"Nós, pelo Espírito aguardamos a
esperança da justiça que provém da fé"
Gálatas 5.5
Há períodos que atravessamos de densa
escuridão, onde foge de nós até mesmo a esperança... Esperar já é um exercício
desagradável e quando não resta sequer fio de esperança, torna-se sofrível o
esperar pela própria esperança. Não vislumbrar nem um facho de luz no horizonte,
contudo não entregar-se ao desespero; não divisar nem uma sombra pela janela
senão a escuridão da noite, e ainda assim mantê-la aberta para um improvável aparecimento
do luar e de estrelas; carregar um imenso vazio no coração, e não permitir que
uma presença inferior ali se instale – seria esta uma consistente demonstração
do exercício da paciência?
É Jó nas intempéries e nos ataques, à mercê
do adversário... É Abraão a caminho de Moriá; na espera por seu Isaque... É
Moises no deserto de Midiã... É José encarcerado na prisão... É Daniel na longa
noite junto aos famintos leões... É Sadraque e seus companheiros encerrados na
fornalha ardente... É o Filho do Homem no jardim do Getsemani.
Nada requer maior resistência no exercício
da paciência do que nos manter firmes; como quem contempla o invisível: é a espera
pela esperança.
Mas ao observarmos os passos e o exemplo do
SENHOR Jesus, aprendemos que a vontade do Pai deve ser acatada, recebida, cumprida,
simplesmente por ser a vontade de Deus; que mesmo que em nosso cálice só tenha
tristezas, devemos digeri-lo totalmente sem murmurações; pois sabemos que o
olho do Pai passa por toda a terra, e Ele vê além das nossas circunstancias.
Precisamos clamar ao SENHOR por essa
resignação, esse poder divino de mesmo na ausência da alegria não oprimir nem
contaminar o nosso coração, e a despeito de tudo, afirmar que diante do Pai certamente
ainda haverá motivos de alegria; o poder de enfrentar o Getsemani, o poder de esperar
pela esperança, por que:
"A esperança que se adia faz adoecer o
coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida" (Provérbios 13.12).
Vale a pena nos empenharmos para
concluirmos essa aventura que se chama “vida terrena”, convictos de que o
invisível e desconhecido Céu está logo ali, além do palco onde se desenrolam
nossas aparentes circunstancias visíveis e palpáveis.
"Livremo-nos de tudo o que nos
atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida
que nos é proposta,
tendo os olhos fitos em Jesus, autor e
consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz,
desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem
naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês
não se cansem nem se desanimem" (Hebreus 12.1-3).
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