Eles ainda não haviam
compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse
dos mortos.
João 20.9
Haveria frustração maior
para aqueles discípulos, que há três anos tudo deixaram, abriram mão dos
próprios sonhos, para seguirem um idealista carpinteiro nazareno? Como a sorte
deles havia mudado radicalmente e com tamanha rapidez! As mesmas pessoas que no
domingo haviam aclamado Rei ao Mestre deles, na sexta-feira bradaram por sua
morte. O linho que envolvia seu corpo inerte, agora era uma prova real de que o
futuro deles juntamente com o meigo amigo foram sepultados de vez, sufocados
por uma grande pedra.
Jamais aqueles pobres
homens, naquela terrível sexta-feira, entenderiam o que nos sabemos hoje, não
compreendiam que a trágica sexta-feira seria o triunfo do domingo, ainda
desconheciam tais desígnios.
Mas, o apóstolo João, por
exemplo, não conseguiu se afastar dalí, não sabemos exatamente o porque... Talvez,
porque se encontrava meio perdido, meio sem chão por amar tanto ao Mestre. Sim,
porque para os outros Jesus era um Profeta, um fazedor de milagres, um grande
Mestre, um filósofo convincente, o provedor que matava a fome, ou mesmo a
esperança de plena liberdade política para Israel... Mas para João, Ele era
muito mais que tudo isto, era também um íntimo e confidente amigo. Então, mesmo
sem entendê-Lo, mesmo após Sua morte, João permaneceu por perto; e por ter
escolhido ficar, estava ali no domingo para se alegrar com o milagre da
ressurreição.
E nós, como reagimos
quando nos encontramos em situação semelhante à deles? Quando estamos em algum
lugar entre a tragédia do ontem e o triunfo do amanhã, como nos saímos,
permanecemos com Deus ou nos afastamos e nos distanciamos Dele? Fato é que em
qualquer circunstancia, não podemos jamais esquecer que nosso Deus é o Deus do Impossível,
pode perfeitamente transformar a nossa tragédia de hoje no grande triunfo de amanhã.
Mesmo que aparentemente, como aqueles discípulos, nos sintamos sós e
abandonados, não devemos desanimar, nem desistir, oremos para que o SENHOR nos
fortaleça e resistamos até o fim, já gratos antecipadamente por tudo o que Ele
fará, pois ainda glorificaremos Seu grande Nome pelas vitórias e conquistas em
nossa vida terrena.
"Por isso não
desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente
estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e
momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que
todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se
vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno" (2
Coríntios 4.16-18).
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