Quem quiser tornar-se importante entre vocês
deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho
do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos.
Mateus 20.26-28
Não há vida no Mar Morto, as águas
cristalinas e frescas do Jordão ao desembocarem nele, tornam-se inúteis, sem
vida, completamente estagnadas. Muitos de nós cristãos, somos espiritualmente
falando, exatamente como o Mar Morto, absorvemos todas as dádivas do nosso Pai
Misericordioso, mas nunca retribuímos, somos incapazes de demonstrarmos
qualquer atitude de gratidão e reconhecimento por tudo o que recebemos
graciosamente de Deus. Esquecemos que fé sem obras é fé morta, inútil, sem
vida, estagnada.
Nosso culto ao SENHOR há de ser racional,
devemos adorá-Lo com inteireza e dedicação genuína. Podemos nos nortear pelas
seguintes indagações:
Como seria a igreja, a obra de Deus hoje, se
todos ofertassem como eu oferto?
Como o Reino de Deus se expandiria, seria
abençoado, se todos orassem na intensidade e frequência que eu oro?
Qual seria o progresso, a evolução espiritual
do Corpo de Cristo, se todos os cristãos fossem assíduos e frequentes aos cultos,
assim como eu?
Qual seria a aparência da Noiva de Cristo, sua
Amada Igreja, se todos a servissem com a mesma disposição que eu sirvo?
Para não poucos de nós, infelizmente, as
repostas apontariam para uma igreja sem vida, sem amor, inútil, estagnada.
Quando vivemos apenas para nós mesmos, deixamos o egoísmo, a mesquinharia falar
mais alto, ditar nossos passos; morremos sós, sem memória, sem lembranças agradáveis,
sem legado. Se bem pensarmos, nossos discursos são recheados de expressões
egoístas: “minha vida, minha casa, minha família, meu carro, meus sentimentos,
meus valores, meus bens, meus objetivos, meus recursos, minha igreja, meu...
meu”...
O padrão de medida da grandeza de um homem
não está no número de serviçais que ele possui, mas na quantidade de pessoas a
quem ele serve:
"O maior entre vocês deverá ser servo.
Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a
si mesmo se humilhar será exaltado" (Mateus 23.11,12).
O homem bem-sucedido não é o que sobe nos
ombros dos outros para galgar as alturas, ignorando a dor e o sofrimento
alheio, explorando seu semelhante para conquistar sucesso... Não, não,
bem-sucedido é aquele que chega no topo sim, mas leva consigo outros ombro a ombro,
lado a lado, a conquistarem sucesso também em suas lutas e adversidades.
Não podemos jamais esquecer que nosso SENHOR
e Salvador Jesus é Servo, e nos deixou inúmeros exemplos para nos espelhar: ministrou
aos socialmente excluídos, aos pedintes cegos, aos leprosos, a prostitutas, a
viúva, aos coxos e paralíticos, sem acepção de pessoas; mostrando-nos que não
importa hora ou local, a tempo e fora de tempo é a nossa jornada:
"Assim brilhe a luz de vocês diante dos
homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que
está nos céus" (Mateus 5.16).
Não podemos ler na cartilha ou aceitar os
ditames dos dias de hoje em que se crê e torna-se obcecado por encher e lotar
igrejas, buscando atrair as pessoas certas, pregar o que os ouvidos querem
ouvir...
"Vocês não sabem que a amizade com o
mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de
Deus" (Tiago 4.4).
Nosso impacto no mundo seria grande se todos
fossem mobilizados, comprometidos; mesmo porque um cristão ocioso é uma árvore
infrutífera, um poço sem água. Todos os perdidos, feridos, sobrecarregados, são
as pessoas certas, todos necessitam igualmente de salvação, não podemos ser
seletivos.
A Casa de Deus deve ser como uma grande
oficina de operários, envolvidos, como um forte e guarnecido quartel general do
exército de guerreiros espirituais, dispostos a alcançar aos perdidos, ajudar aos
necessitados, enfermos, trazer alívio aos sofridos e sobrecarregados, ministrar
e visitar aos presos e enfermos, confortar aos desamparados. Enfim, sermos os
pés e mãos, coração e mente do SENHOR, instrumentos do Espírito Santo enquanto
estamos aqui na terra.
"Por essa razão, ajoelho-me diante do
Pai, Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo
do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus
corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor,
possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a
altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo
conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus"
(Efésios 3.14,16-19).