Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará
de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida,
purifiquem o coração.
Tiago 4.8
Vivemos em tempo de grande apostasia,
buscamos ouvir apenas o que nos agradam, o “eu” está em alta, e precisa ser
satisfeito a todo o custo e em todo o tempo. Os sermões duros e realistas já
não produzem ibope, a fé é tão imatura que precisa de amuletos e símbolos para apoiar
como se fossem muletas, a plateia é itinerante, vivem em romaria de igreja em
igreja buscando a que oferece mais por menos...
Mas ainda há alguns entre nós que procuram
com pouco êxito, manter um devocional cotidiano. Nossas frustrações muitas
vezes residem no fato de termos grande dificuldade de concentração, pois nossos
cérebros estão embalados numa dinâmica vertiginosa de informações, que
aquietar-se, torna-se complicado e quase impossível; ou mesmo nossas agendas
vivem abarrotadas pelos compromissos diários, que o tempo para Deus tornou-se
achatado ou dilatado para os últimos instantes antes do sono.
Dessa forma, ao invés de termos nossas
próprias experiências com Deus, nos alimentamos de migalhas, das experiências vivenciadas e
testemunhadas por outros. Deixamos que outros nos narrem, nos revelem sobre o
que Deus tem a dizer, como age, de que maneira procede... Enfim passamos a
conhecer ao SENHOR pelo que outros nos descrevem sobre Ele, como um retrato
falado, que só ficamos formalizando na mente, apenas superficialmente.
Mas será que agimos dessa maneira também
nas outras áreas da nossa vida?
Em nossas relações afetivas, por exemplo;
seria normal enviar alguém em nosso lugar para cortejar ou namorar nosso cônjuge?
Em nosso trabalho, ou nossas férias, no medico, ou visita ao dentista, nas
refeições, ou higienização poderíamos terceirizar com êxito? Certamente há situações
e coisas que são personalíssimas, ninguém pode executar por nós a não ser nós
mesmos, dentre elas, ter uma experiência real e pessoal com Deus.
Há uma
distancia vertiginosa entre conhecer de ouvir falar e conhecer pessoalmente, e
Deus não deseja que nossa experiência com Ele se restrinja apenas na grandeza
do Seu Nome, ou que fiquemos boiando apenas na superfície rasa; não, há um
mergulho mais profundo, um oceano inesgotável a ser revelado e descoberto por
nós, toda a eternidade é insuficiente para conhecermos e aprofundarmos na
dimensão do nosso Deus. E a oração é o inicio, o Espírito Santo é quem nos conduz nessa grande aventura, apertem o
cinto e boa viagem!
"Antes eu te conhecia só por ouvir
falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos" (Jó 42.5).
"Ó profundidade da riqueza da
sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi
seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?
Pois dele, por ele e para ele são todas as
coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém" (Romanos 11.33-36).
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