segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Esperança


"Nós, pelo Espírito aguardamos a esperança da justiça que provém da fé"
                                   Gálatas 5.5

Há períodos que atravessamos de densa escuridão, onde foge de nós até mesmo a esperança... Esperar já é um exercício desagradável e quando não resta sequer fio de esperança, torna-se sofrível o esperar pela própria esperança. Não vislumbrar nem um facho de luz no horizonte, contudo não entregar-se ao desespero; não divisar nem uma sombra pela janela senão a escuridão da noite, e ainda assim mantê-la aberta para um improvável aparecimento do luar e de estrelas; carregar um imenso vazio no coração, e não permitir que uma presença inferior ali se instale – seria esta uma consistente demonstração do exercício da paciência?
É Jó nas intempéries e nos ataques, à mercê do adversário... É Abraão a caminho de Moriá; na espera por seu Isaque... É Moises no deserto de Midiã... É José encarcerado na prisão... É Daniel na longa noite junto aos famintos leões... É Sadraque e seus companheiros encerrados na fornalha ardente... É o Filho do Homem no jardim do Getsemani.
Nada requer maior resistência no exercício da paciência do que nos manter firmes; como quem contempla o invisível: é a espera pela esperança.
Mas ao observarmos os passos e o exemplo do SENHOR Jesus, aprendemos que a vontade do Pai deve ser acatada, recebida, cumprida, simplesmente por ser a vontade de Deus; que mesmo que em nosso cálice só tenha tristezas, devemos digeri-lo totalmente sem murmurações; pois sabemos que o olho do Pai passa por toda a terra, e Ele vê além das nossas circunstancias.
Precisamos clamar ao SENHOR por essa resignação, esse poder divino de mesmo na ausência da alegria não oprimir nem contaminar o nosso coração, e a despeito de tudo, afirmar que diante do Pai certamente ainda haverá motivos de alegria; o poder de enfrentar o Getsemani, o poder de esperar pela esperança, por que:
"A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida" (Provérbios 13.12).
Vale a pena nos empenharmos para concluirmos essa aventura que se chama “vida terrena”, convictos de que o invisível e desconhecido Céu está logo ali, além do palco onde se desenrolam nossas aparentes circunstancias visíveis e palpáveis.
"Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta,

tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem" (Hebreus 12.1-3).

Nenhum comentário:

Postar um comentário