Deus os vivificou juntamente com Cristo.
Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que
consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na
cruz,
Colossenses 2.13,14
Em síntese todas as religiões podem ser
fracionadas por dois seguimentos: legalismo ou graça – ou se baseiam na ação
divina ou nos feitos humanos – a redenção como compensação por nossas atitudes
e escolhas ou redenção por meio da morte sacrificial de Cristo.
No fundo, os legalistas crêem que a grande
energia que impulsiona à redenção é ele próprio – basta simplesmente que faça certas
coisas, evite outras, tenha a aparência adequada de piedade, escolha e pronuncie
as palavras certas, freqüente os locais ideais, se inscreva e se ingresse no
grupo correto, na área acertadamente designada; e isso já o credencia à
salvação. E então a responsabilidade não está a cargo nem sobre os ombros de
Deus e sim sobre o seu próprio encargo e risco.
Conseqüentemente, temos o sepulcro caiado; observamos
que a parte externa vai resplandecer, com aparência de piedade – a conversa, o
diálogo é agradável e os passos são corretos na maioria das vezes. Porém, se
examinarmos mais atentamente, ouvirmos cuidadosamente; veremos que isso não é
tudo, há algo faltando, existe uma carência: - espontaneidade, paz de espírito,
alegria real, autenticidade. E ao contrário disso, há uma constante cobrança de
si mesmo pela perfeição, em busca de atingir a excelência, uma arrogância de
crer ter feio o suficiente ou a sensação de fracasso por não ter atingido o
padrão estipulado.
A jornada espiritual, nossa trajetória rumo
à salvação, não é um empreendimento compatível com a sapiência ou a capacitação
humana – ela é alçada do Espírito Santo, só Ele nos convence do pecado, da
justiça e do juízo; só Ele pode conduzi-la a bom termo – cada obra de fé é
arquitetada, orquestrada e guiada por Deus. Se houvesse condição no homem para
salvar a si próprio, o sacrifício do Filho de Deus seria desnecessário.
É bom estarmos cientes de que quando
trocamos a ação do Espírito Santo pelas regras do legalismo, há um preço – estaremos
sacrificando a nossa paz, alegria e espontaneidade. Pois quando Deus não é a
motivação da nossa fé, temos nós mesmos que carregar a cruz que Jesus já
carregou em nosso lugar.
"Portanto, não permitam que ninguém os
julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade
religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.
Estas coisas são sombras do que haveria de
vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo.
Já que vocês morreram com Cristo para os
princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda
pertencessem a ele, se submetem a regras:
"Não manuseie"! "Não
prove"! "Não toque"!?
Todas essas coisas estão destinadas a perecer
pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos.
Essas regras têm, de fato, aparência de
sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o
corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne"
(Colossenses 2.16,17,20-23).
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