Façam
tudo com amor.
1
Coríntios 16.14
Se
queremos ser bem sucedidos quando compartilharmos o Evangelho, precisamos ser
amistosos, cordiais, gentis, não podemos de modo algum ofender, magoar,
insultar, desnecessariamente os nossos ouvintes. Sim, dependendo da forma como
expormos, eles se sentirão assim, e isso acaba por tornar-se um desserviço para
o evangelismo. Na verdade, já paira uma ofensa natural na mensagem essencial do
Evangelho. Não precisamos complicar ainda mais as coisas!
Alguém já disse: "Ninguém jamais deveria pregar sobre o tema do inferno, sem uma
lágrima em seu próprio olho." Entretanto, para alguns pregadores, há tanta
satisfação em falarem sobre o inferno, que parece até se esquecerem do fato de
que a grande maioria das pessoas estão indo para lá. E o pior de tudo é que se
fossemos mais efetivos e compromissados em compartilhar a boa nova do Evangelho
com compaixão, zelo, determinação, como se a nossa própria vida dependesse
disso, sem dúvida alguma, conseguiríamos reduzir e reverter drasticamente essa
situação.
Observemos
que quando o Mestre e SENHOR Jesus abordou a mulher samaritana, Ele não foi inicialmente a confrontando com a sua vida
devassa e nem expôs a sua escandalosa imoralidade. Sim, com a Sua sabedoria de
um preciso cirurgião, em vez disso, foi de mansinho, apelou para sua sede interior.
E só depois de despertar a sua atenção, finalmente a confrontou com o seu pecado
- há um momento certo para isso. Primeiramente Ele despertou a sua atenção, atraiu
a sua curiosidade, estabeleceu um elo em um simples diálogo com assuntos do
interesse dela.
O
apóstolo Paulo também compreendeu e adotou este mesmo princípio. Por ocasição
da sua estada em Atenas, numa reunião no Areópago, ele fez uso desse método ao
observar a religiosidade aguçada dos atenienses, poderia acusa-los de
idólatras... no entanto, não seria uma sábia e eficaz abordagem:
"Atenienses!
Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos, pois, andando pela
cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar
com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de
não conhecerem, eu lhes anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é
o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos
humanas" (Atos 17.22-24).
Em
outra ocasião, quando foi trazido perante Herodes Agripa, ele encontrou pontos
em comum e mentalmente construiu uma ligação com o seu ouvinte. E não foi exatamente
uma bajulação da parte de Paulo, pois estava dizendo a verdade. Agripa era
muito influente, envolvido nos caminhos dos judeus, conhecia bem, sabia tudo sobre
a cultura e os costumes judaicos, dominava os ensinamentos dos profetas judeus.
Mas,
apesar disso Agripa era um homem imoral, havia um boato de que ele estava
envolvido em uma relação incestuosa com sua própria irmã. Paulo poderia ter
trazido isso à tona, acusá-lo, expor sua fraqueza, envergonha-lo. Mas ele preferiu
usar de sabedoria e não agiu assim, ao contrário disso, construiu um elo, foi
respeitoso.
Assim
sendo, quando possível, encontremos pontos em comum com as pessoas que abordamos
e tentemos estabelecer um vínculo, um elo, uma ligação, para então compartilhar
o Evangelho, certamente teremos maior chance de sermos mais eficazes. Sim, pois
estaremos começando bem no compartilhar da Palavra de Deus, com grande chance
de sermos ouvidos, pois agimos respeitosamente, compreensivelmente, com amor e
compaixão.
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