sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Sacrifício agradável


Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

                                      Romanos 12.1

Se nos deixarmos conduzir pelo ressentimento, ele é como uma droga que inebria nossas emoções, dilata a pulsação aumentando o bombear do sangue, entorpecendo e elevando as energias instantaneamente. Mas, como outros entorpecentes, escraviza e exige doses cada vez maiores e mais frequentes.
E nesses picos elevados de adrenalina, cada vez mais intensos, há momentos de grande risco, onde a ira deixa de ser apenas uma emoção, um simples impulso e torna-se o próprio motor, o que move e conduz à ação.
Sorrateiramente, sem perceber, um ser que planeja uma vingança, premeditando estrategicamente os detalhes, acaba se envolve de tal maneira que se distancia drasticamente da possibilidade e da capacidade de perdoar. Para este, a ira atenuada, é o fim do combustível que o mantém no foco.
Na verdade, a vingança é comparada à chama que alastra incontrolavelmente até consumir o próprio incendiário. O ódio por sua vez é como o cão raivoso que ataca o próprio dono, enquanto que a amargura é a armadilha que apanha e prende o caçador. Mas a misericórdia é a saída alternativa capaz de libertar todos eles.
Se nos rendermos ao SENHOR, poderemos nos tornar Seus instrumentos aqui mesmo onde nos encontramos, sermos Suas mãos abençoadoras, cheias de amor e misericórdia, espalhando amor onde o ódio se instalou, perdão onde a amargura e o ressentimento imperam, sermos Seus lábios que proferem Palavras ditas a seu tempo, com a sabedoria necessária para edificar aos que cruzam nosso caminho, sermos os Seus pés que trilham até aos necessitados, oprimidos e sobrecarregados.
"Em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal" (Romanos 12.5-10).

Palavra para o seu coração


Pela fé o povo atravessou o mar Vermelho como em terra seca.

                                 Hebreus 11.29

Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria, para que o meu coração cante louvores a ti e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te darei graças para sempre.


                                  Salmos 30.11,12

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Alegria do SENHOR


 Entristecidos, mas sempre alegres;

                     2 Coríntios 6.10

Há um poema que traduz muito bem este versículo:
A Tristeza era bela, mas sua beleza era como a do luar, quando passa através dos ramos das árvores na mata e forma pequenos desenhos de prata no chão.
Quando a Tristeza cantava, suas notas soavam tristes como o gorjeio do rouxinol, e os seus olhos denotavam o ar de quem cessou de esperar pela alegria. Ela sabia muito bem, compadecer-se dos que sofrem e chorar com os que choram; mas era-lhe impossível alegrar-se com os que se alegram.
A Alegria também irradiava rara beleza, sempre luminosa e vibrante como uma manhã de verão. Seus olhos traziam o riso puro e ingênuo da doce infância, e seus cabelos reluziam o brilho do sol.
Quando a Alegria cantava, sua voz alçava aos ares como o doce cantar da cotovia, e seus passos eram como o caminhar do vencedor que jamais experimentou derrota. Ela sabia como ninguém alegrar-se com os que se alegram, mas jamais chorava com os que choram, isto era-lhe desconhecido.
- Nós nunca poderemos estar unidas, disse a Tristeza pensativa.
- Não, nunca estaremos juntas, afirma a Alegria com seriedade. O meu caminho atravessa campos ensolarados; as roseiras mais lindas e coloridas florescem quando eu passo, para que as colha e sorva seu perfume suave, e os melros e tordos esperam minha passagem, para derramar seus mais alegres trinados, que enchem o ar com seus acordes.
- O meu caminho, disse a Tristeza afastando-se vagarosamente, atravessa a mata sombria; minhas mãos só podem acariciar as flores noturnas. Contudo, toda a beleza e valor que a noite encerra me pertencem! Adeus, nobre Alegria, adeus!
Quando acabou de falar, ambas tomaram consciência de uma Presença próxima, que as observava; indistinta, mas com um aspecto de realeza. E uma atmosfera de reverencia e santidade as acolheu que as fez ajoelharem-se e curvarem-se perante Ele.
- Eu O vejo como o SENHOR, o Rei da Alegria, murmurou confusa a Tristeza, pois sobre a Sua cabeça estão muitas coroas, e as marcas das Suas mãos e pés são sinais de distinto amor e grande vitória. Diante dele toda a minha nostalgia está se transformando em devoção, amor e alegria indizível e eu me rendo e me entrego a Ele para sempre!
- Não, Tristeza, sussurrou embasbacada a Alegria, eu o contemplo como o Rei da dor; Sua coroa é de espinhos, e as marcas das Suas mãos e pés são rastros de grande e profunda agonia. Eu também completamente me dou a Ele para sempre, pois a tristeza com Ele é muito mais doce que qualquer estágio da minha alegria.
Então, Nele, nós somos únicas, exclamaram admiradas e com júbilo; pois somente Ele poderia unir Alegria e Tristeza indistintamente.
De mãos dadas, saíram saltitantes a bailar pelo mundo, para segui-Lo na tempestade e na bonança, na desolação do frio inverno e na disposição do quente e irradiante verão.

Entristecidos, mas sempre alegres! São assim os Seus seguidores...

Palavra para o seu coração

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo.

                                 Salmos 27.4


Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes.


                                 Salmos 27.13

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Mistérios revelados


Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.

                                 Mateus 1.16

Os antepassados do Mestre Jesus não eram os colunáveis da época, nem socialmente destacados, e mesmo tendo trajetórias bem diversas, eles guardavam no coração a promessa, de que seria o meio pelo qual o Todo-Poderoso enviaria ao mundo Seu Filho.
Será que o Criador precisaria usar mesmo essas pessoas, tão complicadas, tão limitadas, conturbadas, repletas de problemas... Ele poderia tão somente depositar o Salvador nos degraus da melhor e mais renomada Sinagoga. Menos complicado, logicamente.
Mas Ele tinha outros planos, e o executou, e decidiu por amor a nós, registrar toda a história; para que soubéssemos que é da maneira Dele, que Ele é Todo-Poderoso e que enquanto o mundo se agita num torvelinho desenfreado, Ele permanece inabalável, Seu Plano segue exatamente dentro do Seu cronograma.
Sim, porque apesar de todas as acrobacias espalhafatosas e desajeitadas de todos os escolhidos, o ultimo Nome na lista da genealogia de Jesus, é justamente o primeiro que fora prometido, e em torno de Quem toda a história da humanidade se desenrola: o próprio SENHOR Jesus, Ele é o início e também o fim de todas as coisas. Nenhum outro nome é listado, e nenhum mais é necessário.
"Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim" (Apocalipse 22.13).
A Promessa cumprida, Emanuel, Deus habitando entre os homens!

"Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa" (Hebreus 1.1-3).

Palavra para o seu coração

Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam.


                                 Eclesiastes 3.14


Quem zomba dos pobres mostra desprezo pelo Criador deles; quem se alegra com a desgraça não ficará sem castigo.

                                 Provérbios 17.5

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Despertar com Deus


Esteja pronto pela manhã para subir ao monte Sinai. E lá mesmo, no alto do monte, apresente-se a mim.

                           Êxodo 34.2

Durante a noite sepultamos o cansaço do dia, e logo nas primeiras horas matinais, buscamos uma porção renovada da energia de Deus; assim como as plantinhas se refrescam e se refazem com o orvalho da noite. 
Bendito é o dia que se inicia numa manhã santificada, na Presença do SENHOR, onde as primeiras petições são ali apresentadas e as grandes vitórias são conquistadas ali em oração! Bem sucedido é o dia cujo alvorecer nos encontra a sós com Deus, bebendo de Suas fontes, assentados ou debruçados aos Seus pés!
Nada nessa terra corrompida pelo pecado, contaminada e comprometida pela luxuria das vitrines e dos holofotes dessa planície rasteira, que esgueira o abismo e a morte, que induz ao erro, apela ao consumismo, ao ter, ao possuir, ao poder, aos valores mundanos, nos escravizando numa rotina desenfreada com destino certo à destruição... nada disso, que exala à morte, pode nos afastar das santas alturas do SENHOR.
São destes momentos matinais as sós com Deus, que extraímos como de uma fonte energizante, o vigor e a doçura que nos capacitam a desempenhar as tarefas cotidianas, com sensatez e equilíbrio mesmo em meio às contrariedades e aborrecimentos que surgem e que somos expostos rotineiramente.
Tão ou até mais importante que as nossas palavras, são as nossas atitudes, o que estamos testemunhando diante dos olhos que nos observam, precisamos deixar sempre impresso em nossa postura, o completo triunfo da graça cristã, sem exasperação, sem ira, sem calúnia ou maledicência. É necessário que fique bem claro aos que nos rodeiam, que nos dessedentamos nos rios da água viva e que nos banqueteamos com o maná do céu, enquanto atravessamos este árido deserto no qual vivemos.

"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.  E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. E o Deus da paz estará com vocês" (Filipenses 4.6,8,7,9).

Palavra para o seu coração

Quando clamei, tu me respondeste; deste-me força e coragem.


                                 Salmos 138.3


O Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos.

                                 Salmos 146.8



domingo, 25 de setembro de 2016

O elo da confissão


Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: "Confessarei as minhas transgressões ao Senhor", e tu perdoaste a culpa do meu pecado.

                                Salmos 32.5

Deus sabe tudo a nosso respeito, mesmo antes de executarmos a ação, Ele já leu nossos pensamentos e intenção do nosso corrupto coração. Mas ainda assim a confissão é fundamental para o nosso próprio bem espiritual, mesmo porque ela é a expressão da nossa liberdade de escolha, denota o nosso arrependimento e pesar pelo erro cometido, restabelece o elo, a ponte de ligação com Deus.
Conta-se um fato que ilustra muito bem isso:
Havia dois fazendeiros que absolutamente não se davam bem. Uma enorme vala separava as duas propriedades, mas, para que ficasse notório o desprezo que nutriam mutuamente, e demarcar acentuadamente o limite de seu território, cada um construiu do seu lado um enorme e reforçado muro que circundava toda a sua terra, para assegurar e manter longe, incomunicável o indesejado vizinho.
Só não podiam nunca imaginar e nem mesmo controlar, o que o acaso lhes reservou – um belo dia na escola da Cidadela, a filha de um dos fazendeiros conheceria o filho do outro, e que daquele encontro, nasce uma grande e profunda amizade, que com o passar dos dias acende uma afeição que se solidifica e se transforma em amor... E determinados a não continuar separados nem sustentar a ranzinza idiotice dos pais, eles derrubam os muros e usam as madeiras para erguerem uma ponte, um elo sobre a grande vala que os separavam.
É mesmo assim o trabalho da confissão – pecados confessados são transformados em elo, a rota que nos conduz novamente à Presença de Deus.
"Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer" (Salmos 32.3).
"Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia" (Provérbios 28.13).

"Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia! Todos os que são fiéis orem a ti enquanto podes ser encontrado; quando as muitas águas se levantarem, elas não os atingirão" (Salmos 32.1,2,6).

Palavra para o seu coração

Pois esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão está estendida; quem pode fazê-la recuar?

                                     Isaías 14.27


Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos.


                                     Hebreus 2.1

sábado, 24 de setembro de 2016

Trilhando nos Seus passos


E eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu chegue ao meu Senhor.

                                Gênesis 33.14

É muito interessante observarmos o cuidado de Jacó com as crianças e com o gado, naquela jornada. Não permitia que seguissem além das forças, ou que se expusessem ao cansaço extenuante, na rapidez do ritmo dos passos de um adulto, mas só na extensão e de acordo com que eram capazes de resistir e de suportar. Ele calculava exatamente a distancia que percorreriam em cada dia, programando todo o percurso com eficiência e eficácia, mesmo porque já havia em tempos atrás, percorrido todos aqueles íngremes caminhos desertos, e certamente isto foi preponderante para concluírem satisfatoriamente aquela empreitada.
A cada dia enfrentamos um novo desafio, são novas situações, novas circunstancias, são caminhos desconhecidos, águas profundas nunca dantes navegadas, mas nos agarramos ao SENHOR Jesus, sabemos que embora esse caminho nunca fora antes palmilhado por nós, Ele o conhece todo, por experiência pessoal. Os trechos íngremes que nos tiram o fôlego, as trilhas pedregosas que ferem e magoam os pés, os precipícios que nos causam arrepios só de olhar, as jornadas escaldantes que nos deixam extenuados, exauridos e exaustos, as águas turbulentas e agitadas que sacodem o nosso pequenino barco na travessia, e nos leva a pensar que não chegaremos à outra margem... por tudo isso e por muito mais nosso amado Mestre já passou... Ele Se vestiu de um corpo humano exatamente para experimentar todas as nossas emoções, dificuldades, dores, medos, inseguranças, sofrimentos; para Se expor às mesmas sensações, necessidades, alegrias, tristezas, mágoas, frustrações... por isso pode como ninguém nos compreender totalmente. As muitas águas já passaram sobre Ele e não puderam afogar o Seu grande amor por nós; por tudo o que padeceu, tornou-Se o nosso guia perfeito nessa aventura existencial, ninguém melhor que O próprio idealizador da vida para nos conduzir e ensinar como vivê-la sabiamente.
"Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó" (Salmos 103.14).
Ele sabe antecipadamente todas as coisas e mesmo quando as forças nos faltam e nossos pés se tornam vacilantes e trôpegos pelo cansaço e percebemos que não seremos mais capazes de prosseguir, nem dar o próximo passo... Ele não nos abandona, nunca nos deixa só, Ele vem em nosso socorro, renova as nossas forças, nos carrega nos braços, nos leva muito alem do que podemos imaginar.

"Ele fortalece ao cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam" (Isaías 40.29-31).

Palavra para o seu coração

Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda.
Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo". Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes.


                                  Lucas 23.33,34

Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

                                   Isaías 53.12

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Vencendo a preocupação


Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não tem vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja a sua vida?
Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem.
Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: Que vamos comer? Ou que vamos beber? Ou que vamos vestir? Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.


                               Mateus 6.25-34


Um dos ataques mais ferrenhos do inimigo é contra a nossa mente, através da preocupação. Situações reais e imaginárias golpeiam os nossos pensamentos continuamente, enquanto a pressão e o estresse nos sobrevêm de todos os lados, tentando desencorajar-nos e derrotar-nos.
No texto em estudo, Jesus ordena que abandonemos as preocupações, insiste em que nos lembremos de que o Pai é fiel em suprir todas as nossas necessidades (v. 30), nos garante que Deus sabe do que precisamos, antes mesmo que lhe peçamos e que, portanto, não ha motivo para preocupação (v. 32). Ele explica também que existe um propósito mais elevado, o qual devemos buscar, ao invés de apenas desejar ver as nossas necessidades satisfeitas. Assim, atrairemos bênçãos sobre a nossa vida e veremos soluções para os nossos problemas. Isso se da pela intervenção sobrenatural de Deus a nosso favor. Se assim agirmos, diz Jesus, as nossas necessidades se tornam cuidado de DEUS, "e todas essas coisas (aquilo de que precisamos) nos serão acrescentadas" (v. 33).
Quando desejamos que, por intermédio de Cristo, a justiça de Deus reflita em nossas palavras e atitudes; quando nos dedicamos a fazer a vontade do Senhor ao invés da nossa; quando desejamos cumprir o plano divino antes de satisfazer os nossos desejos; quando o nosso principal objetivo é buscar o Reino de Deus, então as preocupações deixam de prender-nos e controlar-nos. Assim, o Senhor tem liberdade para agir e suprir todas as nossas necessidades.

Enquanto tentamos resistir à preocupação no campo de batalha de nossa mente, o inimigo trabalha para nos fazer retornar ao antigo hábito de olhar para as circunstancias. Por isso temos de tomar uma decisão. É preciso decidir se iremos resistir no poder de Deus e em nome de Jesus, deixando que o Espírito Santo permeie os nossos pensamentos, ou se iremos recusar-nos a guerrear no Espírito, permitindo que a preocupação ocupe a nossa mente para sempre. Deus nos dá liberdade de escolha, e também nos dá poder para resistir. Jesus já supriu todas as nossas necessidades na cruz do Calvário, cabe agora a nos, deixar o Espírito Santo livre para retirar as nossas preocupações e substituí-las com a Presença de Deus e a plenitude da vida em seu Reino.

Palavra para o seu coração

Eles se recusaram a ouvir-te e esqueceram-se dos milagres que realizaste entre eles. Tornaram-se obstinados e, na sua rebeldia, escolheram um líder a fim de voltarem à sua escravidão. Mas tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Por isso não os abandonaste,

                                 Neemias 9.17


Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos,


                                2 Timóteo 1.8,9

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Deixar o passado no passado

Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; ...
Evite a ira e rejeite a fúria; não se irrite: isso só leva ao mal.

                              Salmos 37.7,8

Quantas vezes sucumbimos arrastados pela ira, diante das situações adversas! Não são poucas as vezes que a fúria se apodera de nós, sem pedir licença; ao nos depararmos com as contrariedades, as injustiças do dia a dia.
Ira: indignação camuflada, escondida no coração, agitação da alma, a inevitável agressora que fere a paz, rouba a calma, induz a agressão, leva a perca da razão... Quanto mais barulhenta, espalhafatosa, mais consternados nos tornamos diante dela.
Não podemos avaliar o grau de tolerância, nem de resiliência de cada um, ou quanto é necessário para subtrair-nos a paz; mas se dermos vazão à ira e lugar à fúria todas as vezes que elas tendem a se manifestar, estaremos sempre vulneráveis, expostos, suscetíveis, sujeitos a sucumbir diante das adversidades, esse caminho certamente nos conduzirá a um futuro incerto e deplorável. A ira precisa ser tratada, domada, antes que floresça em nós.
"Quando vocês ficarem irados, não pequem; ao deitar-se reflitam nisso, e aquietem-se" (Salmos 4.4).
A pessoa que nutre sentimentos de vingança, raiva, ressentimento, falta de perdão, torna-se amargurada, ranzinza, triste, resmungona, negativa; é como se alimentasse um câncer na alma, feroz, sinistro, ameaçador, que espalhas suas fibras envolvendo o coração até sufoca-lo e detona-lo no ódio e no rancor.
Certamente não há como apagar o que vivemos ontem, mas há sempre a possibilidade de olharmos sob outra ótica, com outros olhos, o ocorrido que tanto nos desagradou; não podemos dissipar o passado, mas temos a chance de assimilar o golpe, deixar o hematoma desaparecer aos poucos, como os pugilistas fazem após o embate; curar as feridas da alma, sem permitir que isso influencie ou comprometa nosso futuro, se já causou dor no passado, provocou ira, exacerbou o humor, arranhou a paz... Deixemos o passado lá no passado, não podemos viver debruçados nas memórias antigas, boas ou ruins, estão no passado, abramos a mente, alma e coração para o novo. Afinal, hoje se chama “presente”, porque é realmente um presente de Deus para nós, então vamos usufruir dele com reverencia, gratidão, reconhecimento, pois a vida é uma dádiva e não convém desgasta-la com coisas amargas.
Todas as vezes que a ira tentar assumir o controle, entreguemos as rédeas, o leme, a direção ao SENHOR, Ele nos conduzirá ao porto desejado.

"Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo"! (Isaías 43.18,19).

Palavra para o seu coração

Não foi a espada e o arco que lhes deram a vitória.
Foi assim que lhes dei uma terra que vocês não cultivaram e cidades que vocês não construíram. Nelas vocês moram, e comem de vinhas e olivais que não plantaram.

                              Josué 24.12,13

  
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo. 


                              1 Coríntios 15.57

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Da tragédia ao triunfo


Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos.

                               João 20.9

Haveria frustração maior para aqueles discípulos, que há três anos tudo deixaram, abriram mão dos próprios sonhos, para seguirem um idealista carpinteiro nazareno? Como a sorte deles havia mudado radicalmente e com tamanha rapidez! As mesmas pessoas que no domingo haviam aclamado Rei ao Mestre deles, na sexta-feira bradaram por sua morte. O linho que envolvia seu corpo inerte, agora era uma prova real de que o futuro deles juntamente com o meigo amigo foram sepultados de vez, sufocados por uma grande pedra.
Jamais aqueles pobres homens, naquela terrível sexta-feira, entenderiam o que nos sabemos hoje, não compreendiam que a trágica sexta-feira seria o triunfo do domingo, ainda desconheciam tais desígnios.
Mas, o apóstolo João, por exemplo, não conseguiu se afastar dalí, não sabemos exatamente o porque... Talvez, porque se encontrava meio perdido, meio sem chão por amar tanto ao Mestre. Sim, porque para os outros Jesus era um Profeta, um fazedor de milagres, um grande Mestre, um filósofo convincente, o provedor que matava a fome, ou mesmo a esperança de plena liberdade política para Israel... Mas para João, Ele era muito mais que tudo isto, era também um íntimo e confidente amigo. Então, mesmo sem entendê-Lo, mesmo após Sua morte, João permaneceu por perto; e por ter escolhido ficar, estava ali no domingo para se alegrar com o milagre da ressurreição.
E nós, como reagimos quando nos encontramos em situação semelhante à deles? Quando estamos em algum lugar entre a tragédia do ontem e o triunfo do amanhã, como nos saímos, permanecemos com Deus ou nos afastamos e nos distanciamos Dele? Fato é que em qualquer circunstancia, não podemos jamais esquecer que nosso Deus é o Deus do Impossível, pode perfeitamente transformar a nossa tragédia de hoje no grande triunfo de amanhã. Mesmo que aparentemente, como aqueles discípulos, nos sintamos sós e abandonados, não devemos desanimar, nem desistir, oremos para que o SENHOR nos fortaleça e resistamos até o fim, já gratos antecipadamente por tudo o que Ele fará, pois ainda glorificaremos Seu grande Nome pelas vitórias e conquistas em nossa vida terrena.

"Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno" (2 Coríntios 4.16-18).

Palavra para o seu coração

Porque os ídolos falam mentiras, os adivinhadores têm falsas visões, e contam sonhos enganadores; o consolo que trazem é vão. Por isso o povo vagueia como ovelhas, aflitas pela falta de um pastor.

                                      Zacarias 10.2


Filhinhos, guardem-se dos ídolos.


                                      1 João 5.21

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Reconhecimento


Com meus lábios louvarei ao Senhor. Que todo ser vivo bendiga o seu santo nome para todo o sempre!

                               Salmos 145.21

Da mesma maneira que a bondade e a misericórdia do SENHOR ultrapassam as fronteiras dos nossos rasos momentos de vida, assim o nosso louvor, gratidão e reconhecimento devem alcançar a Deus em todo o tempo que Ele nos concede.
Quando recebemos algo grandioso e inesperado de alguém, há em nós duas atitudes naturais que tendemos expressar. Primeiramente nos sentimos gratos, reconhecidos principalmente se entendemos que não fizemos por merecer o benefício; a segunda reação geralmente é o desejo de compartilharmos, contarmos a outros o sucedido, parece-nos que a alegria é gigantesca demais para ser contida. Percebemos que a gratidão é multiplicada quando as boas-novas que recebemos são compartilhadas, levamos esperança, revigoramos os ânimos dos desacreditados, comunicamos alento aos abatidos e desencorajados.
Sempre que Deus age em nosso favor, realizando feitos grandiosos, obras poderosas, derramando copiosamente sua graça e misericórdia; necessitamos expressar, contar, compartilhar, registrar de alguma maneira, porque a geração seguinte precisa saber para que possam reconhecer quão grande e poderoso é o nosso Deus. Precisamos urgentemente reservar tempo para contar aos nossos filhos, parentes, amigos, vizinhos, e queridos as boas obras, dons, dádivas, benefícios de tudo o que Deus tem feito por nós. A geração que nos sucede é nossa responsabilidade, eles só conhecerão ao SENHOR a partir do nosso referencial.
"Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do Senhor, fazendo o que é justo e direito" (Gênesis 18.19).
"Guardem no coração todas as palavras que hoje lhes declarei solenemente, para que ordenem aos seus filhos que obedeçam fielmente a todas as palavras desta lei. Elas não são palavras inúteis. São a sua vida" (Deuteronômio 32.46,47).

"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos" (2 Timóteo 4.2-4).

Palavra para o seu coração

Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: "Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje". Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria.


                                   Lucas 19.5,6

Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.

                                   1 João 4.16

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Amigo a toda prova


Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão.

                              Provérbios 18.24

Ao derrotar Golias, Davi se transforma em herói dos hebreus, o povo promoveu um desfile para espalhar rapidamente a notícia, cantando: "Saul matou milhares e Davi, dezenas de milhares" (1 Samuel 18.7).
Saul se torna ácido como limão, sua ira explode como o vulcão Etna, passa agora a observar Davi em rédeas curtas "dali em diante" (18.9). O rei já há muito tem a alma perturbada, propensa a ter acessos de raiva, suficientemente louca para atirar pedras na lua. A popularidade de Davi o irritou, exacerbou o humor de Saul. "Encravarei Davi na parede" (18.11).
Saul tenta matar o menino prodígio de Belém em seis ocasiões. Primeiro, ele dá a Davi sua filha Mical em casamento. Até aí parece ótimo, até constatarmos sobre o brutal preço que Saul exigiu pela noiva: O prepúcio de cem filisteus. Sem dúvida, um dos filisteus matará Davi, assim ele espera, mas não é o que acontece. Davi é mais duro do ele imagina, dobra a exigência e volta com a prova (18.25-27).
Saul não desiste; ordena agora aos seus servos e a Jônatas que matem Davi, mas eles se recusam a fazê-lo (19.1). Ele tenta encravá-lo com a lança outra vez, mas não consegue (19.10). Então envia mensageiros à casa de Davi para o matarem, mas Mical, sua esposa, o faz descer por uma janela. Davi, o papa-léguas, fica mais uma vez, um passo à frente do coiote Saul.
Davi tenta entender a raiva de Saul, o que ele fez afinal, senão o bem? Ele, através da música trazia paz ao espírito atormentado de Saul, com suas vitórias promovia a esperança à nação enfraquecida, com sua humildade conquistou a simpatia de todo o povo israelita.  Ele "tinha êxito em tudo o que fazia" (18.14). "Todo o Israel e todo o Judá, porém, gostavam de Davi" (18.16). Davi "tinha mais habilidade do que os outros oficiais de Saul e assim tornou-se ainda mais famoso" (18.30).
Contudo, Saul continua irado, recompensando os feitos de Davi com lanças voadoras e planos para assassiná-lo. Entendemos perfeitamente as pertinentes perguntas que Davi faz a Jônatas: "O que foi que eu fiz? Qual foi o meu crime? Qual foi o pecado que cometi contra seu pai para que ele queira tirar a minha vida?" (20.1).
Mas não há resposta para dar, pois, quem pode justificar a raiva de um Saul?
Quem sabe por que um pai injustamente atormenta um filho, uma esposa desdenha o marido, um marido humilha publicamente ou espanca a esposa, um chefe persegue os funcionários e joga uns contra os outros? Mas é exatamente o que mais acontece. Ditadores torturam, patrões seduzem, ministros abusam, sacerdotes molestam, os fortes e poderosos controlam, subjugam e enganam os fracos, vulneráveis e inocentes. Os Sauls da vida, ainda hoje perseguem os Davis.
Como Deus lida com tais casos? Aplica o castigo merecido? Em algumas vezes, torcemos muito para que Ele faça isso. Ele tornou-Se conhecido por acabar com alguns Herodes e faraós, fez alguns Nabucodonozores aprenderem a lição! Não podemos dizer como Ele cuidará dos nossos. Mas certamente Ele nos enviará um Jônatas, assim como enviou Simão Cirineu a Seu Filho Jesus.
Deus simplesmente responde à crueldade de Saul com a lealdade de Jônatas. Jônatas poderia ter ficado tão enciumado quanto Saul, como filho do rei, ele preparava-se para herdar o trono, também tinha razão para se sentir ameaçado por Davi, mas não foi assim, pelo contrário, ele era generoso. Isto porque a mão do Todo Poderoso tomou seu coração e o de Davi e fez uma emenda entre eles. "Surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo" (18.1).
No dia em que Davi derrota Golias, Jônatas jura a ele sua leal amizade.
E Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, se tornara o seu melhor amigo. Jônatas tirou o manto que estava vestindo e o deu a Davi, com sua túnica, e até sua espada, seu arco e seu cinturão (18.3,4).
Então ele procura agora proteger Davi. Quando fica sabendo dos planos de Saul, Jônatas avisa seu amigo, quando Davi está em perigo, ele o esconde, mantém Davi informado do perigo: "Meu pai está procurando uma oportunidade para matá-lo. Tenha cuidado amanhã cedo. Vá para um esconderijo e fique por lá" (19.2).
Jônatas faz uma promessa a Davi e dá-lhe roupas e proteção. "Existe amigo mais apegado que um irmão" (Provérbios 18.24). Davi encontrou tal amigo no filho de Saul.
Como é bom e necessário ter um amigo como Jônatas, fiel e confidente que nos protege e não procura nada além do nosso bem, que só quer a nossa felicidade. Um aliado que nos permite ser exatamente quem somos, que nos transmite segurança e autenticidade, onde não é preciso pesar pensamentos ou medir palavras, pois sabemos que ele separará o joio do trigo, reterá o que é importante e, com um sopro de bondade e compreensão eliminará o restante, sem melindres ou recalques. Deus deu a Davi esse amigo, e Ele deu Um a nós também. Davi encontrou um companheiro em um príncipe de Israel; nós podemos encontrar um amigo no Rei de Israel, Jesus Cristo. Ele fez uma aliança conosco, entre suas últimas palavras aqui verbalizadas estão as seguintes: "Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28.20).
Ele também nos oferece e cobre-nos com vestes adequadas para o céu "roupas brancas para que você cubra a sua vergonhosa nudez" (Apocalipse 3.18).
Na verdade, Ele vai além de Jônatas. Ele não apenas nos dá o próprio manto; mas Ele próprio veste-Se com nossos trapos de imundície e toma o nosso lugar. "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus" (2 Coríntios 5.21).
Por Ele somos convidados a vestirmos de toda a armadura de Deus, para podermos permanecer firmes contra as ciladas do Diabo (Efésios 6.11).
Nele encontramos um amigo verdadeiro, e por causa disso, temos uma escolha. Podemos concentrar-nos nos Sauls ou nos Jônatas, ponderarmos sobre a malícia dos nossos monstros e carrascos ou a bondade do nosso Mestre e SENHOR.
De seu arsenal, Deus nos dá o cinto da verdade, a couraça da justiça, o escudo da fé e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (vv. 13-17).
Assim como Jônatas protegeu Davi, Jesus promete proteger-nos.

"Eu lhes dou a vida eterna e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão" (João 10.28).

Palavra para o seu coração

Quanto a mim, sou pobre e necessitado, mas o Senhor preocupa-se comigo. Tu és o meu socorro e o meu libertador; meu Deus, não te demores!


                                     Salmos 40.17

Numa terra deserta ele o encontrou, numa região árida e de ventos uivantes. Ele o protegeu e dele cuidou; guardou-o como a menina dos seus olhos,

                                     Deuteronômio 32.10

domingo, 18 de setembro de 2016

Sinfonia da vida


Jesus lhes disse: "Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco".

                            Marcos 6.31

A pausa faz parte da melodia, embora não emita som, está entre os acordes e arranjos musicais, ela dá sentido à sinfonia como um todo. Na orquestração da nossa vida o ritmo é interrompido aqui e acolá por pausas, e arremessos às vezes lentos e cadenciados, em outras ocasiões, tornam-se frenéticos, enérgicos e exaustivos... Há interrupções intencionais, que sem entender, muitas vezes concluímos que a melodia da nossa existência se findou.
Ledo engano, Deus nos encaminha a um tempo de recesso, de parada forçada, obrigatória, é uma enfermidade que nos acomete, uma aposentadoria necessária, um lar que desmorona, são sonhos que se desfazem, planos fracassados, esforços frustrados; e faz uma pausa repentina, reduz a marcha do nosso frenesi, um “pit stop” no coral de nossa vida. E como temos forte resistência a tudo o que é novo, afoitos nos lamentamos, que a nossa voz tenha que se calar, que o nosso ritmo e direção tenha que sofrer alteração, e que haja silencio em nossa parte na música da sinfonia que chega até ao Criador. Mas o Regente, mesmo durante a pausa, continua a marcar o compasso, no tempo certo, com a mesma precisão Ele retoma a nota seguinte com firmeza e maestria, como se nunca houvesse interrupção alguma.
O SENHOR tem um script, há um plano, um partitura divina onde registra a sinfonia de nossas vidas; a nossa parte deve ser ensaiar até aprender a melodia, e não desmaiar durante as pausas e retomadas. Elas fazem parte do contexto, não surgem para serem ignoradas nem omitidas, nem mesmo para atrapalhar ou alterar o tom da melodia. Se voltarmos os nossos olhos para o alto, Deus mesmo que é o Regente, marcará o compasso para nós, apoiados e confiados Nele, tangeremos a próxima nota e a seguinte com toda firmeza que a melodia exige. Vale lembrar porem, que as pausas fazem parte da composição, e esta por se tratar da melodia de nossas vidas deve ser um processo lento, trabalhoso, executado com esmero e dedicação, por isto o SENHOR pacientemente trabalha individualmente cada ritmo para nos ensinar, e quão longa é a espera até que assimilamos a lição.

"Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser" (Cânticos 8.4).

Palavra para o seu coração

Quando clamei, tu me respondeste; deste-me força e coragem.

                               Salmos 138.3


Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai".


                               Romanos 8.15

sábado, 17 de setembro de 2016

Consumação


 Jesus disse: Está consumado! Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito.

                                         João 19.30

Tentemos imaginar exatamente o que ocorreu ali. Permitamos que as palavras proferidas adentrem em nosso coração, ouçamos nitidamente os sons e gemidos. Esforcemos por divisar a atmosfera que perpassava; talvez o céu estivesse nublado, num nítido cinza escuro. Os outros dois homens também agonizavam num uníssono coro de gemidos e dor... As vozes zombeteiras e escarnecedoras do povo, num alarido de sons, impropérios e insultos, sedentas de sangue incentivavam o trágico espetáculo... Outros permanecem em completo e absoluto silencio, só contemplam a triste cena, estarrecidos, admirados, amedrontados, impotentes, acovardados, decepcionados... Talvez houvessem relâmpagos e trovões assustadores, e com a fuga do sol fora de cena, a noite tenha se apressado em surgir de repente; talvez houvessem choros dramáticos, soluços contidos, clamores silenciados, lamentos não proferidos... Pode ser que só tenha restado quietude, o último da plateia se afasta e o silencio sepulcral se instala...
Então o Homem Jesus num último e derradeiro esforço sobre humano tenta sorver o ar o mais profundamente que as forças Lhe permitem, ajusta Seus pés feridos e fixados pelos pregos romanos e solta um brado esganiçado: “Está consumado”!
O que exatamente estava concluído ali? Qual a extensão exata dessa conclusão? O que ela contempla? Qual a sua real dimensão?
O plano de salvação da humanidade finalizava, a intensa jornada para resgatar o homem estava cumprida, a mensagem celeste à humanidade estava pronta, seu script concluído. A missão do Filho, a função do Servo, o esforço empreendido pelo Mestre, enquanto vivia na terra, como ser humano, estava consumado... E quando o aguilhão da morte foi retirado, tudo estava definitivamente terminado. Jesus derrotou ali o que consideramos nosso maior inimigo, a morte; provou-nos que o poder da vida e da morte está também em suas mãos, e que Seu poder e Seu domínio são indubitavelmente ilimitados, imensuráveis, inquestionáveis.
"É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mateus 28.18).

"Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades" (Apocalipse 1.17,18).

Palavra para o seu coração

Responde-me quando clamo, ó Deus que me faz justiça! Dá-me alívio da minha angústia; Tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.

                                     Salmos 4.1


A sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou!


                                     Isaías 58.8,9

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Humanas inquietações


 Das profundezas clamo a ti, Senhor;

                           Salmo 130.1

Nossas inquietações nos induz a pensar: “É do mar que necessitamos, respirar a maresia, caminhar descalços pela orla, umedecer os pés nas águas salinas, sentir a brisa refrescante da manhã ensolarada soprar preguiçosa sobre nossos rostos; isto sim nos trará o bem-estar, alegria e a paz que buscamos”...  Mas, após alguns dias de veraneio à beira-mar, sentimos claramente ele nos dizer: “O que você busca não está em mim”!
Então, encabulados e ainda inquietos refazemos nossos planos e calculamos: “Certamente, o ar da montanha renovará nossas desgastadas energias, encontraremos o descanso e a paz em contato com a natureza”. Mas uma vez satisfeito e concluído nossos planos, cercados pela exuberante e magnífica natureza que tanto ansiávamos ver, ainda permanecemos insatisfeitos, frustrados e inquietos, mentalmente ouvimos ela nos afiançar: “Não está em mim”!
Na verdade só conseguimos aplacar e mitigar nossas inquietações nas profundezas do oceano de amor divino, e ansiamos pelos altos montes da justiça e da verdade de Deus. Agonizamos sim pela sabedoria divina que as profundezas afirmam não encontrarmos nela, e que não se compara a joias, tesouros ou pedras preciosas. Mesmo porque o SENHOR Jesus é a sabedoria e paz que inconscientemente buscamos, é a nossa profunda e irremediável necessidade.
A nossa inquietude só pode ser aplacada e saciada pela revelação do Seu eterno amor por nós, só a presença do Seu Santo Espírito é quem pode nos trazer essa paz que excede a compreensão e definição humana, nada mais além.
Assim como não se pode cativar um águia fora do seu habitat natural, tentar domesticá-la e cercá-la de deliciosas e fartas iguarias destinadas ao seu paladar e ao seu estilo de vida, ela desprezará a tudo; estenderá suas asas possantes e cortará os ares rumo aos píncaros dos altos montes em direção a sua antiga morada, entre as penhas e penhascos, rodeadas do som selvagem das cascatas e dos temporais, ali ela se sente segura e em casa, lá é o seu lar... Da mesma forma a nossa alma humana, em seu voo de águia, não encontrará pouso, nem repouso senão na Rocha Eterna, nossa definitiva moradia, nosso lar são as mansões celestiais. Os rochedos que almejamos alcançar são os atributos de Deus, o impulso do nosso voo majestoso é rumo à eternidade, lá estaremos em casa.

"Senhor, tu tens sido a nossa morada de geração em geração" (Salmos 90.1).

Palavra para o seu coração

O Senhor reina! Exulte a terra e alegrem-se as regiões costeiras distantes.

                                    Salmos 97.1


Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo.
A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.


                                     1 Crônicas 29.11,12

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Bolsa de valores


Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, ai também estará o seu coração.


                               Mateus 6.19-21


Vivemos em uma sociedade extremamente materialista, em que o principal objetivo é adquirir o máximo de riquezas possível, obter posses terrenas em número cada vez maior e desfrutar os prazeres mundanos. "Tudo posso desde que me cause prazer; o céu é o limite"!
As pessoas passam a vida trabalhando, esforçando-se para adquirir bens e para conseguir o melhor que a vida tem a oferecer. Entretanto, independentemente de quanto adquirem, de quanto conseguem a duras penas, amealhar, não se satisfazem com o que possuem: desejam sempre algo a mais.
No Sermão do Monte, Jesus mostra a atitude que devemos ter com relação ao acumulo de riquezas e posses terrenas. Ele nos instrui a não acumular tesouros nesta terra, tudo aqui é efêmero e fugaz.
No texto em estudo, é preciso analisar o cerne da questão e determinar que atitude cultivar com relação às nossas posses. Jesus declara: "Onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (v. 21). O coração é o âmago de nosso ser. Se algo nos cativa no íntimo, isso nos controla. Se as riquezas e posses terrenas prendem o nosso coração, então elas nos dominam. É por isso que Deus deseja que lhe entreguemos o coração. Assim, Ele poderá controlar a nossa carteira e o nosso talão de cheques, e não teremos dificuldade em ofertar.
Os "tesouros" são as coisas que apreciamos e valorizamos acima de qualquer outra. Se esses "tesouros" são os bens terrenos - casa, propriedades, carros, conta bancaria, investimentos, riquezas —, neles estarão o nosso coração.
O apostolo Paulo adverte: "Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas" (Colossenses 3.2). Não podemos colocar o nosso desejo em posses terrenas nem nas coisas deste mundo. João confirmou: "Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 João 2.15). Quais são os nossos tesouros? O que cativa o nosso coração?
Estamos acumulando bens na terra ou no céu?
As posses e as riquezas deste mundo são passageiras, ficarão por aqui. Paulo diz a Timóteo: "Nada trouxestes para este mundo e dele nada podemos levar" (1 Timóteo 6.7).
Nesta sociedade materialista, é nossa obrigação preservar a perspectiva correta — a de Cristo - e cuidar para que o nosso coração não se apegue às posses terrenas. Devemos impedir que a cobiça crie raízes em nossa vida, afastando-nos do SENHOR.
É hora de retirar a máscara! O espírito de cobiça há muito entrou nas Igrejas, e Satanás se aproveita disso para estabelecer uma fortaleza na vida de diversos cristãos. Existem crentes presos a desejos mundanos, cuja vida consiste apenas em conquistar tesouros na terra, em adquirir bens terrenos em abundancia, as preocupações mundanas roubam-lhes o sono e a paz.
Há alguns anos, se passaram a ensinar com veemência nas igrejas como obter riquezas e prosperidade neste mundo por meio da fé. Muitos passaram a julgar a nossa espiritualidade com base em nossa prosperidade material. Crendo ser a vontade de Deus que os cristãos tenham abundancia de posses terrenas e que, se isso não acontece é porque a fé não é forte o suficiente ou porque não aprenderam a aplicá-la para conseguir o que necessitam.
Mas a abundancia de riquezas terrenas, não é e nunca foi sinal de espiritualidade. Jesus disse: "A vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens" (Lucas 12.15). A verdadeira prosperidade não está no acúmulo de riquezas materiais. É muito mais que isso, é a abundancia de todas as bênçãos divinas, espirituais e terrenas, incluindo saúde, proteção, tesouros espirituais, provisão para as necessidades e também posses materiais. Consiste em um bem-estar pleno do espírito, da alma e do corpo!
Por favor, não entendam mal! Não ha nada errado em obter posses terrenas. Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. É da vontade do Senhor que desfrutemos suficiência divina e que nada falte em nossa vida. No entanto, adquirir posses terrenas jamais deve ser o nosso principal objetivo. Não devemos deixar que elas controle o nosso coração, fazendo com que dediquemos a nossa vida em adquiri-las, isso não é nosso foco, nem nossa missão aqui.
Não devemos permitir que o espírito do mundo nos aprisione e nos leve a cobiçar as riquezas terrenas. Não é sábio dedicar-nos a obter coisas materiais em excesso — casas, moveis, terras, bens, propriedades, posses, valores, dinheiro, ações, carros e roupas... Não devemos fazer de tais coisas o nosso tesouro. Tampouco devemos colocar a nossa confiança nelas, achando que irão garantir estabilidade financeira, saúde, paz, alegria, bem-estar, plenitude...
Se as posses terrenas se tornarem o nosso tesouro, nelas estará o nosso coração. Os nossos pensamentos, desejos e nossas expectativas estarão apoiados nelas e iremos esforçar-nos para obter ainda mais. Os bens materiais passarão a exercer controle sobre a nossa vida, e não seremos mais capazes de abrir mão deles a favor do evangelho ou para ajudar um irmão necessitado. Acabaremos apegando-nos a eles, porque neles teremos depositado a nossa confiança.
A orientação de Jesus é que, ao invés de acumularmos tesouros na terra, juntemos tesouros no céu. O desejo de nosso coração deve estar voltado para o Reino de Deus, e não para as posses terrenas.
Ofertar ao Senhor é uma atitude que começa em nosso coração! Quando o nosso objetivo máximo for buscar a Deus e edificar o seu Reino, então dedicaremos as nossas finanças a Ele e contribuiremos livre e generosamente, reconhecendo-O como o Provedor e SENHOR de tudo.
Quando suprimos as necessidades das pessoas ao nosso redor, estamos dando aos pobres e cumprindo a vontade do Pai nesta terra, acumulando tesouros no céu. Sempre que ofertamos ao SENHOR, fazemos investimentos eternos que produzirão dividendos ilimitados, nesta vida e na outra!
Jesus nos adverte do perigo de confiar nas riquezas. Um dos relatos mais tristes da Bíblia é o do jovem rico que se recusou a seguir a Cristo por amar as suas posses terrenas.
"Não confiem na extorsão, nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração" (Salmos 62.10).
"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Coríntios 15.19).

"A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. Confiem nele em todos os momentos, ó povo; derramem diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio! Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança" (Salmos 62.7,8,5).