Portanto
o mesmo SENHOR voz dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Isaías
7.14
Uma
das mais conhecidas profecias messiânicas foi dada a Acaz
como garantia da fidelidade de Deus. “Emanuel” que significa Deus dentro do
Homem, Deus conosco, em nosso meio. Esta profecia teve um cumprimento a curto e
outro a longo prazo. Para Acaz, Deus estava dando uma razão para que ele
confiasse Nele ao invés de em outros deuses. Deus prometera remover a ameaça da
Síria num período de três anos – o tempo necessário para uma criança nascer e
ser desmamada (Isaías 7.15-16). Mas Acaz se recusou a confiar no Todo-Poderoso.
Ao invés disso, procurou proteção junto a aliados terrenos: os “poderosos”
assírios. Ao contrário do Deus de Israel, os assírios eram traiçoeiros e
infiéis; os aliados dos judeus logo se tornariam seus inimigos. Apesar de Deus
ter oferecido graciosamente sua proteção – estar “com seu povo” – eles insistiram
em ignorá-lo.
O
Evangelho de Mateus aponta para o cumprimento a longo prazo da profecia de
Isaías (Mateus 1.23), que se cumpriu em detalhes em Jesus Cristo. Nascido de
uma virgem, Jesus era Deus em forma humana e, portanto, o verdadeiro Emanuel, o
Deus conosco, em nosso meio, através Dele o Espírito Santo, Deus dentro de nós,
(Mateus 1.18-23).
Podemos
ver que, mesmo entre os seguidores mais próximos de Jesus, poucos entenderam o
quão literalmente Deus estava com eles na pessoa de Jesus. Não perceberam,
apesar de Jesus ter gradualmente revelado a eles sua verdadeira natureza,
realizando milagres que apontavam para sua divindade, ensinando-lhes as coisas
de Deus e, mais importante, trazendo salvação através de sua morte sacrificial.
O
reinado de Acaz poderia ser resumido numa pequena frase: “Não fez o que era
reto aos olhos do SENHOR seu Deus” (2 Reis 16.2).
Acaz
desconsiderou totalmente o compromisso de Judá de adorar somente a Deus,
ignorando a Palavra de Deus e adorando-o de uma forma inadequada, descuidada;
mudou o altar que fora construído de acordo com as especificações de Deus e o
substituiu por um altar pagão. Analisando sua atitude, supomos que Acaz era
totalmente alheio à Palavra de Deus, à fidelidade do SENHOR aos judeus no
passado e à contínua presença Dele com seu povo. Mas, como Isaías 7 deixa
claro, Deus enviou um profeta diversas vezes para alertar Acaz sobre as conseqüências
de suas ações e para confirmar a ele a presença do SENHOR.
Acaz
e seu povo rejeitaram a salvação temporária que Deus lhes oferecera porque não
confiaram em seu poder absoluto num mundo de reinos terrenos rivais. Mas,
através da profecia de Isaías, Deus estava lançando o fundamento profético de
seu plano de salvação definitiva: o envio de seu único Filho a terra para salvar
a humanidade. Deus estava trabalhando a salvação eterna de seu povo, e não
apenas contra inimigos terrenos.
O
livro de Hebreus mostra como Deus usou seus profetas, anjos, e por fim, o próprio
SENHOR Jesus para implementar seu maravilhoso plano de salvação. A pergunta
feita por aquele escritor continua a nos confrontar ainda hoje:
“Como
escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?” (Hebreus
2.3).
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