quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Deixar o passado no passado

Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; ...
Evite a ira e rejeite a fúria; não se irrite: isso só leva ao mal.

                              Salmos 37.7,8

Quantas vezes sucumbimos arrastados pela ira, diante das situações adversas! Não são poucas as vezes que a fúria se apodera de nós, sem pedir licença; ao nos depararmos com as contrariedades, as injustiças do dia a dia.
Ira: indignação camuflada, escondida no coração, agitação da alma, a inevitável agressora que fere a paz, rouba a calma, induz a agressão, leva a perca da razão... Quanto mais barulhenta, espalhafatosa, mais consternados nos tornamos diante dela.
Não podemos avaliar o grau de tolerância, nem de resiliência de cada um, ou quanto é necessário para subtrair-nos a paz; mas se dermos vazão à ira e lugar à fúria todas as vezes que elas tendem a se manifestar, estaremos sempre vulneráveis, expostos, suscetíveis, sujeitos a sucumbir diante das adversidades, esse caminho certamente nos conduzirá a um futuro incerto e deplorável. A ira precisa ser tratada, domada, antes que floresça em nós.
"Quando vocês ficarem irados, não pequem; ao deitar-se reflitam nisso, e aquietem-se" (Salmos 4.4).
A pessoa que nutre sentimentos de vingança, raiva, ressentimento, falta de perdão, torna-se amargurada, ranzinza, triste, resmungona, negativa; é como se alimentasse um câncer na alma, feroz, sinistro, ameaçador, que espalhas suas fibras envolvendo o coração até sufoca-lo e detona-lo no ódio e no rancor.
Certamente não há como apagar o que vivemos ontem, mas há sempre a possibilidade de olharmos sob outra ótica, com outros olhos, o ocorrido que tanto nos desagradou; não podemos dissipar o passado, mas temos a chance de assimilar o golpe, deixar o hematoma desaparecer aos poucos, como os pugilistas fazem após o embate; curar as feridas da alma, sem permitir que isso influencie ou comprometa nosso futuro, se já causou dor no passado, provocou ira, exacerbou o humor, arranhou a paz... Deixemos o passado lá no passado, não podemos viver debruçados nas memórias antigas, boas ou ruins, estão no passado, abramos a mente, alma e coração para o novo. Afinal, hoje se chama “presente”, porque é realmente um presente de Deus para nós, então vamos usufruir dele com reverencia, gratidão, reconhecimento, pois a vida é uma dádiva e não convém desgasta-la com coisas amargas.
Todas as vezes que a ira tentar assumir o controle, entreguemos as rédeas, o leme, a direção ao SENHOR, Ele nos conduzirá ao porto desejado.

"Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo"! (Isaías 43.18,19).

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