quinta-feira, 31 de março de 2016

O socorro está próximo


Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.

                             Hebreus 11.1

Em se tratando de plena confiança no socorro divino, a questão é tão somente de fé, pois temos que descansar nas promessas do SENHOR e uma delas nos diz: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei" (Hebreus 13.5). Cientes disso, enfrentemos nossas dificuldades com outra perspectiva.
A fé é a firme convicção de que Deus existe, é o Criador, quer sempre o melhor para nós, ilumina nossas trevas, nos revela o caminho e opções assertivas em nossas indecisões, basta que Nele depositemos nossa total confiança.
Mas há que considerarmos que quanto maior e mais elevadas às dificuldades e preocupações enfrentadas, mais fervorosa e sincera é a nossa busca e oração ao Pai. Começamos apenas sussurrando Seu Nome, e à medida que a dor e o desespero intensificam, na mesma proporção intensificamos nossa aproximação, comunhão, intimidade... e de repente estamos gritando o Nome Dele a todos os pulmões: “PAAAAAAIIIIIII!!!!! SOOOCOOOOROOOO”!!!!
É bem assim, um quarto totalmente escuro é justamente onde mais necessita a luz.... O sedento anseia desesperadamente por água... O faminto busca aplacar a dor da fome...
Precisamos olhar alem das circunstancias que nos afligem, enxergarmos através de um cenário mais amplo – o da perspectiva de Deus. Não há problema insolúvel para Ele, em Sua Presença tudo se dissipa.
E verdade é que o socorro do SENHOR está perto, sempre acessível, mas só O encontram os que O buscam verdadeiramente:
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude,... Embora estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela sua fúria. Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo.

Deus nela está! Não será abalada! Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã. Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura. Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra" (Salmos 46.1,3-7,10).

Palavra para o seu coração

Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído.

                                           Salmos 119.92

Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar.


                                           Salmos 119.165

terça-feira, 29 de março de 2016

Grilhões partidos


Bendito seja o Senhor, que não nos entregou para sermos dilacerados pelos dentes deles.
Como um pássaro escapamos da armadilha do caçador; a armadilha foi quebrada, e nós escapamos.

                          Salmos 124.6,7

Há ocasiões em que nos vemos aprisionados pelas circunstancias da vida. Então quase sem perceber, indagamos: “Deus onde estás que não respondes, não estendes a mão, não acaba com essa situação adversa, não vem em nosso socorro”?
Olhando para trás, percebemos que não somos os únicos, Gideão também teve seu momento e perguntou: “Se o SENHOR é conosco, por que enfrentamos tudo isso”? (Juízes 6.13). Elias, desanimado lamentou-se: “Toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Reis 19.4). Até mesmo Jesus, quando tomou sobre Si, nossos pecados, dores, males e sofrimentos, cravado na cruz, sentiu a dor da ruptura da comunhão com o Pai, a solidão o abateu e Ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”? (Mateus 27.46). Davi também se sentiu preso, como por um laço do inimigo, e o SENHOR o resgatou: "Se o Senhor não estivesse do nosso lado quando os inimigos nos atacaram, eles já nos teriam engolido vivos, quando se enfureceram contra nós"; (Salmos 124.2,3).
Muitas vezes Deus afasta Sua presença, desvia Seu olhar, para expor a nós mesmos as nossas limitações, deixa-nos para ver como nos saímos, como reagimos diante das circunstancias. Outras vezes pede algo difícil para nos revelar a profundidade de nossa fé. Foi exatamente dessa maneira que colocou Abraão à prova ao pedir que sacrificasse seu filho Isaque. Abraão teve escolha, podia obedecer ou racionalizar, argumentar com Deus, tentar regatear... Mas ele obedeceu, amordaçou suas emoções e seguiu as convicções de sua fé. Ele sabia que a melhor maneira de romper com os grilhões é tornar-se obediente a Deus, já havia experienciado a obediência lá atrás, quando deixou seu povo.
Há momentos em que nos sentimos aprisionados por laços e grilhões que nós mesmos nos colocamos, ao cairmos em tentação, ao invés de fugir do pecado e resistir ao diabo, acabamos por flertar com o perigo e fatalmente nos contaminamos, nos pensamentos, julgamentos, em nossos apegos ao materialismo... em outras circunstancias nos deixamos envolver por outras pessoas, e os fatos nos levam a sentirmos presos; há ainda ocasiões em que Deus permite sermos enredados em laços, para o nosso próprio crescimento e aprendizado, após vivenciarmos e nos libertarmos absorvemos e enriquecemos em nossas experiências.
Mas em todas essas coisas, qual é a melhor maneira de usa-las para o enriquecimento e fortalecimento de nossa fé?
Sim, porque devemos sempre lembrar que Deus é fiel e verdadeiro, nunca abandona os seus, e que mantém os olhos fixos sobre nós em todos os momentos, Ele perscruta toda terra. Se queremos primeiro entender a Deus e seus propósitos, para depois obedecer-Lhe, então nunca iremos obedecê-Lo. Obedecer e seguir aquilo que entendemos é apenas concordar e não obedecer em si; obedecer mesmo quando não entendemos, sim é obediência por fé, e ela nos leva a entender os caminhos, propósitos e a sabedoria de Deus.
Então todas as vezes que nos sentirmos aprisionados, ou que Deus está mais distante do que gostaríamos que estivesse, e silencioso demais, principalmente nos momentos que mais precisamos ouvi-Lo:
"Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor teu Deus é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará" (Deuteronômio 31.6).
Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: "Este é o caminho; siga-o" (Isaías 30.21).
"Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra" (Salmos 46.10).

"O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra" (Salmos 124.8).
"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão" (Gálatas 5.1).

Palavra para o seu coração

Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras.
Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser.

                                 Provérbios 4.20-22


Obedecerei aos teus decretos; nunca me abandones.
Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra.


                                 Salmos 119.8,9

segunda-feira, 28 de março de 2016

A paz que tudo vence


Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou.

                       João 14.27

Dois famosos pintores foram convocados a ilustrarem em tela, seu conceito de paz. O primeiro retratou um sereno lago cristalino entre montanhas e um longínquo horizonte ao fundo.
O outro escolheu uma soberba cascata, com um delicado e frágil galho debruçado por sobre a bruma que se formava; numa forquilha do ramo, umedecido pelo orvalho, um ninho de colibri.
A primeira tela estampava uma silenciosa estagnação; já a segunda o calmo descanso.
Quando comparamos à vida terrena do nosso amado Príncipe da Paz, percebemos que exteriormente, foi cheia de açoites, repleta de tumultos e tempestades, ondas se lançavam sobre Sua vida o tempo todo, ciladas e armadilhas Lhe testavam diariamente; até conduzirem Seu desgastado corpo inerte num tumulo. Mas a despeito de todos os ataques sofridos, Sua vida interior reinava e exalava imensa e contagiante calma.
A qualquer momento podia-se achegar a Ele e usufruir a paz que Dele emanava. E mesmo quando seus perseguidores O conduziam pelas vielas de Jerusalém, Ele dirigiu-Se aos discípulos e ofereceu-lhes, como último legado, a Sua preciosa e imprescindível paz.
O indispensável descanso que todos almejamos, não é uma emoção alcançada através do culto ministrado na igreja; longe disso, é o repouso sereno de um coração profundamente estruturado na Rocha que é o SENHOR Jesus Cristo, o Filho do Deus Altíssimo.
"Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso" (Mateus 11.28-30).
"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas" (Mateus 11.28-29).
"Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória das nações como um ribeiro que transborda"; (Isaías 66.12).

"Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram" (Salmo 85.10).

Palavra para o seu coração

Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.


                                      João 8.31,32

Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.

                                      Provérbios 3.1,2

domingo, 27 de março de 2016

Fé Intrépida


Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor!

                                   Salmos 31.24

Nada há mais prejudicial ao desenvolvimento do caráter do que o medo; é uma gigantesca força, uma insegurança que trava e limita nossa vida, e só uma força maior, a fé intrépida, é capaz de rompê-la.
A tradição hindu conta a estória de um rato que sentia imenso pavor diante do gato. Esse rato buscou ajuda de um mágico que o transformou em um gato. O rato, agora gato tornou-se confiante e corajoso... até deparar-se com um cão. Então o mágico fez dele um cão, vivia feliz... até deparar-se com um tigre. Mais uma fez o mágico o transforma naquilo que tanto temia. Mas o ratinho que agora era um tigre foi lamentar-se ao mágico por ter encontrado um bravo caçador, mas o mágico cansado de socorrê-lo negou-se ajuda-lo, e concluiu: “Vou devolvê-lo à sua forma original porque, por mais que tenha a aparência exterior de um tigre, sua alma ainda é de um rato”!
Tal qual esse rato da narrativa hindu, somos muitos de nós; quando buscamos edificar um exterior imponente, impressionante aos olhos humanos, para camuflar nossa pequenez e vazio interior.
Sim, por que: encaramos os nossos temores ou... Acumulamos bens? A maioria de nós, buscamos confiança, autoafirmação no que adquirimos; plásticas para mudar nossa aparência, regimes para mudar nosso formato... Queremos ser admirados, invejados, poderosos, destacados, cuidamos para ter fama e procuramos reconhecimento. Torna-se cômica a postura de alguns de nós, que chegamos a pagar para ver nossos nomes nas colunas sociais, publicamos na mídia nossas viagens, conquistas, nossos passos, nosso cotidiano... nos julgamos super, hiper, mega interessantes, sem que isso seja realmente a expressão da verdade.
Só há Um verdadeiramente grande, e Ele deixou Sua glória para ensinar-nos humildade. 
Constatamos que esse estratagema “de rato”, não é a melhor saída.
A confiança é um reflexo do que somos interiormente; construir fachadas exteriores pode enganar e maquiar por um tempo, mas somente o caráter interior é que produz a verdadeira coragem.
Somente no SENHOR obtemos a segurança que ansiamos, Nele podemos descansar seguros, sem máscaras ou subterfúgios.
"Não me assustam os milhares que me cercam. Tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida" (Salmos 3.6,3).

"O ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas os justos são corajosos como o leão" (Provérbios 28.1).

Palavra para o seu coração

Tu és a minha lâmpada, ó Senhor! O Senhor ilumina-me as trevas.

                                  2 Samuel 22.29


Por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz.


                                   Lucas 1.78,79

sexta-feira, 25 de março de 2016

Ele está às portas


Da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.
Então virá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder.

                               1 Coríntios 15.22-24

O SENHOR Jesus nos prometeu: “Eu voltarei”.
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mateus 24.35).
As pedras rolarão, estrelas cairão do firmamento, a terra estremecerá...
"Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada", (Isaías 54.10).
"Embora a terra trema e os montes afundem no coração do mar, embora estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela sua fúria. Nações se agitam, reinos se abalam"; (Salmos 46.2,3,6).
"Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido,... Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles. Em sua ira os repreende e em seu furor os aterroriza,... Por isso, ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades da terra. Adorem ao Senhor com temor; exultem com tremor" (Salmos 2.2,4,5,10,11).
Mas para os filhos de Deus há esperança, não precisam temer diante das calamidades que estão por vir; o SENHOR prometeu nos levar para estar com Ele.
"Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra"? (Lucas 18.8).
Temos nós seus escolhidos, apesar de tudo o que temos presenciado dos sinais de Sua vinda; crido em Suas promessas e vivido de acordo com Sua Palavra? Ou temos vivido como as virgens néscias e imprudentes descritas lá em Mateus 25.1-13?
Atrevemos a crer e testemunhar de Sua lealdade diante de tudo e de todos, a despeito de sermos taxados de insanos e desequilibrados? Ou temos nos acovardado e camuflado nossas convicções, temendo nos expor e pousar de fanático?
Não há em nós algo que nos convence a termos cautela, questionando se devemos mesmo confiar em tais promessas? Tipo: como podemos saber que Ele fará o que prometeu? Como podemos estar convictos de que Ele removerá as pedras e impedimentos do caminho e nos tornará livres?
"Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa" (Lucas 18.7,8).
Podemos sim, crer, confiar, termos certeza, estarmos convictos, pois não será a primeira vez, Ele já fez isso uma vez: as pedras do sepulcro Dele não puderam segurá-Lo, não foram capazes de detê-Lo, Ele ressuscitou por nós. Para nos provar que cumpre tudo o que promete.

"Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver" (João 14.2,3).

Palavra para o seu coração

A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.

                                      Salmos 119.105

Sim, os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os meus conselheiros.


                                      Salmos 119.24

quinta-feira, 24 de março de 2016

Alguém tem "bolsa furada"?



Agora, assim diz o SENHOR dos Exércitos: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada".
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam aonde os seus caminhos os levaram!
"Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que o fiz?", pergunta o SENHOR dos Exércitos. "Por causa do meu templo, que ainda está destruído, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. Por isso, por causa de vocês, o céu reteve o orvalho e a terra deixou de dar o seu fruto".

                                       Ageu 1.5-7,9,10


Alguém já se sentiu como se nunca tivesse dinheiro suficiente para pagar as contas e sustentar a família? Ou que o pagamento parece ir embora antes mesmo de recebê-lo?
Alguém de nós se identifica com a pessoa que o profeta Ageu descreve no texto em estudo, que recebe o salário e o coloca em uma bolsa furada (v. 6)?
Os israelitas estavam vivendo sob um "céu fechado". Por causa da desobediência, Deus os puniu com fome, escassez e seca e os entregou nas mãos dos inimigos. O Templo, construído por Salomão foi destruído, e eles viveram sob o cativeiro babilônico durante setenta longos e sofridos anos.
Durante esse tempo, Deus; amoroso e paciente, usou o profeta Ageu para revelar a razão pela qual estavam vivendo sob essas condições.
Tão logo voltaram do cativeiro, os israelitas reconstruíram o altar e ofereceram holocaustos, conforme prescrito na Lei. Passaram a observar as festas e trouxeram ofertas voluntárias a Deus.
Cerca de dois anos após o retorno do cativeiro, o alicerce do Templo foi recolocado. Entretanto, eles logo enfrentaram oposição.
Os inimigos convenceram Artaxerxes, rei da Pérsia, a lançar um decreto determinando que interrompessem a construção. Por cerca de três anos, até o segundo ano do reinado do rei Dario, a obra ficou parada, completamente estagnada.
Diante da oposição, eles ficaram temerosos e deixaram totalmente a construção do Templo. Tornaram-se indolentes e indiferentes para com a Casa de Deus e mais interessados em construir suas próprias casas, semear os seus campos e reabastecer suas despensas.
Mesmo após o rei Dario ter descoberto o rolo da proclamação de Ciro, rei da Babilônia, dando aos judeus permissão para reconstruir o Templo, e ter passado um decreto que permitia o término da construção, eles demoraram a retomar aos trabalhos, desculpando-se: "Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do SENHOR" (V. 2). Colocaram as próprias necessidades antes da Casa do Deus Altíssimo. Não estavam se recusando a construir o Templo, mas adiavam a obra para uma época mais conveniente, simplesmente procrastinavam — para depois que cada um tivesse construído a própria casa e desfrutasse prosperidade.
Deus agiu por meio do ministério dos profetas Ageu e Zacarias para expor os pecados do povo, conclamando-o ao arrependimento e o encorajando a concluir a obra do Templo. O povo ouviu a voz de Deus por meio dos profetas, arrependeu-se e voltou para o Senhor.
Os israelitas concluíram a obra e prosperaram. Atentemos para isto: assim como aqueles profetas foram instrumentos para levar o povo ao arrependimento e a construção da Casa de Deus, o Senhor usará profetas nos últimos tempos para revelar nossos pecados, trazer arrependimento e restauração ao Corpo de Cristo.
O espírito de medo e insegurança age para que retenhamos o que é de Deus. Uma das primeiras coisas que muitos de nós fazemos quando Satanás ataca as nossas finanças é retermos os dízimos e as ofertas. O medo nos leva a isso, ficamos olhando apenas para as nossas necessidades financeiras, em vez de olhar para Deus, que está pronto para suprir todas as nossas necessidades.
A grande maioria de nós cristãos olhamos apenas para as circunstâncias — a montanha de dívidas atrasadas, o conserto do carro, as despesas inesperadas, o salário insuficiente, os recursos escassos — e concluímos que, se devolvemos os Seus dízimos e ofertas, não teremos o suficiente para suprir nossas próprias necessidades, isso é tudo o que o acusador precisa.
Em vez de honrar a Deus em primeiro lugar e confiar que Ele irá suprir as demais coisas, retemos o que é Dele, convictos de que não podemos nos dar ao luxo de contribuir para Sua obra  enquanto estivermos com as contas atrasadas, endividados. No entanto, ao tentar colocar em dia as nossas obrigações, regredimos cada vez mais e infelizmente permanecemos na escravidão financeira, por pura desobediência à Palavra e as ordenanças do SENHOR nosso Deus.
Pensemos nas pressões financeiras e nos problemas que estamos enfrentando. Temos honrado a Deus com o nosso dinheiro, devolvendo os dízimos e as ofertas, apesar das dificuldades? Se tivermos feito isso, estamos aptos para enfrentarmos os ataques de Satanás contra as nossas finanças, sabendo que nenhuma das promessas contidas na Aliança que Deus fez conosco falhará, certamente seremos honrados! Tão certo como Ele vive, podemos Nele confiar.
Se tivermos retido os dízimos e ofertas, porém, precisamos pedir perdão a Deus. Assim, independente da situação financeira que estejamos enfrentando, quebremos esse jugo financeiro, ENTREGANDO a Deus o dízimo de toda a nossa renda e ainda uma oferta, a maior que pudermos. Darmos a Deus o que é de Deus, é a única saída e solução; reconhecermos que “tudo” vem Dele.
"Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre"! (Romanos 11.36).
Coloquemos em ação a nossa fé, sabendo que Deus irá suprir TODAS as nossas necessidades, abrindo as janelas do céu e derramando sobre nós as Suas bênçãos.
Antes que a Igreja passe a viver o tempo de restauração, no qual Deus abrirá as janelas do céu e derramará uma benção financeira suficiente para a evangelização do tempo final, devemos tomar uma atitude de arrependimento, maturidade e conscientização.
"Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa? Nada, responderam eles" (Lucas 22.35).
"Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?

Não busquem ansiosamente o que hão de comer ou beber; não se preocupem com isso. Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes serão acrescentadas. Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino" (Lucas 12.25,26,29-32).

Palavra para o seu coração

Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra.

                                        Salmos 119.9


Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.


                                        Salmos 119.11

quarta-feira, 23 de março de 2016

Selecionados por Deus


Não fostes vós que me escolhestes; ao contrário, Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes fruto, e fruto que permaneça.

                                João 15.16

Em tempos de dificuldades, Deus prepara e levanta um individuo com o caráter aprovado, austero, rijo, mas maleável e capacita-o a conduzir seu povo à vitória. Dentre os elementos que qualificam essa liderança podemos destacar a fé, a confiança, a intimidade e a adoração a Deus.
Ao observarmos o Antigo Testamento, percebemos que os destacados líderes na maioria das vezes agiam motivados pela fé, e por isso tendemos a vê-los todos pelo âmbito religioso.
Mas Moisés recebeu grande parte do seu treinamento na sala de conferência do Faraó, e depois no deserto. Ester por exemplo, executou seu trabalho no palácio. Neemias que era copeiro, foi usado como engenheiro, arquiteto e construtor num projeto de restauração e construção civil.
Esses destaques, que realizaram proezas eram pessoas comuns, não clérigos, mas administradores, copeiros, eruditos, construtores, guerreiros, pescadores, comerciantes... Simplesmente se dispuseram e creram num Deus que Se preocupa e que É ativo no meio do Seu povo.
Na verdade, na seleção divina nosso desempenho ou currículo, não nos credencia, pelo contrário; nossa obediência, submissão, constância, humildade, dedicação, temor e amor a Deus e a Sua Palavra, certamente tem um peso maior, pois:
"A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12.9).

"A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha palavra" (Isaías 66.2).

Palavra para o seu coração

Espere no Senhor e siga a sua vontade. Ele o exaltará, dando-lhe a terra por herança; quando os ímpios forem eliminados, você o verá.

                                Salmos 37.34


O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada;


                                Salmos 37.23

terça-feira, 22 de março de 2016

Palavra para o seu coração



"Agora, porém, declara o Senhor, voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto.
Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça.
Talvez ele volte atrás, arrependa-se, e ao passar deixe uma bênção.
Reúnam o povo, consagrem a assembleia; ajuntem os anciãos, reúnam as crianças, aquelas que mamam no peito. Até os recém-casados devem deixar os seus aposentos.
Que os sacerdotes, que ministram perante o Senhor, chorem entre o pórtico do templo e o altar, orando: Poupa o teu povo, Senhor. Não faças da tua herança motivo de zombaria e de piada entre as nações. Porque se haveria de dizer entre os povos: ‘Onde está o Deus deles?  
Então o Senhor mostrou zelo por sua terra e teve piedade do seu povo.
O Senhor respondeu ao seu povo: Estou lhes enviando trigo, vinho novo e azeite, o suficiente para satisfazê-los plenamente; nunca mais farei de vocês motivo de zombaria para as nações.
"Levarei o invasor que vem do norte para longe de vocês, empurrando-o para uma terra seca e estéril, a vanguarda para o mar oriental e a retaguarda para o mar ocidental. E a sua podridão subirá; o seu mau cheiro se espalhará". Ele tem feito coisas grandiosas!
Não tenha medo, ó terra; regozije-se e alegre-se. O Senhor tem feito coisas grandiosas!
Não tenham medo, animais do campo, pois as pastagens estão ficando verdes. As árvores estão dando os seus frutos; a figueira e a videira ficam carregadas.
Ó povo de Sião, alegre-se e regozije-se no Senhor, no seu Deus, pois ele lhe dá as chuvas de outono, conforme a sua justiça. Ele lhe envia muitas chuvas, as de outono e as de primavera, como antes fazia.
As eiras ficarão cheias de trigo; os tonéis transbordarão de vinho novo e de azeite.
Vou compensá-los pelos anos de colheitas que os gafanhotos destruíram: o gafanhoto peregrino, o gafanhoto devastador, o gafanhoto devorador e o gafanhoto cortador, o meu grande exército que enviei contra vocês.
Vocês comerão até ficarem satisfeitos, e louvarão o nome do Senhor, o seu Deus, que fez maravilhas em favor de vocês; nunca mais o meu povo será humilhado.
Então vocês saberão que eu estou no meio de Israel. Eu sou o Senhor, o seu Deus, e não há nenhum outro; nunca mais o meu povo será humilhado".

                                 Joel 2.12-14,16-27

Haja paz dentro de teus muros


Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados.

                                Gênesis 12.3

O versículo acima esclarece a política divina diante do antissemitismo, Deus promete abençoar os que abençoarem os judeus e a Israel, e amaldiçoar os que são antissemitas.
Na história de Jacó e Labão vemos claramente Deus abençoar um gentil através de um judeu. O próprio vivaldino Labão, sogro trapaceiro de Jacó, seu empregador gentil, reconheceu que a presença do genro judeu Jacó, o havia proporcionado bênçãos e grande prosperidade:
"Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois tenho percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti" (Gênesis 30.27).
Labão foi um dos primeiros a reconhecer as bênçãos do SENHOR através do povo judeu, ele havia engendrado e maquinado de todas as formas para prejudicar e trapacear o genro, mas todas as suas manobras fracassaram e Deus reverteu em abundantes bênçãos para Jacó, que até ele próprio se beneficiou.
Podemos observar também esse princípio, na trajetória de José, vendido ao Egito pelos irmãos ciumentos, mas que tornou-se o primeiro ministro daquela expressiva nação. E quando a fome assolou e abateu sobre o mundo, o Egito, sob a liderança de José, tornou o celeiro mundial, alvo de inveja, destaque e vitrine para o mundo. Sim, porque o mundo gentio foi poupado da fome por causa do escravo judeu que se tornou primeiro ministro, usado por Deus.
Jesus também ratificou esse princípio de que Deus abençoa os gentios através do povo judeu quando afirma:
"A salvação vem dos judeus" (João 4.22).
Não há como remover do cristianismo a contribuição judia.
Durante a revolução americana, George Washington e o exército continental estavam famintos e congelados pela neve do Vale Forge. Hyam Solomon, um banqueiro judeu da Filadélfia, conseguiu que os judeus dos EUA e Europa fizessem uma generosa contribuição de milhões de dólares a George Washington. Oferta essa que mudou o rumo da guerra, e o general Washington derrotou os britânicos.
Washington ficou tão grato pela contribuição e desprendimento dos judeus para o nascimento e fortalecimento dos EUA, que instruiu aos designers que projetavam a nota de um dólar, para que gravassem um tributo ao povo judeu, sobre a cabeça da águia americana: a Estrela de Davi, cercada pelo brilho da glória Shekinah, a glória de Deus.
O capítulo sete de Lucas, mais uma vez comprova as bênçãos advindas aos gentios que abençoam os judeus, desta vez para um soldado gentio, um centurião que tem um servo enfermo e ouvindo sobre Jesus Cristo, o Rabi que curava, busca pela cura do servo e os anciãos afirmam:
"Este homem merece que lhe faças isso, porque ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga" (Lucas 7.4,5).
O centurião abençoara a Nação de Israel e seu povo com atos de bondade; Jesus abençoou seu servo, que foi curado.
Em Atos dos Apóstolos, capítulo dez, vemos também que Cornélio, um centurião romano, que vivia em Cesaréia, dera diversas ofertas ao povo judeu e dele diziam: "Ele é um homem justo e temente a Deus, respeitado por todo o povo judeu" (Atos 10.22).
Cornélio também se beneficiou do principio: “abençoarei os que te abençoarem”, observemos:
Deus deu ao apóstolo Pedro a visão de um lençol descendo do céu, com toda sorte de animais, repteis e aves. Visão essa que foi a responsável pela ruptura da barreira que impedia os judeus de compartilharem com os gentios as bênçãos espirituais, apenas por questões culturais.
Pedro foi então enviado à casa de Cornélio, um gentio, pregou o Evangelho, e aqueles que estavam naquela casa foram salvos e cheios do Espírito Santo.
"Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, pois os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus" (Atos 10.44-46).

"Orem pela paz de Jerusalém: Vivam em segurança aqueles que te amam! Haja paz dentro dos teus muros e segurança nas tuas cidadelas"! (Salmos 122.6,7).

Palavra para o seu coração

Restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

                                 Salmos 23.3


Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você.


                                 Salmos 32.8

segunda-feira, 21 de março de 2016

Arrogância em Alta


"Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado", declara o Senhor.

                                    Jeremias 9.23,24

As altas altitudes perturbam nossos sentidos, perdemos a audição, as vozes ficam distantes, as frases parecem abafadas, torna-se difícil ouvir pessoas quando se está mais alto que elas. Lá de cima, nossa vista embaça, fica difícil focalizar as pessoas quando se está muito acima delas, elas parecem tão pequenas.... Apenas vultos sem rosto, mal conseguimos distinguir umas das outras, todas parecem iguais. Não as ouvimos, não as vemos, estamos acima delas.
É exatamente onde Davi estava naquele fatídico dia, até então nunca esteve mais alto. Seu sucesso chega ao auge quando ele tem 50 anos. Israel está se expandindo, a nação prosperando. Em duas décadas no trono, ele distinguiu-se como guerreiro, músico, estadista e rei. Seu ministério é forte e suas fronteiras cobrem mais de 95.000 quilômetros quadrados, não há derrotas no campo de batalha, não há manchas em sua administração. Davi é amado pelo povo; servido pelos soldados; seguido pelas multidões, está lá no topo da cadeia do poder.
Que contraste com o modo como o encontramos pela primeira vez no vale de Elá: ajoelhando-se à beira do ribeiro, procurando por cinco pedras lisas! Todos os outros estavam em pé: Saul, os soldados, Golias e seus irmãos estavam todos de pé. Os outros estavam no alto; Davi estava abaixado, de barriga para baixo, na parte mais baixa do vale. Nunca esteve tão baixo, contudo nunca esteve tão forte.
Três décadas depois sua situação se inverteu. Nunca esteve tão alto, ao mesmo tempo nunca esteve mais fraco. Ele chega ao topo de sua vida, na posição mais alta do reino, no lugar mais elitizado da cidade — seu terraço dava vista para Jerusalém.
Ele deveria estar com seus homens, na batalha, com um pé no cavalo e o outro no encalço do inimigo. Mas ele não estava, encontrava-se em casa, usufruindo suas conquistas, afinal já chegara ao máximo que o ser humano pode conquistar.
É primavera em Israel, as noites são quentes e o ar perfumado... Ele tem o tempo nas mãos, o amor na cabeça e as pessoas à sua disposição.
"Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia"! (1 Coríntios 10.12).
Seus olhos caem sobre uma mulher enquanto ela se banha. Sempre teremos curiosidade para saber se Bate-Seba banhava-se em um lugar onde não deveria, esperando que Davi olhasse para onde não deveria olhar. Nunca saberemos. Contudo, sabemos que ele olha e aprecia o que vê. Por isso ele pergunta sobre ela. Um servo volta com a seguinte informação: "É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o hitita" (11.3).
O servo passa a informação como uma advertência, não apenas dá o nome da mulher, mas seu estado civil e o nome de seu marido, como para preveni-lo?
Provavelmente Davi conhecia Urias. O servo espera, com jeito, dissuadir o rei de suas pretensões. Mas Davi não entende a dica, seus sentidos estão aguçados demais para ater ao detalhe. O versículo seguinte descreve o primeiro passo de Davi em uma ladeira escorregadia. "Davi mandou que a trouxessem, e se deitou com ela" (11.4).
Davi "manda" muitas vezes nessa história. Não gostamos deste Davi que envia, que exige, que ordena, que maquina o mal, que executa pessoas. Preferimos o Davi que pastoreia, que cuida do rebanho; que maneja a funda com força, que se esconde de Saul; o Davi que adora, que escreve salmos e nos encanta em sua adoração e submissão a Deus. Não estamos preparados para o Davi que perde o domínio e o autocontrole e desemboca no lodo fétido e negro do pecado.
O que aconteceu com ele? Simples! Foi acometido pelo mal da altitude. Permaneceu no alto por tempo demais. O ar rarefeito mexeu com seus sentidos. Ele não mais pode ouvir como estava acostumado, não pode ouvir as advertências do servo ou a voz da sua consciência. Nem pode ouvir seu SENHOR. O topo ensurdeceu seus ouvidos e cegou seus olhos. Davi viu Bate-Seba? Não. Ele viu uma mulher tomando banho; viu o seu corpo e as suas curvas; viu mais uma conquista. Mas viu Bate-Seba como ser humano? A esposa de Urias? A filha de Israel? A criação de Deus? Não. Ele perdeu sua visão.
Tempo demais no topo do poder faz isso com as pessoas. Horas demais sob o sol brilhante expostos ao ar rarefeito nos deixará ofegantes e atordoados.
Sem dúvida, não estamos preparados para o sucesso, o poder nos torna semideuses, fatalmente nos perdemos.
Presidentes e reis mandam pessoas cumprirem suas ordens; temos sorte de poder pedir que alguém nos traga “pizza” no serviço de entrega. Graças a Deus, não temos esse tipo de influência.
"Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: Quem é o Senhor? Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus" (Provérbios 30.8,9).
O terraço de Davi é um lugar onde nunca estivemos. Ou estivemos?
Não estivemos naquele “terraço”, mas em um voo, por exemplo. E não vimos uma mulher no banho, mas uma comissária de bordo cometendo deslizes o tempo todo. Confusa, não conseguia fazer nada certo, então sem perceber começamos a julgar... A resmungar não em voz alta, mas nos pensamentos: "O que há com o serviço nesses dias, não há mais pessoas competentes"? Tornamos-nos um pouco convencidos, nos colocamos acima da comissária de bordo. Afinal, na hierarquia social do avião, ela está abaixo de nós, sua função é servir-nos e a nossa sermos "bem" servidos.
E quando nos inflamos diante dos elogios recebidos e começamos a julgar-nos superiores "já que os céus sabem que somos essenciais para a obra de Deus".
Sim exatamente esse mesmo laço em que caiu Davi, nos apanha às vezes. Qual de nós nunca se sentiu um pouco superior a alguém? Ao manobrista do estacionamento; ao balconista da quitanda; ao vendedor de amendoim na peleja; ao funcionário de casaco desbotado e sapatos gastos; ao flanelinha que precisa a todo custo, ganhar uns trocados?
Perdemos nossa visão e nossa audição. Muitas vezes precisamos um choque de realidade, assim como ocorreu com o nobre rei Davi. Esquecemos que de "Deus não se zomba".

"O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda" (Provérbios 16.18).
"Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas" (Hebreus 4.13).

Palavra para o seu coração

Meu filho, obedeça às minhas palavras e no íntimo guarde os meus mandamentos.
Obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida; guarde os meus ensinos como a pupila dos seus olhos.
Amarre-os aos dedos; escreva-os na tábua do seu coração.


                                     Provérbios 7.1-3

Quando você andar, eles o guiarão; quando dormir, o estarão protegendo; quando acordar, falarão com você.
Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida,

                                     Provérbios 6.22,23

domingo, 20 de março de 2016

Profunda Intimidade


Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.

                            Salmos 42.1,2

Jesus movia-Se segundo a direção do Pai, não proferia nenhum tipo de julgamento sem antes ouvir a decisão do Criador, nada do que realizava era sem o crivo do Deus Todo Poderoso.
As ações do nosso amado Mestre surpreendia a todos, porque Ele desenvolveu uma sensibilidade perceptiva que superava as demais, observava e ouvia o que aos outros passava desapercebido. Recordemos a passagem onde fora curado um homem cego desde o nascimento, em que todos aflitos questionavam e se admiravam; Jesus nem se preocupava com o fato. Certamente não se incomodava porque estava convicto de que aquele problema seria usado apenas para revelar o poder de Deus (João 9.3).
O mesmo ocorre com o seu amigo Lázaro, quando adoece e vem a óbito.
Observamos claramente que Ele via e ouvia além do que podemos detectar pela percepção humana. Jesus mantinha uma constante, profunda e íntima comunhão com Deus.
Muitas vezes nos questionamos, quais os limites de aproximação, de comunhão e de intimidade podemos desenvolver com o Criador? Será que há um limite fronteiriço estipulado do qual não podemos ultrapassar sob pena de sermos consumidos pelo resplendor de Sua glória? Ou será que podemos como Moisés pedir: "Peço-te que me mostres a tua glória" (Êxodo 33.18).
Qual é o Pai que não gosta de usufruir da companhia, da amizade, admiração e mesmo ser inspiração para os filhos? Qual é o pai que não enche o coração de alegria diante do reconhecimento, da gratidão, do carinho e do amor externado pelos filhos? Qual é o pai que não quer reunir os filhos e compartilhar bons e maus momentos, passar seus ensinamentos, experiências vividas, orientações necessárias e fundamentais para os ver bem sucedidos, realizados e felizes? O pai que prepara bem a seus filhos é destacado e admirado por todos: - "Estes são os filhos do Sr Fulano de Tal"!
Pois bem, podemos sim desenvolver um profundo relacionamento de intima adoração e comunhão, de sincera e real amizade com o nosso Criador e SENHOR – onde há transparência, confiança, abrimos o coração, expomos nossos sentimentos, compartilhamos nossos bons e maus momentos, ouvimos e acatamos Suas orientações e sábios conselhos de amoroso Pai.

"Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem"! (Mateus 7.11).

Palavra para o seu coração

Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.


                               Provérbios 3.5,6

Ouça, meu filho, e aceite o que digo, e você terá vida longa.
Eu o conduzi pelo caminho da sabedoria e o encaminhei por veredas retas.
Assim, quando você por elas seguir, não encontrará obstáculos; quando correr, não tropeçará.

                               Provérbios 4.10-12

sábado, 19 de março de 2016

Persistência no orar


Orar sempre e nunca desanimar.

                    Lucas 18.1

Um expressivo e respeitado homem, narra a seus amigos sobre as experiências de sua mocidade, conta ele que certa ocasião para escapar de inimigos, fora forçado a refugiar-se nas ruínas de um edifício, onde permaneceu sentado por longas horas. Desejando entreter a mente desviando-se da triste situação em que se encontrava, começou observar uma formiga que resoluta lutava por escalar uma parede, carregando um grão de trigo visivelmente maior do que ela própria, atento aos seus movimentos contara todas as suas frustradas tentativas para alcançar o objetivo... o grãozinho caiu consecutivamente setenta e nove vezes, mas o inseto perseverou, e após completar setenta e nove derrotadas tentativas alcançou o topo. Aquela cena singular era exatamente o que ele necessitava para adquirir equilíbrio e coragem para o momento, conta ele que nunca mais se esqueceu da lição.
"Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento" (Provérbios 6.6-8).
Não podemos permitir que as orações não respondidas anteriormente, venham trazer o desânimo ou a desistência, enfraquecendo nossas convicções. Para a oração da fé, a ausência de resposta é apenas a evidência de que estamos mais próximos dela, é a certeza de que a solução já está às portas e em breve chegará, cada dia estamos caminhando para ela. A oração que não persevera, não insiste no pedido, não se renova, se fortalecendo cada dia mais, não é a oração que prevalece. A exemplo da formiga acima descrita, não podemos desistir, mesmo quando nossa petição está muito além da pequenez de nossa fé, ou do que ela pode sustentar, perseveremos.
"Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão" (Hebreus 10.35).
O grande músico Rubenstein disse certa vez: “Se passo um dia sem praticar, eu noto a diferença; se passo dois dias, meus amigos notam a diferença; se passo três dias, o público nota a diferença”.
Concluímos com muita lógica, que a perfeição vem da pratica, pois em qualquer seguimento da arte, por exemplo, se não houver dedicação, sabemos qual será o resultado final. Se aplicássemos em nosso ministério, nosso viver diário com Deus o mesmo senso comum que usamos no mundo, caminharíamos para a perfeição.
Como disse Davi Livingstone sobre seu modo de vida: “Eu resolvi nunca parar sem ter chegado ao fim e cumprido o meu propósito”.  Confiante em Deus, com firmeza de propósito, garra e persistência, ele venceu.
O Apóstolo Paulo também nos deixou grande exemplo para nos espelharmos:

"Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia"; (2 Timóteo 4.7,8).

Palavra para o seu coração

Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.


                                        Atos 1.8

Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido.
Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.

                                        Josué 1.8,9

sexta-feira, 18 de março de 2016

No momento oportuno


Tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia.

                            Atos 16.6

Quando observamos a trajetória de nossos apóstolos, constatamos o quanto valorizavam a obediência e o agradar a Deus, várias foram as proibições quando intentavam tomar outra direção que não fosse a certa para aquele dado momento.
Tentaram dirigir-se para à esquerda, rumo a Ásia, foram barrados; procuraram tomar à direita, rumo a Bitínia, foram impedidos. Anos mais tarde, porem, Paulo iria fazer naquela região, um dos maiores trabalhos evangelístico de sua vida, mas aquela ocasião não era favorável e fora vedada pelo Espírito Santo, o momento não era oportuno para atacar as inconquistáveis fortalezas inimigas ali instaladas. Mais tarde Apolo é quem foi para lá realizar uma obra pioneira. Paulo e Barnabé foram destinados a cobrir uma urgente missão em outro local, e necessitavam receber mais instruções, um maior preparo antes de assumirem tarefa daquela envergadura e de tamanha responsabilidade. Afinal toda a Igreja hoje ainda se alimenta do que plantaram ali.
Sempre que as dúvidas surgirem quanto à direção a tomar, submetamos todas nossas opções ao crivo e julgamento do Espírito Santo de Deus, para que Ele tenha a liberdade de fechar diante de nós todas as opções que não lhe agradam, que não seja propósito do SENHOR para nós. E até que estejamos convictos do rumo a tomar, permaneçamos na mesma direção, pois quando as portas estão fechadas à direita e à esquerda, é certo haver uma estrada para Trôade. Ali encontraremos o amado Lucas, e visões nos apontarão o caminho onde vastas oportunidades nos aguardam, juntamente com amigos leais e fieis companheiros de jornada.

"Eis que envio um anjo à frente de vocês para protegê-los por todo o caminho e fazê-los chegar ao lugar que preparei. Prestem atenção e ouçam o que ele diz" (Êxodo 23.20,21).

Palavra para o seu coração

Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.


                                1 Tessalonicenses 2.13

O Espírito do Senhor se apossará de você, e com eles você profetizará em transe, e será um novo homem.

                                1 Samuel 10.6

quinta-feira, 17 de março de 2016

Nosso Legado


Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.

                                 Provérbios 22.6

As consequências de falharmos em instruirmos nossos filhos no amar, respeitar e obedecer a Deus trará grandes e irreparáveis consequências sobre a vida deles.
Muitas vezes nos questionamos e nos preocupamos com o legado que deixaremos para trás, ao partirmos deste mundo. A grande maioria de nós pensa em termos de posses, conquistas, propriedades, valores, dinheiro, ações, etc. Mas analisemos em termos de herança espiritual, avaliemos sob o ponto de vista de estilo de vida, de compreensão, entendimento e vivencia com Deus e com sua Palavra, com a familiaridade do que são as Escrituras e o que Elas dizem, prometem para nós; raciocinemos em termos de aquisição sim, mas no Reino Eterno, onde ninguém pode nos subtrair, ou haver golpes políticos, investimento em bens eternos, sólidos terrenos espirituais onde nenhum abalo sísmico é capaz de atingir... Qual será nosso legado, à geração vindoura?
Será que podemos nos justificar, alegando que não podemos transferir nossa fé a outros, e que isto é algo que cada um deve experimentar em nível pessoal, e que não podemos dividir nossa fé? Mas nós podemos compartilhar nosso testemunho de vida, de experiências com Deus, dos livramentos, conquistas e vitórias que Ele já nos proporcionou, das batalhas e lutas que enfrentamos e Ele nos fez sairmos vencedores. Podemos ainda deixar nosso senso de valores morais, nossa compreensão dos princípios das Escrituras, que nos guiou, conduziu, norteou nas tomadas de decisões ao longo de nossas vidas.
As vezes como pais, nos frustramos, por não dispormos de valores, dotes ou posses para deixar aos nossos filhos, como gostaríamos; mas se nos propusermos e conseguirmos construir um lar cristão fortalecido e solidificado na Rocha, se deixarmos uma fé capaz de sustentá-los e nutri-los em toda dificuldade, angustia e provação da vida; certamente nossa missão como pais terá bom êxito, será bem sucedida.
"O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza à mãe” (Provérbios 10.1).
“Meu filho, se o seu coração for sábio, o meu coração se alegrará" (Provérbios 23.15).

"A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro. A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida" (Provérbios 22.1,4).