Acorde, vento norte! Venha, vento sul!
Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor.
Cânticos 4.16
Nos intrigamos e por vezes nos questionamos
sobre como pode, uma grande variedade de plantas aromáticas exalarem diferentes
essências e delicados perfumes cada qual em sua própria espécie?
De igual modo, pode em corações cristãos
encontrar-se latentes, armazenadas e estagnadas sem qualquer exploração ou
desenvolvimento, certas dádivas, bênçãos e graças já recebidas e completamente
ignoradas, totalmente inexploradas.
Sim, pois há muitas plantas, por assim
dizer; só nominais, pois delas não se extraem nem se desprendem aromas de
sentimentos ou atitudes santas, nenhum tipo de ato piedoso. É como se
estivessem sequíssimas por dentro. O vento sopra da mesma maneira tanto na “tiririca”
como na “dama da noite”, mas apenas uma delas exala doce perfume espalhando
pelo ambiente.
As vezes o SENHOR envia rajadas de vento de
provação sobre Seus filhos robustos, abençoados e acomodados, simplesmente para
desenvolver as graças que já estão neles contidas, mas adormecidas, armazenadas
e lacradas a sete chaves em seus baús.
Assim como as brasas se avivam quando
atiçadas, as chamas das tochas brilham mais quando agitadas de um lado para
outro, o sândalo exala seu marcante perfume quando ferido, o zimbro desprende intenso
e doce aroma quando aquecido pelo fogo; semelhantemente muitas vezes, nossas
melhores e mais aprimoradas qualidades só surgem sob o forte vento da adversidade,
da angústia e do sofrimento – sim, na grande maioria das vezes são dos corações
moídos, isentos e desprovidos das impurezas mundanas, que se desprendem e exalam
o puro aroma que mais agrada a Deus.
"Eu os aceitarei como incenso
aromático quando eu os tirar dentre as nações e os ajuntar dentre as terras
pelas quais vocês foram espalhados", (Ezequiel 20.41).
"Por nosso intermédio exala em todo
lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de
Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos
cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida" (2 Coríntios
2.14,15,16).
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