Possam, juntamente com todos os santos,
compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o
amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de
toda a plenitude de Deus.
Efésios
3.18,19
Jamais conseguiremos entender, admitir como
certo os pregos terem que atravessar as mãos que criaram o mundo. Alguém que criou
a natureza exuberante e as árvores frondosas, morrer pregado em um rude tronco
de madeira... o Ser criador dos mares, rios e nascentes cristalinas morrer
sedento, pedindo por um mísero copo d’água que por sinal Lhe negaram...
Como nosso raso entendimento e curto intelecto
pode assimilar como correto, o Filho de Deus sentir-Se solitário, abandonado, em
Seu momento mais doloroso, de profunda agonia e dor, Ser submisso, obrigado a
ver Seu Pai silenciar sobre Si.
Nunca entenderemos isto como lógico ou
adequado, mas foi exatamente o ocorrido.
Qual a dimensão, a grandeza interior
necessária para um Pai que é Todo-Poderoso contemplar o Único Filho, puro,
imaculado, ser crucificado, pagando por erros, pecados que não cometeu? Desconsiderar
os gritos de dor de um inocente, sendo Ele o Filho do Seu amor? Sim, Deus
aquietou-Se ao mesmo tempo em que os pecados e iniquidades do mundo todo recaíram
sobre os ombros de Seu Filho Amado – e Ele Se conteve, não Se moveu quando um
urro, murmúrio agonizante, dolorido elevado a milhões de vezes, rasgou o céu
negro de silencio de chumbo, de luto celeste sepulcral:
"Deus meu, Deus meu, por que Me
desamparaste"?
Como o nosso parco entendimento pode
admitir e assimilar que o Criador da justiça venha mitigar e dirimir nossos
atos insanos, iníquos, obscenos fazendo-os recair sobre Seu próprio Filho
inocente, para desviar e aplacar Sua ira que seria derramada sobre todos nós? Ele não pode contemplar o pecado, a Santidade
de Sua Presença aniquila o pecado – nada impuro subsiste em Sua Santa Presença...
Então num ato de imensurável e incompreensível amor Ele escolheu aplacar Sua ira direcionando-a sobre
nosso Amado Substituto...
Toda vez que nos sentirmos injustiçados, é
bom tentarmos refletir sobre como nosso SENHOR e Mestre Se sentiu levando sobre
Si os pecados de toda a humanidade, sem abrir a Sua boca.
"Para isso vocês foram chamados, pois
também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam
os seus passos. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro,
a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas
feridas vocês foram curados" (1 Pedro 2. 21,24).
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