Há alegria na presença dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende.
Lucas 15.10
Intriga-nos muitas vezes, o fato do Céu
alegrar-se pelo arrependimento de um simples pecador. Seria o caso de eles verem além, do que nossa rasa percepção alcança? Ou de saberem algo que ignoramos e
desconhecemos completamente?
O fato é que nossas limitações nos impede
de discernirmos o que eles dominam – simplesmente eles conhecem toda a pauta do
cerimonial celeste – sabem as surpresas que estão antecipadamente reservadas e
previamente preparadas.
Sabemos apenas que o céu será povoado por
aqueles que se deixaram transformar por Deus.
As exasperações, dores, angustias,
tristezas ficarão – as discussões terão fim, pois o ciúme, inveja, concorrência
não mais existirão – traições, subtrações e suspeitas não serão levantadas,
porque lá não haverá segredos – todo pecado findará – todo temor, insegurança,
limitação, vergonha, timidez cairá em total esquecimento...
Ovelhas embranquecidas, trajes lavados;
trigo genuíno, sem joio ou ervas daninhas; ouro puro, livre de mistura, liga ou
contaminação; amor verdadeiro, nenhuma luxuria, nada de lascívia; esperança
real, convicção cristalina, nenhum temor, insegurança ou culpa...
Assim ponderando, fica fácil entender porque
os anjos festejam o arrependimento de um mero e pequenino pecador – eles estão
cientes de que em breve estará finalizada mais uma obra de arte para enfeitar a
galeria celestial. Eles sabem que cada pedra bruta após lapidação, tem o seu
nicho na galeria do Criador.
Então, por mais que nos sintamos
mergulhados e sufocados pelas adversidades, enganos, mentiras, vaidades,
ilusões, falsidades, perversidades deste mundo, não devemos perder a esperança
ou desanimar – aqui não é o nosso lar -
somos forasteiros - pertencemos ao Reino Celestial – estamos aqui só de
passagem – e enquanto aguardamos, convém estendermos as mãos e auxiliarmos outros
a encontrarem este mesmo Caminho, assim como nós.
"Caso continue vivendo no corpo, terei
fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois
lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor; contudo, é mais
necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo. Porque para mim o
viver é Cristo e o morrer é lucro" (Filipenses 1.22-24,21).