O Senhor detesta os
orgulhosos de coração.
Provérbios 16.5
"Odeio o
orgulho e a arrogância, o mau comportamento e o falar perverso" (Provérbios 8.13).
Por que será que foi necessário o uso de uma linguagem assim tão forte?!
Mas qual seria a maneira mais correta de explicarmos o aborrecimento divino com
os altivos de coração, e quão danoso é isso para nós?! Simples assim: Deus odeia
o orgulho porque Ele nos ama, e este sentimento é capaz de envenenar a nossa alma
e impedir a nossa salvação.
Sim, pois se só temos olhos para nós mesmos, nunca veremos o nosso Salvador
e nem o quanto necessitamos Dele. A arrogância endurece o nosso coração para
não admitirmos o pecado, atrofia os nossos joelhos para que não se dobrem,
infla o nosso ego para que não se curve ou se prostre.
Infelizmente, o coração orgulhoso não admite o erro, nunca confessa, nem
se arrepende ou pede perdão. Ele atrapalha,
dificulta e porque não dizer, até mesmo impede a reconciliação. Quantos
lares ruíram, casamentos sucumbiram debaixo do peso de um orgulho cego, desmedido,
insensato?! Quantos pedidos de desculpas que mediariam uma solução, deixaram de
ser oferecidos, devido à falta de humildade?! Quantas guerras nasceram no
ventre da arrogância, que poderiam ser contornadas, evitadas, simplesmente
abortadas antes de nascerem, com um simples e singelo gesto de humanidade?! O orgulho
é o arrecife escondido que naufraga o navio da alma, o iceberg que congela o coração.
Entretanto, na mesma proporção que Deus odeia a arrogância, Ele ama a humildade. "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" (1 Pedro 5.5).
Vale lembrar que aqueles que andam em orgulho, Deus pode a qualquer
momento humilhar; mas, aos que andam em humildade, Ele pode vir a usar.
O Rei Nabucodonosor que o diga, pois aprendeu a duras penas a sua lição
de humildade. Levou sete anos, mas ele entendeu muitíssimo bem o recado. Suas palavras
são dignas de um epitáfio: "(Deus) tem poder para humilhar aqueles que vivem
com arrogância" (Daniel 4.37).
Nós podemos extrair um grande aprendizado na história de Nabucodonosor.
Em nossos dias as pessoas se tornaram o centro de tudo, nunca o ego foi tão
valorizado, entronizado ou esteve tão em alta como agora. Alguns de nós já tornaram
a autopromoção uma obra de arte, estar nas redes sociais tornou-se o sonho de
consumo, mostram-se comendo, passeando, malhando, em reuniões... O apóstolo
Paulo nos alertou que isso ocorreria. "Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão
tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes,
blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família,
irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores,
precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo
aparência de piedade, mas negando o seu poder" (2 Timóteo 3.1-5).
Então o que podemos assimilar da história do Rei Nabucodonosor: Deus controla
os reinados humanos e Ele é conhecido por humilhar um líder orgulhoso,
presunçoso e cheio de si.
"Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece.
Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir" (Daniel
2.21).
É Deus quem julga: Humilha a um, a outro exalta" (Salmos 75.7).