terça-feira, 29 de julho de 2014

Promessas da Aliança


Abraão firmou uma aliança de sangue com Deus. Estavam agora ligados por uma união sagrada, mais forte que qualquer vínculo humano. Tudo que Abraão possuía pertencia a Deus. Ele havia crido e recebido as promessas da aliança com Deus, e isso lhe foi imputado por justiça. Havia guardado a aliança com Deus por meio da circuncisão da carne, que incluiu todos em sua casa. E Deus concedeu-lhe o filho prometido.
Agora, diante do selo da aliança, Deus pôs Abraão à prova. Queria que Abrão provasse a si mesmo que seria obediente a Ele. Deus pediu-lhe que sacrificasse o bem maior de sua vida — o filho pelo qual tanto tempo havia esperado. Deus sabia que Abraão lhe daria o seu único filho em um ato de obediência e total submissão a Ele e que seu amigo permaneceria fiel à aliança que haviam feito.
Um dia Deus o chamou: Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui. Então disse Deus: Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei (Gn 22.2).
Não foram apresentadas as razões, apenas uma ordem devia ser obedecida. Abraão não tentou argumentar com Deus nem tentou fazê-lo mudar de idéia. Não tentou determinar se tinha ou não ouvido corretamente. Não pediu um sinal para confirmar a instrução que havia recebido.
Pela fé, lealdade a Deus, e certeza de que Deus cumpriria o que havia prometido, Abraão OBEDECEU-LHE.
Levantou-se de manhã cedo, cortou a lenha para o holocausto e partiu em direção ao lugar que DEUS lhe havia indicado. Depois de três dias viagem, avistou o lugar ao longe e ordenou aos seus servos: "Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos" (Gn 22.5).
Abraão não vacilou em sua fé. Permaneceu firme na promessa da aliança. Embora estivesse prestes a sacrificar o filho por meio do qual Deus havia prometido fazer dele o pai de muitas nações, Abraão não abriu mão da promessa.
Abraão colocou a lenha para o holocausto nas costas de Isaque e levou a faca e o fogo. Enquanto caminhavam, Isaque disse a Abraão: Meu pai! Sim, meu filho, respondeu Abraão. Isaque perguntou: As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois continuaram a caminhar juntos (Gn 22.7,8).
Ainda assim, sua fé não vacilou, ele não abriu mão da promessa de aliança, não limitou a Deus. Confiou naquele que tinha feito a sua esposa estéril conceber depois de ambos haverem passado muito tempo da idade de gerar filhos. Ele não sabia como ou quando, mas estava convicto de que quem lhe havia feito a promessa não a quebraria, sabia que Deus haveria de prover o holocausto!
Quando alcançaram o lugar indicado, Abraão edificou um altar, arrumou a lenha sobre ele, amarrou Isaque e colocou-o sobre o altar. Tomou a faca e levantou-a para lançá-la sobre o filho amado, mas o anjo do Senhor o deteve:
Abraão! Abraão! Eis-me aqui, respondeu ele. Não toque no rapaz, disse o Anjo. Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho (Gn 22.12).
Abraão deu provas de que verdadeiramente pertencia a Deus e não lhe negando nada. Havia rendido a Deus totalmente e sem reservas tudo que possuía, tudo que era e possuía pertenciam a Deus. O patriarca não havia oferecido Isaque relutantemente ou por mero senso de dever. Abraão amava a Deus de todo o seu espírito, alma, mente e força, e foi com amor e temor reverente que ele entregou tudo que possuía, em obediência a Deus.
Para tomar posse das bênçãos da aliança e vê-las cumpridas em nossas vidas, todos enfrentamos um dia o altar de sacrifício.
Deus requer obediência, e não há meio de o cristão caminhar em obediência a Deus sem uma entrega completa e plena da própria vontade e de tudo que tem. Não há meio: É tudo ou nada!
Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro... (Mateus 6:24)
Abraão avistou um carneiro preso pelos chifres. Você pode imaginar a alegria reinante naquele monte quando ele desamarrou o filho, abraçou-o e juntos ofereceram o carneiro como holocausto ao Senhor?
Enquanto estavam adorando, o Senhor falou, por meio do anjo: Juro por mim mesmo, declara o SENHOR, que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu'" (Gn 22.16-18).

Abraão estabeleceu uma aliança com Deus pela fé. Creu e recebeu as promessas nela contidas, mas herdou - tomou posse delas por causa da obediência.

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