Quando contemplo os teus céus, obra dos
teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para
que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?
Salmos
8.3,4
Conseguimos equacionar e descobrir como se
formam as tempestades – mapeamos o espaço sideral – transplantamos corações –
nos comunicamos e nos vemos a longa distancia em tempo real – conseguimos desenvolver
o “bebe de proveta”, clonar animais – pisar o solo lunar – calculamos a profundidade
dos mares e até rastreamos suas colônias – enviamos sinais a galáxias
distantes... Perscrutamos, estudamos e até desvendamos mecanismos do funcionamento
de diversas coisas.
Mas toda essa evolução, o entender e resolver
tais enigmas, para muitos de nós, provoca um desencanto, põe fim ao
deslumbramento, a poesia, ao mistério e a majestade – nos tornamos céticos na
mesma proporção em que desvendamos e descobrimos os enigmas. E isto é muito
preocupante e intrigante – a medida que conhecemos; desacreditamos – conhecer os
mecanismos não deveria negar a maravilha; pelo contrário, o conhecimento
deveria fortalecer, instigar, suscitar, provocar ainda mais nossa admiração.
Se bem analisarmos, quem poderia ter
melhores provas e motivos para adoração e rendição ao Criador do que o
astrônomo que vigia, contempla, monitora, observa as estrelas, as constelações
celestes?
Mas ocorre exatamente o oposto – o saber
nos afasta da gratidão. Ficamos mais admirados e impressionados com o interruptor
que desenvolvemos do que com o que descobriu e criou a eletricidade.
Invertemos os valores - ao invés de
adorarmos ao Criador, adoramos e aplaudimos a criação.
"Visto que desprezaram o conhecimento
de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o
que não deviam" (Romanos 1.28).
Nada mais nos causa impacto, admiração ou
surpresas – temos tudo esquematizado, já concebido e idealizado dentro de um
modelo padronizado de evolucionismo em nossas mentes.
Já não dedicamos tempo para observar e
nos maravilhar com nossas descobertas, nem mesmo contemplamos e nos admiramos
com a beleza e a grandeza do Universo – de certo modo, a humanidade se perdeu
na roda-viva dos valores e padrões mundanos,
nos deixamos envolver e sermos engolidos. Precisamos de maneira urgente, rever
nossos conceitos para não perdermos a infantil admiração pelo desconhecido, a ingênua
curiosidade pelas descobertas – não podemos nos distanciar ou perder de vista o
nosso Criador.
"Eu lhes asseguro que, a não ser que
vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos
céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta
criança, este é o maior no Reino dos céus" (Mateus 18.3,4).
"Deixem vir a mim as crianças, não as
impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.
Digo-lhes a verdade: Quem não receber o
Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele" (Marcos 10.14,15).
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