quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Preparando o solo do coração


Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.

                                 Salmos 139.23,24

Reconhecermos e confessarmos as nossas transgressões, erros, falhas e pecados, faz tão bem ao nosso espírito; da mesma forma como preparar o solo torna um campo mais produtivo e frutífero.
O agricultor não semeia a semente na terra sem antes prepará-la, do contrário perderá seu trabalho e também as sementes não produzirão uma boa colheita – ele antes ara a terra, retira as pedras, pedregulhos, ervas daninhas, remove espinhos, carrapichos, pequenos tocos e tudo o que é prejudicial ao plantio.
Ele experiente que é, sabe que a sua lavoura irá produzir e se desenvolver bem melhor se o solo já tiver pronto, preparado para receber a sementeira, que por sua vez, terá que ser de boa qualidade.
Quando nos aproximamos do SENHOR e confessamos os nossos pecados, é como uma abertura, um convite a Deus para trilhar e endireitar os caminhos tortuosos, errantes e amargos da nossa alma... Constrangidos e meio encabulados, confessamos:"Por favor, SENHOR, há uma pedra de orgulho e vaidade desmedida onde sempre tropeço, está difícil me livrar dela. Há também SENHOR, aquela curva do julgamento ao próximo, onde derrapo muito e acabo perdendo o controle... Ah! Tem ainda as porteiras emperradas da amargura e do ressentimento... Hummm! Já ia me esquecendo dos tocos pontiagudos da culpa que dilacera a alma, lá margeando a cerca de arame farpado – suas raízes são tão grossas e profundas, que não consigo remove-los; e o solo está tão seco, extremamente endurecido, impróprio para receber sementes"...
Há ocasiões em que nos sentimos tão envergonhados e culpados pelos nossos pecados que mal conseguimos admiti-los e confessá-los – mas quando reconhecemos as nossas falhas, erros e iniquidades e convidamos a Deus para reparar e preparar o solo do nosso coração – o Pai, o Filho e o Espírito têm livre acesso, caminham juntos pelo campo, cavam, limpam, aram, adubam, preparando o espírito para frutificar. Os frutos espirituais desenvolvem com qualidade quando a terra do nosso coração está bem preparada.
"Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um" (Mateus 13.8).
Por mais que nos sintamos pouco à vontade para abrir os porões do nosso ser diante do SENHOR, isso se faz tremendamente necessário, para que Ele possa limpa-los e desobstruí-los totalmente - basta que tenhamos em mente que o nosso Deus é misericordioso, cheio de graça, compassivo e compreensivo, e está sempre pronto a nos ouvir.
"Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás" (Salmos 51.17).
"Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões. Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem"; (Salmos 103.11-13).

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