E disse: Deixa-me ir, pois
já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.
Gênesis 32.26
Jacó estava só e já era
noite quando encontrou um homem não natural, mas divino (Gênesis 32.24,30). As
Escrituras relatam que eles lutaram (Gênesis 32.24), e que o conflito foi duro,
difícil e doloroso, pois o homem mantinha-se inflexível e Jacó persistiu até a exaustão.
Depois da batalha, Jacó ferido e exausto, era um outro homem, recebera um novo
nome e andaria coxeando pelo resto da vida, cada passo dado após a luta traria
em sua memória o encontro com Deus no
vau de Jaboque, que transformou sua vida.
É exatamente assim que a
salvação chega a cada um de nós, estamos sempre lutando e relutando para mudar
algo, conquistar, transformar, adquirir, resgatar, libertar; não percebemos,
mas os conflitos que travamos estão relacionados com a maneira como lidamos com
os projetos e propósitos de Deus, para nós. Cada um de nós foi criado com uma
destinação específica, temos um lugar a ser preenchido no coração do Pai, um projeto a ser executado, ninguém cria algo desnecessário, sem utilidade; principalmente Deus.
À beira do desespero, do
colapso total, quando não temos mais forças para debatermos, ou somos vencidos
na “queda de braço” (como se fosse possível medir forças com o Criador),
exaustos clamamos a ELE dizendo: “tá bom: o que o SENHOR quer realmente de mim” e sua
resposta nos surpreende: “EU quero apenas você”.
Até chegarmos a esse ponto é
complicado e quanto mais distantes vivemos do SENHOR mais difícil e marcante é
o nosso retorno à sua Presença, lutamos, argumentamos, discordamos, discutimos,
choramos, reclamamos, sentimos pena de nos mesmos, é normal terminarmos esse
processo com cicatrizes do combate, lembranças eternas da forma como nos
rendemos a Deus.
Quando finalmente
entregamos completamente nossas vidas a ELE, começa outra etapa, a
transformação onde somos moldados, como oleiro Deus trabalha em nós, recebemos
uma nova identidade, nova roupagem, somos feitos novas criaturas (2 Corintios
5.17), tornamo-nos filhos de Deus (João 1.12).
A salvação é um dom
gratuito, mas na maioria das vezes dificultamos muito, lutamos contra os
grilhões e nos ferimos; entretanto encontrar-se com Deus trás imensurável
recompensa: a bênção de uma vida tocada, transformada e moldada por ELE, fonte
de toda plenitude.
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