domingo, 12 de novembro de 2017

Legalismo ou graça


Deus os vivificou juntamente com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz,

                           Colossenses 2.13,14

Em síntese todas as religiões podem ser fracionadas por dois seguimentos: legalismo ou graça – ou se baseiam na ação divina ou nos feitos humanos – a redenção como compensação por nossas atitudes e escolhas ou redenção por meio da morte sacrificial de Cristo.
No fundo, os legalistas crêem que a grande energia que impulsiona à redenção é ele próprio – basta simplesmente que faça certas coisas, evite outras, tenha a aparência adequada de piedade, escolha e pronuncie as palavras certas, freqüente os locais ideais, se inscreva e se ingresse no grupo correto, na área acertadamente designada; e isso já o credencia à salvação. E então a responsabilidade não está a cargo nem sobre os ombros de Deus e sim sobre o seu próprio encargo e risco.
Conseqüentemente, temos o sepulcro caiado; observamos que a parte externa vai resplandecer, com aparência de piedade – a conversa, o diálogo é agradável e os passos são corretos na maioria das vezes. Porém, se examinarmos mais atentamente, ouvirmos cuidadosamente; veremos que isso não é tudo, há algo faltando, existe uma carência: - espontaneidade, paz de espírito, alegria real, autenticidade. E ao contrário disso, há uma constante cobrança de si mesmo pela perfeição, em busca de atingir a excelência, uma arrogância de crer ter feio o suficiente ou a sensação de fracasso por não ter atingido o padrão estipulado.
A jornada espiritual, nossa trajetória rumo à salvação, não é um empreendimento compatível com a sapiência ou a capacitação humana – ela é alçada do Espírito Santo, só Ele nos convence do pecado, da justiça e do juízo; só Ele pode conduzi-la a bom termo – cada obra de fé é arquitetada, orquestrada e guiada por Deus. Se houvesse condição no homem para salvar a si próprio, o sacrifício do Filho de Deus seria desnecessário.
É bom estarmos cientes de que quando trocamos a ação do Espírito Santo pelas regras do legalismo, há um preço – estaremos sacrificando a nossa paz, alegria e espontaneidade. Pois quando Deus não é a motivação da nossa fé, temos nós mesmos que carregar a cruz que Jesus já carregou em nosso lugar.
"Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.
Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo.
Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda pertencessem a ele, se submetem a regras:
"Não manuseie"! "Não prove"!  "Não toque"!?
Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos.
Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne"

(Colossenses 2.16,17,20-23).

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