quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A um simples toque


"Se eu tão somente tocar em seu manto, ficarei curada".

                     Mateus 9.21

Era um fluxo de sangue contínuo, um crônico desarranjo menstrual irremediável para a ciência da época. Já havia gasto todas as economias, mas nada de cura.
Tal condição é muito complicada, um drama para qualquer mulher viver, mas para uma judia, pela cultura, era sem dúvida alguma muitíssimo pior. Todos os setores de sua vida eram comprometidos e afetados pela enfermidade: não podia casar-se, não geraria filhos, tudo o que tocasse ficaria imundo, então não podia cuidar das obrigações domésticas, sem vida social, sem amigos, não podia entrar na sinagoga ou frequentar o templo... Sem nenhuma perspectiva ou esperança terrena, banida pela sociedade, desgastada fisicamente; despertava todos os dias em um corpo que ninguém mais queria ter, e o arrastava anos a fio... Então num fio de coragem, ela arrisca sua última opção.
Na ocasião em que se aproxima de Jesus, Ele está cercado pela multidão, direciona-Se para atender a Jairo, o destacado e ilustre dirigente da sinagoga. Que chance teria a insignificante e desprezível enferma, do Mestre interromper a urgente missão de atendimento ao alto oficial, para dirigir-Se a ela? Mas, quais seriam as chances de sobrevivência dessa pobre mulher, se deixasse escapar aquela oportunidade?
Então, para a riqueza do nosso aprendizado, ela ousou, usou a ocasião; numa decisão tremendamente arriscada, certamente teve que empurrar a multidão, se fosse reconhecida seria o fim... Mas tudo o que lhe resta é o fio de esperança que lhe move, de que de Jesus pode sair virtude para cura-la, porém não havia nenhuma garantia disso, Ele poderia escorraça-la como todos os demais.
Aquele coração aflito, miseravelmente sofrido não ficou despercebido pela graça do SENHOR.
Bem-aventurados os injustiçados, pobres, oprimidos, sobrecarregados, enfermos, os que nada possuem, os destituídos de tudo, os que estão num beco sem saída, os marginalizados, humildes, puros de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mateus 5.6...).
Contrariando o nosso entendimento secular, Deus nos revela que quanto mais desesperadora for a circunstancia, maior será a probabilidade de salvação, mesmo porque quanto mais intensas forem as necessidades, mais fervorosa, mais genuína, mais pura serão as orações, as intercessões. Quanto mais densa as trevas de um ambiente, maior será a necessidade de luz ali.
Qualquer outra mulher que gozasse de saúde perfeita, jamais valorizaria, apreciaria, entenderia ou reconheceria o significado, a grandeza, a magnitude do que foi aquele simples toque na orla das vestes de Jesus... Mas quando a debilidade dessa enferma encontra-se com as virtudes do SENHOR, ocorre o milagre; de forma sutil, só perceptível a ambos. É como quando estamos com uma sede intensa e tomamos água, e automaticamente a sede é aplacada, saciada sem nenhuma explicação.

"Os cegos veem, os mancos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres; Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso" (Mateus 11.5,28).

Palavra para o seu coração

Não me negues a tua misericórdia, Senhor; que o teu amor e a tua verdade sempre me protejam.

                                      Salmos 40.11


Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade.


                                      2 Timóteo 2.15

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Guardemos a boca!


Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado.

                                 Mateus 12.36,37

Perante Deus somos responsabilizados por todas as palavras que proferimos, haverá um tempo em que prestaremos contas e responderemos pelos nossos ditos.
E quão profundos podem ser os seus efeitos:
"Do fruto da boca enche-se o estômago do homem; o produto dos lábios o satisfaz. A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto" (Provérbios 18.20,21).
Ao citar aqui "vida e morte", as Escrituras no dizem da profundidade do efeito e do impacto que podemos causar aos outros. Se bem pensarmos, através de palavras difamatórias, podemos denegrir, destruir reputações, carreiras, sonhos, lares, famílias, vidas... todo bem que um ser tenha conseguido ao longo da existência galgar, conquistar; podemos em instantes, com simples palavras soltas, num momento de ímpeto, impensadamente, sem medir as consequências ou dimensão do impacto, por tudo a perder.
Mas, usando a sensatez, o equilíbrio, a centralidade na Palavra de Deus, motivados e inspirados pelo Espírito Santo, como instrumentos de Deus; podemos inalar nova vida as pessoas que nos rodeiam ao falar palavras de esperança, motivação e encorajamento.
A mais importante e mesmo imprescindível responsabilidade da nossa boca é responder ao chamado da salvação, porque embora a salvação seja extensiva a todos, os que confessam com a boca que Jesus é SENHOR e com o coração creem que Deus O ressuscitou dos mortos, dela se apropriam.
"Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação" (Romanos 10.9,10).
A expressão "se disser" ocorre em diversas passagens bíblicas, certamente para nos instruir de que aquilo que dizemos controla o nosso destino física, espiritual e eternamente. Sim, logo pela manhã, ao acordarmos podemos proferir palavras benditas: "Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos e alegremo-nos nele" (Salmos 118.24); ou podemos simplesmente expelir grotescas frases maldizentes: "caramba, mais um dia de trabalho – que droga de vida maldita de pobre, miserável...!" E isso sem dúvida alguma, norteará o restante do nosso dia.
Há ainda na Escritura, diversas citações de vertentes negativas para o uso da língua:
Falar excessivamente: "Quando são muitas as palavras o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato" (Provérbios 10.19).
Falsos elogios: "Quem adula seu próximo está armando uma rede para os pés dele. O pecado do homem mau o apanha na sua própria armadilha, mas o justo pode cantar e alegrar-se" (Provérbios 29.5,6).
Palavras frívolas: "No dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado" (Mateus 12.36,37).
Mentira: ..."E todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte" (Apocalipse 21.8).
Devemos, então, ser cautelosos, zelosos e criteriosos com nossas palavras, pois:
"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Provérbios 25.11).
"Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem sucedidos quando há muitos conselheiros. Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa"! (Provérbios 15.22,23).

"O Senhor detesta os pensamentos dos maus, mas se agrada de palavras sem maldade. O justo pensa bem antes de responder, mas a boca dos ímpios jorra o mal" (Provérbios 15.26,28).

Palavra para o seu coração

Ele zomba dos zombadores, mas concede graça aos humildes.

                               Provérbios 3.34

Se podes?, disse Jesus. Tudo é possível àquele que crê. Imediatamente o pai do menino exclamou: Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!


                               Marcos 9.23,24

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Aos excluídos


O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. 

                            1 Samuel 16.7

Sem dúvida alguma essas palavras foram escritas para os marginalizados socialmente; sim, os rejeitados, renegados, refugos, inadequados, esquecidos, os que se sentem como peixes fora d'água, excluídos. Deus usa a todos eles; todos somos Suas criaturas e Ele nos ama igualmente, indistintamente ocupamos o nosso lugar no Seu coração de Pai.
Moisés fugiu da justiça, Jonas fugiu de Deus, Raabe dirigia um bordel, Sansão cortejou a mulher errada, Jacó trapaceou ao pai, Elias correu de Jezabel para refugiar-se, Sara perdeu a esperança, Ló andou com a multidão errada, mas Deus usou a todos eles, independentemente de suas limitações.
E Davi? Deus viu um adolescente servindo-lhe lá no meio do mato, em Belém, entre o tédio e o anonimato, e, com a voz de um irmão, Deus chamou: "Davi! Entre. Alguém quer vê-lo". Os olhos humanos viram um adolescente magricelo, inexpressivo entrar na casa, cheio de carrapichos, cheirando a ovelha e com a aparência de quem carecia urgentemente de um banho. Contudo, o SENHOR disse: "É este! Levante-se e unja-o" (1 Samuel 16.12).
Deus viu o que ninguém viu: um coração que o buscava. Davi, apesar de todos os seus defeitos, buscava a Deus assim como um sedento anseia pela água. Ele procurava tocar o coração de Deus, porque esperava e confiava plenamente em Deus. E isto era exatamente tudo o que Deus queria ou precisava no momento... e o suficiente para o que Ele quer ou espera de nós hoje. Outras pessoas medem o tamanho de nosso bíceps ou de nossa carteira, a nossa aparência e desempenho ou a quantidade de cartões de crédito que possuímos, mas Deus não, pois afinal, tudo vem Dele... Ele examina os corações. Quando encontra um coração voltado, inclinado para Ele, o chama, o molda, o transforma e o reclama para si...

"Filho meu dá-me teu coração, e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos" (Provérbios 23.26). 

Palavra para o seu coração

Teria sido encurtada a mão do Senhor? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não.

                                  Números 11.23


Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti.

                                  Jeremias 32.17

domingo, 28 de agosto de 2016

O amor permite o sofrimento


No entanto, quando ouviu falar que Lázaro estava doente, ficou mais dois dias onde estava.

                                João 11.6

O versículo anterior a este acima citado, diz assim:
"Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro" (João 11.5).
E nos intrigamos e nos questionamos sobre isso, pois se Deus é SENHOR sobre tudo e sobre todos, como pode permitir isso, o sofrimento, a dor, as tristezas para aqueles que Ele ama? Concebemos a errônea ideia de que o amor de Deus deve nos preservar e nos poupar de todo sofrimento, dor, lágrimas, derrotas, tristezas, enfermidades, perdas e morte. Sim, são muitas as vezes, em que nos perguntamos, mas se Deus nos ama, então porque permite...???
Mas se meditarmos um pouquinho neste versículo, percebemos que ele nos instrui de que a base, a estrutura de todas as operações de Deus em nós, por mais duras, indigestas, escuras e misteriosas que pareçam ser, está o imutável e imensurável amor de Deus: grandioso, estupendo, magnífico, infinito, imerecido, imutável...
Necessitamos entender e crer nisto de todo o nosso coração: Na verdade, o amor permite o sofrimento. Ou a cruz seria apenas uma ilustração fantasiosa, fruto de uma imaginação criativa.
Ao enviarem o email, o watzap para Jesus, a irmãs não tiveram dúvidas de que Ele viria imediatamente, deixaria tudo, ignorando os riscos, tomaria o próximo voo, não mediria esforços nem consequências para vir socorrê-las e evitar a morte do amado irmão, arrimo daquela ilustre família; mas, “quando...soube que estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.
Ele deixou de ir, não porque não os amasse, mas justamente porque os amava. Foi exatamente o Seu grande amor que O impediu de se apressar e correr em direção, em defesa, em socorro aos vulneráveis e aflitos amigos angustiados, desesperados... Aliás, nem era necessário que Ele fosse até lá, mesmo de onde estivesse, sem Se mover fisicamente, poderia facilmente reverter aquela situação de dor. Se o Seu amor fosse menos infinito, teria no mesmo instante ordenado e repreendido a enfermidade, como já havia feito em outras ocasiões, para aliviar aqueles amados corações aflitos, finalizar a dor e angústia daquelas almas, secar e estancar aquelas lágrimas, mudar aquele cenário de gemido e morte.
Só o amor divino foi capaz de deter, conter a impetuosidade da compaixão do nosso compassivo Salvador Celeste, até que o Anjo da Dor e Morte cumprisse o seu papel, executasse e concluísse a sua missão.
Qual de nós, é capaz de mensurar o quanto devemos à dor e ao sofrimento? Sem o trabalho, o treinamento impostos por estes itens, teríamos bem pouca aplicação, pouca oficina para muitas das principais e inestimáveis virtudes da vida cristã. Sim, porque onde estaria a fé, sem que houvesse as aflições para prová-la? Como treinaríamos e aprenderíamos a paciência, se não passássemos pelas dores que estamos sujeitos a suportar? Como adquirir experiência, sem desenvolver o treinamento da tribulação?
Que o SENHOR ministre em nossos frágeis e débeis corações a ousadia e intrepidez de afirmar como o salmista:

"Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem" (Salmos 23.4).

Palavra para o seu coração

Eu me voltarei para vocês e os farei prolíferos; e os multiplicarei e guardarei a minha aliança com vocês.

                                     Levítico 26.9

Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.


                                     João 15.5

sábado, 27 de agosto de 2016

Um novo cântico


Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor.

                                Salmos 40.3

Deus nos atrai para Si, nos direciona o olhar para Seu rosto, para que a partir daí, nossa própria face venha ser transformada. Muitas vezes Ele usa uma dura, austera e carrancuda circunstancia, para evidenciar e demonstrar o zelo, dedicação, grandiosidade do Seu leal amor, através da Sua graciosa providencia divina. Ele usa nossos rostos descobertos para revelar a Sua glória, e em nossa rasa sapiência humanista esta mudança não é simples, nem tão pouco inteligível. Mas as Suas credenciais, o qualifica e demonstram que o nosso Criador é perfeitamente capaz, hábil para o trabalho e para muito mais.
"Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós", (Efésios 3.20).
Ele tem prazer em transformar a face de Seus filhos. Tudo se endireita sob o Seu toque, ao passar os dedos, rugas de preocupação são instantaneamente removidas. Sombras de vergonha, rastros de dúvidas, manchas de traição e mentiras tornam-se reminiscências, retratos de graça e verdade.  Com um só olhar ele relaxa mandíbulas apertadas, dentes cerrados e apaga vincos das testas. Desfaz totalmente as olheiras do cansaço, bolsões sob os olhos que revelam dependência do álcool, e faz das lágrimas de dor e desespero, lágrimas de paz, esperança e alegria...
E qual é o “Modus operandi”, o método operacional do SENHOR? De que forma Ele realiza tudo isso? Simplesmente através da adoração.
Costumamos dificultar e complicar a tudo, somos extremamente exigentes; imaginamos jejuns, quarentenas, sacrifícios, vigílias, decorar livros, capítulos, promessas, ofertas... Como se algo dependesse de nós, como se pudéssemos convencer ao Criador de realizar qualquer coisa que Ele não estivesse afim.
Mas não, Deus não exige, nem cobra de nós o impossível. O Seu plano divino é simples, o SENHOR muda a nossas faces e nossas circunstancias enquanto o adoramos. A adoração genuína é um ato transformador que nos identifica e qualifica como seguidores de Deus.

"Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto" (Mateus 4.10).

Palavra para o seu coração

Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniqüidade deles.

                                    Isaías 53.11


Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito.


                                    Efésios 2.17,18

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Ameaças nos espaços vazios


Não deis lugar ao diabo.

                   Efésios 4.27

É mera ilusão pensarmos na possibilidade de levarmos uma vida coxeando entre dois pensamentos, hora no mundo e suas vaidades e influencias, hora buscando a Deus e seguindo Seus conselhos. Esquecemos muitas vezes, que os valores do mundo são efêmeros, permanecem aqui, são fugazes e passageiros.
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mateus 6.24).
É muito difícil manter um equilíbrio saudável e sustentável em cima do muro, sobre uma corda bamba, correndo o risco de iminente queda a qualquer instante. Não podemos nos enganar crendo ser possível viver sem a direção do Espírito Santo, sem enchermos o coração completamente dos Seus frutos e, ainda assim, não sermos influenciados ou envolvidos pelo adversário.
Um antigo ditado popular nos diz: “Mente vazia, oficina do diabo”.
O apóstolo Paulo também nos exorta:
“Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.28).
E é bem verdade porque a lei da física, que ensina que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, também vale para o mundo espiritual. Uma vez cheios do Espírito Santo e de Seus abundantes frutos, não haverá espaço para o inimigo de nossas almas ou qualquer das suas influentes ameaças. Aliás ele nem vai querer aproximar-se de nós; assim como uma luz acesa num quarto escuro, ilumina e expõe toda a treva, tudo o que está oculto torna-se aparente.
Mas isso não é garantia de que nunca sentiremos tristeza, dúvida, medo, depressão, insegurança, dor; afinal, somos humanos... Porém esses sentimentos não vão ter domínio ou criar raízes em nossos corações, pois onde o Espírito Santo habita há subsídios para crescermos e prosperarmos Nele.
"Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade" (2 Coríntios 3.17).
Se bem observarmos, os terrenos vazios acabam por tornarem-se depósito de lixo, entulhos, cobertos por matos, pragas, ratos, cobras, lagartos, aranhas, escorpiões, baratas e toda sorte de ervas daninhas e coisas inúteis...
Se nossa vida tornar-se improdutiva, desocupada demais, corremos sérios riscos de ocupá-la com pecados e atitudes, que entristecem e desagradam terrivelmente ao nosso amado Criador. Da mesma forma como mantemos nossa casa, trabalho, corpo; limpos, higienizados, cuidados com zelo e dedicação, assim devemos proceder com o nosso coração, não permitir que venham criar raízes ali, valores supérfluos, e a Palavra de Deus é a água que nos higieniza mente, alma, espírito...
"Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado" (João 15.3).
Ao final de cada dia, concluída nossa jornada diária, após revermos e repassarmos mentalmente nosso dia, num diálogo descontraído com nosso Pai Celeste, depois de limpo e higienizado nosso coração, permitamos que Seu Dono e SENHOR seja o real ocupante, justo possuidor e eterno morador; pois um espaço vazio pode ser facilmente invadido, ocupado por um inquilino impostor indesejado, e usá-lo e destiná-lo para fins escusos, bem divergentes do que daria o seu real possuidor.

"Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso, e não o encontrando, diz: ‘Voltarei para a casa de onde saí’. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro" (Lucas 11.24-26).

Palavra para o seu coração

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,

                      Romanos 5.1


Vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.


                      1 Coríntios 6.11 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Encher-se do Espírito


E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.

                                        Efésios 5.18

Se quisermos ser bem sucedidos em todo o nosso caminhar terreno, é fundamental, indispensável encher-nos com o Espírito Santo de Deus, aliás, este é o segredo das nossas vitórias.
É desejo do SENHOR que Seus filhos sejam cheios do Seu Espírito, em todo tempo; não podemos, portanto negligenciar a grandiosidade dessa bênção, o privilégio de podermos usufruir da doce presença do Santo Espírito de Deus, em nós mesmos.
Estamos vivendo os últimos dias, tempos difíceis e tribulosos, logo Jesus voltará para buscar os Seus. É crucial que estejamos prevenidos, vigilantes, em constante oração, preparados e revestidos do Seu poder; do contrário, deixaremos de desfrutar as bênçãos divinas terrenas e certamente não estaremos qualificados para as dádivas celestiais, por toda a eternidade, diga-se de passagem.
Então, para alcançarmos este alvo e firme propósito, o primordial é termos o intenso desejo de ser cheios do Espírito Santo; é ansiarmos ardentemente pela comunhão com Ele, é querermos muito ser controlados e fortalecidos por Deus.
É de extrema importância consentir e cooperarmos voluntariamente com o querer de Deus para nós; pois Ele, diferentemente do inimigo, só assume o controle do nosso ser, quando expressamos e manifestamos esse desejo.
Gradativamente, num exercício diário, coloquemos em prática alguns dos princípios salientados pelo apóstolo Paulo, tais como: viver em amor, andar na luz e vigiar em todo tempo.

"Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (Efésios 5.1,2).

Palavra para o seu coração

A ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.

                                          Daniel 7.14


Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,


                                          João 1.11,12

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Precipitações


O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.

                                       Provérbios 16.1

Por mais que tracemos nossos planos, elaboremos projetos e estratégias, o querer e o realizar procedem de Deus. Nada ocorre sem o querer ou a permissão Dele.
Enquanto encontrava-se na caverna, sem qualquer perspectiva, Davi colocou toda a sua confiança no SENHOR, ele afirma categoricamente, “continuarei a esperar em Deus, pois só Ele tem as saídas da vida; é o único que sabe todas as coisas.... Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do SENHOR na terra dos viventes”. No Salmos 27.14 diz: “Espera no SENHOR, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR”.
Pela Palavra de Deus bem sabemos que “todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus”, então por que nos precipitamos, nos desesperamos diante das adversidades e lutas que surgem?
Temos que administrar nossa ansiedade e sabermos que por pior que sejam as circunstancias ao nosso redor, mesmo que não consigamos ouvir nenhuma revelação de Deus no momento de angustia, e que nos sintamos sós, perdidos, sem rumo ou direção. Então é momento de aquietarmos, ordenarmos a nossa alma agitada que se aquiete, descanse nos braços do Pai; pois Deus sempre tem uma saída, um escape para todas as situações. Ele jamais é surpreendido por alguma derrota, nem precisa de tempo para refletir sobre a situação, nenhum problema é insolúvel para Ele, pois tem todas as respostas e saídas.
Davi esperou no SENHOR, e ouviu a Sua voz. Esperar o tempo de Deus é a real garantia de não agirmos precipitadamente e depois colhermos as desagradáveis, impensadas e desastrosas consequências. Aguardar em Deus é o caminho para quem quer fazer a Sua vontade, cumprir o Seu querer, agradá-Lo em tudo. Certamente no tempo e na hora Dele, nos dará a direção, basta esperarmos e confiarmos Nele.
Mas saber esperar em Deus é uma virtude e bem poucos de nós estão dispostos a isso, pois queremos tudo instantâneo, achamos que nossos sonhos e desejos não podem ser protelados. Pensamos que a vida é curta demais para procrastinarmos alguma ação; esquecemos que as decisões apressadas e escolhas guiadas por emoções, quase sempre provocam mais dores do que prazer ou qualquer satisfação.
Se bem analisarmos e ponderarmos sobre os resultados de todas as vezes que agimos impensadamente, precipitadamente e deixamos de ouvir e seguir a Deus, ignoramos Seus sábios conselhos e nos julgamos senhores da situação e mais tarde; lá na frente “quebramos a cara”, tivemos que voltar arrependidos clamando por perdão e para que o SENHOR remediasse e consertasse os nossos erros...
Davi aprendeu a esperar tão somente em Deus e confiar em Sua providencia. Ele diz:

"Esperei com paciência no Senhor; ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus" (Salmos 40.1-3).

Palavra para o seu coração

Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.

                              Tiago 1.19,20

A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira. A língua dos sábios torna atraente o conhecimento, mas a boca dos tolos derrama insensatez.


                              Provérbios 15.1,2

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Fundamental Reconciliação


Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.

                                       Mateus 5.23,24

Jesus revelou um principio que governa o ato de ofertar: quando formos apresentar-nos a Deus com uma oferta e lembrarmos que um irmão ou irmã em Cristo tem algo contra nos, devemos primeiro nos reconciliar com a pessoa e só então trazer a oferta.
Esse princípio revela um aspecto muito importante a respeito das ofertas, que é muitas vezes esquecido ou subestimado. O nosso relacionamento com Deus é tão imprescindível que compensa e nos motiva a mantermos o mesmo nível, com os outros membros do Corpo de Cristo. Se por um desentendimento criarmos uma brecha em nosso convívio com um membro da família de Deus, não poderemos aproximar-nos do Senhor com a nossa oferta, pois ela não será aceita.
No texto em estudo, Jesus não diz: "Se você tiver algo contra o seu irmão ou irmã'. Ao contrário, ele afirma: Se o "seu irmão tem algo contra você". Se alguém nos maltratou e temos uma queixa contra essa pessoa, devemos perdoá-la. Cristo afirma também: "E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados" (Marcos 11.25). Se nos lembrarmos de algo que fizemos ou falamos que entristeceu alguém, se ofendemos uma pessoa com palavras ou com ação, devemos procurá-la e reconciliar-nos com ela. Temos de pedir perdão e, se possível compensar os nossos atos faltosos, assim como procedeu Zaqueu em atitude de arrependimento.
Só depois de reconciliarmos com o irmão em Cristo é que estaremos aptos a comparecer diante de Deus com a nossa oferta, e ele a aceitará.
Deus não está interessado em que cumpramos um ritual religioso de contribuição. Ele não busca sacrifícios, mas deseja que as nossas ofertas estejam baseadas em nosso relacionamento com Ele. Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças e amar ao próximo como a nos mesmos "é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas" (Marcos 12.33). Ira, dissensão, ciúme, falta de perdão e relacionamentos rompidos com membros do Corpo de Cristo, interrompem a nossa comunhão com Deus.
Antes de trazer uma oferta ao SENHOR, devemos avaliar se alguém tem motivo de queixa contra nós. Devemos humilhar-nos e pedir perdão, compensando as nossas atitudes, se possível. Só assim a nossa comunhão será restaurada com o irmão e com Deus.
"Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!
É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre" (Salmos 133.1-3).
O Senhor deseja que tenhamos um coração perfeito para que possamos apresentar-Lhe as nossas ofertas. Será que isso é possível?

"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mateus 7.12).

Palavra para o seu coração

Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto.

                                        João 14.7

Minha retidão logo virá, minha salvação está a caminho, e meu braço trará justiça às nações. As ilhas esperarão em mim e aguardarão esperançosamente pelo meu braço.

                                        Isaías 51.5

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Absolvição


Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela.

                           João 8.7

Abismos profundos da pública exposição de vergonha, calabouços intransponíveis de erros, desfiladeiros intermináveis de culpa. Muralhas grafitadas de cinza fosco da morte. Ressoantes ecos acusatórios que atordoam e expõem as fragilidades humanas, nas escolhas erradas e decisões equivocadas. Cerrem os olhos, cubram os ouvidos com as mãos, deixem a água fresca do chuveiro escorrer abundantemente da cabeça aos pés... Tirem os panos de saco do passado, parem de olhar pelo retrovisor; renovem os pensamentos e a mente, tentem com todas as forças fugir das trágicas derrotas do ontem – os seus tentáculos tendem a prevalecer porque são maiores que a fé e a esperança que exalamos.
Às vezes nossa vergonha é intrínseca, privada, íntima, particular: um cônjuge violento; abusos no próprio lar sofrido por aqueles que naturalmente deveriam nos defender, serem nossos cooperadores, provedores; desrespeito; vícios entre os parentes íntimos, maus-tratos; humilhações constrangedoras; superiores metidos a sedutores e aproveitadores baratos... Apenas nós e Deus sabemos, mas isso já é o bastante, é mais que o suficiente para provocar dor e sofrimento...
Algumas vezes porem, o constrangimento é público e notório: uma traição que culmina num divórcio; um empreendimento mal sucedido que rotula; uma doença que deixa sequela e nos limita ou nos condena a arrasta-la por anos a fio; uma deficiência resultante de uma tragédia... e pode ser que tudo seja aparente aos olhos públicos, ou que tudo esteja apenas em nossa imaginação, feito aquelas pessoas que são magras e se veem gordas ao olharem no espelho...Mas fato é que fruto do imaginário ou realidade, precisamos lidar com isso, conviver e administrar o problema; estigmatizados por um desemprego que se arrasta, um divorcio que nos torna solitários e sem amigos, um perda irreparável que nos deixa órfão, um câncer ou uma AIDS na família.... Seja publica ou particular, não é fácil lidar com a vergonha, é sempre um fardo difícil de carregar, mas a menos que tratemos e lidemos com ela; sozinhos ou buscando ajuda, a mesma se tornará permanente, doendo consecutivamente; se não erradicarmos, nossa paz será apenas ilusória, utópica.
Mas ciente das nossas limitações, Deus nos preparou um Caminho de absolvição, convidemos ao SENHOR Jesus a seguir conosco até o nosso calabouço da culpa, a descer pelo desfiladeiro da nossa vergonha pública, a cobrir de vestes a nossa nudez exposta... Certamente Ele permanecerá ao nosso lado, mesmo quando narrarmos os tristes episódios ocorridos na noite mais densa e escura da nossa alma.
E em completo silencio podemos até ouvi-lo:
"Onde estão aqueles teus acusadores"? (João 8.10).
Se atentarmos ainda o veremos a escrever, não na areia que seria facilmente apagado pelos anos, mas sim em uma cruz para ser notório e público como nossa vergonha:
"Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado" (João 8.11).

Absolvição, uma nova chance, uma folha em branco para recomeçarmos!

Palavra para o seu coração

O Senhor desnudará seu santo braço à vista de todas as nações, e todos os confins da terra verão a salvação de nosso Deus.

                                    Isaías 52.10


Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos.


                                    Atos 4.20

domingo, 21 de agosto de 2016

Instrumentos escolhidos


A mão do Senhor esteve ali sobre mim, e ele me disse: "Levante-se e vá para a planície, e lá falarei com você".

                                Ezequiel 3.22


Antes de tornarmos instrumentos usados por Deus, há um tempo onde somos moldados, lapidados, afinados e muitas das vezes nossos próprios planos, sonhos e convicções, são totalmente transtornados, tornam-se cinzas simplesmente.
Se bem observarmos, veremos que foi sempre assim – com Abraão, Moisés, Elias, José, Davi... mesmo Paulo, erudito e bem preparado aos pés do sábio Gamaliel, conhecedor zeloso e praticante da lei; após conversão, foi enviado por três anos aos desertos da Arábia, quando devia estar trabalhando com afinco e dedicação, transbordando borbulhante de boa-nova – e do mesmo modo é até os nossos dias.
Quando ficamos eufóricos, ansiosos por anunciar e transmitir nossa confiança no SENHOR Jesus, em Paris, por exemplo; simplesmente Ele diz: "Alto lá!!! Primeiro deve mostrar o que é confiar em Mim, aí mesmo onde você se encontra, não espere até chegar a Paris".
A duras penas, cruéis decepções é que entendemos que a grande sabedoria de Deus nos preserva, nos guarda das quedas fatais, das precipitações das quais jamais nos reergueríamos, só Ele que nos criou é capaz de aquilatar nossas reais dimensões, nossa capacitação e destreza vem Dele.
Muitos afirmam que "nada cai do céu", mas contrariando esta afirmativa, constatamos que tudo e literalmente "tudo", vem do céu, de Deus para nós, nada conquistamos sem Ele, O próprio detentor do nosso fôlego, Nele existimos e nos movemos.
"Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17.28).
Como o amor de Deus assim como Ele, É imutável; mesmo quando não sentimos e nem de leve percebemos, Ele continua exercendo o Seu amor por nós, a despeito de todas as adversidades circunstanciais ao nosso redor. Sim, Seu amor e Sua sabedoria infinita caminham juntos; Ele sabe melhor que ninguém o que realmente corrobora, contribui para o crescimento, amadurecimento e progresso da nossa fé e da Sua obra em nós.
"Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel" (Atos 9.15).

"Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra" (2 Timóteo 2.20,21).

Palavra para o seu coração

Quanto a mim, sou pobre e necessitado; apressa-te, ó Deus. Tu és o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não te demores!

                                 Salmos 70.5


Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o "sim". Por isso, por meio dele, o "Amém" é pronunciado por nós para a glória de Deus.


                                 2 Coríntios 1.20

sábado, 20 de agosto de 2016

De qual lado nos encontramos?


Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.

                             Marcos 8.34

Há uma linha que delimita, de um lado encontra-se a multidão; zombando, escarnecendo, acusando, brincando, divertindo, exigindo, perturbando... Do outro, um humilde camponês, péssima aparência, pele queimada e castigada pelo sol, lábios ressequidos e inchados, olhar triste, cansado, mas penetrante como navalha e de voz imponente e marcante para todos os ouvintes.
A multidão oferece os prazeres, as conquistas, as diversões, a sedução, conclama à adaptação ao meio; o outro lado porém revela a cruz, o caminho estreito, o abrir mão das facilidades, das falsas alegrias, das orgias, ilusões e vaidades mundanas, com a promessa de grande destaque no porvir, e a salvação eterna.
A multidão se insinua, revela sua beleza sedutora, seu brilho reluzente que cativa e aprisiona: “Siga-me, aceite-me, deleite-se... o amanhã é tão distante e incerto”! Porém Jesus propõe: “Siga-me e resista ao mundo, não se pode agradar a dois senhores”.
Eles elegem, escolhem viver o presente, deleitar-se nos prazeres da carne, aqui e agora, o mundo promete agradar. Deus, porém promete salvar. E ainda nos concede liberdade de escolha.
"Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição" (Deuteronômio 30.15).
A priori nos parece até que o SENHOR nos conclama para nos destacarmos dentre a multidão e tornarmos líderes proeminentes; mas grandes e promissores líderes no serviço divino, perderam-se no caminho, justamente por entenderem assim. Verdade é, que o destaque que Deus confere aos Seus, é o de sermos humildes enquanto outros se gabam; sermos amorosos e acolhedores enquanto outros desprezam, excluem e são violentos; usarmos palavras brandas e cheias de misericórdia enquanto outros falam palavras ásperas de condenação.
O SENHOR Jesus não nos oferece um lugar de destaque no pódio da terra; não, não... Ele nos preparou um lugar junto Dele lá no céu.

"Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver" (João 14.2,3). De que lado estamos?

Palavra para o seu coração

Portanto não sejam obstinados como seus antepassados; submetam-se ao Senhor. Venham ao santuário que ele consagrou para sempre. Sirvam ao Senhor, ao seu Deus, para que o fogo da sua ira se desvie de vocês.

                                  2 Crônicas 30.8


Então o senhor disse ao servo: Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia.


                                   Lucas 14.23

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Real Time


E sucedeu que, antes que ele terminasse de orar,... E disse: Bendito seja o Senhor,... que não retirou sua bondade e sua fidelidade do meu senhor.

                              Gênesis 24.15,27

Toda oração realizada adequadamente é prontamente atendida mesmo antes de concluída, antes mesmo que acabemos de falar, exatamente assim. Isto porque, o Deus que não falha e No qual não há sombra de mutação, já nos deu a Sua Palavra de que, tudo o que pedíssemos em Nome do SENHOR Jesus Cristo, em unidade com Ele e em conformidade com Sua vontade, e com fé, assim seria feito.
"E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei" (João 14.13,14).
"E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão" (Mateus 21.22).
Como a Palavra de Deus não pode falhar, tal como a decisão, o veredito de uma Corte Suprema em que a ordem dada tem que ser acatada e imediatamente cumprida, executada; então, toda vez em que são preenchidas as condições estipuladas, a resposta à nossa oração já foi concedida e antecipadamente consumada lá no céu, mesmo enquanto ainda permanecemos orando, embora a manifestação, a consumação na terra possa ocorrer algum tempo depois.
"Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas" (Daniel 10.12).
Entendemos que exatamente por isso, devemos sempre concluir cada oração, petição ou clamor com louvor a Deus pela resposta que Ele já nos concedeu; mesmo porque Ele nunca Se esquece ou abandona os Seus; Sua benignidade, misericórdia, graça, bondade, benevolência, verdade...são infinitas e motivo para enaltecermos o Seu grande e poderoso Nome.
Quando concluirmos que uma benção, petição, oração ou clamor nos foi concedida no céu, mesmo antes de recebermos, já devemos ter uma atitude de fé e gratidão, e começarmos a agir e orar em postura de ação de graças, como já detentores e possuidores da benção efetiva. Devemos numa atitude de plena confiança, tratar com Deus numa posição de reverência e agradecimento, descansando Nele todo o nosso fardo de preocupação e inquietação, cientes de que a benção já nos pertence e que a seu tempo concretamente virá se manifestar.
Quando um casal contrai núpcias, eles mudam automaticamente para um novo estado civil, e passam a agir de acordo com sua nova situação; da mesma forma, quando recebemos ao SENHOR Jesus Cristo como nosso Salvador, Santificador, como Aquele que nos cura, nos restaura, como nosso Libertador; certamente Ele conta com nossa atitude em reconhecê-Lo especificamente como tal, e que esperemos obter Dele exatamente aquilo que cremos que Ele é para nós.
Conta-se que certa vez, um povoado de um vilarejo decidiu reunir-se em oração por chuva... mas apenas um garoto trouxe seu guarda-chuva, o nome disso é fé. Quando arremessamos um bebe de um ano de idade para o alto, ele gostosamente gargalha porque sabe que na queda alguém irá apanha-lo, o nome disso é confiança. A cada noite, antes de dormir, não há nenhuma garantia de que acordaremos na manhã seguinte, mas, ainda assim, colocamos religiosamente o despertador para tocar, o nome disso é esperança. Que saibamos nutri-las a cada uma delas e nunca as percamos de vista.
"Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele" (Hebreus 10.35-38).

Palavra para o seu coração

Então eles saberão que eu, o Senhor, o seu Deus, estou com eles, e que eles, a nação de Israel, são meu povo, palavra do Soberano Senhor.

                                     Ezequiel 34.30


Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem como Elias clamou a Deus contra Israel, conforme diz a Escritura?


                                     Romanos 11.2

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Focados em Deus


Para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou.

                              Efésios 1.18

Se conseguíssemos tão somente definir para nós mesmos, o real significado de ser "simplesmente como o SENHOR Jesus". Se conhecêssemos a dimensão do Seu coração tão puro, a cristalinidade de um caráter tão perfeito e genuíno como o Dele. A sua exacerbada audição espiritual tão aflorada, tão aguçada, tão sensível que jamais escapou a Ele o menor ou mais simples sussurro do céu.
Sua abundante e vasta misericórdia não permitiu passar sequer uma oportunidade para perdoar, e dar nova chance, elevar o abatido, curar o enfermo, envolver o humilde, desprezado e solitário, exercer Sua infinita graça por onde passava.
Nenhuma mentira proferiu seus lábios, nenhuma ilusão, vaidade, ou distração desviou Sua visão do alvo ou foi capaz de tirar-Lhe o foco, ou desvirtuar Sua decisão.
Ele se aproximava quando todos os outros se distanciavam, tocava quando todos os outros se recusavam fazê-lo, insistia mesmo quando todos os outros já haviam desistido. Foi bem assim, com os leprosos, os cegos, a adúltera, o homem de Gadara, os samaritanos...
Na verdade, o SENHOR Jesus é o exemplo, o modelo, a estatura máxima para a humanidade. Deus nos convida a elevar e fixar os nossos olhos no Redentor de nossas almas, no detentor dos nossos feitos. Pela Obra da Cruz, somos convocados a direcionar, focar as lentes do nosso coração no coração do nosso Salvador, Mestre e SENHOR, transformá-Lo na razão, motivo, inspiração e propósito do nosso viver.
Certamente não podemos nos equiparar, nem sermos perfeitos como o SENHOR Jesus, mas sem dúvida alguma podemos tentar seguir Seu exemplo; não podemos ter um coração como o Dele, mas podemos sim permitir que Ele, através do Seu Espírito Santo, entre no nosso, promova em nós as transformações necessárias e faça de nós a Sua habitação, o lugar ideal, agradável e confortável de onde Ele nunca mais queira se ausentar. Vamos tentar?
"Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Efésios 2.22).
"Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?...o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado" (1 Coríntios 3.16,17).

"Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês" (1 Coríntios 6.19,20).

Palavra para o seu coração

Virão muitos povos e dirão: Venham, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacó, para que ele nos ensine os seus caminhos, e assim andemos em suas veredas. Pois, a lei sairá de Sião, de Jerusalém virá a palavra do Senhor.

                                  Isaías 2.3


Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura.

                                  Hebreus 10.19-22

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Didática Divina


Consolem, consolem o meu povo, diz o Deus de vocês.

                            Isaías 40.1

Amados, necessitamos armazenar suprimentos, reservas de consolação, pois consolar é a suprema missão do profeta. Vivemos em tempos dificultosos onde todos de uma maneira ou de outra, necessitam de uma palavra de conforto provinda de Deus.
O mundo está repleto de corações sofridos, necessitados de consolo, mas precisamos estar aptos, preparados, capacitados para exercermos esse importante ministério. O treinamento e a preparação, porém, requer de nós um custo elevado, pois, se de fato e verdadeiramente queremos proporcionar alívio, consolo às pessoas, precisamos antes de tudo, passar pelas dores que estão provocando sofrimento, tristezas e lágrimas em tantas vidas atualmente.
De modo que nossa própria vida torna-se a oficina de nosso estágio, onde vamos desenvolver passo a passo a arte divina de consolar pessoas. Somos entristecidos, feridos, para aprender na prática, o modo como o Médico dos Médicos liga as feridas, a ministrar os primeiros e básicos socorros aos feridos que encontrarmos em nosso caminho.
A priori, na maioria das vezes, não conseguimos entender o motivo, a razão de passarmos por tantas dificuldades, tantas lutas, adversidades e amargos sofrimentos. No entanto, com o passar do tempo, ao encontrarmos outros, com as mesmas aflições, nas mesmas provas que já enfrentamos; poderemos então compartilhar e testemunhar da fidelidade e do zelo do SENHOR para com os que Lhe pertencem, como sofremos e fomos por Ele consolados. E enquanto o fazemos, podemos aplicar aos aflitos, o mesmo bálsamo que Deus uma vez com tanta eficácia aplicou em nós.
Dessa maneira e somente assim, no triste olhar de sofrimento, que cede lugar ao raio de esperança, que afastará dessas pessoas a sombra do desespero; é que entenderemos o porquê fomos um dia também afligidos. Então glorificaremos e bendiremos ao SENHOR pela disciplina e pelo discernimento, que nos proporcionou aquela reserva de sabedoria e experiência, e a disposição, aptidão necessária para servir e socorrer o próximo na hora oportuna.
"Consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros" (1 Tessalonicenses 5.11).

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações" (2 Coríntios 1.3,4).

Palavra para o seu coração

E disse: Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem.

                                   Daniel 2.20


E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações.


                                   Apocalipse 15.3

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Carnalidade X Espiritualidade


Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.

                                      1 Pedro 4.10

São grandes os conflitos que enfrentamos entre o que queremos e o que Deus requer de nós. Como discernirmos nossas responsabilidades atribuídas pelo SENHOR? Sim, porque há responsabilidades que nos cabem, dadas por Deus: cônjuges, filhos, pais, irmãos, primos, parentes afins, sogros, cunhados, vizinhos, amigos, nosso círculo social, as pessoas que direta ou indiretamente dependem de nós; nada disso é por mero acaso. Tudo isso são nossa obrigação, tarefa de amor, e, por mais desagradáveis e duras que possam ser, precisamos enfrenta-las com disposição e alegria no coração. A nossa força vem do SENHOR, que nos capacita e nos reveste para tudo o que requer de nós.
Cada um de nós foi investido, dotado dos dons necessários para desempenharmos as tarefas que surgem, de maneira a ocuparmos e preenchermos devidamente o nosso nicho ao longo da nossa trajetória terrena, como uma conta no colar da história.
A administração da Igreja necessita de alguém capacitado, a direção do Instituto Educacional precisa de um novo tesoureiro, o time do bairro está sem goleiro, há uma vaga a ser preenchida na zeladoria da biblioteca... Há muitas atribuições que se identificam exatamente com o nosso talento, conhecimento, experiência, sabedoria, amor, facilidade, disposição; que muitas vezes nos torna o mais capacitado a preencher aquela vaga, o mais indicado para aquele posto ou ocupar aquele cargo.
Em caso de seleção, numa disputa acirrada de cabo de guerra, certamente a corda penderá para o melhor qualificado.
No entanto, nosso Mestre nos diz:
"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra" (Mateus 5.5).
Em geral, presume-se que a terra é propriedade dos valentes, dos arrogantes, dos ousados. Os grandes conquistadores usurpam e sentem-se proprietários, donos da situação em qualquer circunstancia, mas a afirmativa do SENHOR acima citada, contraria este entendimento.
Porém, o termo “manso” não se refere, nem significa “fraco” ou débil, mas sim “focado”, que se domina, tem autocontrole, conhece as próprias limitações e fraquezas e sabe do que é capaz. É uma palavra usada para descrever um garanhão domesticado, que tem seu poder sob controle, sabe o momento certo, ideal de empregar e utilizar sua força.
Bem aventurados, portanto, aqueles que identificam e reconhecem as próprias responsabilidades atribuídas por Deus, e que sabedores do que devem desempenhar, se dispõe a executá-lo com maestria, destreza, dedicação e empenho.  Aqueles que reconhecem e tem a Deus como SENHOR, e que se dispõe a abrir mão dos interesses próprios em prol da causa e da Obra de Deus.
"Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra terá recompensa" (2 Crônicas 15.7).
"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança" (Colossenses 3.23-24).