 TAB Versão Amplificada).
Sem a
circuncisão espiritual do coração, não pode haver aliança com Deus! É pela fé
no Espírito de Deus operando em nós que o nosso coração é circuncidado, não por
meio de nossas fúteis tentativas de crucificar a carne. A nossa justiça é pela
fé, não por obras. Para viver uma vida santa de obediência a Deus, não podemos
depender de nos mesmos, de nossas habilidades, e sim do Espírito que Deus
colocou dentro de nós para realizar a sua justiça em nós.
Em
obediência à ordem divina de guardar a aliança pela circuncisão, Abraão naquele
mesmo dia circuncidou Ismael e todos os que eram do sexo masculino em sua casa
(Gn 17.23).
A aliança
entre Abraão e Deus foi selada pelo ato de obediência do patriarca, pela sua
disposição em oferecer o próprio filho, Isaque.
Para herdar
as bênçãos da aliança com Deus, também devemos andar em obediência aos
mandamentos de Deus requeridos na Nova Aliança; a diferença é que, sob a Antiga
Aliança, era impossível aos israelitas, no estado natural pecaminoso obedecer
totalmente a Lei, sob a Nova Aliança, temos a graça, temos o
Espírito Santo que intercede por nós, temos nosso fiel Advogado junto ao Pai e
Deus nos deu o DESEJO e o PODER de andarmos em total obediência a Ele! A Ele a honra e a glória eternamente!
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