terça-feira, 6 de setembro de 2016

Terceirização da espiritualidade


Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração.

                                  Tiago 4.8

Vivemos em tempo de grande apostasia, buscamos ouvir apenas o que nos agradam, o “eu” está em alta, e precisa ser satisfeito a todo o custo e em todo o tempo. Os sermões duros e realistas já não produzem ibope, a fé é tão imatura que precisa de amuletos e símbolos para apoiar como se fossem muletas, a plateia é itinerante, vivem em romaria de igreja em igreja buscando a que oferece mais por menos...
Mas ainda há alguns entre nós que procuram com pouco êxito, manter um devocional cotidiano. Nossas frustrações muitas vezes residem no fato de termos grande dificuldade de concentração, pois nossos cérebros estão embalados numa dinâmica vertiginosa de informações, que aquietar-se, torna-se complicado e quase impossível; ou mesmo nossas agendas vivem abarrotadas pelos compromissos diários, que o tempo para Deus tornou-se achatado ou dilatado para os últimos instantes antes do sono.
Dessa forma, ao invés de termos nossas próprias experiências com Deus, nos alimentamos de migalhas, das experiências vivenciadas e testemunhadas por outros. Deixamos que outros nos narrem, nos revelem sobre o que Deus tem a dizer, como age, de que maneira procede... Enfim passamos a conhecer ao SENHOR pelo que outros nos descrevem sobre Ele, como um retrato falado, que só ficamos formalizando na mente, apenas superficialmente.
Mas será que agimos dessa maneira também nas outras áreas da nossa vida?
Em nossas relações afetivas, por exemplo; seria normal enviar alguém em nosso lugar para cortejar ou namorar nosso cônjuge? Em nosso trabalho, ou nossas férias, no medico, ou visita ao dentista, nas refeições, ou higienização poderíamos terceirizar com êxito? Certamente há situações e coisas que são personalíssimas, ninguém pode executar por nós a não ser nós mesmos, dentre elas, ter uma experiência real e pessoal com Deus. 
Há uma distancia vertiginosa entre conhecer de ouvir falar e conhecer pessoalmente, e Deus não deseja que nossa experiência com Ele se restrinja apenas na grandeza do Seu Nome, ou que fiquemos boiando apenas na superfície rasa; não, há um mergulho mais profundo, um oceano inesgotável a ser revelado e descoberto por nós, toda a eternidade é insuficiente para conhecermos e aprofundarmos na dimensão do nosso Deus. E a oração é o inicio, o Espírito Santo é quem nos conduz nessa grande aventura, apertem o cinto e boa viagem!
"Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos" (Jó 42.5).
"Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?

Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém" (Romanos 11.33-36).

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