Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o
meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano.
Salmos 143.10
A salvação nos transforma, o novo
relacionamento com Deus nos revigora, dá novo fôlego, nova perspectiva, novo
prisma, nova energia. Gostamos de orar, buscar a Deus, ler, meditar e estudar a
Palavra, aprender sobre nosso Criador, louvar e adorar em todo o tempo. Mudamos
completamente a visão e o entendimento sobre nossa situação no trabalho, no
lazer, no lar, na igreja. Servir ao próximo torna-se uma alegria e um prazer;
os nossos dias ganham uma nova luz, novo brilho. Nos inclinamos e nos
dedicamos a Deus, somos membros da família celeste, sempre prontos a servir com determinada
dedicação.
Então, iniciam-se os ataques do vil tentador,
de repente algo acontece. Os problemas no trabalho, no lar, na escola, no
clube, na vizinhança, na igreja se infiltram em nossa comunhão com Deus. Lutamos,
digladiamos, para nos desvencilhar, mas somos engolidos, nos embaraçamos, e
torna-se difícil separar um escasso tempo para dedicarmos à oração; o coração
está tão repleto das circunstancias e urgências do mundo que a adoração é
ansiosa e torna-se até entediante. Se o louvor ou a Palavra na igreja se
prolonga além do habitual, torna-se enfadonho, nos impacientamos, afinal nosso
tempo é escasso, estamos repletos de compromissos urgentes, nossa agenda nos
aguarda, não podemos atrasar nem faltar com nossas promessas... Amigos cristãos
nos desapontam, ficamos decepcionados com a postura e a conduta de alguns
líderes que considerávamos infalíveis, nos quais nos espelhávamos, então
ficamos desencorajados, enfraquecidos espiritualmente, o inimigo sabe
exatamente onde e como atacar.
Precisamos de um reavivamento para voltarmos
aos trilhos, retomarmos exatamente de onde nos desencarrilhamos. Houve um momento
na vida de Davi em que ele percebeu a urgente necessidade de um reavivamento,
seus inimigos o perseguiam, e ele se escondia e clamava pela ajuda, o socorro
de Deus:
"Estendo as minhas mãos para ti; como a terra
árida, tenho sede de ti. Apressa-te em responder-me, Senhor! O meu espírito se
abate. Não escondas de mim o teu rosto, ou serei como os que descem à cova. Livra-me
dos meus inimigos, Senhor, pois em ti eu me abrigo" (Salmos 143.6,7,9).
Ele estava dominado pelas lutas, tragédias e
dor; sentia saudade da tranquila paz do passado – não das ricas e suntuosas
festas do palácio, mas do tempo em que ele tinha íntimo e profundo relacionamento
com Deus:
"Eu me recordo dos tempos antigos;
medito em todas as tuas obras e considero o que as tuas mãos têm feito"
(Salmos 143.5).
Fica evidente que Davi se inclinava para os
valores do SENHOR quando ele declara sua sede de Deus; quando deixamos de ter
sede de Deus, é sinal de que estamos mortos espiritualmente, e uma vez mortos,
não podemos mais orar, louvar, adorar a Deus e sem intimidade com o SENHOR, não
produziremos frutos para o Seu Reino. Sabiamente, Davi clama ao SENHOR para ser
vivificado, percebia a necessidade de reavivar e restaurar seu relacionamento a
uma condição plena, direcionada e cheia do Espírito Santo de Deus.
"Ensina-me a fazer a tua vontade, pois
tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano.
Preserva-me a vida, Senhor, por causa do teu nome, por tua justiça, tira-me
desta angústia" (Salmos 143.10,11).
Assim como ele, é possível que nos espelhemos
nos dias de reavivamento do passado, nosso Deus é imutável e pode fazer bem mais
do que possamos imaginar ou clamar. Entendemos porém, que para grandes
avivamentos pessoais, precisamos clamar a Deus como Davi fez; precisamos de
cristãos comprometidos com a Palavra, que sejam sal e luz em seus ambientes e
relacionamentos, onde quer que estejam atuando, certamente Deus vai honrar tais
orações e mudar, moldar, transformar a nossa Nação, uma pessoa por vez, uma
igreja, uma rua, um bairro, uma vila, uma cidade de cada vez, nosso Deus é o
Deus do impossível!
"Porque sou eu que conheço os planos que
tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes
causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a
mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando
me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês,
declara o Senhor", (Jeremias 29.11-14).
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