sexta-feira, 12 de maio de 2017

Criatura X Criador


Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?

                                     Salmos 8.3,4

Conseguimos equacionar e descobrir como se formam as tempestades – mapeamos o espaço sideral – transplantamos corações – nos comunicamos e nos vemos a longa distancia em tempo real – conseguimos desenvolver o “bebe de proveta”, clonar animais – pisar o solo lunar – calculamos a profundidade dos mares e até rastreamos suas colônias – enviamos sinais a galáxias distantes... Perscrutamos, estudamos e até desvendamos mecanismos do funcionamento de diversas coisas.
Mas toda essa evolução, o entender e resolver tais enigmas, para muitos de nós, provoca um desencanto, põe fim ao deslumbramento, a poesia, ao mistério e a majestade – nos tornamos céticos na mesma proporção em que desvendamos e descobrimos os enigmas. E isto é muito preocupante e intrigante – a medida que conhecemos; desacreditamos – conhecer os mecanismos não deveria negar a maravilha; pelo contrário, o conhecimento deveria fortalecer, instigar, suscitar, provocar ainda mais nossa admiração.
Se bem analisarmos, quem poderia ter melhores provas e motivos para adoração e rendição ao Criador do que o astrônomo que vigia, contempla, monitora, observa as estrelas, as constelações celestes?
Mas ocorre exatamente o oposto – o saber nos afasta da gratidão. Ficamos mais admirados e impressionados com o interruptor que desenvolvemos do que com o que descobriu e criou a eletricidade.
Invertemos os valores - ao invés de adorarmos ao Criador, adoramos e aplaudimos a criação.
"Visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam" (Romanos 1.28).
Nada mais nos causa impacto, admiração ou surpresas – temos tudo esquematizado, já concebido e idealizado dentro de um modelo padronizado de evolucionismo em nossas mentes.
Já não dedicamos tempo para observar e nos maravilhar com nossas descobertas, nem mesmo contemplamos e nos admiramos com a beleza e a grandeza do Universo – de certo modo, a humanidade se perdeu na roda-viva dos valores e padrões mundanos, nos deixamos envolver e sermos engolidos. Precisamos de maneira urgente, rever nossos conceitos para não perdermos a infantil admiração pelo desconhecido, a ingênua curiosidade pelas descobertas – não podemos nos distanciar ou perder de vista o nosso Criador.
"Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus" (Mateus 18.3,4).
"Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.

Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele" (Marcos 10.14,15).

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