Usou a justiça como couraça, pôs na cabeça
o capacete da salvação; vestiu-se de vingança e envolveu-se no zelo como numa
capa.
Isaías 59.17
Vestindo a couraça da justiça, Jesus veio a
terra, resistiu à tentação e viveu livre do pecado, derrotou Satanás e destruiu
o poder do pecado, da enfermidade e da morte. Vestindo a couraça da justiça,
Jesus apresentou-se como oferta, como o Cordeiro de Deus sem mancha e sem
defeito (1 Pedro 1.19), pelos pecados da humanidade. Vestindo a couraça da
justiça, restaurou o homem, colocando-o na condição de justo diante de Deus,
reconciliando-o com o Pai, libertou-o da influencia do pecado e trouxe a possibilidade
de uma vida livre!
Quando nos vestimos da mesma couraça da
justiça, recebemos poder do Espírito Santo e ficamos imunes aos ataques satânicos,
resistimos a qualquer tentação, somos libertos para vivermos em justiça diante
de Deus, tornamos justos da mesma forma em que Cristo é justo.
A segunda parte da armadura do soldado
romano, colocada antes da partida para a batalha, era a couraça. Ela cobria o
corpo do pescoço até as coxas, era uma peça frontal, mas cobria também as
costas.
A couraça era um componente importante da
armadura, porque protegia a parte principal do corpo (e a mais vulnerável),
onde estão localizados os órgãos vitais, era conhecida como a "protetora
do coração". O soldado podia sobreviver com a maior parte das feridas nos
braços e nas pernas, mas ferimentos no coração e em outros órgãos vitais eram frequentemente
fatais.
A couraça, protegendo essa área mais
vulnerável e importante do corpo, o peito, capacitava o soldado a ir à batalha
com ousadia e sem medo.
Como um guerreiro do final dos tempos,
devemos vestir TODA a armadura de Deus. Devemos estar plenamente equipados e
preparados para permanecermos fortes, intrépidos e irredutíveis contra os
ataques do inimigo. Após cingir a mente com a verdade, devemos enfrentar o
inimigo vestidos com a couraça da justiça.
"Assim, mantenham-se firmes,
cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça" (Efésios
6.14).
A couraça da justiça, uma peça da armadura
espiritual fornecida por Deus, capacita os cristãos a serem fortes na batalha.
Além de nos proteger, dota-nos de segurança e coragem para resistir aos ataques
do Inimigo — para ficarmos face a face com Satanás sem retroceder — e vencer
todos os seus ataques.
A
"couraça da justiça" refere-se à natureza do "novo homem",
que nos é dada pelo Espírito quando nascemos de novo. Paulo ordenou ao povo de
Éfeso que se revestissem "do novo homem, criado para ser semelhante a Deus
em justiça e em santidade provenientes da verdade" (Efésios 4.24).
No Novo Testamento, "justiça"
quase sempre se refere à integridade dos que se reconciliam com Deus. A palavra
grega para santidade, "hosiotes" não é muito comum, mas no versículo
citado significa "livre de contaminação".
A nova natureza que recebemos não é a nossa
natureza carnal recriada, é uma nova natureza espiritual. Como resultado, somos
restaurados a uma posição aceitável diante de Deus, libertos do poder do
pecado, que uma vez nos governou, nos escravizou, somos feitos justiça de Deus
em Cristo (2 Coríntios 5.21).
Essa nova natureza, criada em nós pelo
poder do Espírito Santo, torna-nos justos - faz com que nos
conformemos a vontade divina em nossos pensamentos, propósitos e nossas ações, capacita-nos a viver de acordo com os mandamentos de Deus.
Quando nos revestimos da couraça da
justiça, podemos obter vitória permanente sobre o pecado, assim como Jesus!
Muitos cristãos hoje não crêem que isso
seja possível. Não se consideram capazes de viver uma vida livre de pecado.
Cedem a natureza carnal e depois se desculpam: "Ora, somos humanos. Não
tem importância um pecadinho de vez em quando".
A Igreja já ouviu muito das mentiras de
Satanás! É possível termos na terra uma vida de vitória total sobre o pecado,
termos uma vida santa, separada para Deus, em meio à geração desonesta e
perversa na qual vivemos. O nosso preço foi muito elevado para Deus, para
banalizarmos nossas escolhas.
Mesmo antes de ser criada a terra, Deus
desejava para si um povo JUSTO, SANTO, SEPARADO que o amasse e servisse,
"porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis em sua presença" (Efésios 1.4).
A palavra grega para "santo" é “hagios”,
que significa "ser separado para Deus, a fim de refletir a sua
pureza".
Deus desejou para si um povo só seu, filhos
feitos à sua imagem, que refletissem a sua pureza, a sua glória e tudo que Ele
é em toda sua plenitude.
Essa santidade não é algo humano. Deus planejou moldar o ser humano à imagem
divina de justiça e santidade.
A palavra grega para "inculpável"
é “amomos”, que significa "livre de defeito" (como os animais que
eram apresentados para o holocausto).
Paulo recomenda aos filipenses: "Façam
tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornarem-se puros e irrepreensíveis,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na
qual vocês brilham como estrelas no universo” (Filipenses 2.14-15).
A palavra "inculpável", que se
refere à Igreja — a você e a mim — nesses versículos, é a mesma usada para descrever
Jesus como um cordeiro sem mancha e sem defeito (1 Pedro 1.19). Deus pretende
que sejamos santos e sem defeito, assim como Jesus é santo, sem mancha e sem
defeito!
Ele quer que sejamos conforme à imagem de
seu Filho, que cresçamos até a plena estatura de Jesus Cristo, possuindo todas
as suas virtudes - amor, paz, alegria e justiça!
A intenção suprema de Jesus para a Igreja,
quando se deu por nós, foi que, na plenitude dos tempos, Ele nos apresente como
igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e
inculpável (Efésios 5.27).
Jesus está voltando para os que são santos,
separados, inculpáveis e sem mancha ou ruga. Não podemos ser enganados pelas
mentiras de Satanás.
Sabemos que Deus quer que sejamos santos,
assim como Ele é santo (1 Pedro 1.16), e que sem santidade ninguém verá o
Senhor (Hebreus 12.14).