— "O que ele fez foi
inconcebível", mas Deus ocupa o único assento na corte suprema do céu. Ele usa a
beca e se nega a dividir o martelo. Por essa razão, Paulo escreveu: "Nunca
procurem se vingar, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito:'Minha é a
vingança; eu retribuirei', diz o Senhor" (Romanos 12:19).
Mesmo quando sofremos algo
que para nós é simplesmente:
“inaceitável, imperdoável”,
só que Deus nos diz: realmente, você está certo, mas não terminei meu trabalho
ainda.
Nossos inimigos ainda
figuram no plano de Deus. O pulso deles é a prova disso: Deus não desistiu
deles. Talvez eles estejam fora da vontade de Deus, mas não estão fora do
alcance de Deus. Honramos a Deus quando vemos os nossos inimigos, não como
fracassos, falhas de Deus, mas como projetos de Deus.
Além disso, quem nos
encarregou do serviço de vingança? Davi entendeu isso. Da entrada da caverna,
ele declarou: "O SENHOR julgue entre mim e ti. Vingue ele os males que
tens feito contra mim, mas não levantarei a mão contra ti... O SENHOR seja o
juiz e nos julgue"(24:12,15).
Perdoar é seguir em frente,
não pensar mais na ofensa, não justificar, endossar ou aceitar o ofensor,
simplesmente colocar o que pensamos sobre ele no caminho que leva ao céu, ver o
inimigo como filho de Deus e a vingança como algo que cabe a Deus.
Aliás, como nós,
recipientes da graça, podemos fazer menos que isso? Teríamos coragem de pedir
graça a Deus quando nos recusamos a transmiti-la? Esse é um grande tema de
discussão nas Escrituras. Jesus era duro com os pecadores que se recusavam a
perdoar outros pecadores, isto fica claro na história que contou sobre o servo
cuja dívida de milhões acabara de ser perdoada e se recusou a perdoar uma
dívida de alguns reais. Ele provocou a ira de Deus: "Servo mau, cancelei
toda a sua dívida... Você não devia ter tido misericórdia... como eu tive de
você?" (Mateus 18:32,33).
Em suma, transmitimos
graça porque recebemos graça.
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