terça-feira, 16 de maio de 2017

Um simples toque


Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado"! Imediatamente ele foi purificado da lepra.

                             Mateus 8.3

Mateus é bastante cuidadoso em mencionar que mediante a declaração do SENHOR a infecção fora imediatamente banida – na verdade, nem era necessário o toque.
A infecção foi detida pela Palavra, mas a solidão e o desprezo da alma foram tratados pelo toque acolhedor do Mestre.
Quão poderoso, significativo, acolhedor, terapêutico é um simples toque divino...
Todos nós de alguma maneira já o experimentamos – o toque do medico que conteve nossa dor; o toque do dentista que sanou e restaurou nossos dentes; o abraço envolvente da mãe e do pai; a mão do amigo que enxugou nossas lágrimas; a mão que segurou a nossa no funeral do ente querido; o toque em nosso ombro em apoio, durante um julgamento; o caloroso aperto de mão de boas-vindas no novo emprego; uma oração com imposição de mãos... Todos estes de certa forma tem algo do poder divino.
E todos nós por menor e mais insignificantes que nos sintamos, podemos fazer o mesmo pelo nosso próximo. E é bem possível que alguns de nós, possuímos até mesmo o toque terapêutico e característico do médico, podemos impor as mãos sobre os enfermos, ministrar aos fracos e doentes, editar textos com palavras edificantes, escrever cartas benéficas como bálsamo, usar as mãos e a voz para ligar aos solitários transmitindo mensagens acolhedoras, fazermos pães, bolos ou uma sopa revigorante e distribuir aos famintos num dia de inverno...  "quão boa é a palavra dita a seu tempo"! (Provérbios 15.23).
Todos nós já provamos e aprendemos a grandeza do poder de um simples toque, pena que esquecemos facilmente – às vezes o nosso coração é bom, mas nossa memória é curta – negligenciamos e facilmente perdemos a oportunidade e chance de demonstrar amor, bondade, cortesia, cordialidade ao nosso próximo.
Há ocasiões em que um simples toque é muito significativo e faz toda a diferença. Deixamos a timidez prevalecer, tememos não ter o vocabulário apropriado, sermos mal interpretados, trocarmos os pés pelas mãos, dizermos algo inadequado, usarmos o tom indevido, agirmos erroneamente – então para errarmos menos, deixamos de fazer e absolutamente nada fazemos.
Ainda bem que o nosso Mestre e SENHOR não cometeu esse erro, pelo contrário; Ele nos deu o exemplo tocando exatamente os intocáveis daquela época, os excluídos, rejeitados, marginalizados eram todos muito bem aceitos, sem qualquer tipo de exclusão.
Não é sacrifício seguirmos o Seu exemplo, mesmo porque não podemos dimensionar ou sequer imaginar a afirmação e o poder que um simples abraço ou toque pode proporcionar a outra pessoa carente, deprimida, solitária, excluída, triste, traída, abandonada... Não nos custa absolutamente nada encorajar alguém nos caminhos do SENHOR.
"Irmãos, se vocês têm uma mensagem de encorajamento para o povo, falem" (Atos 13.15).
"Os irmãos a leram e se alegraram com a sua animadora mensagem. Judas e Silas, que eram profetas, encorajaram e fortaleceram os irmãos com muitas palavras" (Atos 15.31,32).
"Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos" (1 Tessalonicenses 5.14).
"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina" (2 Timóteo 4.2).
"Encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama 'hoje'" (Hebreus 3.13).

"E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras... encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia" (Hebreus 10.24,25).

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