quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Eternamente Vivo


Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre!

                                    Apocalipse 1.18

As vozes da natureza nos falam da ressurreição, são as estações que se renovam, explodem no colorido da primavera, nas luzes reluzentes do verão, no intenso frio do inverno, na nostalgia do outono... São larvas que se transformam em borboletas multi cores, são animais e aves que se perpetuam nos indefesos filhotes!
Empreitemos uma incursão pela vasta natureza, meditemos e deixemos nossa alma mergulhar fundo, impregnar-se desta esperança, desta convicção e certeza. Até que, assim como o apóstolo Paulo, mesmo caminhando pelo corredor da morte, sigamos eretos e triunfantes, com a paz do dever cumprido, da missão concluída, em certeza de fé, com a face serena e irradiando o intenso brilho da grandeza interior.
Mesmo por que, nosso SENHOR e Mestre Jesus está vivo, Ele não é o “grande eu fui”, nem o “grande eu era”, mas servimos ao grande “EU SOU”. Ele é a razão, a convicção, esperança e certeza do nosso amanhã. Cremos num SENHOR ressurreto; não necessitamos visitar um túmulo para adorá-Lo, mas basta direcionarmos o olhar para o céu, basta silenciarmos o coração para detectarmos Sua doce e santa Presença em nós, adoramos ao Cristo vivo, que está à direita do Pai e intercede o tempo todo por nos. Para que num breve futuro estejamos juntinhos Dele, e porque Ele vive, estamos convictos de que, por mais improvável que pareça, nós também viveremos!
"Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra e ressuscita em glória; é semeado em fraqueza e ressuscita em poder; é semeado um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual" (1 Coríntios 15.42-44).

"Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos,... os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados" (1 Coríntios 15.51,52).

Palavra para o seu coração

Eu lhes escrevi todos os ensinos da minha Lei, mas eles os consideraram algo estranho.

                                   Oséias 8.12


Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.


                                   Mateus 7.21

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Experimentados na dor


Entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.

                                      2 Coríntios 6.10

O estoico, imperturbável, e inabalável zomba daquele que se aflige e derrama lágrimas diante do sofrimento e da dor; ao cristão, porém, é permitido chorar. Vezes sem conta, nos tornamos alvos de chacota, diante de intensa dor, e permanecemos calados, enquanto a tesoura do tosquiador roça nossa tremula carne... mas quando nossa cansada alma e fraco coração se abatem sob o peso de uma série contínua de labutas e provações, podemos buscar o equilíbrio e o alívio no choro.
No entanto, há ainda algo mais excelente e superior a isto.
Dizem que há lugares onde fontes de água doce brotam e saltam no meio das águas salgadas em pleno mar; e que as mais belas e raras flores dos Alpes se encontram nos recantos mais íngremes, mais agrestes, escarpados e quase intransponíveis das montanhas; e ainda que os mais profundos e sublimes salmos foram resultantes da mais intensa dor e agonia de alma.
Sendo assim, entre as diversas e sucessivas lutas e provas, aqueles que amam a Deus encontrará motivo de grande alegria, paz indizível e produzirão um legado para a geração vindoura. Embora um abismo atraia outro abismo, ainda assim, o cântico do SENHOR romperá o silencio sepulcral e se fará nítido e claro dentro da densa noite.
Sim, é possível, que mesmo no momento mais difícil e de extremo perigo e dor para o homem atravessar, ele consiga bravamente exaltar, louvar e bendizer ao Deus e Pai de nosso SENHOR e Mestre Jesus. Não se trata apenas de meramente suportar, a vontade e o querer de Deus, é também escolhê-la, regozijar-se nela, independentemente de quão difícil e desagradável que nos seja, com gozo inefável e cheio de gloria, por amor a Deus e ao Seu Reino.
"Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus" (Atos 16.23,24,25).

"Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda" (João 15.2).

Palavra para o seu coração

Sei que firme está o teu amor para sempre, e que firmaste nos céus a tua fidelidade.

                                     Salmos 89.2


Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.


                                     1 Coríntios 15.57

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Percepção aguçada


Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.

                                       Mateus 7.8

Certa vez, um cristão tipo “Tomé”, numa atitude de revolta incredulidade, desafiou ao SENHOR:
- Ei, coloque fogo no arbusto, como fez com Moisés; e eu O seguirei por onde for. Derrube as muralhas e os gigantes como fez com Josué e Davi; e eu lutarei e combaterei pelo Seu Reino. Acalme o revoltoso mar, como fez na Galileia, e eu O ouvirei e saberei que é o SENHOR agindo!
Com os sentidos aguçados, sentou-se por um tempo diante de um arbusto, depois, diante de um alto e sólido muro, e então se estacou diante do mar, e o homem desconfiado esperou Deus falar.
- E então, Deus? Nada? Fica mudo agora?
E o SENHOR, pacientemente, em Sua infinita misericórdia, respondeu sim.
Mandou fogo do céu, não sobre a vegetação e o arbusto, mas sobre uma igreja pequenina que O buscava em constante e devotada oração. Derrubou uma muralha, não de alvenaria, mas de pecados e iniquidades de um povo orgulhoso e corrupto de coração duro que persistia em caminhar no engano e no erro daquele povoado. Acalmou uma tempestade, não no mar, mas no oceano do intelecto, no intimo da alma, de uma geração obstinada e perdida.
E Deus aguardou silenciosamente que o homem cumprisse com sua palavra. Esperou, esperou e esperou...
Mas como o homem olhava apenas para os arbustos, não para os corações; para os tijolos, não para as vidas; para o mar, não para o interior do indivíduo; simplesmente concluiu que Deus absolutamente nada fizera. E finalmente, vencido pela demora, ousa interrogar ao Criador:
- Ué, cadê o Seu poder? Envelheceu?
E Deus, exercendo Sua grande misericórdia e com infinita humildade, retruca:
- E você, perdeu os sentidos? Cadê sua visão, audição e percepção... Enterrou os talentos que lhe dei?
"Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los" (Mateus 17.17).
Em nossa jornada cristã precisamos desenvolver e aguçar aos nossos sentidos, nossa percepção; aprender a fazer uma leitura espiritual da circunstancia e da realidade que nos cerca. Ouvir o que verdadeiramente o SENHOR nos revela, porque na maioria das vezes, não condiz com o que esperamos ou gostaríamos de ver e ouvir. Ele é o SENHOR, somos apenas os servos, trabalhamos no desenvolvimento do Seu Plano, Seu Projeto, Seu Reino; e não podemos esquecer que nossa visão, audição, entendimento estão muito aquém das realidades celestiais, sem Ele nada somos ou podemos.

"Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos... Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça... Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (João 15.15,16,5).

Palavra para o seu coração

Conheces as nossas iniquidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença.

                                     Salmos 90.8


Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.


                                     Hebreus 7.25

sábado, 26 de novembro de 2016

Controle de qualidade divino


 E ali os colocou à prova.

                       Êxodo 15.25

Na sala de provas das grandes indústrias de aço, há pequenas divisões e compartimentos, onde colocam as peças de aço após serem provadas. Cada peça recebe o número correspondente ao seu ponto de resistência. Algumas ficam retorcidas, outras são quebradas, esticadas, prensadas, comprimidas, encolhidas, amassadas até ao ponto máximo de resistência à tração, compressão, e todas trazem o registro de sua capacidade de tolerância total à tensão exposta. De forma que o responsável pelo controle de qualidade, saiba exatamente o que aquele material de aço suporta sob pressão; onde poderia utiliza-lo, se numa grande embarcação, navio, aeronave, edifício, ponte de sustentação, maquinários, viadutos, passarelas, rodovias... E esta informação imprescindível, só a sala de provas é que pode identificar, não há outro meio.
E é exatamente isto que acontece com os filhos de Deus. Ele não pode utilizar na Obra os vasos de cristais, vidros, porcelana. É necessário nos embates, que sejamos como essas peças de aço, enrijecidas, capazes de suportar torções e solavancos, compressões até ao máximo sem desfalecer, nem esmorecer ou melindrar.
Não podemos ser eternamente como plantas de estufa, numa redoma, mas nos tornarmos como os carvalhos robustecidos pelas tempestades; não sejamos apenas como as dunas de areia, movidos por qualquer rajada de vento, mas como as rochas de granito, provados pelos furiosos temporais. Entretanto, para que nos tornemos assim, é imprescindível passarmos pela sala de provas do sofrimento, só ali na fornalha da angustia, solidão e dor, nossa fé é provada, aprovada e solidificada.
É tremendamente simples, fácil demais falarmos e apresentarmos teorias sobre a fé, porém, o SENHOR no leva ao cadinho para refinar nosso ouro e separar dele as escórias e as imperfeições. Bem aventurados somos nós, se as tempestades, circunstancias, furacões que revolvem, encrespam o inquieto mar da nossa existência, tem o benéfico efeito de tornar o Mestre Jesus ainda mais real, vivo, precioso e presente ao nosso endurecido coração. Pois é infinitamente melhor enfrentarmos a tempestade com Deus, do que as águas mansas e calmas na ausência Dele.
O que seria de nós, se o Criador não usasse a escola do sofrimento para nos lapidar, amadurecer e alargar-nos a visão?

"O Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho" (Hebreus 12.6).

Palavra para o seu coração

Então o povo respondeu: Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses!

                                         Josué 24.16


Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada.


                                         João 14.23

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Mudança de foco


 Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto.

                              Lucas 4.8

O socorro, apoio, amparo, poder de Deus para nós, não são firmados em talismã da sorte, objeto sagrado, como arca, amuletos, ou qualquer outro artefato que possamos inventar e criar, mas em nossa constante obediência, fidelidade, comunhão, adoração, devoção, andar verdadeiramente com Ele; que sonda e conhece o nosso coração, nossos pensamentos e intenções.
À humanidade não remida é impossível contemplar o esplendor da glória do Altíssimo e permanecer vivo, é necessário que ela seja velada, atenuada, abrandada; para não aniquilar o Homem que é pó. Contudo, nosso Mestre e Salvador prometeu-nos que os puros de coração verão o SENHOR.
Isto nos remete a imaginação: Deus é Espírito, portanto, invisível, mas ainda assim o veremos tal como Ele é; Jesus é Deus, e certamente também O veremos na glória.
Podemos deduzir que no céu, as limitações desse corpo terreno deixarão de existir, seremos transformados. Teremos habilidades e poderes que não somos capazes de imaginar. Então podemos já ir exercitando nossa musculatura espiritual, deixarmos de lado a fé imatura e infantil, que necessita de objetos para se expressar.
A verdadeira adoração não se acha confinada a quatro paredes, a um lugar, um edifício cheio de vitrais, lustres, velas, altares, imagens, terços, rosários, lenços, flores, plantas, objetos, mantos, estolas, incensos, trombetas, vestuários; o poder e a grandeza de Deus transcende tudo isto...
"Nem sirvam aos seus deuses, pois isso lhes seria uma armadilha"(Deuteronômio 7.16).
Antes, em verdadeira adoração e comunhão, passamos da terra ao céu pela fé, adentramos ao Santíssimo lugar, e lá na presença de Deus, derramamos nossa alma, nos abrimos e nos expomos; louvamos, bendizemos, glorificamos ao nosso Criador, pelos Seus grandes feitos, pelas maravilhosas obras, por Seu perfeito amor, graça e misericórdia, por tudo o que Ele é e tem realizado a nós.

"Está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (João 4.23,24).

Palavra para o seu coração

Bendiga ao Senhor a minha alma! Bendiga ao Senhor todo o meu ser!

                                       Salmos 103.1


Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.


                                        Lucas 1.68

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Digno de Louvor


Aleluia! Louvem, ó servos do Senhor, louvem o nome do Senhor! Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para sempre! Do nascente ao poente, seja louvado o nome do Senhor!
                              
                                 Salmos 113.1-3

Louvar a Deus é reconhecer as glórias de sua excelsa Pessoa, é diferente da ação de graças, em que descrevemos e destacamos os Seus feitos e obras.
Somente Ele é digno de louvor (Salmos 18.3; 113.3);
"Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus", (Salmos 146.5).
Quando as circunstancias que nos rodeiam são incertas, só há uma certeza e uma esperança: Deus. Não há posição social, influencias ou status. Não há poderio militar, ciência, reputação, riqueza, conhecimento, sabedoria, amigos poderosos e influentes. Todos esses valores são vazios, irrelevantes, quando se trata de construir um firme fundamento para a vida, especialmente a vida eterna. As pessoas, situações, status, circunstancias vem e vão como a neblina da manhã. Confiar, firmar-se ou tentar obter ajuda junto a estes valores é tolice. 
Mas: "O Senhor reina para sempre! O teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia"! (Salmos 146.10).
Ele tudo pode, todo o poder está em Suas mãos.
É desejo de Deus que o louvemos (Salmos 50.23; Isaías 43.21);
Este louvor deve ser contínuo (Salmos 34.1; 71.6) e também público (Salmos 22.25);
"Cantem ao Senhor com ações de graças; ao som da harpa façam música para o nosso Deus" (Salmos 147.7).
Mesmo quando estivermos atravessando o deserto em nossos dias, precisamos louvar ao SENHOR; e quando nos encontrarmos no vale da sombra da morte, o louvor deve permanecer em nossos lábios. Quando estivermos cercados pelos inimigos, continuemos louvando ao SENHOR; quando desanimados, derrotados, cansados, exauridos pelos problemas, precisamos ainda mais louvar a Deus. 
Pois: "o Senhor levanta os abatidos" (Salmos 146.8). Ali, abrigados em Seus braços de amor, saberemos que o Seu amor nunca muda e que sua misericórdia dura para sempre (Salmos 136).
Por que: "o Senhor se agrada dos que o temem, dos que colocam a esperança no seu amor leal" (Salmos 147.11).
Devemos louva-Lo por Sua santidade (2 Crônicas 20.21), graça (Efésios 1.6), bondade (Salmos 135.3) e misericórdia (Salmos 138.2);
Toda a natureza louva-O (Salmos 148.7-10);
O sol, a lua e as estrelas O louvam (Salmos 19.1; 148.3);
Os anjos O louvam (Salmos 148.2).
O firmamento, as alturas, sol, lua, estrelas, mares, profundezas, criaturas, feras e animais domésticos, ventos, montes, montanhas e colinas, arbustos e árvores, povos, tribos, velhos, rapazes, moças, crianças, toda a criação louva ao SENHOR. Os Salmos 148 faz uma espécie de convocação, como se fosse uma chamada, exortando que toda a criação celebre a grandeza do Criador. Ele tudo criou e tudo sustem, pela Palavra do Seu poder (Hebreus 1.3); do contrário o universo inteiro se desfaria num enorme caos. Desde a criação, Ele mantém todas as coisas; e supre todas as necessidades da Sua criação.

"Ele estende os céus como uma tenda, e põe sobre as águas dos céus as vigas dos seus aposentos. Faz das nuvens a sua carruagem e cavalga nas asas do vento. Faz dos ventos seus mensageiros e dos clarões reluzentes seus servos. Ele firmou a terra sobre os seus fundamentos para que jamais se abale. Bendiga ao Senhor a minha alma! Ó Senhor, meu Deus, tu és tão grandioso! Estás vestido de majestade e esplendor"! (Salmos 104.2-5,1).

Palavra para o seu coração

Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!

                                   Salmos 32.1


"O tempo é chegado", dizia ele. "O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas"!


                                   Marcos 1.15

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Além do podium


Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

                                     Romanos 8.37

Nosso triunfo é completo, temos mais que simplesmente vitória. Não somente escapamos da perdição e da derrocada, mas também destruímos por meio Dele, nossos inimigos e ganhamos o mais valioso de todos os despojos que se possa desejar. Se passássemos o resto de nossos dias agradecendo, louvando, bendizendo ao SENHOR por todos os créditos a nós atribuídos, ainda seria insuficiente e irrelevante diante da grandeza de tudo o que Dele recebemos graciosamente.
Entretanto, como podemos nos aperfeiçoar nessa jornada, até tornarmos mais que vencedores? Adquirindo e adotando dia após dia, diante das lutas, durante os embates e conflitos, uma postura, uma disciplina que fortalecerá em muito a nossa confiança, a nossa fé, consolidará o nosso caráter espiritual.
A tentação, por exemplo, é uma ferramenta extremamente necessária em nosso treinamento, usada para nos firmar, confirmar e graduar na esfera espiritual. É como o fogo, usado na dosagem necessária e suficiente para firmar e tonalizar as cores da pintura em porcelana; ou como os ventos, que ao bater e açoitar bruscamente aos cedros os fortalece, os enrijece de forma a fixarem-se no solo.
Nossos conflitos espirituais, na verdade devem ser contados entre as mais preciosas bênçãos, pois nos promove e nos eleva; e o grande adversário é usado para nos treinar, para sua própria derrota. A tentação enfrentada vitoriosamente redobra-nos as convicções, fortalece a confiança e as nossas reservas espirituais.
Assim como o marinheiro sábio, os marujos experientes usam os vendavais para avançar favoravelmente, manobrando e aproveitando o seu impulso; da mesma forma, pela graça de Deus, podemos extrair lucro, tirar proveito de episódios e circunstancias negativas, que parecem ser as mais desagradáveis, desastrosas e adversas possíveis. Que possamos, a exemplo de Paulo continuamente, assim também dizer:
"Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem antes servido para o progresso do evangelho" (Filipenses 1.12).
Comumente pensamos que comodidade, tranquilidade e segurança são as condições mais favoráveis e benéficas da vida; no entanto, todos os homens nobres, destacados, marcantes e fortes provam ao contrário, que a resistência nas adversidades é que molda, firma os homens de caráter, e distingue uma mera e simples existência de uma vida singular e vigorosa. A dificuldade é a escola que forma o caráter.

"Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento"; (2 Coríntios 2.14).

Palavra para o seu coração

Diz o Soberano Senhor, o Santo de Israel: No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor, mas vocês não quiseram.

                                      Isaías 30.15


Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança.


                                      Gálatas 5.5

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mais louvores, menos argumentos!

Quando começaram a cantar e a entoar louvores, o Senhor preparou emboscadas contra os homens... que estavam invadindo Judá, e eles foram derrotados.

                              2 Crônicas 20.22

Como deveríamos num ímpeto de coragem e fé, argumentar menos, reclamar menos, resmungar menos sobre nossas lutas, dores, tristezas, aflições, dificuldades... e cantar, louvar, bendizer mais ao Deus Criador. Há infinitos argumentos, empecilhos que nos usamos como cadeias e algemas, meras desculpas esfarrapadas e que poderíamos muito bem usar como instrumentos sonoros, repletos de musicalidade, se apenas soubéssemos como. Nos tornaríamos menos amargos e  mais felizes, mais confiantes.
Aqueles de nós que ponderam, criticam, analisam, consideram, pesam as circunstancias e os dissabores da vida, estudam e dissecam o misterioso desenrolar da providência de Deus, e imaginam, indagam por que são eles dificultosos, sobrecarregados, tortuosos – quão mais abençoados, pacíficos, tranquilos e felizes seriam e quão mais festiva e alegre a sua vida se, ao invés de se permitirem ficar remoendo e revolvendo nesses pensamentos críticos e negativos, tomassem cada dia suas experiências, esperanças e expectativas e, apresentando-as, elevando-as à presença do Criador, Lhe agradecessem por elas, acatando as sugestões que Dele viessem.
É tremendamente mais fácil esquecermos os nossos cuidados e preocupações preenchendo com cânticos, louvores, do que com raciocínios, estratagemas e argumentações. Cantemos pela manhã, logo ao despertar.
Os pássaros são os primeiros a cantar, e são os seres mais felizes, independentes e livres de cuidados que conhecemos. Cantemos ao anoitecer. Cantar é a última tarefa que alguns pássaros realizam após completar seu trabalho diário, quando concluíram seu último voo, alimentaram seus filhotes e apanharam seu último bocado, então, no ramo mais alto, entoam satisfeitos um canto de louvor. Como seria benéfico se conseguíssemos cantar louvores, mesmo em pensamento, do amanhecer até ao anoitecer, se os nossos cânticos jubilosos enchessem os ares ao longo do dia.

"Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!" (Filipenses 4.4).

Palavra para o seu coração

Cumprirei os votos que te fiz, ó Deus; a ti apresentarei minhas ofertas de gratidão.

                                 Salmos 56.12


No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.


                                  1 João 4.18

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Mesmo durante a noite, Ele trabalha.


O Senhor afastou o mar e o tornou em terra seca, com um forte vento oriental que soprou toda aquela noite.

                                 Êxodo 14.21

Este versículo trás uma mensagem alentadora, reconfortante, nos revela que Deus age, opera, trabalha também no período noturno. A grande obra de Deus, Seu grande livramento para com os israelitas ali, não foi como um passe de mágica, tipo varinha de condão que se diz: "shazan" e o mar se parte em dois paredões, e a terra seca surge com um tapete de veludo vermelho, e um Anjo anfitrião a conduzir um a um pela mão, feito um desfile de passarela de um conto qualquer... Não foi tudo instantâneo, tipo: acordaram e após um soberbo desjejum, o Mestre foi até Moisés e disse: -"Olha só o que vou fazer"!!! E pronto, realizou. Nada disso, mesmo porque era um grande número de pessoas, homens, mulheres, crianças, animais; para atravessarem uma grande extensão de mar. Na verdade, Deus operou por toda aquela noite.
Da mesma forma, pode ser que Deus está realizando uma grande obra em nossa vida, embora imperceptível a nós até o momento. Quando tudo parece escuro, tudo parece perdido, sem sentido, sem saída, nos vemos sem opção, não conseguimos perceber coisa alguma; Deus está agindo, Ele está atento e operando, nada escapa ao Seu controle, Ele está na sala do comando.
E no dia seguinte Ele continuou a agir da mesma forma como havia feito por "toda aquela noite", até que todos tivessem concluído a travessia. Há ocasiões em que tudo ao nosso redor parece noite; fazemos um enorme esforço para não esmorecer e vacilar, para permanecermos confiando, mas não vemos os resultados. No decorrer da vida, não são só "altos", há também e muito mais "baixos" para atravessar, não são apenas vitórias constantemente; não há aquela comunhão e intimidade em todo o tempo; e aí tudo parece noite, tateamos no escuro.
São nesses momentos de desalento que precisamos lembrar: "O SENHOR fez retirar o mar... toda aquela noite". Deus opera mesmo durante a noite, nada pode impedir o Seu agir, Ele trabalha nas densas trevas, até trazer a luz. Mesmo quando nossas esperanças já se foram, e a noite se instalou, e nada podemos ver; enquanto esperamos em Deus, Ele está trabalhando.

"Olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam" (Isaías 64.4).

Palavra para o seu coração

Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados?

                               Lamentações 3.39


Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?


                               Lucas 6.41

domingo, 20 de novembro de 2016

O polimento de Deus


Ele me tornou uma flecha polida e escondeu-me na sua aljava.

                              Isaías 49.2

Em Pescadero, costa da Califórnia, há uma praia de seixos, famosa por sua singular beleza. As ondas de espuma branca, com seu murmúrio constante, bate com ímpeto sobre as pedrinhas, sacudindo, chocalhando, revolvendo num constante balé de vai e vem. Elas são impiedosamente arrastadas pelas bravas ondas e ora atiradas, ora rebatidas de um lado para outro, roladas chocam-se umas contra as outras, e roçam de encontro aos ásperos e cortantes recifes. E esse atrito é constante, noite e dia sem cessar; não há pausa ou descanso.
E qual o resultado, dessa labuta natural?
Afluem turistas do mundo todo para lá, atraídos pelas pedras lindas e arredondadas, lapidadas pela própria natureza. Elas são usadas como "souvenir", enfeites sobre escrivaninhas em escritórios, nas estantes das salas de visita, nos beirais das lareiras.
Mas, um pouco mais adiante, após os recifes que formam uma barreira contra a força do mar; há uma enseada quieta, preguiçosa, abrigada das tempestades, protegida das fortes ondas, sempre banhada pelo sol. Ali se encontram abundancia de seixos, totalmente ignorados pelos turistas, e visitante algum jamais se interessa por eles.
Por que são deixados ali esquecidos, sem nenhum interesse, sem ninguém procurá-los? Pela simples e obvia razão de que escaparam à fúria e ao atrito das ondas, e a quietude e a calma os deixaram como sempre foram: ásperos, pontiagudos, angulosos e desprovidos de qualquer beleza ou atrativo.
O polimento só é adquirido pela tribulação.
Visto que o Criador sabe exatamente qual é o nicho, a brecha que se destina a nós, que precisamos preencher, então convém que confiemos totalmente Nele para nos preparar para ela. E já que só Ele sabe que tarefa precisamos aqui realizar, confiemos Nele para nos adestrar, moldar e aparelhar convenientemente, como bem Lhe aprouver. Lembremos, porém, que quase todas as joias de Deus são cristais de lágrimas.

"Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome de Jesus" (Atos 5.41).

Palavra para o seu coração

Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos!

                                 Salmos 112.1


O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.


                                 João 15.12

sábado, 19 de novembro de 2016

Vencidos pelo amor


Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado.

                                    Efésios 1.5,6

A suprema Lei de Deus é o amor. Sempre assimilamos erroneamente, rendição e obediência com humilhação. Mas, no âmbito espiritual, quando nos rendemos ao amor de Deus e nos submetemos inteiramente a Ele, não nos sentimos humilhados, mas completamente livres leves e soltos, experimentamos uma paz real e duradoura que supera e impera sobre todas as demais emoções e sentimentos. Isto ocorre exatamente porque as leis de Deus não são como as leis do homem.
Nas Palavras do Mestre Jesus, a liberdade é definida como algo que adquirimos não através da imposição, do poder exercido, do controle sobre os demais, mas pela rendição. Não por intermédio das posses, mas através da liberalidade, pelas mãos abertas, pelo escolher servir.
Deus quer ver Seu povo livre e não escravo, filhos e não serviçais, regidos e governados não por força ou por lei, mas pelo amor. Foi por isso que Ele libertou Seu povo da escravidão do Egito, e nos libertou de nossas culpas, nosso legalismo.
Hoje temos liberdade para escolher orar, obedecer, amar ao Deus que tudo realizou por nós, e que ainda enche os nossos corações com o Seu próprio amor. Fomos libertos e perdoados pelo único Ser que tem poder para condenar-nos. Assim sendo, verdadeiramente estamos realmente livres, pois o amor de Cristo nos libertou!

"Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento" (Efésios 1.7,8).

Palavra para o seu coração

Deste-me vida e foste bondoso para comigo, e na tua providência cuidaste do meu espírito.

                                      Jó 10.12


Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.


                                      João 17.15

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Estágios da fé


Permite-me fazer mais um teste com a lã.

                               Juízes 6.39

Desenvolvemos nossa fé em estágios. Na primeira fase da nossa jornada cristã, só conseguimos crer se houver algum apoio, um sinal ou uma grande manifestação de sentimentos, emoções que confirmem nossas convicções. A exemplo de Gideão, apalpamos nossa lã e, se ela estiver encharcada e tudo o mais ao seu redor, estiver seco, nós nos dispomos a crer em Deus.
Esta fé pode sem dúvida alguma ser verdadeira, mas certamente é imperfeita, deixa a desejar. Exige sempre uma muleta, uma bengala para apoiar, como se estivesse “capenga”, insuficiente para sustentar-se, manter-se de pé, desestruturada sempre requer algum sentimento, uma emoção, um calafrio, um tremor, um sonho, uma confirmação, uma profecia, além da Palavra de Deus.
Quando conseguimos confiar em Deus sem nada, absolutamente nada sentir, indica que estamos crescendo, evoluindo, denotamos um bom avanço na fé. É uma grande benção crermos em Deus sem necessitarmos de nenhuma emoção.
O estágio inicial da fé apoia-se nos sinais e nas emoções favoráveis; o segundo e intermediário estágio da fé, um pouco mais avançado, consegue ainda crer, mesmo na ausência dos sinais e das emoções. Mas há uma terceira forma de fé, que transcende a essas maneiras acima citadas de crer em Deus e em Sua Santa Palavra, é quando as circunstancias, os sentimentos, os sinais, as aparências, as pessoas e a razão indicam exatamente o contrário, não há absolutamente nada que favoreça ou que apoie.
Paulo experimentou e exercitou muito bem este tipo de fé:
"Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias, e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento" (Atos 27.20).
Mesmo diante do caos que já havia se instalado, o apóstolo Paulo teve fé para afirmar:
"Tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito" (Atos 27.25).
Que Deus possa fortalecer e amadurecer a nossa fé de forma a fazer-nos confiar Nele e Sua Santa Palavra plenamente, com temor e com tremor, mesmo quando tudo ao nosso redor seja desfavorável e testemunham contra.
"E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la" (Jeremias 1.11).

"A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha palavra" (Isaías 66.2).

Palavra para o seu coração

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.


                                     Hebreus 12.1,2

O Senhor conduza os seus corações ao amor de Deus e à perseverança de Cristo.

                                     2 Tessalonicenses 3.5

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Guardar a fé


Mantendo a fé e a boa consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.

                              1 Timóteo 1.19

Se pudéssemos fazer uma retrospectiva na linha do tempo, e de repente fossemos surpreendidos, vivendo na época de Paulo e dos grandes apóstolos que seguiram o Mestre Jesus bem de perto.
Então adentraríamos o sistema penitenciário e tentaríamos com alguma sorte, uma exclusiva entrevista com a figura mais polêmica e problemática da época:
Percorreríamos os porões fétidos e úmidos do longo e escuro corredor, até encontrar-nos diante de uma pequenina sela, desprovida de tudo e sem qualquer conforto.
Paramos bem na frente de um homem que está no corredor da morte. Judeu de nascimento tem como profissão principal a construção de tendas, mas apóstolo por vocação, segundo o chamado recebido do próprio SENHOR.
Seus dias estão contados, e ele tem conhecimento disso. Então indagamos a nos mesmos, como repórteres curiosos, o que sustentaria esse homem, enquanto sua morte se aproxima, e como fantasma o ronda a cada dia? E como que mais para absorver seus conhecimentos e exemplo de vida, do que mesmo para atender a curiosidade, nos pomos a questioná-lo e ele gentilmente, como que grato pela companhia, passa a responder-nos:
- Você tem família, deixa algum parente, Paulo?
- Não tenho ninguém. Deixo apenas os irmãos que compartilham da mesma convicção e fé que prego e vivo.
- Como está sua saúde?
- Estou com o corpo quebrado, devido aos severos castigos a que tenho sido exposto, um tanto cansado... Mas tudo isso torna-se irrelevante, quando se caminha ao encontro da morte.
- Espera receber algum reconhecimento, benefício, alguma recompensa pelo seu grande trabalho e contribuição para o engrandecimento da cultura da sua Nação?
- Não aqui na Terra. E também qualquer premiação ou reconhecimento deste mundo, por mais valioso que pudesse ser, seria considerado refugo e esterco, comparado ao que me está proposto na esfera celestial...
- Nenhum bem, nenhum valor, nenhum parente... Quais são os seus valores, o que o motiva, o que você tem afinal de realmente importante, Paulo?
- Tenho a minha fé. E isso é tudo o que preciso, e o que me mantém focado a cada dia de espera.
E então brandamente, sem nenhuma expressão de temor, revolta ou pesar, recosta-se na parede nua do cárcere e abre um largo e espontâneo sorriso, que inspira confiança e grande paz interior.

"Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé" (2 Timóteo 4.6,7).

Palavra para o seu coração

Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você!

                                    Salmos 116.7


O Senhor conduza os seus corações ao amor de Deus e à perseverança de Cristo. Os meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois só ele tira os meus pés da armadilha.


                                    Salmos 25.15

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Disponíveis a Deus


Ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como instrumentos de justiça.

                                      Romanos 6.13

Quando paramos para analisar e meditar sobre a profundidade, as implicações que envolvem o ato sacrificial, a entrega do SENHOR Jesus por nós; percebemos a grandeza e o quanto podemos descansar e confiar no HOMEM que morreu por amor a nós.
E se nos dispusermos a levar a sério uma vida separada, dedicada, consagrada ao SENHOR, para servi-Lo voluntariamente, onde e para o que for necessário, abrindo mão de nossas próprias escolhas; só de pensar, um calafrio percorre a espinha e acabamos tremendo na base. Mas já sozinhos, no silencio da noite é como se o Santo Espírito suavemente nos sussurrasse: “Pode confiar no Homem que morreu por você”. Então num sobressalto voltamos a analisar a possibilidade de termos uma postura dedicada à comunhão e adoração, pois Ele é real, Suas promessas são verdadeiras; e não há nada mais grandioso ou urgente que o Seu chamado.
Contudo, os valores desse mundo, as circunstancias nos impulsionam a ponderar sobre nossos projetos inacabados, nossos planos e sonhos ainda não concluídos, as promessas, expectativas, decisões e escolhas que teríamos que declinar, a profissão que exercemos que de repente poderíamos ter que abandonar... novamente nos abatemos, sucumbimos na fragilidade e na incerteza...
E outra vez, pacientemente o Santo Espírito com um rápido impulso de poder e convicção, toca no íntimo do nosso coração: “Meu filho, você pode confiar no Homem que morreu por você. Em quem mais você confiaria”?
E isto coloca em “xeque” toda a nossa insegurança, pequenez e incredulidade, pois é razoável pensar que o Homem que nos amou a ponto de entregar-Se e morrer por nós, pode muito bem receber e cuidar desta vida que Ele mesmo salvou e da qual tornou-Se SENHOR e legítimo Dono, e certamente dar a ela a destinação que bem Lhe aprouver.
Uma vez que Nele podemos confiar, estamos certos de que Ele não desfará algo que não deva ser desfeito, e certamente é competente e suficientemente capaz de concluir e levar a bom termo tudo o que resultará na glória e engrandecimento dos planos de Deus e do nosso maior benefício. O melhor que temos mesmo a fazer é entregar o leme a Ele e permitir que nos conduza ao porto desejado; pois a vida não é uma propriedade para ser resgatada do mundo, mas um investimento Dele para ser usado em benefício do mundo.

"Rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12.1,2).

Palavra para o seu coração

Faço com vocês uma aliança, disse o Senhor. Diante de todo o seu povo farei maravilhas jamais realizadas na presença de nenhum outro povo do mundo. O povo no meio do qual você habita verá a obra maravilhosa que eu, o Senhor, farei.

                                    Êxodo 34.10


Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.


                                    João 15.15

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Aquele que faz tudo em todos


Mas a pomba não encontrou lugar onde pousar os pés , voltou para a arca, ... Ao entardecer, quando a pomba voltou, trouxe em seu bico uma folha nova de oliveira.

                              Gênesis 8.9-11

Nosso Deus sabe exatamente quando deve nos negar qualquer sinal de encorajamento, e o momento ideal de nos estimular a seguir em frente. É muito bom podermos sempre contar e confiar plenamente na onisciência do SENHOR. Ele já anteviu por trás da curva que ainda nos está oculto; sabe exatamente onde fraquejaremos e necessitaremos ser fortalecidos.
Quando nos são tiradas todas as evidencias, todos os sinais de que Ele se lembra de nós, e de que nosso nome está gravado em Suas mãos, muito melhor. A Sua Palavra e as Suas promessas são muito mais sólidas e de plena confiança, bem além do que qualquer evidencia ou impressão fornecida pelos sentimentos; e o SENHOR quer que aprendamos a confiar totalmente Nele, independentemente das circunstancias que nos rodeiam. Mesmo porque Ele é especialista em transformar situações adversas em bênçãos para os seus.
..."Mas para Deus todas as coisas são possíveis" (Mateus 19.26).
Quando Ele nos dá as evidencias, ótimo, muito bem, maravilha; mas, certamente saberemos aprecia-las bem melhor depois de termos aprendido a confiar mesmo na ausência delas.
Aqueles que já foram aperfeiçoados e estão prontos a confiar em Deus sem qualquer sinal, fundamentados apenas na Sua Palavra, sempre recebem muitas evidencias provindas do Seu amor de Pai.

É necessário disciplinarmos nosso emocional, aprendermos acalmar o nosso agitado coração. A demora do SENHOR não é necessariamente uma recusa; muitas petições apresentadas a Ele tem a seguinte orientação: "Ainda não é chegada a minha hora"! Deus tem um tempo determinado para todo o Seu propósito já estabelecido, nada ocorre sem a Sua permissão. Mas estejamos tranquilos, descansemos em Seus braços, pois Aquele que projeta os limites da nossa habitação celestial; ordena também o tempo do nosso total livramento, apenas confiemos. 

Palavra para o seu coração

O Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos.

                                 Salmos 146.8

E ali estava uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se.
Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: Mulher, você está livre da sua doença.
Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou, e louvava a Deus.


                                  Lucas 13.11-13

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Consolações de Deus


Eles consagravam parte dos despojos tomados em combate para a manutenção do templo do Senhor.

                              1 Crônicas 26.27

Dizem os entendidos, que no seio da terra há grande acúmulo de energia latente, armazenada nas minas de carvão, decorrente do calor que incendiou grandes florestas em eras remotas.
De forma semelhante, acumulamos energia espiritual em nosso interior, mediante as adversidades, sofrimentos que nos consome, e que na maioria das vezes insistimos em não compreender.
Em um belo dia descobrimos que a experiência adquirida pelas dores das amargas provações, era apenas um estágio, treinamento, aprimoramento de Deus, para que pudéssemos ajudar, apoiar, estender a mão, nas horas da prova; aqueles que trilham e compartilham conosco da jornada rumo à nossa morada definitiva.
No entanto, não podemos esquecer de que a nossa aprovação, a base adquirida para podermos nos graduar como facilitador, ajudador ao semelhante é a vitória sobre o próprio sofrimento. A dor que enfrentamos lastimando, reclamando, gemendo, resmungando, chorando, mal dizendo; nunca trará benefícios nem a nós mesmos, pois não absorvemos a lição, ficamos aquém do aprendizado.
Embora o apóstolo Paulo encontrasse muitas dificuldades, angustias, dores e sofrimentos, não vivia amargo a lamentar-se e queixar-se; mas entoando hinos de louvor, gratidão e reconhecimento a Deus, e por mais dura que se tornasse a prova, mais ele confiava e se regozijava, louvando até mesmo no altar do sacrifício.

"Mesmo que eu esteja sendo derramado como oferta de bebida sobre o serviço que provém da fé que vocês têm, o sacrifício que oferecem a Deus, estou alegre e me regozijo com todos vocês. Estejam vocês também alegres, e regozijem-se comigo" (Filipenses 2.17,18).

Palavra para o seu coração

Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.

                                    Isaías 11.9


Possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.


                                    Efésios 3.18,19

domingo, 13 de novembro de 2016

Fazer a diferença


Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.

                                      Tiago 4.4

João Batista não teria um ministério de sucesso entre nós atualmente. As igrejas de hoje não o incluiria no seu quadro de pregadores. Mesmo na sua época, ele já era uma pedra no sapato da sociedade, um problema para as relações públicas. Não era uma figura amistosa, nem bem quista pelos elitizados. Andava vestido de pelos de camelo, com um cinto de couro rústico ao redor de seus ombros, que prendiam ao corpo sua veste. Sua dieta era bizarra: gafanhotos e mel silvestre faziam parte de seu cardápio (Marcos 1.6). Quem o convidaria para um evento, quem iria ter prazer em ouvi-lo e vê-lo num púlpito, numa manhã de domingo?
Certamente a sua mensagem era tão rude, bruta, grosseira quanto seus trajes; apontava as falhas, os erros, expunha os pecados e convocava as pessoas ao arrependimento; preparava o caminho porque o Reino de Deus se aproximava, o tempo urgia.
Instintivamente ou mesmo guiado pelo Espírito Santo, João Batista separou-se do mundo para uma missão específica. Dedicou sua vida inteiramente ao seu propósito, preparar o caminho para o Messias; tudo o que praticava, como se vestia, como agia ou reagia, o que dizia ou comia, visava apenas atingir sua meta. Era sua maneira de cumprir o seu papel, chocar a sociedade, chamar a atenção, causar impacto, desde que conseguisse fazer-se ouvir.
Aprendemos com ele, que para fazer a diferença no mundo e muda-lo, não necessitamos nos equipararmos, nem nos tornarmos iguais aos demais. Para anunciarmos e trazermos o entendimento da Palavra, não precisamos agir, nem fazer o que aqueles que necessitamos atingir e alcançar praticam. Santidade sugere separação, visa sermos tal e igual a Deus, e não igual ao mundo e o que nele há.

"Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista"; (Mateus 11.11).

Palavra para o seu coração

O Senhor dos Exércitos tem um dia reservado para todos os orgulhosos e altivos, para tudo o que é exaltado para que eles sejam humilhados;

                                          Isaías 2.12


O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.


                                          1 João 2.17