quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ao crer nas promessas elas se cumprem


Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló separou-se dele: "De onde você está, olhe para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste: toda a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre. Tornarei a sua descendência tão numerosa como o pó da terra. Se for possível contar o pó da terra, também se poderá contar a sua descendência.

                                        Gênesis 13.14-16


Deus prometeu abençoar Abrão e fazer dele uma grande nação. Antes que ele deixasse a família de seu pai em Harã, Deus lhe prometeu:
"Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados" (Gn 12.2,3).
Após a separação de Abrão e Ló, em Betel, Deus ordenou a Abrão que olhasse nas direções norte, sul, leste e oeste, pois toda a terra diante de seus olhos lhe estava destinada. Não apenas a ele, mas à sua semente também. E, quando ele já estava na terra de Canaã, o Senhor apareceu-lhe e confirmou: À sua descendência darei esta terra" (Gn 12.7)
Abrão creu na promessa de Deus, porém os anos se passaram e a sua mulher, Sarai, permanecia estéril. Não havia evidência de que a promessa se cumpriria. Nas planícies de Manre, Abrão cobrou de Deus a prometida multiplicação de sua descendência: "Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!" (Gn 15.3).
Com a mente natural, Abrão considerava apenas circunstâncias externas: a idade avançada de ambos, a esterilidade de Sarai. Mas Abrão começou a ver com os "olhos da fé" a promessa que Deus lhe fizera.
Deus reafirmou a sua promessa: "Seu herdeiro, não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro" (Gn 15.4). Para ilustrar a magnitude da promessa, o levou para fora da tenda, mostrou-lhe a vasta expansão dos céus com as suas incontáveis estrelas e disse-lhe: "Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las'" (Gn 15.5).
Lentamente, ele se vira para o norte e vê um exército inumerável de estrelas, para oeste e mais estrelas preenchem o céu, volta-se e contempla o céu do sul e vê o céu estrelado acima dele, o número infinito de estrelas deixa-o maravilhado! Então Deus diz: "Assim será a sua descendência" (Gn 15.5).
Embora ele e Sarai fossem bem idosos, e ela fosse estéril, Abrão creu que Deus faria exatamente o que havia prometido. Ele tinha uma fé simples, e era leal a Deus. Por isto, deixou de olhar para as circunstancias externas, preferindo crer em Deus e confiar Nele.
Deus creditou-lhe isso como justiça: "Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: 'Assim será a sua descendência'. Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vigor. Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente convencido de que Ele era poderoso para cumprir o que havia prometido. Em conseqüência, 'isso lhe foi creditado como justiça'. A locução verbal 'lhe foi creditado' não diz respeito apenas a Abraão, mas também a nós, a quem Deus creditará justiça, por crermos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor" (Rm 4.18-24).
A definição mais pura da palavra "esperança" em Romanos 4.18 é "desejo acompanhado pela certeza de seu cumprimento". Abraão, com essa esperança, creu. Um desejo fervia em seu interior, a viva expectativa de que teria o filho que Deus lhe prometera. Estava totalmente convencido de que Deus era capaz de fazer o que prometera!
Na aliança entre Deus e Abraão, está o princípio-chave no qual se baseia a Nova Aliança. É pela fé e pela simples lealdade a Deus — crendo que Ele fará o que prometeu — que somos justificados e declarados justos diante de Deus, não por nossas obras: "Vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9).
Pela nossa fé em Cristo, na obra que Ele realizou na cruz e no poder do Espírito que opera em nós, somos salvos, purificados, justificados e transformados à sua semelhança.
A fé que nos salva nem mesmo é nossa! Ela não é produto da mente natural: é dom de Deus. Quando nos rendemos a Deus, sujeitando a Ele a nossa vontade e todo nosso ser, temos a semente da fé plantada em nosso coração. Ele nos dá o poder de tornarmos seus filhos (Jo 1.12). Por mais que se esforce, o homem não consegue produzir fé, pois ela é um dom de Deus!
Esta é a chave para usufruir os nossos direitos e privilégios sob a Nova Aliança: todas aquelas bênçãos e promessas pertencem a nós AGORA! Nós as herdamos como filhos de Deus.

Para receber tais bênçãos, nosso espírito precisa "estar carregado" com as promessas de Deus e cheio de ESPERANÇA ("desejo acompanhado pela certeza de seu cumprimento"). Precisamos estar convictos de que iremos receber o que desejamos. Como Abraão, temos de crer: termos fé e estarmos plenamente convencidos de que Deus fará o que prometeu.

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