terça-feira, 28 de outubro de 2025

Sem explicação

 

Ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação.


                                     Habacuque 3.18


Incrível como sempre que ocorre algo trágico, terrível; buscamos explicações que satisfaçam nossa curiosidade. Sabemos que nada vai adiantar, mas desejamos pelo menos entender os motivos, as razões, ficamos meio perplexos refletindo a angústia e o sofrimento pelo ocorrido.

A fragilidade de nossa "teologia" nos leva a crer às vezes, que os conceitos que temos sobre Deus e Seu grande amor, não condizem com a realidade que vivemos. O que dizer aos mais jovens, às crianças, àquele que iniciou "ontem" a vida cristã?!

O salmos 74.1-23 da família de Asafe, trata deste tema. Naquela ocasião eles queriam entender por que Deus havia permitido a destruição de Jerusalém e do templo, pelos babilônios. O cântico de vitória de seus opressores ainda ecoava em seus ouvidos, o cheiro de fumaça e morte entupia seus narizes. O riso de triunfo da vitória inimiga ofendia o judeu que confiava na proteção de Deus, e pior que a tragédia, era a idéia de que Deus os havia abandonado.

Sempre quando as coisas vão mal em nossa vida, temos a tendência de questionar Deus. Começamos a "lembrá-Lo" de que somos Seus filhos e que Ele tem a "obrigação" de cuidar de nós. Baseados neste conceito, muitos desistem da fé quando se vêem em situações difíceis, acreditando que deva tratar-se de algum engano da parte de Deus, como se isso fosse possível.

Mas, consideremos que as circunstâncias adversas da vida não mudam o amor de Deus por nós, nem fazem Deus menos poderoso; pelo contrário, Ele cumpre em nós o Seu propósito e nos corrige, ensina, usa como testemunhas e também nos consola. Quando não encontrarmos nenhuma lógica nos "porquês" da vida, continuemos crendo firmemente em Deus e em Sua Palavra. Talvez neste dia Deus nos ajudará a compreender que de fato nada pode nos separar do amor de Cristo. Deus não usa Seu tempo nos explicando, mas nos amando sem explicação.

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