terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um sinal para Acaz

Portanto o mesmo SENHOR voz dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.

                       Isaías 7.14

Uma das mais conhecidas profecias messiânicas foi dada a Acaz como garantia da fidelidade de Deus. “Emanuel” que significa Deus dentro do Homem, Deus conosco, em nosso meio. Esta profecia teve um cumprimento a curto e outro a longo prazo. Para Acaz, Deus estava dando uma razão para que ele confiasse Nele ao invés de em outros deuses. Deus prometera remover a ameaça da Síria num período de três anos – o tempo necessário para uma criança nascer e ser desmamada (Isaías 7.15-16). Mas Acaz se recusou a confiar no Todo-Poderoso. Ao invés disso, procurou proteção junto a aliados terrenos: os “poderosos” assírios. Ao contrário do Deus de Israel, os assírios eram traiçoeiros e infiéis; os aliados dos judeus logo se tornariam seus inimigos. Apesar de Deus ter oferecido graciosamente sua proteção – estar “com seu povo” – eles insistiram em ignorá-lo.
O Evangelho de Mateus aponta para o cumprimento a longo prazo da profecia de Isaías (Mateus 1.23), que se cumpriu em detalhes em Jesus Cristo. Nascido de uma virgem, Jesus era Deus em forma humana e, portanto, o verdadeiro Emanuel, o Deus conosco, em nosso meio, através Dele o Espírito Santo, Deus dentro de nós, (Mateus 1.18-23).
Podemos ver que, mesmo entre os seguidores mais próximos de Jesus, poucos entenderam o quão literalmente Deus estava com eles na pessoa de Jesus. Não perceberam, apesar de Jesus ter gradualmente revelado a eles sua verdadeira natureza, realizando milagres que apontavam para sua divindade, ensinando-lhes as coisas de Deus e, mais importante, trazendo salvação através de sua morte sacrificial.
O reinado de Acaz poderia ser resumido numa pequena frase: “Não fez o que era reto aos olhos do SENHOR seu Deus” (2 Reis 16.2).
Acaz desconsiderou totalmente o compromisso de Judá de adorar somente a Deus, ignorando a Palavra de Deus e adorando-o de uma forma inadequada, descuidada; mudou o altar que fora construído de acordo com as especificações de Deus e o substituiu por um altar pagão. Analisando sua atitude, supomos que Acaz era totalmente alheio à Palavra de Deus, à fidelidade do SENHOR aos judeus no passado e à contínua presença Dele com seu povo. Mas, como Isaías 7 deixa claro, Deus enviou um profeta diversas vezes para alertar Acaz sobre as conseqüências de suas ações e para confirmar a ele a presença do SENHOR.
Acaz e seu povo rejeitaram a salvação temporária que Deus lhes oferecera porque não confiaram em seu poder absoluto num mundo de reinos terrenos rivais. Mas, através da profecia de Isaías, Deus estava lançando o fundamento profético de seu plano de salvação definitiva: o envio de seu único Filho a terra para salvar a humanidade. Deus estava trabalhando a salvação eterna de seu povo, e não apenas contra inimigos terrenos.
O livro de Hebreus mostra como Deus usou seus profetas, anjos, e por fim, o próprio SENHOR Jesus para implementar seu maravilhoso plano de salvação. A pergunta feita por aquele escritor continua a nos confrontar ainda hoje:

“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?” (Hebreus 2.3).

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