sábado, 30 de setembro de 2017

Filhos do coração



O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.

                                      Romanos 8.16

Para termos uma boa avaliação do privilegio que recebemos, façamos uma retrospectiva:
Todos indistintamente estamos na mira de Deus, sujeitos ao Seu julgamento, não há saída ou escape – nosso coração corrupto, contaminado pelas injustiças praticadas, são iniquidades, erros, revoltas, rebeldias – de modo algum Deus pode desconsiderar nossos pecados que são tantos; estamos atolados, enlameados e impossibilitados de nos aproximar, ou mesmo nos fazer ouvir por Ele.
Mas, Seu infinito amor por nós, faz com que Ele ainda Se importe conosco e não nos perca de vista em momento algum; embora muitos de nós passamos por essa vida sem nem mesmo tomar conhecimento da existência Dele...
Inesperadamente, sem qualquer prévio aviso, numa atitude de extrema liberalidade, que deixa os céus completamente embasbacado e de boca aberta – Ele assume a pena (que Ele mesmo estipulou em Sua Justiça) pelos pecados que nós cometemos – e num único ato que só Ele seria capaz, cumpre a própria Lei cabalmente na cruz – numa única ação, Deus satisfaz e cumpre Sua  justiça, aplaca Sua ira, nos reconciliando Consigo e expõe ali a profundidade e a extensão do Seu infinito amor.
E nós, Pedro, João, Maria, José... não importa; quando Ele passa a habitar em nós, somos recriados por Ele, recebemos o perdão, passamos a fazer parte da família – se Ele tão somente limpasse a nossa barra, tornasse nossa ficha limpa, já seria magnífico – mas Ele vai além, Seu amor é infindável, Sua graça e misericórdia se renovam sobre nós a cada manhã – Ele nos recebe como filhos, e agora temos sobrenome e herança divina.
Não é mesmo estupendo este privilégio?
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (João 1.12).
"Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.

Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada" (Romanos 8.17,18).

Palavra para o seu coração

Não me negues a tua misericórdia, Senhor; que o teu amor e a tua verdade sempre me protejam.

                              Salmos 40.11

Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!


                               Lamentações 3.22,23

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

As nossas petições


 Demandai-me acerca ... das obras das minhas mãos.

                                      Isaias 45.11

Nosso Mestre e SENHOR Jesus adotou esse mesmo princípio, usou esse mesmo tom quando disse: "Pai...quero".
Josué ousadamente, falou dessa maneira, quando no calor do exercício do triunfo, apontou sua espada em direção ao sol que se punha, e ordenou: "Sol, detém-te"!
Na mesma intrepidez, Elias cerrou os céus por três longos anos e seis meses e posteriormente os abriu.
Lutero também destemidamente, falou com autoridade, ajoelhado junto ao leito do agonizante Melâncton já prestes a morrer e proibiu a morte de arrebatar a presa.
A alguns de nós cristãos, Deus concede o seleto privilégio de usufruir de um estreito e extraordinário relacionamento com Ele.
Já estamos bem habituados e familiarizados com as afirmativas dessa natureza: "As minhas mãos estenderam os céus e a todo o seu exército dei ordens" (Isaías 45.12); mas, nos embasbacamos e tropeçamos quando nos deparamos com as Palavras do texto acima, onde Deus nos orienta a demandar Dele, algo – é sem dúvida uma incrível mudança, um avanço e progresso no relacionamento.
Há aí uma vertiginosa e radical diferença de atitude entre essa ousada e intrépida postura e as orações hesitantes, duvidosas e titubeantes; extraídas de uma fé morna, insípida, a que rotineiramente estamos habituados, em que numa contínua repetição em eco, a mente divaga livremente enquanto balbuciamos palavras recitadas de cor, que perdem completamente a eficácia, o sentido e de modo algum surtem efeito ou alcançam o objetivo final.
Se bem analisarmos, por diversas vezes, em Sua vida terrena, o SENHOR Jesus diante de Si, concedeu aos Homens a dádiva de requererem Dele, algo – ao entrar em Jericó por exemplo, Ele parou e disse aos cegos que mendigavam:
"Que quereis que eu vos faça"? Era o mesmo que dizer: Estou ao seu dispor – peçam o que quiserem e executarei!
Podemos também nos lembrar de como Ele depositou na mão da mulher siro-fenícia os Seus recursos e permitiu a ela servir-se deles como bem entendesse.
Como nossa finita e limitada mente mortal pode perscrutar, avaliar com clareza a dimensão, a profundidade, o pleno significado da posição em destaque, a que o nosso SENHOR e Deus; amorosamente, graciosamente, misericordiosamente eleva os Seus pequeninos?
"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Isaías 41.14).

"Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino" (Lucas 12.32).

Palavra para o seu coração

A ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.

                                   Daniel 7.14

Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,


                                   João 1.11,12

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Novos paradigmas


Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.

                                          João 16.33

Incrível a transparência e autenticidade do SENHOR para conosco, Ele não fez nenhum floreio, nada escondeu ou amenizou – prontamente revelou que enquanto trilharmos as ladrilhadas calçadas dessa vida mundana, enfrentaremos instabilidades circunstanciais, são momentos de angustia, preocupação, tristezas, dores...
As tristezas, dores, derrotas, enfermidades nos afrontarão, fustigarão e castigarão nossa alma e nosso corpo frágil, debilitado com o passar dos anos. Trágicas separações dividirão os lares, as famílias e os que nos são caros. A morte inesperada transformará crianças e jovens em órfãos, cônjuges em viúvos, anunciando a chegada preocupante da solidão, instabilidade e fragilidade da vida terrena. As intempéries, cataclismos, tormentas, pestes e epidemias afligirão e açoitarão povos e nações...
Não sejamos ingênuos a ponto de esperar por outra perspectiva e outro cenário.
Entretanto, não podemos nos encolher, acovardar, temer e tremer diante do riso sarcástico e debochado do inimigo que ciranda a bel prazer o cenário histórico diante de nós. Não é porque o time adversário está levando a melhor que vamos desanimar e simplesmente entregar o jogo.
O nosso Mestre e SENHOR afirmou que a tarefa foi cumprida:
"Está consumado"!(João 19.30).
A batalha já foi concluída, a luta está acabada – já sabemos antecipadamente quem subiu ao pódio. Então estejamos apenas atentos, vigilantes, sóbrios, em constante estado de alerta, mas nunca desesperados e aflitos. Estamos apoiados e embasados em nada menos que a Palavra do Rei dos reis, e em Seu próprio Testamento que jamais será mudado.
Só resta a Satanás alguns breves momentos, em pouquíssimo tempo, bem antes do que muitos imaginam; as ultimas voltas do seu circuito estarão concluídas, e o que a ele está reservado se cumprirá.
Ficamos sempre ansiosos diante do calendário na expectativa da viagem de férias, o dia do pagamento, o aniversário do ente querido, a aquisição de algum bem, a estréia do filme esperado... e quanto mais a data se aproxima maior se torna a expectativa e a ansiedade – e isto também se aplica à nossa fé, estamos vivendo os derradeiros momentos do tempo de Deus, está a cada vez mais próximo e já se avizinha o dia da vitória final.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim" (João 14.1).

Palavra para o seu coração

Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deliciará na mais fina refeição.

                                  Isaías 55.2

Declarou-lhes Jesus: Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu.

                                  João 6.32

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O exercício do perdão


Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês.

                                 Filipenses 4.9

Sempre que surge o tema "perdão", vem em mente "humildade", pois o humilde tem facilidade para perdoar, sabe que a vingança cabe somente a Deus.
Então a cena do lava pés, invade a nossa memória, e sem quer voltamos a indagar: "como o SENHOR pode ser tão bom para nós"? – ajoelha-Se humildemente diante de nós, toma os nossos sujos pés em Suas santas mãos, e calmamente os lava, esfrega entre os dedos, remove toda a sujeira encontrada.
Sim exatamente, ao lavar os pés dos discípulos, simbolicamente, Ele de igual modo, lavava os nossos – somos hoje a continuação do Livro de Atos, que ainda está em andamento, a História continua até que todas as profecias se cumpram... estamos também no cenário que se descortina a cada dia – somos lavados por Ele, não da poeira da estrada, mas dos pecados que acumulamos pelo caminho...
Depositar os pés na bacia do Mestre é expor as partes sujas e comprometidamente mundanas do nosso "eu", nas mãos santas e purificadoras do SENHOR. Naquele tempo, em Sua cultura, os pés das pessoas tornavam-se grossos, endurecidos, pelo suor, terra, poeira, lama; os calçados eram em sua grande maioria, sandálias. Os serviçais nos eventos, festas e reuniões, eram incumbidos de providenciarem a limpeza dos pés dos ilustres convidados.
Entretanto, o SENHOR Jesus assume o papel do servo – Ele se dispõe a lavar, limpar, purificar as partes sórdidas, medonhas, encardidas da nossa vida. Se assim o permitirmos, pois somente quando reconhecemos e confessamos que estamos endurecidos pela sujeira, crostas que adquirimos pelo caminhos errantes; e a nossa debilidade e dificuldade para nos limpar, é que a água do Servo vem sobre nós.
Muitas vezes o nosso orgulho quer falar mais alto, e assim como Pedro, tentamos resistir – "Não estamos tão sujos assim, Mestre, não Se dê ao trabalho; apenas umas gotículas já são o suficiente, estamos praticamente limpos"!
Que falsidade, mentira deslavada!
"Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós" (1 João 1.8).
Jamais seremos limpos, se humildemente não percebermos e confessarmos que estamos sujos – quanto mais nos aproximamos do SENHOR, mais as nossas debilidades se acentuam e tornam-se expostas e aparentes. 
E enquanto não permitirmos que o SENHOR Jesus, aquele a quem ferimos, lave completamente os nossos pés, jamais seremos capazes de também lavar os pés daqueles que nos feriram – e este é o caminho para o perdão – jamais perdoaremos alguém, além do que o SENHOR também já nos perdoou. Sim, basta que O deixemos lavar os nossos pés imundos, para que tenhamos forças para também lavar os pés dos outros.

"Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas" (Mateus 7.12).

Palavra para o seu coração

Virão muitos povos e dirão: Venham, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacó, para que ele nos ensine os seus caminhos, e assim andemos em suas veredas. Pois, a lei sairá de Sião, de Jerusalém virá a palavra do Senhor.

                                    Isaías 2.3

Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura.


                                    Hebreus 10.19-22

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Deus através da Palavra


 "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado".

                               João 15.3

O maior e mais importante conhecimento que o Homem pode adquirir é o conhecimento de Deus.
"Quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o SENHOR", (Jeremias 9.24).
Não possuímos esse conhecimento naturalmente.
"Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus" (Romanos 3.10,11).
Embora todos saibam que Deus existe.
Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe" (Salmos 14.1).
"Pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças"...(Romanos 1.19-21).
Porém, saber que Deus existe está bem longe de conhecê-Lo – pois conhecê-Lo pessoalmente envolve salvação e vida eterna.
"Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17.3).
Verdadeiramente devemos nos alegrar com o fato de que o próprio SENHOR deseja sinceramente que todos cheguemos a este conhecimento – e é bem por isso que Ele nos fala e Se revela através da Sua Santa Palavra, nos descrevendo os meios através dos quais podemos estreitar nossos laços e vir a conhecê-Lo mais profundamente.
O incrível é que por mais que O conheçamos, sempre há muito mais para aprender Dele. A Bíblia relata que esse conhecimento é maravilhosíssimo:
"Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir" (Salmos 139.6).  
Inexcrutável:
"Grande é o Senhor e digno de ser louvado; sua grandeza não tem limites" (Salmos 145.3).
"Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos"! (Romanos 11.33).
Seu entendimento é infinito:
"Grande é o nosso Soberano e tremendo é o seu poder; é impossível medir o seu entendimento" (Salmos 147.5).
E já que o nosso conhecimento divino é bem limitado, nada melhor que incrementá-lo buscando o crescimento espiritual. Paulo, por sua vez, ora para conhecer melhor a Deus:
"Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Filipenses 3.10,11).
O apóstolo Pedro nos exorta a crescermos no conhecimento do SENHOR:
"Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3.18).
Sem dúvida alguma, o desenvolvimento na comunhão e intimidade com Deus por alguém, constitui-se num dos maiores deleites e prazer que a vida Cristã nos reserva.
A Escritura também nos revela que Deus não pode ser conhecido pessoalmente longe da Sua Palavra. Ela contém o Evangelho em que devemos crer:
"Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória" (Efésios 1.13,14).
E o Evangelho trás em si mesmo a fé salvadora:
"A fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo" (Romanos 10.17).
O Evangelho portanto, pode ser chamado de "o poder de Deus para a salvação":
"Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1.16).
O papel que as Escrituras e o Evangelho desempenham sobre fazer o Homem conhecer a Deus é destacado em tres importantes formas:
O Evangelho é o novo nascimento:
"Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou" (Tiago 1.18).
Ele é semelhante à semente plantada, pela qual a concepção ocorre, é como um agente purificador através do qual  gradativamente limpa o pecador com um banho espiritual, resultando em salvação.
"Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra", (Efésios 5.25,26).
Na verdade as Escrituras são como um professor que esclarece e trás a sabedoria que conduz à salvação.

"Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus" (2 Timóteo 3.15).

Palavra para o seu coração

E disse: Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem.

                                  Daniel 2.20

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações.


                                  Apocalipse 15.3

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Anzol ao mar!


O que você acha, Simão? De quem os reis da terra cobram tributos e impostos: de seus próprios filhos ou dos outros?
Dos outros, respondeu Pedro.
Disse-lhe Jesus: Então os filhos estão isentos. Mas, para não escandalizá-los, vá ao mar e jogue o anzol. Tire o primeiro peixe que você pegar, abra-lhe a boca, e você encontrará uma moeda de quatro dracmas. Pegue-a e entregue-a a eles, para pagar o meu imposto e o seu.

                                  Mateus 17.25-27

Para obtermos bom êxito em nossos propósitos, necessitamos estar afinados com Deus, é perceber o momento oportuno, isto é, discernir o Seu tempo sem nos antecipar ou ficar para trás.
Muitos de nós cristãos enfrentamos dificuldades, sofrimentos e provações em todas as áreas, inclusive à financeira. Há épocas em que nos sentimos tão desencorajados, fracos e deprimidos que nem sequer sabemos se sobreviveremos e superaremos as crises que nos assolam. Prestes a desistir, é como se esgueirássemos por um precipício. Talvez alguém entre nós esteja neste exato momento, se sentindo assim.
No entanto, se dermos ouvidos à mensagem do SENHOR, crer e agir de acordo com ela, pela fé, Deus não apenas nos libertará da opressão e depressão que assolam nossa vida, como também nos fará experimentar o milagre da motivação em trilhar prazerosamente os Seus caminhos, seguir e por em prática aos Seus ensinamentos, e a alegremente e fielmente obedecê-Lo.
É preciso tirar os olhos das circunstancias e da dimensão dos problemas e contemplarmos a grandeza de Deus! É hora de agir de acordo com a Sua Palavra, Ele prepara antecipadamente, conforme o texto em estudo, uma saída, um escape e uma solução de Mestre para todas as ocasiões.
Jesus realizou ali um milagre para ensinar a Pedro, a não confiar nos recursos humanos e a apoiar-se na provisão de Deus.
Jesus Cristo é o Filho de Deus - o Templo era a Casa de Seu Pai, e o Mestre não tinha a obrigação de pagar taxa alguma, pelos serviços religiosos. No entanto, para não ofender e melindrar os líderes judeus, e nos demonstrando o quanto devemos submeter-nos às autoridades constituídas; Jesus disponibilizou os recursos necessários para o pagamento cobrado.
Todas as atitudes de Jesus tinham um propósito divino. Ele poderia ter permitido que Pedro pagasse o imposto com recurso próprio, mas não o fez. Em vez disso, escolheu usar os recursos divinos.
Pedro não questionou a ordem recebida, nem pensou se tal coisa era possível; pois no mundo natural extrair uma moeda de um peixe, seria não apenas improvável, mas humanamente impossível. E ele nem precisou aumentar a sua fé para receber o milagre. Simplesmente acatou, obedeceu, agiu de acordo com a ordem – esperando receber o que Cristo havia prometido - ao tomar a atitude, Deus preparou um peixe especial com a quantia exata de dinheiro para quitar o imposto do Templo.
Diante de circunstancias adversas, temos que manter a expectativa de ver cumpridas as promessas do SENHOR em nossas vidas. E se esperarmos em Deus, nossa esperança não será frustrada, Ele mediará e trará a solução para os problemas que tanto nos afligem.
Não podemos interpretar a revelação divina com a nossa mente finita.
"Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vem do Espírito de Deus, pois lhe é loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente" (1 Coríntios 2.14).
Se Pedro houvesse limitado a intervenção de Cristo com pensamentos humanos, jamais teria recebido a provisão de Deus. Acharia absurdo pensar que um peixe o estava aguardando com o dinheiro do imposto na boca.
Deus nos liberta de qualquer situação adversa, mas não por meio das leis naturais deste mundo - Se tentarmos com os nossos conceitos humanos, entender e racionalizar o agir divino limitaremos o Seu operar, jamais compreenderemos como Ele irá prover a saída, a solução e o escape para cada ocasião específica.

Podemos sim clamar a Deus para que nos transporte para alem do limite da nossa razão - roguemos para que Ele eleve a nossa fé a um novo patamar, para que possamos crer e viver a expectativa de que o SENHOR nos libertará das limitações que nos aprisionam e distanciam dos Seus projetos e planos divinos, em nome de Jesus!

Palavra para o seu coração

Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.

                                   Isaías 53.5

Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.


                                   Gálatas 6.14

domingo, 24 de setembro de 2017

Na escola da Graça


Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.

                                         Tito 2.14

Não estaríamos errados ao afirmar que a graça é mais eficaz, mais eficiente que a lei, mas o que não podemos é fazer dela ocasião, oportunidade ou justificativa para viver desregradamente, de qualquer maneira. Ao contrário disso o objetivo da graça não é promover o caos e a desobediência, mas sim  uma vida sábia, reta e que agrade a Deus.
Muitos de nós, tempos atrás, já cometemos absurdos erros, em pleno domínio da razão, conscientes,  de que não muito depois, bateria um pesar, um remorso e arrependimento; e completamente desapontados, chorosos, viríamos diante do SENHOR clamar por misericórdia e perdão...
É como o espaçoso e confortável agir do homem que ao visitar Las Vegas, de lá por mensagem interrogou a um pastor local, sobre os horários dos cultos domingueiros – o pastor achou aquilo impressionante, logo imaginou tratar-se de um assíduo devoto, pois segundo ele, a maior parte dos turistas, tem como ultima opção, conhecer e visitar uma igreja...
Mas, o incrível mesmo foi quando o folgado turista confidenciou ao pastor: "Na verdade, não estou nem um pouco interessado na igreja em si, quero mesmo é me dar bem, tentar a sorte nas roletas, bons drinques, belas mulheres, boas e divertidas noitadas – mas o problema é que, se conseguir me divertir um terço do que planejo, serei obrigado a ir ao culto no domingo para me confessar"!
Seria esse o trabalho, a missão da graça?! Cometemos escabrosos pecados, maldades e iniquidades a valer, e depois corremos para Deus – tipo: "Perdoa estes SENHOR e mais alguns que deixei para amanhã"? Ora vamos, como podemos pedir perdão se não houver um contrito arrependimento? Estaria Deus agora interessado em incrementar, incentivar e financiar a desobediência? É certo que não. Deus, não é Deus de confusão.
"Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada" (Ezequiel 18.20).

"Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tito 2.11-13).

Palavra para o seu coração

No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, que dizia: "Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia". Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: "Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.

                                        Apocalipse 1.10-18

Escreva claramente a visão em tabuinhas, para que se leia facilmente. Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará.

                                        Habacuque 2.2,3

sábado, 23 de setembro de 2017

Em meio ao deserto



Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto.

                             Marcos 1.12

Quiséramos crer que a vida de Jesus aqui se resumisse em experiências lindas, um verdadeiro paraíso terreno... Mas, bem longe disso, dir-se-ia uma prova no mínimo estranha, do favor divino, este período no deserto.
Mesmo porque, quem estaria preparado para "logo" após as bênçãos do céu aberto, a descida do Espírito em forma de pomba, a aprovação na voz do Pai: "Tu és o meu Filho amado, em Ti me comprazo"! Quem diria, que logo após uma tremenda e abençoada revelação deste quilate, pudesse ter que enfrentar uma prova de tamanha magnitude, como a batalha que o nosso Mestre enfrentou no deserto?
Mas contrariando nossa expectativa, sempre após alcançar-se o ápice, é que surgem os momentos de profunda depressão, lutas intensas, batalhas acirradas...
Quantas vezes, nos deparamos intrigados a indagar: "como é possível, em um dia estarmos a flutuar nas alturas, como se pisássemos o esplendor das nuvens, e logo no outro, o abatimento nos surpreende e nos lança no pó, como se removêssemos e arrastássemos a carga de uma tonelada sobre os já feridos ombros"...
Sem entender, ficamos a imaginar, porque "logo" imediatamente após o conforto da benção, é que surgem as provas – quem sabe seja exatamente para nos preparar para os lugares áridos, os Calvários, Getsêmanis, desertos intransponíveis que a luz do SENHOR resplandece sobre nós; nos levantando, capacitando, fortalecendo para que possamos resistir, irmos mais fundo, iluminarmos as trevas com a luz Dele incrustada em nós; como tochas acesas, incandescentes para os que jazem na escuridão, e mesmo em meio as nossas fraquezas e debilidades sermos arrimo, apoio e amparo aos desamparados e desfavorecidos mais errantes do que nós?
Acontece que nem sempre estamos preparados, prontos para o deserto, a maratona é dura, necessitamos de uma forte envergadura, uma rija musculatura espiritual, e nesse treinamento não podemos negligenciar nenhuma etapa, somente após a experiência do Jordão, poderemos prosseguir – nada melhor que a completa rendição ao Filho do Deus vivo, nosso único e suficiente Salvador; pode nos preparar e tornar aptos diante da missão que o Espírito Santo nos destinará e colocará em nosso coração. 
Somente o rompimento com os valores mundanos, a total entrega, comunhão, intimidade, a glória do batismo podem capacitar-nos a suportar e superar a fome e a aridez do deserto.

"Senhor, restaura-nos, assim como enches o leito dos ribeiros no deserto. Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão" (Salmos 126.4,5).

Palavra para o seu coração

Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro!
Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso lhes trará completa vergonha; a sua desonra jamais será esquecida.

                                         Jeremias 20.11


Ainda que caiam mil ao teu lado e dez mil à tua direita; tu não serás atingido. Simplesmente olharás, e verás o castigo dos ímpios.


                                         Salmos 91.7,8

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O salário do pecado


As suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá.

                                   Isaías 59.2

"Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue" (Hebreus 12.4).
Após a morte de Saul, Davi que era um proeminente e bem sucedido comandante do exército de Israel tornou-se então o rei – apesar de não conhecer derrota em suas batalhas, deixou-se vencer pela lascívia – adulterou com Bate-Seba, e na tentativa de ocultar o erro, planejou o assassinato do marido dela, que servia numa unidade do seu exército.
"Um abismo chama outro abismo" (Salmos 42.7).
Assim como nós, Davi não era blindado ou imune à tentação – o inimigo estuda o tempo todo, os nossos pontos vulneráveis. Ao pecar, logicamente Deus o considerou responsável por suas atitudes – ele tinha uma escolha, uma opção diante da apelativa tentação ao prazer da carne.
"Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça", (2 Timóteo 2.22).
"Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês... Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração" (Tiago 4.7,8).
Quando racionalizamos sobre os nossos pecados pessoais, e muitas das vezes tentamos amenizá-los e de alguma maneira atenuá-los, como se houvesse classificação para dimensioná-los diante do SENHOR... pobre de nós! 
Vale lembrar que foram precisamente pequeninas transgressões e sutis iniquidades como essas, que facilmente e quase que inconscientemente ou deliberadamente cometemos diariamente, que levou o nosso amado Mestre e SENHOR Jesus à morte na cruz.
E quando observamos mais de perto, percebemos que atrás da proposta do pecado, há sempre meio que camuflado um super ego orgulhoso, cheio de si, como um querer ser o dono da situação, o seu próprio senhor e deus...
"Ah! Isso é muito simples, todos agem assim mesmo! Se eu não me aproveitar, vão achar que sou um tolo! Ora, vamos, não sou melhor do que ninguém, não sou de ferro, não é verdade?! Afinal, a carne é fraca"!
Mas, em todo o tempo estamos aqui fazendo escolhas, diante de cada circunstancia que surge, embora as decisões e escolhas tomadas em essência pareçam não produzir alteração no desenrolar histórico, pois as alternativas giram sempre em torno da cega vontade egoísta humana ou o imperioso querer dominante divino...
Não podemos jamais nos eximir ou fugir da responsabilidade de nossas escolhas, são elas as responsáveis por nossa futura colheita. Pois tudo o que plantarmos, certamente colheremos... O sofrimento, a dor proveniente do pecado é o pivô de todo problema que enfrentamos, o nosso escape atenuante é saber que no meio de tudo há uma cruz e uma ressurreição em resposta, e uma oração proferida pelos lábios agonizantes do nosso Resgatador: "Pai, perdoa-os, pois não sabem o que fazem"...
"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem" (Provérbios 3.11,12).
"Graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida.Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Romanos 6.17,18,14).

"Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé" (Hebreus 12.1,2).

Palavra para o seu coração


Louvem o Senhor, todas as nações; exaltem-no, todos os povos!

                                   Salmos 117.1

Um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos.


                                   Efésios 4.6

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Deus através da oração


E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão.

                            Mateus 21.22

Logo após Israel invadir a Palestina, nos dias de Josué, os israelitas baixaram a guarda, foram então iludidos a assinar um tratado de paz, contrariando as Escrituras; com um vivaldino e enganador grupo de pagãos.
A causa desse trágico erro é claramente evidenciada na Palavra de Deus:
..."as nossas roupas e sandálias estão gastas por causa da longa viagem. Os israelitas examinaram as provisões dos heveus, mas não consultaram o Senhor. Então Josué fez um acordo de paz com eles, garantindo poupar-lhes a vida, e os líderes da comunidade o ratificaram com juramento. Três dias depois de fazerem o acordo com os gibeonitas, os israelitas souberam que eram vizinhos e que viviam perto deles" (Josué 9.13-16).
Aqueles pagãos, gibeonitas, só trouxeram confusão para Israel.
"Então os cinco reis dos amorreus,... reuniram-se e vieram com todos os seus exércitos - Cercaram Gibeom e a atacaram. Os gibeonitas enviaram esta mensagem a Josué, ao acampamento de Gilgal: Não abandone os seus servos. Venha depressa! Salve-nos! Ajude-nos, pois todos os reis amorreus que vivem nas montanhas se uniram contra nós! Josué partiu de Gilgal com todo o seu exército, inclusive com os seus melhores guerreiros" (Josué 10.5-7).
"Durante o reinado de Davi, houve uma fome que durou três anos. Davi consultou o Senhor, que lhe disse: A fome veio por causa de Saul e de sua família sanguinária, por terem matado os gibeonitas. O rei então mandou chamar os gibeonitas e falou com eles. (Os gibeonitas não eram de origem israelita, mas remanescentes dos amorreus. Os israelitas tinham feito com eles um acordo sob juramento; mas Saul, em seu zelo por Israel e Judá, havia tentado exterminá-los). Davi perguntou aos gibeonitas: Que posso fazer por vocês? Como posso reparar o que foi feito, para que abençoem a herança do Senhor? Os gibeonitas responderam: Não exigimos de Saul ou de sua família prata ou ouro, nem queremos matar ninguém em Israel. Davi perguntou: O que querem que eu faça por vocês? e eles responderam: Quanto ao homem que quase nos exterminou e que pretendia destruir-nos, para que não tivéssemos lugar em Israel, que sete descendentes dele sejam executados perante o Senhor, em Gibeá de Saul, no monte do Senhor. Eu os entregarei a vocês, disse o rei" (2 Samuel 21.1-6).
Podemos claramente observar pelo exemplo acima citado, o quanto é imprescindível caminharmos e moldarmos a nossa existência dentro dos parâmetros e da vontade de Deus. E um importante fator a se levar em conta em se tratando de conhecer a vontade divina para nossa vida, é sem dúvida alguma a oração.
"Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida" (Tiago 1.5).
"Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus"(Tiago 4.4).
"Faze-me ouvir do teu amor leal pela manhã, pois em ti confio. Mostra-me o caminho que devo seguir, pois a ti elevo a minha alma.
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano" (Salmos 143.8,10).

Palavra para o seu coração

Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.

                                       Isaías 53.8

Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito.


                                       1 Pedro 3.18

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Supremo Prazer


Bem aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.

                                 Mateus 5.3

Mesmo diante do atual cenário adverso que enfrentamos, há em Deus a promessa de um prazer supremo – e este é um compromisso Dele com um exclusivo e seleto grupo de indivíduos:
Os pobres de espírito – são estes os pedintes, caminheiros errantes, dependentes enfileirados famintos, na expectativa do sopão celeste;
Os que choram – são os pecadores de toda sorte, viciados, dependentes, que reconhecem sua miserável condição e lamentam seu estado deplorável – estão rendidos à total dependência da graça, amor e misericórdia divina;
Os misericordiosos – portadores de um grande senso de liberalidade, herdeiros conscientes de uma imensurável fortuna, são desprendidos o suficiente para compartilhar seus dotes até mesmo com os próprios inimigos;
Os puros de coração – voluntariamente se doam em prol do próximo - cuidadores, colaboradores, médicos que abrem mão do próprio conforto, e se dispõem a cuidar de pessoas, leprosas, cancerosas, aidéticos, mutilados, flagelados, abandonados em asilos, orfanatos - entregam-se em uma profunda dedicação e zelo sem temerem o contágio da doença, para amenizar e atenuar a dor do próximo;
Os pacificadores – são os que julgam mais rendoso perder do que ganhar – são os dedicados arquitetos, mestre de obras incansáveis, caprichosos construtores de pontes, utilizam a madeira de demolição; sim, aquela mesma usada numa cruz romana;
Os perseguidos – são os que julgamos azarados, mas que mesmo em meio ao pior cenário terreno, se negam a perder de vista as bem aventuranças e a viva esperança celeste...
Cada um dos membros, individualmente, destes errantes peregrinos terrestres, tem no SENHOR reservada uma promessa, uma suprema alegria celeste.

"Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus" (Mateus 5.12).

Palavra para o seu coração

Então o Senhor disse a Abrão: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados".

                                      Gênesis 12.1,3

E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.


                                      Gálatas 3.29

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O Bom Pastor


 O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

                    João 10.11

Oh bom Pastor que as almas refrigera – queremos sempre estar quietos a teus pés...
Quietos para assimilar, aprender, usufruir, conhecer e contemplar a Sua formosura... Guie os nossos passos, conduze-nos e atrai-nos para a Tua santa Presença.
Para receber o orvalho que dessedenta e que renova – e nos infunde o necessário vigor.
Pois duras são as lutas, as provas são cruéis e brutais as circunstancias – distante de Ti, nossa alma geme e chora, não há segurança, conforto ou esperança...
E diante dos perigos que a vida nos impõe, queremos sempre estar SENHOR, quietos a Teus pés!

"Fala, Senhor, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3.9).

Palavra para o seu coração

Pois todos me pertencem. Tanto o pai como o filho me pertencem. Aquele que pecar é que morrerá.

                                        Ezequiel 18.4

Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.


                                        João 17.2

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Amplitude da misericórdia


Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.

                                       Efésios 4.31,32

Quando discorremos sobre a misericórdia divina, não há como dissociá-la da infinita graça demonstrada pelo SENHOR a todos nós pecadores, disponibilizando-nos Seu perdão antecipadamente.
Podemos mentalmente rever a cena: Jesus cingindo-Se com o cinto de servo, segurando uma bacia com um jarro de água, curva-se diante de cada discípulo, humildemente desata as sandálias, e gentilmente passa a lavar-lhes os pés... São pés empoeirados, sujos, suarentos e encardidos após as longas e extensas caminhadas; um após outro até findar o último deles.
Certamente enquanto esfregava e removia a sujeira, mentalmente discorria sobre o que cada um deles estaria prestes a realizar – pés que dentro em breve já não caminhariam mais lado a lado com Ele, não compartilhariam nem defenderiam de imediato os Seus ideais – pés que em poucas horas, correriam e se distanciariam Dele, buscando refúgio e proteção temendo a guarda romana, O negariam, abandonariam logo ali mesmo no jardim do Getsêmani, em Sua intensa dor e solidão.
Mas isso não O dissuadiu, não O desanimou nem O esmoreceu, pelo contrário, mesmo ciente de todas as atitudes e reações que Seus discípulos estavam para ter... O negando, abandonando, traindo... Ele quis deixar Seu legado, registrar em suas memórias a cena dos joelhos do Mestre se dobrando diante deles, a água sendo despejada e Ele gentil e humildemente lavando-os – para que eles compreendessem que assim como os pés, seus corações também estavam limpos, pois Ele os perdoara os pecados, antes mesmo que os cometessem – antecipou-Se a oferecer sua graça e misericórdia antes mesmo que eles tomassem consciência da necessidade delas, mesmo sabendo o que estavam prestes a fazer algumas horas depois.
Sempre que tivermos dificuldade para administrar, desculpar, conviver ou perdoar as falhas, os desacertos com os que nos rodeiam, podemos relembrar esta cena da lavagem dos pés.
"Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.26-28).
  

Palavra para o seu coração

Pois tu, Senhor, abençoas o justo; o teu favor o protege como um escudo.

                                    Salmos 5.12

Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.


                                    João 15.10,11

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A melhor oferenda


 Ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor,

                 Hebreus 13.15

Em certa feita, já anoitecendo, um missionário adentrou pelo corredor estreito e escuro de um cortiço e, aos tropeços, desviando-se do lixo e dos entulhos, ouviu uma voz rouca que indagava:
- "Quem está aí? Quem é você, meu bem"?
Usando uma pequenina lanterna, pode divisar um nítido quadro de profundo sofrimento e intensa pobreza terrena, mas de terna confiança e completa paz interior... Um negro rosto moldado em ébano, de olhar profundo e tocante, incrustado e moldado entre as rugas e marcas da dura circunstancia daquela realidade – achava-se alí acomodada sobre alguns tijolos e latas que imitavam uma banqueta, uma velhinha enrolada em seus farrapos, na tentativa de se aquecer.
Era gélido e intenso o inverno daquele ano, e ele notou que ela não tinha fogo para se aquecer, nem brasa, nem carvão e nem luz. Ao questioná-la descobriu também que já há dias não fazia uma refeição sequer... e parecia nada ter, senão artrite, reumatismo, barriga vazia e fé em Deus.
Intrigou-lhe a passividade, a calma, a fé e confiança que dela exalava, mesmo completamente alienada, exilada de circunstancias agradáveis, situações favoráveis e até mesmo do primordial e o básico para a sobrevivência; e ainda assim aquela velha criatura cantava:
“Meu sofrimento ninguém vê – Ninguém, senão Jesus.
Meu sofrimento ninguém vê – Glória, glória, aleluia!
Há vezes em que estou lá em cima; há vezes em que estou lá em baixo;
As vezes, bem lá em baixo , rente ao pó... As vezes brilha luz ao meu redor! Glória, Glória, aleluia!
Meu trabalho ninguém vê... O meu problema ninguém vê... Minha alegria ninguém vê, ninguém, senão Jesus...
Glória, glória, aleluia”! E prosseguia cantarolando.
"Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.
De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo" (2 Coríntios 4.7-10).  
Somente através das Verdades da Palavra encontramos discernimento para podermos dimensionar, entender e descrever a disposição, consolo e o ânimo daquela velhinha de cor, sem qualquer perspectiva ou expectativa de futuro.
Nos faz lembrar de Lutero, em seu leito de enfermidade – entre gemidos de dor, ainda foi capaz de pregar: “Estas dores e aflições são como os tipos que os impressos assentam; como estão agora dispostos, temos que os ler de trás para diante, e parecem sem sentido; mas lá em cima, quando o SENHOR nos colocar na vida futura, descobriremos que eles formam uma escrita magnífica”.
E também o apóstolo Paulo, andando pelo convés do navio em pleno temporal, confortava a tripulação – ‘Tende bom ânimo’...

Paulo, Lutero e a velhinha de cor são como girassóis, olhando sempre para o lado luminoso, se negam a contemplar as trevas, olham para a face de Deus. (W. C. Barnett).

Palavra para o seu coração

E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.

                                      Gênesis 1.31

Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas.


                                      Apocalipse 4.11