Porque
o homem não prevalecerá pela força. Os que contendem com o SENHOR serão
quebrantados, desde os céus trovejará sobre eles; o SENHOR julgará as
extremidades da terra; e dará força ao rei, e exaltará o poder do seu ungido.
1
Samuel 2.9-10
Uma
forma de se conhecer o Antigo Testamento é trilhar o caminho de preparação de
Israel para a chegada do Messias (Lucas 24.44). De modo soberano, o SENHOR
introduziu certas idéias séculos antes de seu completo significado se tornar
claro, o que aconteceu na obra de Jesus.
Ana
sabia que Deus tinha um plano para este mundo e se alegrava com isso. A oração
de Ana é um cântico de louvor pelo plano soberano de Deus para o mundo e por
seu poder de guiar toda a história. A Bíblia não apenas revela o plano de Deus,
mas mostra como Ele carinhosamente prepara seu povo para vivenciar este plano.
O tema central do plano de Deus envolve a salvação de suas criaturas, é desejo
de Deus trazer uma multidão de pessoas eternamente perdidas para a vida eterna
com Ele. Objetivando completar a obra da salvação, Deus envolveu-se
pessoalmente com o mundo, enviando seu único filho. Mas antes de o filho entrar
em cena, o SENHOR fez diversos preparativos. Jesus veio à terra somente quando
tudo já estava preparado, acertado (Gálatas 4.4).
Quando
Ana compôs seu cântico de louvor, ela incluiu a primeira menção ao rei ungido
(1 Samuel 2.10), o que se referia ao Salvador definitivo que, na cruz,
quebraria em pedaços o poder do diabo. Na verdade, seu filho Samuel, iria ungir
Davi, a pessoa que deu início à linhagem real do Messias que viria.
Na
verdade embora nos pareça as vezes que Deus se saturou de nossas iniqüidades e
abandonou o mundo, Ele não abdicou de seu poder e soberania, no tempo certo,
quando a medida de iniqüidade da humanidade atingir o limite de tolerância Ele
agirá, sem dúvida alguma sua justiça se manifestará.
...”porque a maldade dos amorreus ainda não atingiu a medida
completa" (Gênesis 15.16).
Naquele
tempo, a palavra ungido se referia à maneira como as pessoas eram separadas
para propósitos especiais. Derramava-se óleo sobre suas cabeças (Êxodo 29.1-9).
Pouco depois da época de Ana, Deus usou Samuel para ungir Saul como rei de
Israel e, posteriormente, Davi.
A
palavra hebraica usada para ungir logo ficou conhecida como a forma de Deus
escolher uma pessoa para representá-lo tanto na questão sacerdotal quanto real.
O profundo respeito de Davi por Saul, o ungido do SENHOR, expressa o tipo de
deferência que todos deveriam mostrar àquele que fora escolhido como líder
político.
Logo
depois da morte de Jesus, os discípulos começaram a chamar Jesus de Cristo, a
palavra grega para Messias. Para eles, a conexão era óbvia. Jesus não apenas
cumpriu muitas das profecias relativas a vinda do Messias, mas também cumpriu
em sua própria vida, morte e ressurreição, os papeis para os quais Deus ungia
os homens (sacerdotes, profetas e reis). Como Sacerdote, Jesus intercede por
nós diante de Deus; como Profeta, Ele chama todos ao arrependimento; como Rei, Ele
voltará em glória para governar o mundo, e isto dentro muito em breve. A Ele a
honra, o louvor, a gloria e o poder para todo o sempre.
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