terça-feira, 31 de maio de 2016

Sob outro prisma

Os homens de Judá perguntaram: "Por que vocês vieram lutar contra nós"? Eles responderam: "Queremos levar Sansão amarrado, para tratá-lo como ele nos tratou".

                                      Juízes 15.10

Ao perder a noiva para outro, Sansão irado e ressentido, decide vingar-se dos filisteus, atitude esta que acaba por resultar em sua morte em decorrência de revelar seu segredo a Dalila.
O inimigo armou o laço e Sansão mergulha de cabeça, iniciando um ciclo destrutivo de vingança e violência entre si e os filisteus, e por não analisar, ponderar e buscar a Deus, confiou em si próprio e a bola de neve só aumentou...
Se atentarmos nessa história, veremos que a palavra “rancor” define bem os sentimentos preponderantes ali. Ter a companhia de um ser rancoroso é tremendamente desagradável; não é nada saudável nem benéfico ouvi-los entoar suas canções de maldizeres, cheias de raiva, de farpas venenosas de condenação e de cobrança. São muito semelhantes ao cão raivoso, intratáveis, facilmente irritadiços, que podem explodir a qualquer momento. Bem mereciam uma placa no pescoço com o aviso: “Cuidado com o Rrrrrraanncoroso”. 
Sim, porque não medem esforços para atirar suas farpas; pois não basta acusarem e julgarem, o caráter de outras pessoas deve ser atacado e atingido; não basta evidenciar e apontar o dedo, uma arma deve ser apontada; a calúnia, o ressentimento devem ser arremessados como uma rachada... nomes devem ser xingados num dedilhar de notas no repertório de baixo escalão... E muros rochosos são levantados, barreiras separatistas são construídas, delimitações são traçadas, círculos são rompidos, e inimigos são formados...
O rancor é capaz de criar muros emocionais intransponíveis nas melhores famílias, em íntimos e inseparáveis amigos, destruir carreiras promissoras, e derrotar até sólidos ministérios. Sim, pois onde pessoas são desrespeitadas, pisadas ou tripudiadas, onde não impera o perdão, é o ambiente próprio para que ele se instale.
"Não guardem ódio contra o seu irmão no coração; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não sofram as consequências de um pecado. Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor" (Levítico 19.17,18).
"Não testemunhe sem motivo contra o seu próximo nem use os seus lábios para enganá-lo. Não diga: Farei com ele o que fez comigo; ele pagará pelo que fez" (Provérbios 24.28,29).
"Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa" (Mateus 5.39,40).

"Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário: Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele. Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem" (Romanos 12.19-21).

Palavra para o seu coração

Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação, mas na tua palavra coloquei a esperança.

                                           Salmos 119.81


Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.


                                            João 15.7

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Aprendendo com os pequeninos


De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.

                                 Salmos 131.2

É na infância que recebemos os ensinamentos; o treinamento em como conviver, sobreviver, prosperar, amar, respeitar e compartilhar, servir e adorar. Uma criança criada e cercada dos devidos cuidados e atenção, não se preocupa quanto à responsabilidade da manutenção do lar, não se torna ansiosa e inquieta com as oportunidades e perspectivas de trabalho, não fica apreensiva quanto ao clima, nem quanto ao próprio sucesso ou fracasso, não nutre nenhum pensamento de vingança ou rancor, revolta, amargura...
Sente-se segura e confiante ao ponto de adormecer nos braços confortáveis dos pais, não questiona o amanhã...
Jesus usou uma criança para demonstrar-nos a simplicidade e humildade que devemos desenvolver:
"Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: Quem é o maior no Reino dos céus? Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo" (Mateus 18.1-5).

Precisamos experimentar a mesma paz que uma criança segura e confiante tem, deixando e entregando todas as nossas preocupações ao SENHOR. Ele supre todas as nossas necessidades, seja ela de que ordem for. Devemos apenas confiar e esperar Nele, com a alegria pura e genuína de uma criança que não questiona jamais a Palavra e as Promessas do Pai, podemos tranquilamente já louva-Lo e bendizê-Lo antecipadamente, pois Aquele que prometeu é fiel para cumprir e realizar além do que pedimos ou imaginamos. 

Palavra para o seu coração

Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia.

                                            Isaías 26.3


Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu,


                                            2 Coríntios 1.21

domingo, 29 de maio de 2016

Em construção


Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.

                                 1 Coríntios 1.8

Estamos em andamento, o SENHOR ainda não concluiu Sua boa obra em nós. É bem possível que imaginemos que Ele já fez o bastante, que fez o suficiente, que realizou tudo o que podia ser feito.
Podemos até acreditar que Ele seguiu para trabalhar, restaurar e reconstruir outras vidas, nos deixando ou desistindo de nós.
Mas em todas as vezes que esta dúvida nos assaltar, tenhamos a cautela de pensar com mais cuidado.
"Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1.6).
O propósito de Deus em nossas vidas é realizar uma boa obra, e ela só se completa no dia em que o SENHOR Jesus resgatar a Sua Igreja, até lá estamos em andamento, Ele não concluiu e nem finalizou Seu trabalho em nós.
É exatamente esse o motivo de ainda enfrentarmos lutas, adversidades e tantas dificuldades; falta bem pouco, mas por enquanto Ele está nos aperfeiçoando diariamente.
"Como barro nas mãos do oleiro, assim são vocês nas minhas mãos, ó comunidade de Israel" (Jeremias 18.6).

"Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais" (Jeremias 29.11).

Palavra para o seu coração

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano.

                                   Salmos 143.10

Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.


                                   Filipenses 3.12

sábado, 28 de maio de 2016

Sensíveis ao Seu agir


Considere o que Deus fez: Quem pode endireitar o que ele fez torto?

                                 Eclesiastes 7.13

Quando surgem as lutas e as dificuldades se levantam, parece-nos que Deus coloca Seus filhos em caminhos estreitos e tortuosos, e os conduz a precipícios por onde não há possibilidades ou saída; criando circunstancias e situações que a razão humana nunca aprovaria ou se permitiria, se fosse analisada e previamente consultada.
Entretanto, é a própria nuvem do SENHOR que os conduz e os dirige a esses lugares (Números 9.17). Nesse exato momento que aqui estamos, podemos estar envolvidos nessa nuvem de Deus.
E isso é motivo suficiente para roubar-nos a paz, a tranquilidade, gerar inquietação e deixar-nos perplexos; mas está perfeitamente correto e dentro dos planos e propósitos Daquele que tem o controle e de tudo é SENHOR. Após a tempestade, o livramento justificará plenamente Aquele que nos conduziu ali. O cenário servirá de pano de fundo, o palco onde Deus revelará Sua graça e demonstrará o Seu poder e amor.
Dele receberemos não apenas o livramento, mas juntamente teremos o aprendizado, a lição da qual jamais nos esqueceremos, em dias futuros dela muito nos lembraremos; e pelo crescimento recebido louvaremos ao SENHOR com gratos salmos de louvor. Ao traçar uma trajetória, fazendo uma retrospectiva, entenderemos que jamais conseguiremos agradecer e engrandecer suficientemente a Deus por haver feito exatamente da maneira como fez.
"Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre! Àquele que conduziu seu povo pelo deserto, O seu amor dura para sempre"! (Salmos 136.1,16).

"Louvem-no pelos seus feitos poderosos, louvem-no segundo a imensidão de sua grandeza! Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia"! (Salmos 150.2,6).

Palavra para o seu coração


 Eu e o Pai somos um.


                               João 10.30

Contudo, sempre estou contigo; tomas a minha mão direita e me susténs.

                               Salmos 73.23

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Sem direção

Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: "Este é o caminho; siga-o".

                             Isaías 30.21

Quando a dúvida atroz nos incomoda, e a dificuldade se instala, vozes insistentes nos recomendam opostas direções... Quando a prudência indica um caminho, mas a fé segreda uma advertência; então o momento pede cautela, aquietemos nosso interior, silenciemos todas as vozes intrusas, busquemos as convicções que exalam do silêncio sagrado da doce Presença do SENHOR, estudemos sua Palavra com inteireza de coração, Sua voz se faz ouvir através Dela, examinemos as opções que se sustentam à luz pura da Sua face, estejamos desejosos e sequiosos de conhecer somente o querer e o plano Dele para nós – não decorrerá muito tempo até que se forme em nós a inconfundível e nítida impressão da comunicação da Sua Perfeita vontade.
Em nossos primeiros passos, em nosso engatinhar cristão, quando somos ainda inexperientes espiritualmente, não é sábio usar esse mecanismo, podemos então esperar que as circunstâncias corroborem nossas impressões. Mas para os veteranos, que vêm de uma longa trajetória no caminhar, e têm uma vasta e larga experiência com Deus, esses conhecem profundamente o valor da intimidade e comunhão secreta no dia-a-dia com Ele, e podem tranquilamente perceber e discernir o Seu querer.
Mas se as nuvens das dúvidas ainda pairam insistentes sobre o rumo certo a tomar, nada mais sábio que levar o problema a Deus, assim como fez o queixoso rei Ezequias com a afrontosa e ameaçadora carta do rei Senaqueribe (Isaías 37); sem dúvida a orientação virá através da luz da Sua aquiescência ou da nuvem da Sua recusa.
Se nos colocarmos a sós, onde as interferências humanas e mundanas, os palpites, opiniões, conselhos não nos alcancem nem interfiram; e nos mantivermos ali, permanecermos em silencio e expectação; embora tudo a nossa volta cobre uma decisão e uma escolha imediata e urgente – a vontade de Deus para nós é a melhor opção, e ela será clara. E uma vez colocada em prática, passaremos a ter um novo conceito, uma visão mais profunda e intimista da Sua natureza, do Seu coração de terno amor, será uma rica e preciosa experiência, como um legado compensador pela obediência em escolher e cumprir o Seu propósito.

"Ficarei no meu posto de sentinela e tomarei posição sobre a muralha; aguardarei para ver o que ele me dirá e que resposta terei à minha queixa.... Ainda que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará" (Habacuque 2.1,3).

Palavra para o seu coração

Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

                                     Gênesis 1.27


Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.


                                     Efésios 1.4

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Além das aparências


Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.

                                  Hebreus 11.1

Fé é apoiarmos naquilo que os olhos não são capazes de ver.
Os olhos veem os leões famintos; a fé, porém vê o Anjo livrar a Daniel. Os olhos veem as tempestades; a fé vislumbra o exuberante arco-íris de Noé. Os olhos veem os gigantes ameaçadores, a fé contempla a pacífica Canaá. Os olhos veem muralhas e barreiras intransponíveis, a fé enxerga muralhas ruindo e Jericó entre os despojos.
Nossos olhos veem nossos defeitos e faltas, mas a fé pode ver o nosso Salvador; nossos olhos veem nossas culpas e desculpas, a fé, porém contempla o sangue Dele vertido na cruz.
Nossos olhos diante do espelho veem um pecador, derrotado, frágil, débil, pequeno, incapaz de sustentar as próprias promessas; a fé, no entanto, vê um filho pródigo de volta ao lar, trajando um manto, calçando as sandálias, com o anel da autoridade de herança no dedo, a graça e misericórdia estampadas e no rosto, o beijo afetivo do Pai.
"Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal. Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados. Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração" (1 Pedro 3.12-15).

"Pois os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente o coração" (2 Crônicas 16.9).

Palavra para o seu coração

Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; e, quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, você não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas.

                                         Isaías 43.2


O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.


                                         Filipenses 4.19

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Recompensa da expectação


E foi assim que, depois de esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa.

                           Hebreus 6.15

Por longo tempo Abraão foi provado, mas por sua conduta foi grandemente recompensado. Deus o provou na delonga em cumprir a promessa; Satanás o provou pela tentação em deixar de crer e desistir; Sara o provou por sua impaciência e precipitação; os homens o provaram pela vulnerabilidade e ciúme; seu sobrinho pela conduta; mas ele suportou e superou a tudo pacientemente.
Negou-se a se entregar ao desanimo, não permitiu que a incredulidade lhe atingisse, não desistiu da veracidade da promessa em momento algum, não limitou o poder de Deus, confiou em Sua fidelidade e não colocou o amor de Deus em xeque. Antes disso, curvou-se obediente à soberania de Deus, submeteu-se à Sua infinita e inquestionável sabedoria, conseguiu se conter e permanecer em silêncio, apesar do tempo ir se escoando, apoiado na promessa esperou a oportuna ocasião determinada pelo SENHOR.
E por ter esperado pacientemente, alcançou a promessa.
Todas as promessas do SENHOR são cumpridas, nenhuma delas sequer falhará, os que pacientemente esperam e confiam jamais serão decepcionados.
A expectação da fé certamente será recompensada.
O proceder de Abraão reprova um espírito imediatista e apressado, condena a murmuração, as lamúrias e amargor de alma; recomenda o espírito dócil e paciente, e encoraja e aplaude a quieta submissão ao querer, plano, vontade e aos caminhos do SENHOR.
Se conseguirmos nos espelhar em seu exemplo, também veremos o cumprimento de todas as promessas de Deus para nós e seremos fartos e satisfeitos.

"Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre" (Salmo 125.1).

Palavra para o seu coração

Quem é aquele que vem de Edom, que vem de Bozra, com as roupas tingidas de vermelho? Quem é aquele que, num manto de esplendor, avança a passos largos na grandeza da sua força? "Sou eu, que falo com retidão, poderoso para salvar."

                                    Isaías 63.1


Mas tenho contado com a ajuda de Deus até o dia de hoje, e, por este motivo, estou aqui e dou testemunho tanto a gente simples como a gente importante. Não estou dizendo nada além do que os profetas e Moisés disseram que haveria de acontecer.


                                    Atos 26.22

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Antigas Lutas


Ele dá fim às guerras até os confins da terra; quebra o arco e despedaça a lança, destrói os escudos com fogo.

                                   Salmos 46.9

Os familiares de Golias eram inimigos antigos dos israelitas. Há trezentos anos Josué havia expulsado os inimigos da terra prometida; destruiu a todos, menos os que moravam nas cidades de Gaza, Gate e Asdode. Gate gerava gigantes assim como o lodo brota nos manguezais. Golias era filho dessa terra, seus antepassados já eram temidos pelos hebreus.
Os soldados de Saul viam Golias e murmuravam: "De novo, não!!! Meu avô lutou contra o avô dele, meu pai lutou contra o pai dele. Esse é sem dúvidas, o nosso pior pesadelo".
Em nossas vidas nos deparamos muitas vezes, com cenas semelhantes, são os nossos Bullyings: "Estou ficando escravo do trabalho como meu pai"; "O divórcio acontece em nossa família como uma herança maldita"; "Essa doença nos acompanha por gerações"; "Minha mãe também não consegue se fixar em nenhum trabalho"; "Será que isso nunca vai parar, sempre há de se repetir a mesma história"?
Mas contrariando o círculo vicioso, Davi entra em cena falando sobre Deus. Os soldados nada mencionaram sobre Ele, os seus irmãos não fizeram menção ao Seu Nome, mas para a estranheza de todos, Davi não fala sobre outra coisa senão em Deus.
Um novo panorama se descortina na história, não apenas "Davi versus Golias", esse enredo torna-se "Deus versus o gigante".
Davi vislumbra o que os outros não veem e se recusa a ver o que os outros veem. Todos os olhos, exceto os de Davi, fixam-se no brutal grandalhão, no ogro que humilha e massacra os inimigos, que destila ódio, que urra ameaças, esbraveja, assusta, aterroriza, destrói e derrota seus oponentes. Todos os jornais, noticiários, boletins informativos, menos os de Davi, descrevem, dia após dia, as façanhas, vitórias conquistadas por aquele homem pré-histórico. Todos sabem de seus insultos e ameaças, de suas façanhas e exigências, de seu tamanho, arrogância e de seu andar altivo. Todos eram especializados em admirar, temer e tremer diante do grande e fantástico Golias.
Davi, porém, é especialista em Deus. Como podemos imaginar, ele vê o gigante; mas vê a Deus com maior nitidez. Observemos seu grito de guerra: "Você vem contra mim com espada, lança e dardos, mas eu vou contra você em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel" (1 Samuel 17.45).
Davi conhece a Deus, sabe que Ele poderia fazer bolinhas do inimigo como fez com o granizo para Moisés, fazer muralhas ruírem como fez para Josué, trovejar com estrondo como fez para Samuel. Davi confia plenamente em Deus, já havia contado com Ele ao enfrentar o urso e o leão. E por causa disso "saiu correndo em direção ao exército para enfrentar o filisteu" (1 Samuel 17.48).
Os irmãos de Davi desviam o olhar, com medo e vergonha. Saul suspira resignado enquanto o jovem hebreu corre para a certeira morte. Golias joga a cabeça para trás numa gargalhada de completo desdém, o suficiente para mover seu elmo de lugar e expor um pedaço da testa. Davi percebe o alvo e usa o oportuno momento. O som da funda esticando é a única coisa que se ouve no vale. E zás... Sibila a pedra em seu curso cortando o ar e crava-se na testa do gigante; os olhos de Golias se vesga, seu riso zombeteiro cessa, seus joelhos vacilam com seu peso e suas pernas se vergam e se dobram. Ele tomba e cai pesadamente ao chão e morre. Davi corre e desembainha a espada de Golias, fere o filisteu e corta-lhe a cabeça.
Quando meditamos na sabedoria, intrepidez e oportunismo de Davi ao derrotar o seu gigante. Paira no ar pergunta:
Quando foi a última vez em que fizemos a mesma coisa? Quanto tempo faz desde o dia em que enfrentamos de frente o que nos desafia? Sim, porque temos a tendência de recuar, de nos esgueirarmos debaixo da mesa do trabalho ou de nos arrastarmos para uma balada qualquer em busca de distração, ou para uma cama à procura de um amor proibido, ou um bom porre de álcool, algo que nos faça esquecer, ou que nos compense momentaneamente. Por um instante, um dia, um mês ou um ano, sentimo-nos seguros, isolados, escondidos, anestesiados; mas o trabalho acaba, a bebida evapora e desaparece, e a amante nos deixa e se vai junto com a grana — e ouvimos o Golias se levantar de novo: urrando estrondoso, bombástico, humilhante. E cadê o Davi para enfrentá-lo por nós? Cadê o Davi para escondermos atrás dele, como fizeram seus irmãos, os soldados e o próprio Saul?
Quanto tempo faz desde que pegamos o estilingue e enfrentamos nosso gigante?
Se já faz muito tempo, então Davi é o exemplo que temos a seguir. Deus o chamou de "homem segundo o meu coração" (Atos 13.22). Ele não deu esse título a nenhum outro.
Então dessa vez, experimentemos uma tática diferente, a mesma que ousou Davi usar: Façamos nosso gigante correr ao se deparar com uma alma cheia da Presença de Deus.
Façamos Deus aumentar e nosso Golias diminuir até desaparecer por completo. Recebamos do próprio céu uma solução irrevogável para essa situação aflitiva: Gigante do divórcio, você não vai entrar na minha casa! Gigante da depressão? Você não me vencerá jamais. Gigante do álcool, do fanatismo, do abuso infantil, da insegurança, da enfermidade, do desemprego, da injustiça... Você vai cair por terra. Partamos para cima do nosso Golias em o Nome do SENHOR dos Exércitos, e certamente ele tombará diante de nós!

"Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade. Por isso não temeremos, embora a terra trema e os montes afundem no coração do mar, embora estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela sua fúria. Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura" (Salmos 46.1-3,10,11).

Palavra para o seu coração

Não adulterarás.

                                  Êxodo 20.14

O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.


                                  Hebreus 13.4

domingo, 22 de maio de 2016

Cárcere


É da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos.

                           1 Pedro 2.15

Não há emoção que aprisione e encarcere mais a alma que a indisposição para o perdão.
Como reagimos diante da ofensa, da mágoa, da injustiça ou dos ferimentos e agressões desferidos contra nós ou contra os que amamos? 
Assimilamos e neutralizamos os golpes, ou nos consumimos no ardor da ira como o fogo a ferver no nosso interior? Permitimos que as fagulhas da revolta incendeiem e amarguem nossas emoções, ou nos recolhemos a um isolado santuário interior, a uma fonte de água fresca e cristalina, e retiramos um balde de tolerância, uma caneca de misericórdia, um copo de sensatez, para nos lavar, limpar, refrescar e promover em nós o equilíbrio e nos livrar da ira improdutiva e da amargura e ressentimento daninhos?
O que é mais produtivo, conveniente, mais eficiente, correto e coerente fazer? Qual é a atitude mais sábia a tomar?
Não nos permitamos inflamar-nos e chamuscar-nos nas chamas do ódio, da ira, da revolta, do ressentimento, da amargura resultantes dos atos cruéis praticados contra nós e contra os nossos amados. Espelhemos sempre e nos esforcemos para sermos imitadores Daquele que disse:
"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34).

"Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor" (Romanos 12.19).

Palavra para o seu coração

Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.


                                    Hebreus 13.15

Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto,

                                    Êxodo 20.3-5 

sábado, 21 de maio de 2016

Perseverar em Sua Presença


Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.

                                       Efésios 6.18

De que forma agir para perseverar e permanecer na presença do SENHOR? Como podemos sentir o palpitar do Seu coração? Como sentir o toque suave das Suas mãos em nosso ombro, como a nos encorajar? Como distinguir e familiarizar com a Sua voz em nossos ouvidos, diferenciando e ignorando todas as demais?
Para sermos bem sucedidos nesta empreitada, há algumas sugestões que podemos observar:
Logo pela manhã, ao despertarmos, sejam para Deus os nossos primeiros pensamentos, em forma de gratidão pelo sono da noite, pelos cuidados e zelo a nós dispensados;
Que nosso primeiro diálogo do dia, seja com nosso Pai Celeste, antes de nos levantarmos, estejamos a sós com Ele, permaneçamos ali, ao menos alguns instantes, mesmo que em total silêncio, usufruindo da Sua Presença;
Dediquemos ao SENHOR até mesmo nossos momentos ociosos, nossos pensamentos improdutivos... Ele pode todas as coisas, inclusive, tornar altamente produtiva e rendosa estas horas vagas;
Tiremos um tempo do nosso dia para estarmos com Ele, a Sua total e completa disposição, para sermos usados a Seu bel prazer, para o total deleite Dele, sem impormos condições ou limites, afinal Ele é o SENHOR;
Direcionemos e coloquemos diante Dele os nossos pensamentos mais secretos, escancaremos os nossos porões e as nossas reservas; façamos de cada momento que Ele nos concede, uma oportunidade produtiva de comunhão e intimidade com Ele;
Celebremos a Sua doce Presença, mesmo quando nos sentirmos expostos e vulneráveis, invadidos e constrangidos mediante a rudeza e pequenez dos nossos piores pensamentos, deixemos que Ele filtre, purifique e seja o controle de qualidade da nossa mente;
Sejamos transparentes, conscientes de que tudo está patente diante Dele... Tenhamos a grandeza de sermos humildes a ponto de assentarmos aos Seus pés a cada dia, para aprendermos e absorvermos Dele, pois este é o lugar mais elevado que podemos almejar;
E quando o dia se despede, no início da noite, deixemos que nossa mente descanse Nele, na segurança dos Seus braços fortes; encerremos nosso dia, assim como iniciamos, num franco diálogo com o Pai.
É um árduo exercício de perseverança manter o SENHOR em tempo integral em nossa mente, mas quando começamos a disciplinar nossos pensamentos, o próprio Espírito Santo nos auxilia nesta jornada.

"Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo" (2 Coríntios 10.3-5).

Palavra para o seu coração

Jesus foi com eles. Já estava perto da casa quando o centurião mandou amigos dizerem a Jesus: Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto.


                                    Lucas 7.6

Venham! Vamos subir a Betel, onde farei um altar ao Deus que me ouviu no dia da minha angústia e que tem estado comigo por onde tenho andado.

                                    Gênesis 35.3

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Quando as lutas vêm


Ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: "Vamos atravessar para o outro lado".

                                    Marcos 4.35

No cumprimento às ordenanças do SENHOR, muitas vezes podemos ser açoitados por grandes revoltas e alcançados por impetuosas tempestades. Os discípulos naquele anoitecer apenas seguiam adiante sob o mando de Jesus, e mesmo assim, ou talvez porque assim fizeram, tiveram que enfrentar um furioso temporal. Sob o risco de suas próprias vidas, em perigo de submergirem, de tal forma era o desespero que clamaram pelo socorro do SENHOR. Àquele que é capaz de acalmar até as tempestades, e o mar revolto aquieta-se e emudece perante Ele, pois é o SENHOR sobre tudo e sobre todos.
Embora pareça que Ele se demore em nos atender e socorrer nas lutas e dificuldades, isto acontece apenas para o crescimento e fortalecimento da nossa fé; para que perseveremos e não esmoreçamos em nossas orações, para que intensifiquemos nossos laços de comunhão e intimidade com Ele e aprendamos a confiar e descansar somente Nele, e assim quando o Seu livramento e socorro vierem, o apreciaremos plenamente, em toda a sua inteireza.
Jesus os repreendeu firmemente, mas com brandura disse: "Ainda não têm fé"? (Marcos 4.40). Por que não repreenderam a tempestade, e não disseram logo aos ventos e às vagas: “Nada podem fazer, pois Aquele que é o SENHOR sobre todos, o Salvador está no barco”? “Aquietai-vos, emudecei-vos”!!!
É muito simples confiar quando tudo está bem, quando o sol brilha intensamente em nosso firmamento; mas quando surgem as lutas, quando a tempestade e o temporal nos atingem, muitas vezes nossa segurança foge pela janela, nossa fé fraqueja e nos abatemos... Mas nunca saberemos a dimensão de nossa fé, nem se ela é real e verdadeira enquanto ela não for testada e provada nas tempestades da vida.
É, porém, de fundamental importância que o SENHOR que acalma o mar revolto, seja o Capitão da nossa embarcação, é necessário estarmos convictos de que Ele se encontra à bordo e está no controle de tudo, por mais desesperadora que pareça a situação.
"Não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará" (Hebreus 1.35-37).
Para sermos fortalecidos no SENHOR e na força do Seu poder, a nossa convicção, nossa confiança precisa brotar do meio das intempéries; pois Ele é SENHOR inclusive da nossa vida, nada podemos sem Ele... E que dano poderá o mal nos causar se Ele que é o SENHOR é por nós?

"Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,... como sombra que o protege, ele está à sua direita. O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre" (Salmos 121.1-3,5,8).

Palavra para o seu coração

Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.


                                       2 Coríntios 3.6

Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!  

                                        Isaías 6.5


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Expectativas do Pai


O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.

                                    2 Pedro 3.9

O SENHOR Jesus Cristo prometeu a experiência do novo nascimento a todos os que O receberem como Salvador. Mas o nascer de novo não é garantia de que a nossa velha natureza nunca mais se manifestaria de forma a nos causar constrangimento e dissabor. E também não significa que de imediato seremos capacitados a resistir e enfrentar qualquer tentação... Não, não, ainda não!!!
Para entendermos este processo com nitidez, basta compararmos o novo nascimento em Cristo Jesus, a um recém-nascido natural:
O bebe logo após o nascimento, é capaz de caminhar, locomover, alimentar, ou se cuidar sozinho? Ler, entender, interpretar, estudar, falar, escrever, sozinho? É obvio que não. E nem há expectativa de que nesta fase haja capacidade para tanto, mas sim que chegará o dia em que tudo isto se tornará elementar.
"Não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo" (1 Coríntios 3.1,2).
"Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom" (1 Pedro 2.2,3).
Esse processo leva tempo, é um investimento do Pai a longo prazo. Entretanto, nenhum Pai desiste do pequenino ou se envergonha dele, enquanto espera por cada fase. Os pais não se sentem constrangidos porque os pequeninos ainda não sabem trocar as próprias fraldas, ou pedir e preparar seus próprios alimentos, ou caminhar e dialogar com as pessoas... Certamente que não, pelo contrário, os pais se orgulham dos seus pequeninos e esperam ansiosos por cada façanha e proeza em que eles se arriscam de forma insegura e titubeante a executar. Eles estão convictos de que o crescimento virá naturalmente a seu devido tempo; que o processo de fortalecimento e aprendizagem tem seu tempo de maturação.
E é exatamente assim que o nosso Pai Celeste lida conosco, nos ensina seus caminhos e espera ansioso por nosso crescimento e desenvolvimento.

"Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar" (Isaías 48.17).

Palavra para o seu coração

Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção.

                                    1 Pedro 2.12

Perguntarão pelo caminho para Sião e voltarão o rosto na direção dela. Virão e se apegarão ao Senhor numa aliança permanente que não será esquecida.

                                    Jeremias 50.5

domingo, 15 de maio de 2016

O socorro está próximo


O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.

                          Salmos 145.18

Demonstramos nossa fé através das nossas atitudes. Alcançamos de Deus a cura, quando reconhecemos nossa dependência e nossa pequenez... A ajuda e o socorro vêm quando estendemos nossas mãos de necessitados...
"Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á" (Mateus 7.8).
O socorro do SENHOR está próximo, e é sempre eficaz, na medida certa, a disposição de todos os que o buscam. A apatia não dá resultados, nem trás premiações, para Deus a fé desafiadora e disposta a correr riscos é digna de Sua atenção.
O mar se abre, arcas são construídas, olhos são abertos, vidas são transformadas... Quando guerreiros marcham, os Jericós vêm ao chão, quando pedrinhas são arremessadas os gigantes tombam, quando mãos abençoadas são erguidas os inimigos sucumbem, quando cajados são estendidos o mar se encolhe e se divide... Bastam uns pãezinhos partilhados para a multidão ser saciada... E quando Suas vestes pela fé são tocadas, emanam virtude, cura, transformação, poder, milagres acontecem...
Jesus sempre interrompe seu roteiro para atender ao que clama, pois:
"Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações. O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido" (Salmos 34.17,18).

"Um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás" (Salmos 51.17).

Palavra para o seu coração

Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus.


                                 Mateus 10.32

Dirão a meu respeito: Somente no Senhor estão a justiça e a força. Todos os que o odeiam virão a ele e serão envergonhados.

                                 Isaías 45.24

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Ver o Invisível


Felizes os que não viram e creram.

                       João 20.29

Como é apelativa e sutil a cilada da aparência das coisas visíveis, nos envolvendo e engodando de maneira a esquecermos, que o importante e fundamental não é detectado pelos olhos carnais; é necessário que o SENHOR nos mantenha em tempo integral com os sentidos alertas aos valores invisíveis aos olhos.
"Larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela" (Mateus 7.13).
Precisamos confiar totalmente em Deus, pois:
"Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1.6).
Foi necessário que Abraão constatasse sua própria impossibilidade, sentisse seu corpo já amortecido, para entender que Deus realizaria a obra completa, somente quando tirou o foco e os olhos de si mesmo, quando percebeu que só podia confiar e esperar no SENHOR, então uma vez persuadido de que Aquele que fez a promessa era mais que suficiente para cumpri-la, tornou-se apto a recebê-la.
É exatamente esta a lição onde mais nos enroscamos, é complicado nos dias atuais, com tantos valores saltitando e faiscando diante dos nossos olhos, mantermos focados nos valores celestiais; então muitas vezes, Deus afasta da nossa presença os resultados positivos, as premiações mundanas e efêmeras, até que aprendamos a assimilar os valores eternos e duradouros, até que aprendamos a Nele confiar e Dele depender, sem os apoios e bengalas terrestres. E quando isto ocorre é prazeroso ao nosso Pai Celestial tornar Sua Palavra real e palpável para nós, através de fatos visíveis e mensuráveis, da mesma forma que nos é real e verdadeira por meio da fé.
"Não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele" (Hebreus 10.35-38).

"Então vereis a diferença, entre o que serve a Deus e o que não serve" (Malaquias 3.18).

Palavra para o seu coração

Como são felizes os que perseveram na retidão, que sempre praticam a justiça!

                                   Salmos 106.3


Pois os justos habitarão na terra, e os íntegros nela permanecerão;


                                   Provérbios 2.21

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Palavra para o seu coração

Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado.

                                       Jó 42.2


Jesus respondeu: "O que é impossível para os homens é possível para Deus".


                                       Lucas 18.27

terça-feira, 10 de maio de 2016

Recomeço


Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.

                              Salmos 51.10

Estamos sedentos, esta é a correta definição. Não sede de fama, conquistas, paixões, romances, riquezas ou bens palpáveis. Não, não, já sorvemos dessas poças, são águas insalubres, incapazes de saciar; nossa sede vai além, é bem mais profunda que estas águas turvas e revolvidas que, além de não aplacarem nossa necessidade ainda produz gradativa morte, mas:
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos" (Mateus 5.6).
Justiça. É exatamente isto, é a medida da nossa sede; sim estamos sedentos de consciência limpa, sermos livres de tudo que pese contra nós, ou nos acuse; dos débitos e das cobranças... Almejamos um grande faxina, um banho de limpeza, daqueles de banheira com sais, capazes de limpar a própria alma... Desejamos muito um recomeço que vire nossa página suja e manchada, termos uma nova ficha, um novo papel em branco...
Clamamos por uma mão poderosa, capaz de penetrar na escura caverna da nossa existência, na masmorra do nosso interior e que faça por nós tudo aquilo que não podemos, diante do qual nos sentimos impotentes e incapazes: tornar-nos puros e justos novamente...
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1.8-9).

"Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Miquéias 7.18,19). 

Palavra para o seu coração

Levanta-te! Socorre-nos! Resgata-nos por causa da tua fidelidade.

                                  Salmos 44.26


Pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito,


                                  1 Pedro 1.19

domingo, 8 de maio de 2016

Néscios


Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

                                  Romanos 1.21,22

O hedonista crê que nada existe além do que possa ver, como jamais viu as mãos criadoras do universo, entende que não há vida após a morte. Então o sentido desta vida torna-se a busca e realização do prazer aqui e agora, não há valores espirituais, não há expectativas na eternidade...
A mente do néscio pondera: Ninguém se importa com o proceder alheio; se formos maus ou bons tanto faz, a vida é assunto exclusivo de cada um... Ele preocupa-se apenas com a satisfação de suas paixões, com os prazeres mundanos, não admite e nem investe seu tempo em buscar, se aproximar ou conhecer a Deus; não questiona a possibilidade de haver um Ser Criador...
Mas a recusa ao amor, graça e misericórdia de Deus nos priva da própria vida; sem os cuidados, o zelo, proteção, livramento, intimidade, comunhão; sem admitirmos e reconhecermos nossa total dependência Dele; sem nos sentirmos Sua propriedade exclusiva, não podemos entender a vida, ela se torna insípida, vazia, sem propósito, e pior ainda, sem esperanças pois a eternidade torna-se apenas uma ilusão, uma fábula.
Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe"!  Corromperam-se e cometeram injustiças detestáveis; não há ninguém que faça o bem (Salmos 53.1).
"Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles.

Em sua ira os repreende e em seu furor os aterroriza", (Salmos 2.4,5).

Palavra para o seu coração

Muitos touros me cercam, sim, rodeiam-me os poderosos de Basã.

                                  Salmos 22.12

Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.


                                   João 16.33

sábado, 7 de maio de 2016

Jesus o Mensageiro da Nova Aliança


Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá, diz o SENHOR dos Exércitos.

                                   Malaquias 3.1

Jesus é o Mensageiro da Aliança, porque Ele veio estabelecê-la e proclamá-la! Veio substituir a Antiga Aliança, baseada no sacrifício de animais, pela Nova Aliança, baseada em seu Sacrifício único, que definitivamente livraria o homem de seus pecados, nenhum sacrifício adicional seria mais necessário!
Após o término da ceia da Páscoa, Jesus estabeleceu a Nova Aliança. Ele tomou o pão sem fermento, que representa o Seu corpo, a sua carne que seria cortada na cruz, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos discípulos. Depois tomou o cálice de vinho, que representa o seu sangue deu graças e disse: "Isto é o meu sangue da aliança, que (ratifica o acordo e) é derramado a favor de muitos, para perdão dos pecados" (Mateus 26.28).
O seu corpo e o seu sangue representaram todo o seu ser, que voluntariamente se ofereceu a Deus pelo perdão dos pecados da humanidade.
Havia somente uma maneira de garantir a eficácia e o compromisso legal da Nova Aliança (Hebreus 9.11-28).
Na American Standar Version (Versão Padrão Americana), está escrito: "Onde houver uma aliança, é necessário que se comprove a morte daquele que a fez. Porque uma aliança só é validada em caso de morte, uma vez que não vigora enquanto está vivo quem a fez. Por isso, nem a primeira aliança foi iniciada sem sangue". (Hebreus 9.16-18)
Para que se estabelecesse a Nova Aliança era necessário que Cristo se oferecesse como o sacrifício único e perfeito, suficiente para redimir o homem do pecado e destruir as obras do Diabo. Pela desobediência de Adão, a morte e o pecado entraram no mundo. Para se reconciliar com o ser humano, Deus enviou Jesus, o seu Filho unigênito. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus (em carne, isto é, na forma de pessoa humana) viveu uma vida perfeita, sem pecado, caminhando em obediência a Deus.
Foi por sua obediência que Jesus se tornou o Sacrifício perfeito e o Autor da salvação eterna, esta obediência até a morte fez o seu sangue ser aceito como o sacrifício único e suficiente para mover o pecado do homem e restaurá-lo para Deus.
"Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos" (Romanos 5.19).
Pela morte de Jesus — o seu corpo cortado e o seu sangue derramado — a Nova Aliança foi levada a efeito. Jesus foi o MEDIADOR da Nova Aliança. "Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança" (Hebreus 9.15).
Existe apenas um caminho para fazer parte desse pacto de sangue com Deus: Cristo, o Mediador da Nova Aliança. Só por meio Dele recebemos a promessa de nossa herança eterna.
No cenáculo, quando ofereceu aos discípulos o pão sem fermento e o cálice de vinho, Jesus não estava estabelecendo outro ritual religioso. Estava oferecendo a VIDA. O pão sem fermento e o cálice de vinho eram símbolos Dele mesmo, a pura Fonte da vida!
Que momento sagrado e glorioso foi aquele em que Jesus e seus discípulos celebraram a Páscoa juntos! O Cordeiro Santo de Deus estava firmando com eles uma aliança de sangue, a união mais sagrada possível e mais forte que o vínculo pelo nascimento natural. O cálice que eles beberam juntos representava o sangue que Jesus derramaria. Os discípulos se uniriam a Ele e uns com os outros, e seriam UM.
Assim como Deus havia descido, passado por entre os animais sacrificados e firmado um pacto de sangue com Abraão, o seu "amigo de aliança", e assim como havia descido, encontrado Israel face a face no monte Sinai e firmado um pacto de sangue com o povo, seus "amigos de aliança"; Jesus, o Filho do Deus vivo, desceu na forma humana e fez uma aliança de sangue com os discípulos, seus "amigos de aliança".
Jesus lhes disse: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido" (João 15.13-15).
Nesse relacionamento como "amigos de aliança", tudo que Cristo tinha lhes pertencia. A sua vida tornou-se a vida deles. Ele levou as fraquezas deles sobre si, e a sua força tornou-se a força deles. Os inimigos deles agora eram inimigos de Cristo também. Ele prometeu nunca os deixar nem abandonar: "Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28.20).
Jesus estava dizendo: "Sou seu para sempre! Este é o meu sangue, a minha vida, e ela é de vocês!".
Jesus deu-lhes o seu nome, que representava tudo que Ele era, e disse: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi. Eu os designei e plantei para que possam ir, dar fruto e continuar a frutificar, e que o seu fruto seja duradouro que ele possa permanecer, viver de tal forma que tudo que pedirem ao Pai em meu nome, Ele lhes conceda" (João 15.16).
Ao firmar esse pacto com os discípulos, Jesus estabeleceu os termos e as condições da Nova Aliança. E, assim como a aliança entre Deus e Abraão e entre Deus e Israel exigia total obediência, a Nova Aliança requer também obediência total. Jesus disse: "Vocês serão meus amigos se fizerem o que eu lhes ordeno" (João 15.14).
Disse-lhes ainda: "Se vocês guardarem os meus mandamentos (se continuarem a obedecer às minhas instruções) permanecerão em meu amor e viverão nele, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço" (João 15.10).
Sob a Nova Aliança, devemos obediência total a Deus, assim como Cristo foi obediente até a morte. Devemos ter a mesma dedicação e compromisso de Cristo em obedecer ao Pai.
Há cristãos hoje que afirmam não ser mais necessário obedecer aos mandamentos, pois, se Cristo cumpriu a Lei e vivemos sob a graça, não precisamos mais obedecer aos mandamentos.
Mas lembramos: Jesus não veio destruir a Lei, veio cumpri-la (Mateus 5.17). Ele veio na forma de pessoa humana e, no poder do Espírito Santo, viveu uma vida de perfeita obediência ao Pai. O servo não é maior que seu SENHOR, se Ele obedeceu...
Alguns declaram ser impossível viver em total obediência a Deus. Jesus provou que é possível que façamos o mesmo, para tanto Ele colocou o mesmo Espírito Santo em nosso interior!
Assim como Deus exigiu que Abraão e Israel fossem obedientes antes de tomar posse da herança, o povo de Deus hoje deve também se mostrar obediente para poder ver cumpridas as promessas da Nova Aliança.
Sob a Nova Aliança, todos os mandamentos de Deus são sumarizados em um grande mandamento. Jesus disse: "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (João 13.34,35).
Ele disse também: "Eu os amei (exatamente) como o Pai me amou. Permaneçam em meu amor (continuem no amor Dele juntamente comigo)... O meu mandamento é este: que vocês se amem uns aos outros (exatamente) como eu os amei... Este é o meu mandamento: que vocês se amem uns aos outros" (João 15.9,12,17).
Para andarmos de acordo com os termos da Aliança com Deus e apropriarmo-nos das promessas nela contidas, devemos ser obedientes a Deus, ou seja, amar uns aos outros, de modo a estarmos dispostos não apenas a morrer uns pelos outros, se for necessário, mas também a entregar a nossa vida sem egoísmo em benefício do próximo. Foi assim que Jesus tornou-se Servo.
E como isso é possível? O homem natural não possui esse tipo de amor. O nosso amor oscila de acordo com as nossas emoções, por mais que tentemos, não conseguimos produzir esse tipo de amor. Então como manifestar esse amor aos irmãos e ao mundo? De que maneira conseguiremos obedecer a esse grande mandamento?
Em sua oração pela Igreja, antes de ir para a cruz, Jesus deu a resposta: "Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles e eu neles esteja" (João 17.26).
Sob a Nova Aliança, Deus colocou em nós o mesmo amor que Ele tem por Jesus — e o mesmo amor que Jesus tem por nós. Isso torna possível que nos amemos uns aos outros com o amor ágape!
A Igreja está precisando de uma boa dose do amor de Deus de forma que tenhamos uma nova manifestação daquele amor, fluindo entre os irmãos e para o mundo.
O amor de Deus em nós é a marca que nos distingue dos ímpios; é a evidência de que temos uma aliança com Deus! Jesus disse: "Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (João 13.35).

Se permitirmos que o amor de Deus se manifeste por meio de nós, o mundo verá a maior manifestação de poder que já houve.