sábado, 20 de setembro de 2014

Um Pai no deserto

"Pois o Senhor, o seu Deus, os tem abençoado em tudo o que vocês tem feito. Ele cuidou de vocês em sua jornada por este grande deserto. Nestes quarenta anos o SENHOR, o seu Deus, tem estado com vocês, e não lhes tem faltado coisa alguma."
                       Deuteronômio 2.7

Durante as perambulações de Israel no deserto, Deus não se esqueceu da aliança que fizera com Abraão, Isaque e Jacó.
Embora Seu povo se rebelasse continuamente contra Ele, o próprio Senhor continuou a guiá-lo. Como um pai que cuida dos filhos, Ele supria continuamente as necessidades dos israelitas. Deu-lhes o maná e fez água brotar da rocha no deserto de Zim. As roupas e os sapatos não se desgastaram, nem lhes faltou coisa alguma. Todas as necessidades deles foram supridas! (Deuteronômio 2.7; 29.5).
Depois de prová-los no deserto, verificando se obedeciam, o Senhor conduziu-os mais uma vez à Terra Prometida. Antes de tomarem posse da herança, Deus exigiu que os israelitas confirmassem a aliança feita com Ele no monte Sinai.
Nas planícies de Moabe, Moisés congregou toda a nação de Israel autoridades, oficiais, homens, mulheres, crianças, servos e todos os estrangeiros entre eles. Lembrou-os da desobediência e da rebelião deles contra Deus, dos grandes sinais e maravilhas que Ele havia realizado ao libertá-los do Egito e da aliança que o Senhor havia feito com eles no monte Sinai, quando os encontrou face a face.
Leu todas as leis e ordenanças que Deus havia determinado e depois fez os israelitas recordarem as promessas da aliança que Deus estabelecera com eles no Sinai. Disse-lhes: "Obedeçam, pois, à lei, isto é, aos decretos e às ordenanças que hoje lhes ordeno. Se vocês obedecerem a essas ordenanças, as guardarem e as cumprirem, então o SENHOR, o seu Deus, manterá com vocês a aliança e a bondade que prometeu sob juramento aos seus antepassados. Ele os amará, os abençoará e fará com que vocês se multipliquem. Ele abençoará os seus filhos e os frutos da sua terra: o cereal, o vinho novo e o azeite, as crias das vacas e das ovelhas, na terra que aos seus antepassados jurou dar a vocês. Vocês serão mais abençoados do que qualquer outro povo! Nenhum dos seus homens ou mulheres será estéril, nem mesmo os animais do seu rebanho. O SENHOR os guardará de todas as doenças. Não infligirá a vocês as doenças terríveis que, como sabem, atingiram o Egito, mas as infligirá a todos os seus inimigos, não infligirá a vocês, mas as infligirá a todos aqueles que odeiam vocês" (Deuteronômio 7.11-15).
Além dessas promessas, Moisés declarou as bênçãos que os israelitas RECEBERIAM na terra que Deus lhes deu, caso fossem obedientes (Ler Deuteronômio 28), mas também os advertiu das terríveis maldições que lhes sobreviriam, caso deixassem de obedecer a Deus e de guardar a Aliança feita com eles (Deuteronômio 28.15-68).
Após apresentar as leis, condições, bênçãos e maldições concernentes à Aliança, Moisés falou: "Sigam fielmente os termos desta aliança, para que vocês prosperem em tudo o que fizerem. Hoje todos vocês estão na presença do SENHOR, o seu Deus: os seus chefes e homens destacados, os seus líderes e oficiais, e todos os demais homens de Israel, juntamente com os seus filhos e as suas mulheres e os estrangeiros que vivem nos seus acampamentos cortando lenha e carregando água para vocês. Vocês estão aqui presentes para entrar em aliança com o SENHOR, o seu Deus, aliança que ele está fazendo com vocês hoje, selando-a sob juramento, para hoje confirmá-los como seu povo, para que ele seja o seu Deus, conforme lhes prometeu e jurou aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó. Não faço esta aliança, sob juramento, somente com vocês que estão aqui conosco na presença do SENHOR, o nosso Deus, mas também com aqueles que não estão aqui hoje" (Deuteronômio 29.9-15).
Os filhos de Israel quebraram a aliança que DEUS estabelecera com eles no monte Sinai. Recusaram-se a obedecer à sua voz, perderam as promessas da aliança, e os que se rebelaram contra Deus morreram no deserto. Contudo, Deus não os abandonou nem se esqueceu da aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó!
Nas planícies de Moabe, enquanto estavam tomando posse da terra que Deus prometera aos seus antepassados, mais uma vez Ele estendeu a sua mão e reuniu os israelitas para estabelecê-los como seu povo. Reafirmou as promessas da aliança e exigiu que assumissem o compromisso de amá-lo e obedecer-lhe.
Naquele dia, ganharam uma nova oportunidade. Moisés disse ao povo: "Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a benção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o SENHOR, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a Ele. Pois o SENHOR é a sua vida, e Ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão Isaque e Jacó" (Deuteronômio 30.19,20).
Os israelitas confirmaram a aliança firmada com os seus pais no monte Sinai. Naquele dia, fizeram uma aliança de sangue com Deus. E, a exemplo do que ocorreu na aliança de Deus com Abraão, Ele tornou-se um Aliançado do povo escolhido. Estabeleceu com eles um relacionamento mais íntimo. Criou-se uma união sagrada entre Ele e o seu povo.
Nesse relacionamento, tudo que Deus tinha passou a pertencer a Israel. Ele se tornou para a nação tudo de que ela precisava. Fez-se inimigo dos inimigos de seu povo. Os filhos de Israel tornaram-se povo de Deus — uma nação santa, propriedade particular de Deus — e herdaram todas as promessas da aliança.
Josué e os filhos de Israel atravessaram o rio Jordão e tomaram posse de sua herança. Como sinal exterior de que tinham aliança com DEUS, Ele ordenou que todos os homens e jovens nascidos no deserto fossem circuncidados (Josué 5.2-7).
Eles entraram na Terra Prometida. Deus afastou os inimigos e fez deles uma nação poderosa. Multiplicou-os e deu-lhes os despojos das nações inimigas. Estabeleceu-os como povo santo, e eles desfrutaram abundância de alimento, prata, ouro, animais, casas e terras.
Contudo, os israelitas se esqueceram de Deus. Quebraram a Aliança, rebelaram-se e recusaram-se a obedecer a Deus. Deram as costas para Ele e seguiram os ídolos. Magoaram o coração de DEUS. Ele advertiu-os repetidas vezes, mas eles se recusaram a ouvir.
DEUS falou a Israel por meio de Jeremias: "Ouçam os termos desta aliança (solene) e cumpram-nos. Desde a época em que tirei os seus antepassados do Egito até hoje, protestei intensamente e os adverti com persistência, dizendo: Obedeçam-me. Contudo, não me deram ouvidos, e todos andaram na teimosia de seu maligno coração. Por isso, trouxe sobre eles todas as (calamidades descritas nas) palavras desta aliança ou juramento solene, que eu havia ordenado que cumprissem e que eles não cumpriram. Há uma conspiração entre o povo de Judá e os habitantes de Jerusalém. Voltaram-se para as iniquidades de seus antepassados, que se recusaram a dar ouvidos às minhas palavras e seguiram outros deuses para prestar-lhes culto. Tanto a comunidade de Israel quanto a de Judá quebraram o juramento solene que havia entre Mim e os seus antepassados" (Jeremias 11.6-10 TAB).
A única coisa que Deus requeria na aliança com Israel era que o amassem, servissem e obedecessem-lhe de todo o coração. Por causa da desobediência, os israelitas perderam a herança. Todas as maldições que Deus estabeleceu na aliança sobrevieram e ainda estão sobre Israel, como lembrança de que quebraram o pacto.
Embora a ira de Deus se acendesse contra os israelitas e resultasse em maldições sobre eles, o Eterno não se esqueceu da aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó!
"De sua parte", disse Deus a Abraão, "guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes”. Gênesis 17.9
“Tenham o cuidado de não esquecer da aliança que o Senhor, o seu Deus, fez com vocês;  Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus zeloso; é fogo consumidor.
...Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus misericordioso; ele não os abandonará, nem os destruirá nem se esquecerá da aliança que com juramento fez com os seus antepassados.       
...ponham no coração que o Senhor é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro.” 
Deuteronômio 4.23-24,31,39

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