sábado, 27 de setembro de 2014

A Aliança com Deus é honrada pela obediência

E vocês disseram: O SENHOR, o nosso Deus, mostrou-nos sua glória e sua majestade, e nós ouvimos a sua voz vinda de dentro do fogo. Hoje vimos que Deus fala com o homem e que este ainda continua vivo! Mas, agora, por que deveríamos morrer? Este grande fogo por certo nos consumirá. Se continuarmos a ouvir a voz do SENHOR, o nosso Deus, morreremos. Pois, que homem mortal chegou a ouvir a voz do Deus vivo falando de dentro do fogo, como nós o ouvimos, e sobreviveu?
Aproxime-se você, Moisés, e ouça tudo o que o SENHOR, o nosso Deus, disser; você nos relatará tudo o que o SENHOR, o nosso Deus, lhe disser. Nós ouviremos e obedeceremos.
O SENHOR ouviu quando vocês me falaram e me disse: Ouvi o que este povo lhe disse, e eles têm razão em tudo o que disseram. Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre!
Vá, diga-lhes que voltem às suas tendas. Você ficará aqui comigo, e lhe anunciarei toda a lei, isto é, os decretos e as ordenanças que você lhes ensinará e que eles deverão cumprir na terra que eu dou a eles como propriedade.
                     Deuteronômio 5.24-31

Após ouvir as promessas de Deus, o povo respondeu voluntariamente: "Faremos tudo o que o SENHOR ordenou!". Deus lhes disse que a exigência para ter direito às promessas era: "Se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança...". Movidos pelo entusiasmo e pelo desejo de estabelecer esse relacionamento com Deus, os israelitas rapidamente concordaram em obedecer. Tinham confiança na própria capacidade de guardar os mandamentos do Senhor. Não conseguiam enxergar a própria natureza, tão fraca e pecadora, que lhes impossibilitava cumprir aquela promessa. Lembrem-se: o propósito de Deus ao estabelecer a aliança com eles era mostrar que eram pecadores e incapazes de salvar a si mesmos.
Israel desejava obedecer, contudo não tinha um "coração" que o capacitasse a guardar a aliança. Mesmo antes de Moisés descer do monte Sinai com as tábuas dos Dez Mandamentos, o povo começou a adorar um ídolo, um bezerro de ouro.
Moisés retornou ao monte e comunicou a resposta dos israelitas. O Senhor ouviu as suas palavras, mas sabia que eles lhe dariam as costas e quebrariam a aliança.
O grande desejo de Deus era de que o povo que escolhera para si o amasse e lhe obedecesse; de forma que pudesse derramar as bênçãos prometidas sobre ele.
Contudo, sabia que Israel não obedeceria.
Deus disse a Moisés que desceria à vista de todo o povo oculto em uma densa nuvem, para que o povo ouvisse quando Ele falasse com Moisés, cresse e permanecesse firme para sempre. Deus, que é completamente santo, desceu com toda a sua glória e majestade para se encontrar com o seu povo — para estabelecer uma aliança de sangue com ele, como fizera com Abraão!
Para tanto, foi necessário que Deus enviasse um escudo e protegesse o povo do brilho glorioso de sua presença. A carne pecadora não consegue sobreviver na presença do Deus santo, e irá se desfazer diante do "fogo consumidor" (Deuteronômio 4.24). Por essa razão, Deus manifestou-se em uma nuvem espessa. Queria que o seu povo soubesse que estava firmando uma aliança com Ele; que se convencesse de que Moisés estava falando as palavras de Deus; que acreditassem nele e permanecessem firmes.
Os israelitas aceitaram os termos do Eterno, e chegou a hora de Ele revelar a sua aliança em toda a sua plenitude. Antes que o Deus santo e justo descesse para encontrá-los, foi necessário que eles se santificassem. Como sinal exterior de purificação, Moisés foi instruído a descer e consagrar todo o povo. Deus disse a Moisés: "Vá ao povo e consagre-o hoje e amanhã. Eles deverão lavar as suas vestes e estar prontos no terceiro dia, porque nesse dia o SENHOR descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo. Estabeleça limites em torno do monte e diga ao povo: Tenha o cuidado de não subir ao monte e de não tocar na sua base. Quem tocar no monte certamente será morto; será apedrejado ou morto a flechadas. Ninguém deverá tocá-lo com a mão. Seja homem, seja animal, não viverá. Somente quando a corneta soar um toque longo eles poderão subir ao monte" (Êxodo 19.10-13).
Moisés obedeceu. Desceu até o povo e ensinou-o a santificar-se. A santificação consistia em lavar a si mesmo e as próprias roupas.
Na preparação para o encontro com Deus, Moisés também ordenou que os homens se abstivessem das relações sexuais. Essa purificação exterior simbolizava a pureza interior que caracteriza a Nova Aliança.
Ainda em obediência às instruções de Deus, Moisés mandou o povo construir uma cerca ao pé do Sinai para impedir que as pessoas entrassem e tocassem o monte, pois quem fizesse isso morreria.
Feitos os preparativos, com o povo santificado e a cerca construída, os israelitas ficaram aguardando. Imaginemos o entusiasmo, o medo, a expectativa que crescia enquanto se preparavam para receber a visita de Deus.
Chegou o terceiro dia. A quietude da madrugada foi dispersa com poderosos ruídos de trovão. Relâmpagos brilharam no céu. O Sinai foi violentamente abalado quando o grande Eu Sou - o Deus todo-poderoso — desceu em aparência de fogo. Todo o monte foi coberto de fumaça, que subia como que de uma grande fornalha.
O povo tremeu de medo quando a trombeta de Deus soou pela planície convocando-o a se encontrar com Deus. Moisés reuniu os israelitas aos pés do monte. A trombeta ressoou cada vez mais alto. Finalmente, Moisés falou. Deus respondeu com voz audível e chamou-o para o monte. Deus ordenou a Moisés que descesse e avisasse o povo para não romper a cerca. Em seguida, foi-lhe dito que tomasse Arão e voltasse ao monte. Moisés retornou para o povo.
Depois, no meio do fogo, Deus falou AUDIVELMENTE ao povo, declarando os termos da aliança que firmava com ele naquele dia. Ressoando nos céus, Deus começou a declarar os primeiros dez mandamentos da Lei (Êxodo 20.1-17).
Começando pelo primeiro mandamento - "Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. Não terás outros deuses além de mim" (Êxodo 20.2,3) — Deus entregou as leis que os israelitas teriam de guardar naquele relacionamento.
Deus se manifestou sobrenaturalmente ao seu povo, para que todos SOUBESSEM que Ele era Deus e que não havia outro além dele (Deuteronômio 4.35,36).
Depois de contemplar a manifestação de Deus nos relâmpagos, no fogo e na fumaça, de estremecer diante dos trovões e cair para trás, os israelitas "ficaram à distancia" (Êxodo 20.18).
Deus revelou o seu poder e majestade ao povo. Todos souberam que Ele era o Deus vivo e verdadeiro porque Ele lhes falara audivelmente. Contudo, tiveram medo e pensaram que fossem morrer. Enviaram Moisés de volta ao monte para ouvir tudo que Deus tinha a dizer. Mais uma vez, prometeram obedecer a tudo que o Senhor lhes ordenasse (Deuteronômio 5.24-27).
Para que a aliança que Deus fez com Israel fosse legalmente válida, foi necessário selá-la com sangue.
Moisés voltou para perto da densa nuvem, e Deus lhe disse: "Vá, diga-lhes que voltem às suas tendas. Você ficará aqui comigo, e lhe anunciarei toda a lei, isto é, os decretos e as ordenanças que você lhes ensinará e que eles deverão cumprir na terra que eu dou a eles como propriedade" (Deuteronômio 5.30,31).
No monte Sinai, Deus entregou a Moisés cerca de setenta leis adicionais concernentes à adoração, altares, direitos individuais, direitos de propriedade e outras leis combinadas, que também faziam parte dos termos da aliança.
Deus orientou Moisés a levar Arão, Nadabe e Abiú e setenta autoridades de Israel para o alto do monte a fim de que adorassem ao Senhor (Êxodo 24.1,2).
Moisés, tendo recebido as leis que governariam a conduta da nação, retornou ao acampamento e proclamou-as diante do povo. Novamente, a resposta foi: "Faremos tudo o que o SENHOR ordenou" (Êxodo 24.3).
Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor — os Dez Mandamentos, que Deus lhes anunciara pessoalmente, e as setenta leis adicionais — em um livro chamado LIVRO DA ALIANÇA, que era o registro escrito de todas as condições e promessas da aliança que Deus estabelecera com Israel. O propósito era fazer lembrar continuamente os filhos de Israel do pacto que haviam feito com Deus.
Moisés acordou cedo na manhã seguinte, edificou um altar ao pé do monte e levantou doze colunas, que representavam as doze tribos. Depois ordenou aos jovens que oferecessem holocaustos e novilhos como sacrifícios de comunhão ao Senhor e coletassem o sangue em tigelas.
Imaginemos a cena, quando o Deus Todo-Poderoso confirmou a aliança de sangue com o povo que havia escolhido para si. O odor pungente do sangue e dos holocaustos permeava o ar. Havia sem dúvida uma mistura quando o sangue dos animais foi drenado para as tigelas. O odor da morte estava no ar.
Naquela ocasião solene, todo o povo - dois milhões de israelitas — estava reunido para selar a aliança. Na planície do Sinai, tão longe quanto a vista podia alcançar, o povo ficou de pé enquanto Moisés tomou metade do sangue e derramou-o sobre o altar.
Depois ele tomou o Livro da Aliança e leu as promessas para o povo. Deus queria que Israel firmasse aliança com Ele conhecendo os termos e promessas do pacto e assumindo o compromisso de obedecer.
O povo aceitou os termos da aliança e prometeu: "Faremos fielmente tudo o que o Senhor ordenou" (Êxodo 24.7)
Moisés tomou um ramo de hissopo, mergulhou-o no sangue e o aspergiu sobre o Livro da Aliança e depois sobre o povo, dizendo: "Este é o sangue da aliança que o SENHOR fez com vocês de acordo com todas essas palavras" (Êxodo 24.8).
Com a aspersão do sangue sobre o Livro da Aliança e sobre o povo, a aliança foi selada para sempre. Deus tinha agora um pacto de sangue com Israel.
Naquele dia, Deus se tornou o Deus dos israelitas, e eles se tornaram o seu povo!
Naquele dia, eles se tornaram o seu POVO EXCLUSIVO — eram agora REIS E SACERDOTES, UMA NAÇÃO SANTA!

Naquele dia, passaram a ser herdeiros das promessas da aliança com Deus!

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