sábado, 20 de maio de 2023

Doce X Amargo

 

Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo.


                                           Isaías 5.20


Vemos no Antigo Testamento como Deus, de forma sobrenatural, proveu aos israelitas, diariamente, o alimento celestial chamado maná. Em todo tempo que permaneceram no deserto, todas as manhãs, quando saiam de suas tendas o maná estava lá, para eles simplesmente recolher e comer.

Acontece que depois de algum tempo, eles se cansaram do maná, e diziam: "Ah, se tivéssemos carne para comer! Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos porós, das cebolas e dos alhos" (Números 11.4-5). Quando os israelitas se queixaram, Moisés orou a Deus, e a Bíblia diz que choveu codornizes. Eles ficaram com codornizes até uma altura de 90 cm (Números 11.31). Mas elas pareciam amargas em suas bocas.

O incrível é que quando o inimigo traz as lembranças do passado, muitas vezes olhamos para ele sob uma ótica de lentes coloridas. Nunca pensamos como tudo era vazio; da culpa que pesava e permanecia sobre nossos ombros; da insegurança que prevalecia e do temor da morte. Ao invez disso, povoam nossas lembranças as poucas vezes em que tínhamos alguns bons momentos, embora os maus sempre predominassem.

Como somos débeis e tolos quando tentamos manter Deus fora de nossas vidas e cegamente perseguimos os nossos planos e paixões. Muitas vezes Deus não vai nos permitir alcançar o que procuramos, outras vezes até vai, para que vejamos que não era nada do que imaginávamos. É como o dito popular - ao tolo há duas alegrias: uma é quando se conquista e adquire o bem desejado, e outra é quando ele enfim já decepcionado e frustrado, consegue se livrar e se dispor do mesmo bem.

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