Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que
preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês
buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês
desejam, virá, diz o SENHOR dos Exércitos.
Malaquias
3.1
Jesus é o Mensageiro da Aliança, porque Ele
veio estabelecê-la e proclamá-la! Veio substituir a Antiga Aliança, baseada no
sacrifício de animais, pela Nova Aliança, baseada em seu Sacrifício único, que
definitivamente livraria o homem de seus pecados, nenhum sacrifício adicional
seria mais necessário!
Após o término da ceia da Páscoa, Jesus
estabeleceu a Nova Aliança. Ele tomou o pão sem fermento, que representa o Seu
corpo, a sua carne que seria cortada na cruz, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos
discípulos. Depois tomou o cálice de vinho, que representa o seu sangue deu
graças e disse: "Isto é o meu sangue da aliança, que (ratifica o acordo e)
é derramado a favor de muitos, para perdão dos pecados" (Mateus 26.28).
O seu corpo e o seu sangue representaram
todo o seu ser, que voluntariamente se ofereceu a Deus pelo perdão dos pecados
da humanidade.
Havia somente uma maneira de garantir a
eficácia e o compromisso legal da Nova Aliança (Hebreus 9.11-28).
Na American Standar Version (Versão Padrão
Americana), está escrito: "Onde houver uma aliança, é necessário que se
comprove a morte daquele que a fez. Porque uma aliança só é validada em caso de
morte, uma vez que não vigora enquanto está vivo quem a fez. Por isso, nem a
primeira aliança foi iniciada sem sangue". (Hebreus 9.16-18)
Para que se estabelecesse a Nova Aliança
era necessário que Cristo se oferecesse como o sacrifício único e perfeito,
suficiente para redimir o homem do pecado e destruir as obras do Diabo. Pela
desobediência de Adão, a morte e o pecado entraram no mundo. Para se
reconciliar com o ser humano, Deus enviou Jesus, o seu Filho unigênito. Pelo
poder do Espírito Santo, Jesus (em carne, isto é, na forma de pessoa humana)
viveu uma vida perfeita, sem pecado, caminhando em obediência a Deus.
Foi por sua obediência que Jesus se tornou
o Sacrifício perfeito e o Autor da salvação eterna, esta obediência até a
morte fez o seu sangue ser aceito como o sacrifício único e suficiente para
mover o pecado do homem e restaurá-lo para Deus.
"Logo, assim como por meio da
desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por
meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos" (Romanos
5.19).
Pela morte de Jesus — o seu corpo cortado e
o seu sangue derramado — a Nova Aliança foi levada a efeito. Jesus foi o
MEDIADOR da Nova Aliança. "Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova
aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna,
visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira
aliança" (Hebreus 9.15).
Existe apenas um caminho para fazer parte
desse pacto de sangue com Deus: Cristo, o Mediador da Nova Aliança. Só por meio
Dele recebemos a promessa de nossa herança eterna.
No cenáculo, quando ofereceu aos discípulos
o pão sem fermento e o cálice de vinho, Jesus não estava estabelecendo outro
ritual religioso. Estava oferecendo a VIDA. O pão sem fermento e o cálice de
vinho eram símbolos Dele mesmo, a pura Fonte da vida!
Que momento sagrado e glorioso foi aquele
em que Jesus e seus discípulos celebraram a Páscoa juntos! O Cordeiro Santo de
Deus estava firmando com eles uma aliança de sangue, a união mais sagrada
possível e mais forte que o vínculo pelo nascimento natural. O cálice que eles
beberam juntos representava o sangue que Jesus derramaria. Os discípulos se
uniriam a Ele e uns com os outros, e seriam UM.
Assim como Deus havia descido, passado por
entre os animais sacrificados e firmado um pacto de sangue com Abraão, o seu
"amigo de aliança", e assim como havia descido, encontrado Israel
face a face no monte Sinai e firmado um pacto de sangue com o povo, seus
"amigos de aliança"; Jesus, o Filho do Deus vivo, desceu na forma
humana e fez uma aliança de sangue com os discípulos, seus "amigos de
aliança".
Jesus lhes disse: "Ninguém tem maior
amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus
amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo
não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos,
porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido" (João
15.13-15).
Nesse relacionamento como "amigos de
aliança", tudo que Cristo tinha lhes pertencia. A sua vida tornou-se a
vida deles. Ele levou as fraquezas deles sobre si, e a sua força tornou-se a
força deles. Os inimigos deles agora eram inimigos de Cristo também. Ele
prometeu nunca os deixar nem abandonar: "Eu estarei sempre com vocês, até
o fim dos tempos" (Mateus 28.20).
Jesus estava dizendo: "Sou seu para sempre!
Este é o meu sangue, a minha vida, e ela é de vocês!".
Jesus deu-lhes o seu nome, que representava
tudo que Ele era, e disse: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi. Eu os
designei e plantei para que possam ir, dar fruto e continuar a frutificar, e
que o seu fruto seja duradouro que ele possa permanecer, viver de tal forma que
tudo que pedirem ao Pai em meu nome, Ele lhes conceda" (João 15.16).
Ao firmar esse pacto com os discípulos,
Jesus estabeleceu os termos e as condições da Nova Aliança. E, assim como a
aliança entre Deus e Abraão e entre Deus e Israel exigia total obediência, a
Nova Aliança requer também obediência total. Jesus disse: "Vocês serão
meus amigos se fizerem o que eu lhes ordeno" (João 15.14).
Disse-lhes ainda: "Se vocês guardarem
os meus mandamentos (se continuarem a obedecer às minhas instruções)
permanecerão em meu amor e viverão nele, assim como tenho obedecido aos
mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço" (João 15.10).
Sob a Nova Aliança, devemos obediência
total a Deus, assim como Cristo foi obediente até a morte. Devemos ter a mesma dedicação
e compromisso de Cristo em obedecer ao Pai.
Há cristãos hoje que afirmam não ser mais
necessário obedecer aos mandamentos, pois, se Cristo cumpriu a Lei e vivemos
sob a graça, não precisamos mais obedecer aos mandamentos.
Mas lembramos: Jesus não veio destruir a
Lei, veio cumpri-la (Mateus 5.17). Ele veio na forma de pessoa humana e, no
poder do Espírito Santo, viveu uma vida de perfeita obediência ao Pai. O servo não é maior que seu SENHOR, se Ele obedeceu...
Alguns declaram ser impossível viver em
total obediência a Deus. Jesus provou que é possível que façamos o mesmo, para
tanto Ele colocou o mesmo Espírito Santo em nosso interior!
Assim como Deus exigiu que Abraão e Israel
fossem obedientes antes de tomar posse da herança, o povo de Deus hoje deve
também se mostrar obediente para poder ver cumpridas as promessas da Nova
Aliança.
Sob a Nova Aliança, todos os mandamentos de
Deus são sumarizados em um grande mandamento. Jesus disse: "Um novo
mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos,
se vocês se amarem uns aos outros" (João 13.34,35).
Ele disse também: "Eu os amei (exatamente)
como o Pai me amou. Permaneçam em meu amor (continuem no amor Dele juntamente
comigo)... O meu mandamento é este: que vocês se amem uns aos outros (exatamente)
como eu os amei... Este é o meu mandamento: que vocês se amem uns aos
outros" (João 15.9,12,17).
Para andarmos de acordo com os termos da
Aliança com Deus e apropriarmo-nos das promessas nela contidas, devemos ser
obedientes a Deus, ou seja, amar uns aos outros, de modo a estarmos dispostos
não apenas a morrer uns pelos outros, se for necessário, mas também a entregar
a nossa vida sem egoísmo em benefício do próximo. Foi assim que Jesus tornou-se
Servo.
E como isso é possível? O homem natural não
possui esse tipo de amor. O nosso amor oscila de acordo com as nossas emoções,
por mais que tentemos, não conseguimos produzir esse tipo de amor. Então como
manifestar esse amor aos irmãos e ao mundo? De que maneira conseguiremos obedecer
a esse grande mandamento?
Em sua oração pela Igreja, antes de ir para
a cruz, Jesus deu a resposta: "Eu os fiz conhecer o teu nome, e
continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles e eu
neles esteja" (João 17.26).
Sob a Nova Aliança, Deus colocou em nós o
mesmo amor que Ele tem por Jesus — e o mesmo amor que Jesus tem por nós. Isso
torna possível que nos amemos uns aos outros com o amor ágape!
A Igreja está precisando de uma boa dose do
amor de Deus de forma que tenhamos uma nova manifestação daquele amor, fluindo entre
os irmãos e para o mundo.
O amor de Deus em nós é a marca que nos
distingue dos ímpios; é a evidência de que temos uma aliança com Deus! Jesus
disse: "Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se
amarem uns aos outros" (João 13.35).
Se permitirmos que o amor de Deus se
manifeste por meio de nós, o mundo verá a maior manifestação de poder que já
houve.