sexta-feira, 25 de julho de 2014

Obediência Recompensada

"De sua parte", disse Deus a Abraão, "guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes. Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança".

           Gênesis 17.9-14

Após relatar as bênçãos da aliança, Deus apresentou os termos que Abraão deveria obedecer, cumprir fielmente para que ele e sua semente herdassem as bênçãos da aliança. A circuncisão da carne identificava os participantes, era sinal da aliança de Abrão com Deus. Os que se recusassem a obedecer a esta ordenança e permanecessem incircuncisos, seriam culpados de quebrar a aliança e, portanto rejeitados, desprezados, este sinal exterior da aliança com Deus era sombra da circuncisão que ocorre no coração e no espírito da descendência de Abraão sob a Nova Aliança.
Por crer na promessa de Deus, Abraão foi considerado justo perante Ele.
Paulo disse aos romanos: "Dizemos que a fé foi creditada a Abraão como justiça. Como lhe foi creditada? Antes ou depois de ter sido circundado? Não foi depois, mas antes de ser circuncidado. Ele recebeu a marca da circuncisão como sinal ou evidência ou como selo da justiça que ele possuía pela fé, quando ainda não era circuncidado, fé de que seria pai de todos os que verdadeiramente cressem sem ter sido circuncidados, a fim de que a justiça (boa situação com Deus) também lhes fosse creditada" (Rm 4.9-11; TAB Versão Amplificada)
A justiça de Abraão foi resultado da fé, não da circuncisão exterior, da carne. Pela fé, Abraão firmou aliança com Deus, obedeceu às condições da aliança e recebeu as promessas.
Sob a Nova Aliança, Deus ainda requer a circuncisão. Nós, que somos a semente de Abraão, firmamos uma aliança por meio da fé no Cristo ressurreto e no seu poder de nos salvar. Somos considerados justos, justificados e estabelecidos em boa posição para com Deus, por meio da fé.
Quando aceitamos a Cristo pela fé, o nosso coração é circuncidado. Deus escreve os seus estatutos e mandamentos em nossa mente bem como o desejo de conhecê-lo, amá-lo e obedecer-lhe. A nossa carne — a natureza carnal — é crucificada. Somos lavados, os nossos pecados são perdoados e somos justificados perante Deus.
O sinal de nossa aliança com Deus não é a circuncisão da carne, mas a do coração.
Paulo declarou aos romanos: "Não é judeu verdadeiro quem o é apenas no exterior e publicamente nem é a verdadeira circuncisão algo exterior e físico. Mas é judeu quem o é interiormente, e a verdadeira circuncisão é a do coração, pelo Espírito, e não a literal" (Rm 2.28,29; TAB).
Ele disse aos colossenses: "Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão espiritual feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne do todo corrupto, da natureza carnal com as suas paixões e cobiças. Então vocês foram circuncidados quando foram sepultados com Ele no seu batismo, no qual também ressuscitaram com Ele para uma nova vida mediante a fé no poder de Deus conforme demonstrado quando Ele o ressuscitou dentre os mortos" (Cl 2.11,12 TAB Versão Amplificada).
Sem a circuncisão espiritual do coração, não pode haver aliança com Deus! É pela fé no Espírito de Deus operando em nós que o nosso coração é circuncidado, não por meio de nossas fúteis tentativas de crucificar a carne. A nossa justiça é pela fé, não por obras. Para viver uma vida santa de obediência a Deus, não podemos depender de nos mesmos, de nossas habilidades, e sim do Espírito que Deus colocou dentro de nós para realizar a sua justiça em nós.
Em obediência à ordem divina de guardar a aliança pela circuncisão, Abraão naquele mesmo dia circuncidou Ismael e todos os que eram do sexo masculino em sua casa (Gn 17.23).
A aliança entre Abraão e Deus foi selada pelo ato de obediência do patriarca, pela sua disposição em oferecer o próprio filho, Isaque.

Para herdar as bênçãos da aliança com Deus, também devemos andar em obediência aos mandamentos de Deus requeridos na Nova Aliança; a diferença é que, sob a Antiga Aliança, era impossível aos israelitas, no estado natural pecaminoso obedecer totalmente a Lei, sob a Nova Aliança, temos a graça, temos o Espírito Santo que intercede por nós, temos nosso fiel Advogado junto ao Pai e Deus nos deu o DESEJO e o PODER de andarmos em total obediência a Ele! A Ele a honra e a glória eternamente!

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