segunda-feira, 21 de julho de 2014

Aos nossos inimigos

— "O que ele fez foi inconcebível", mas Deus ocupa o único assento na corte suprema do céu. Ele usa a beca e se nega a dividir o martelo. Por essa razão, Paulo escreveu: "Nunca procurem se vingar, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito:'Minha é a vingança; eu retribuirei', diz o Senhor" (Romanos 12:19).
Mesmo quando sofremos algo que para nós é simplesmente:
“inaceitável, imperdoável”, só que Deus nos diz: realmente, você está certo, mas não terminei meu trabalho ainda.
Nossos inimigos ainda figuram no plano de Deus. O pulso deles é a prova disso: Deus não desistiu deles. Talvez eles estejam fora da vontade de Deus, mas não estão fora do alcance de Deus. Honramos a Deus quando vemos os nossos inimigos, não como fracassos, falhas de Deus, mas como projetos de Deus.
Além disso, quem nos encarregou do serviço de vingança? Davi entendeu isso. Da entrada da caverna, ele declarou: "O SENHOR jul­gue entre mim e ti. Vingue ele os males que tens feito contra mim, mas não levantarei a mão contra ti... O SENHOR seja o juiz e nos julgue"(24:12,15).
Perdoar é seguir em frente, não pensar mais na ofensa, não justificar, endossar ou aceitar o ofensor, simplesmente colocar o que pensamos sobre ele no caminho que leva ao céu, ver o inimigo como filho de Deus e a vingança como algo que cabe a Deus.
Aliás, como nós, recipientes da graça, podemos fazer menos que isso? Teríamos coragem de pedir graça a Deus quando nos recusamos a transmiti-la? Esse é um grande tema de discussão nas Escri­turas. Jesus era duro com os pecadores que se recusavam a perdoar outros pecadores, isto fica claro na história que contou sobre o servo cuja dívida de milhões acabara de ser perdoada e se recusou a perdoar uma dívida de alguns reais. Ele provocou a ira de Deus: "Servo mau, cancelei toda a sua dívida... Você não devia ter tido misericórdia... como eu tive de você?" (Mateus 18:32,33).

Em suma, transmitimos graça porque recebemos graça.

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