quarta-feira, 24 de maio de 2017

Aroma suave


Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor.

                                Cânticos 4.16

Nos intrigamos e por vezes nos questionamos sobre como pode, uma grande variedade de plantas aromáticas exalarem diferentes essências e delicados perfumes cada qual em sua própria espécie?
De igual modo, pode em corações cristãos encontrar-se latentes, armazenadas e estagnadas sem qualquer exploração ou desenvolvimento, certas dádivas, bênçãos e graças já recebidas e completamente ignoradas, totalmente inexploradas.
Sim, pois há muitas plantas, por assim dizer; só nominais, pois delas não se extraem nem se desprendem aromas de sentimentos ou atitudes santas, nenhum tipo de ato piedoso. É como se estivessem sequíssimas por dentro. O vento sopra da mesma maneira tanto na “tiririca” como na “dama da noite”, mas apenas uma delas exala doce perfume espalhando pelo ambiente.
As vezes o SENHOR envia rajadas de vento de provação sobre Seus filhos robustos, abençoados e acomodados, simplesmente para desenvolver as graças que já estão neles contidas, mas adormecidas, armazenadas e lacradas a sete chaves em seus baús.
Assim como as brasas se avivam quando atiçadas, as chamas das tochas brilham mais quando agitadas de um lado para outro, o sândalo exala seu marcante perfume quando ferido, o zimbro desprende intenso e doce aroma quando aquecido pelo fogo; semelhantemente muitas vezes, nossas melhores e mais aprimoradas qualidades só surgem sob o forte vento da adversidade, da angústia e do sofrimento – sim, na grande maioria das vezes são dos corações moídos, isentos e desprovidos das impurezas mundanas, que se desprendem e exalam o puro aroma que mais agrada a Deus.
"Eu os aceitarei como incenso aromático quando eu os tirar dentre as nações e os ajuntar dentre as terras pelas quais vocês foram espalhados", (Ezequiel 20.41).

"Por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida" (2 Coríntios 2.14,15,16).

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