Descanse no Senhor e aguarde por ele com
paciência; ...
Evite a ira e rejeite a fúria; não se
irrite: isso só leva ao mal.
Salmos 37.7,8
Quantas vezes sucumbimos arrastados pela
ira, diante das situações adversas! Não são poucas as vezes que a fúria se apodera
de nós, sem pedir licença; ao nos depararmos com as contrariedades, as
injustiças do dia a dia.
Ira: indignação camuflada, escondida no
coração, agitação da alma, a inevitável agressora que fere a paz, rouba a
calma, induz a agressão, leva a perca da razão... Quanto mais barulhenta,
espalhafatosa, mais consternados nos tornamos diante dela.
Não podemos avaliar o grau de tolerância, nem
de resiliência de cada um, ou quanto é necessário para subtrair-nos a paz;
mas se dermos vazão à ira e lugar à fúria todas as vezes que elas tendem a se
manifestar, estaremos sempre vulneráveis, expostos, suscetíveis, sujeitos a
sucumbir diante das adversidades, esse caminho certamente nos conduzirá a um
futuro incerto e deplorável. A ira precisa ser tratada, domada, antes que
floresça em nós.
"Quando vocês ficarem irados, não
pequem; ao deitar-se reflitam nisso, e aquietem-se" (Salmos 4.4).
A pessoa que nutre sentimentos de vingança, raiva, ressentimento, falta de perdão, torna-se amargurada, ranzinza, triste,
resmungona, negativa; é como se alimentasse um câncer na alma, feroz, sinistro,
ameaçador, que espalhas suas fibras envolvendo o coração até sufoca-lo e
detona-lo no ódio e no rancor.
Certamente não há como apagar o que vivemos
ontem, mas há sempre a possibilidade de olharmos sob outra ótica, com outros olhos,
o ocorrido que tanto nos desagradou; não podemos dissipar o passado, mas temos
a chance de assimilar o golpe, deixar o hematoma desaparecer aos poucos, como
os pugilistas fazem após o embate; curar as feridas da alma, sem permitir que
isso influencie ou comprometa nosso futuro, se já causou dor no passado, provocou
ira, exacerbou o humor, arranhou a paz... Deixemos o passado lá no passado, não
podemos viver debruçados nas memórias antigas, boas ou ruins, estão no
passado, abramos a mente, alma e coração para o novo. Afinal, hoje se chama “presente”,
porque é realmente um presente de Deus para nós, então vamos usufruir dele com
reverencia, gratidão, reconhecimento, pois a vida é uma dádiva e não convém
desgasta-la com coisas amargas.
Todas as vezes que a ira tentar assumir o
controle, entreguemos as rédeas, o leme, a direção ao SENHOR, Ele nos conduzirá
ao porto desejado.
"Esqueçam o que se foi; não vivam no
passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo"!
(Isaías 43.18,19).
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