"Abraão, contra toda esperança, em
esperança creu,... Sem se enfraquecer na fé" (Romanos 4.18,19).
Ao questionarem a Jorge Müller seu ponto de
vista sobre, qual a maneira de se obter uma vigorosa fé, ele foi categórico na
resposta: "A única maneira de se conhecer uma fé vigorosa, é suportar grandes
aflições. Eu aprendi a ter fé, permanecendo firme em meio às duras e difíceis provas".
E é sem dúvida, uma grande verdade, pois
quando tudo o mais falha, é o tempo exato de confiar.
Nem de longe imaginamos o imenso valor da
oportunidade para crescimento, que a nós se apresenta, ao passarmos por grandes
tribulações, lutas, aflições e adversidades. É indício certo de que estamos a
caminho para uma fé robusta, intrépida e arrojada; basta apenas abandonar os
nossos próprios recursos, lógica, razão e argumentos. Nosso Mestre nos
ensinará, nessas horas, a maneira mais eficaz de saída, escape, solução,
resposta, e de alcançar o Seu trono, e tudo o mais que Ele antecipadamente já
conquistou para nós.
"Eu os estou enviando como ovelhas
entre lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as
pombas... Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizer. Naquela hora
lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o
Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês" (Mateus
10.16,19,20).
Quando tivermos uma visão espiritual mais
aguçada, certamente agradeceremos ao SENHOR pela escola da adversidade, pois ela
nos promove, lapida e evolui; gradua-nos na fé.
"Não temas, crê somente"! (Marcos
5.36).
E se o temor nos assombrar, que possamos
reunir forças para afirmar como o salmista:
"No dia em que eu temer, hei de
confiar em Ti, Senhor" (Salmos 56.3).
Não nos esqueçamos de que, só se adquire
uma fé gigantesca após superar gigantescas provas – não se chega à universidade,
nem ao doutorado sem o pré-primário; infelizmente...
É como um verdadeiro trabalho de parto,
sucessivas e crescentes contrações... As maiores dádivas de Deus só chegam
através de acirradas e sangrentas lutas, Daniel não recebeu a resposta de suas
orações no mesmo dia.
Se nos dedicarmos a uma simples pesquisa,
constataremos que tanto no campo físico como no espiritual, todas as grandes
conquistas, reformas e invenções que agraciaram e beneficiaram a humanidade,
bem como os grandes avivamentos, os maiores despertamentos são conquistas que
sempre vieram através de lutas, dores, lágrimas, longas vigílias de oração,
sangue derramado de homens cujos sofrimentos foram as contrações que trouxeram,
como dores de parto, à luz aqueles acontecimentos impulso para o desenvolvimento
de todos nós.
Sim, lembremos que para a edificação do
grande e suntuoso Templo de Deus erigido por Salomão, Davi antes precisou passar
por amargas e diversas aflições; para o Evangelho de Deus desvencilhar-se das
arraigadas tradições judaicas, a vida de Paulo precisou passar por agonias
extremas; a dolorosa separação entre Paulo e Barnabé, dois grandes ícones da
Igreja Primitiva; resultou na propagação do Evangelho a mais cidadelas,
lugarejos e comunidades antes não alcançadas. Ao invés de um apenas, eram dois
trabalhando em lugares distintos ao mesmo tempo. Precisamos entender que mesmo
quando tudo parece estar dando errado, Deus tem Sua própria forma de agir, Ele
não perdeu o controle, está agora mesmo na sala de comando do mundo.
"Sabemos que todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito" (Romanos 8.28).