Tenham o cuidado de não praticar suas obras
de justiça diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês
não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. Portanto, quando você der
esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas
e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles já
receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, que a sua mão
esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua
ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará.
Mateus 6.1-4
No Sermão do Monte, Jesus adverte-nos de
que, se ofertamos com a motivação errada, para obter louvor e reconhecimento
humanos, perdemos a recompensa que vem do Pai.
COMO e POR QUE ofertamos a Deus é tão
importante quanto O QUE ofertamos! Não devemos contribuir para ser visto pelos
homens, mas fazê-lo secretamente, e Deus nos recompensará.
Se trouxermos a nossa oferta com a
motivação pura, independentemente do valor, Deus a aceitará e nos recompensará.
Nossos dízimos e nossas ofertas são santos para Deus. Se a nossa motivação for
pura, a nossa oferta também o será. O Senhor deseja que contribuamos como um
ato de adoração a Ele, com amor, e não por dever ou porque nos sintamos
pressionados a ofertar.
O apóstolo Paulo recomendou aos coríntios: "Cada
um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama quem dá com alegria" (2 Coríntios 9.7). Se não conseguimos dar a
nossa oferta com alegria e disposição, é melhor não dar! Não importa a quantia,
podemos ofertar um milhão de reais. Entretanto, se a nossa atitude não for
motivada por amor, Deus não aceitará o dinheiro, e isso de nada nos aproveita.
Paulo disse: "Ainda que eu dê aos
pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver
amor, nada disso me valerá" (1 Coríntios 13.3).
Quando entregamos a oferta, Deus examina o
nosso coração, e não a quantia. Ele enxerga o nosso íntimo e sabe se o nosso
intuito é adorá-Lo ou se alimentamos o desejo de obter o reconhecimento ou o
louvor dos homens.
No texto em estudo, Jesus ensina-nos a não
agir como os hipócritas, que dão a sua oferta para serem vistos e para
receberem louvor humano. Em vez disso, a nossa motivação deve ser glorificar a
Deus. Cristo instrui-nos a contribuir secretamente, sem chamar a atenção. Ele aconselha
que, quando fizermos alguma contribuição, "que a sua mão esquerda não
saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em
segredo". (V. 3,4).
A Igreja de Cristo precisa melhorar nessa
área! Muitos cristãos entregam as suas ofertas para ajudar a congregação, os
projetos evangelísticos e missionários, os pobres e necessitados. Entretanto,
estão buscando louvor e reconhecimento humanos. Se não for citado publicamente
ou não vir o seu nome em alguma placa, ficam irritados e param de contribuir.
Há cristãos que contribuem para conseguir
uma posição privilegiada na igreja ou na organização que sustentam. Em troca de
suas ofertas, esperam tratamento preferencial. Desejam que todos os reconheçam
como contribuintes importantes. Trazem grandes somas, para impressionar os
líderes eclesiásticos e conquistar uma posição de destaque.
Jesus deixou bem claro que quem contribui
com essa motivação alcança apenas uma recompensa terrena — o louvor e o
reconhecimento humanos que buscam. No entanto, perdem o galardão celestial.
Tudo que aproveitam é a homenagem que recebem aqui.
Muitos cristãos ofertam apenas por motivos
egoístas. A única razão de contribuírem com Deus é o desejo de receber mais em
troca e satisfazer os próprios desejos carnais e egoístas. Eles dão para
conseguir algo em troca, tentam barganhar com Deus.
Deus deseja que as nossas ofertas sejam
dadas com liberalidade e com fé, para que as nossas necessidades sejam
satisfeitas. A principal motivação da contribuição deve ser o
nosso amor a Deus. Devemos trazer as ofertas em adoração e louvor, agradecidos
por quem Deus é e pelo que tem feito por nós, movidos pelo simples desejo de contribuir
com a obra de Deus, para que mais almas sejam alcançadas e salvas da perdição
eterna.
Jesus revelou uma nova dimensão, vertente
para o ato de ofertar: de forma ilimitada e não egoísta. Isso implica ajudar as
pessoas sem buscar algo em troca, sem visar retorno e dar a quem não pode retribuir a nossa
bondade.
"Dê a quem lhe pede, e não volte as
costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado" (Mateus 5.42).
"Quando der um banquete, convide os
pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não
têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos"
(Lucas 14.13,14).
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