Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração;
prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te
ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.
Salmos
139.23,24
Reconhecermos e confessarmos as nossas
transgressões, erros, falhas e pecados, faz tão bem ao nosso espírito; da mesma
forma como preparar o solo torna um campo mais produtivo e frutífero.
O agricultor não semeia a semente na terra
sem antes prepará-la, do contrário perderá seu trabalho e também as sementes
não produzirão uma boa colheita – ele antes ara a terra, retira as pedras,
pedregulhos, ervas daninhas, remove espinhos, carrapichos, pequenos tocos e
tudo o que é prejudicial ao plantio.
Ele experiente que é, sabe que a sua
lavoura irá produzir e se desenvolver bem melhor se o solo já tiver pronto,
preparado para receber a sementeira, que por sua vez, terá que ser de boa
qualidade.
Quando nos aproximamos do SENHOR e
confessamos os nossos pecados, é como uma abertura, um convite a Deus para trilhar
e endireitar os caminhos tortuosos, errantes e amargos da nossa alma... Constrangidos
e meio encabulados, confessamos:"Por favor, SENHOR, há uma pedra de orgulho e
vaidade desmedida onde sempre tropeço, está difícil me livrar dela. Há
também SENHOR, aquela curva do julgamento ao próximo, onde derrapo muito e
acabo perdendo o controle... Ah! Tem ainda as porteiras emperradas da amargura
e do ressentimento... Hummm! Já ia me esquecendo dos tocos pontiagudos da culpa
que dilacera a alma, lá margeando a cerca de arame farpado – suas raízes
são tão grossas e profundas, que não consigo remove-los; e o solo está tão
seco, extremamente endurecido, impróprio para receber sementes"...
Há ocasiões em que nos sentimos tão
envergonhados e culpados pelos nossos pecados que mal conseguimos admiti-los e confessá-los
– mas quando reconhecemos as nossas falhas, erros e iniquidades e convidamos a
Deus para reparar e preparar o solo do nosso coração – o Pai, o Filho e o
Espírito têm livre acesso, caminham juntos pelo campo, cavam, limpam, aram,
adubam, preparando o espírito para frutificar. Os frutos espirituais
desenvolvem com qualidade quando a terra do nosso coração está bem preparada.
"Outra ainda caiu em boa terra, deu
boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um" (Mateus 13.8).
Por mais que nos sintamos pouco à vontade
para abrir os porões do nosso ser diante do SENHOR, isso se faz tremendamente
necessário, para que Ele possa limpa-los e desobstruí-los totalmente - basta
que tenhamos em mente que o nosso Deus é misericordioso, cheio de graça, compassivo e
compreensivo, e está sempre pronto a nos ouvir.
"Os sacrifícios que agradam a Deus são
um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás"
(Salmos 51.17).
"Pois como os céus se elevam acima da
terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente,
assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões. Como um pai tem compaixão de seus filhos,
assim o Senhor tem compaixão dos que o temem"; (Salmos 103.11-13).
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