terça-feira, 7 de abril de 2015

Pastagens Verdejantes

Deitar-me faz em verdes pastos...
            
                Salmos 23.2

Davi passou um grande período de sua vida cuidando de rebanhos, procurando pastos viçosos, águas abundantes, proteção contra os perigos, evitando expor às intempéries o rebanho de seu pai. Ele era desde jovem responsável pela segurança do rebanho, então quando usa a ilustração do SENHOR como “Seu Pastor” (Salmos 23.1), é algo muito espontâneo e perfeitamente natural, foi a forma que Davi encontrou para dizer: “o Senhor me dá o que preciso, dependo dos seus cuidados, é quem me livra de todos os perigos”.
Ao afirmar “o SENHOR é”, Davi se refere ao Deus que permanece “sendo” em todo o tempo, nunca houve um tempo em que ELE não fosse, e o será para sempre. Ele passeia entre passado, presente e futuro, o tempo não pode limitá-lo. Ao depararmos com as dificuldades temos que ter essa consciência, sabermos que Deus “é” SENHOR... quando chega o câncer, Ele é Jehovah-Rapha, aquele que cura; quando a preocupação tira nosso sono e nos consome, Ele é Jehovah-Shalom, o pacificador; quando somos atacados pelas acusações do Satanás, Ele é Jehovah-Nissi, o guerreiro espiritual, nossa bandeira que hasteamos declarando ao inimigo quem é o legitimo dono desse território.
Ao contrário dos deuses filisteus de madeira, metal ou pedra, Davi descreve Deus como um Salvador pessoal ao chamá-lo “Meu Pastor” (v. 1), só o Pastor anda com as ovelhas pelos campos, provendo, curando, zelando, suprindo todas as suas necessidades. Davi aprendeu a confiar em Deus de forma que independente das circunstâncias, nada lhe faltaria.
Quando o leão rugiu contra Davi, tentando intimidá-lo, Deus o protegeu, permitiu-lhe derrotá-lo, da mesma forma quando o urso enfrentou-o para devorá-lo e ao rebanho de seu pai, Deus foi o seu escudo e de igual modo a fera foi vencida. Não foi diferente com Golias, o gigante filisteu que subestimou e riu do rapaz e suas pedrinhas, por desconhecer que o jovem garoto, de aparência meiga, usava nada menos que a armadura do Deus Vivo, Aquele desconhece “derrota”.
Ao entregarmos nossa vida aos cuidados desse Pastor, em todas as nossas dificuldades, Ele nos cerca com seus cuidados, nos conduz ao descanso e refrigério, levando-nos aos “pastos verdejantes” e às “águas tranquilas” (v.2). Quando nos desgarramos e desviamos das demais ovelhas, Deus gentilmente nos busca e reconduz de volta ao rebanho, dando-nos outra chance de nos relacionarmos e acertarmos com Ele (v.3). Não há nada que façamos que seja difícil demais para Deus perdoar (1 João 1.9).
A confiança de Davi em Deus era tremenda e ele deixa claro ao afirmar não temer ao caminhar “pelo vale da sombra da morte” (v.4), era convicto de que Deus estaria com ele e o protegeria por mais adversa que fosse a situação.
“Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante” (Salmos 27.3).
“Unges minha cabeça com óleo” (v.5) poderia estar se referindo profeticamente à unção que receberia, mas provavelmente se refere ao óleo usado pelos pastores para fazer curativos no ferimentos, arranhões pelos espinheiros dos campos que os animais sofriam. O óleo afastava os parasitas e as infecções...então quando nos vemos feridos pelas circunstancias adversas podemos deixar o Espírito Santo vir até nós com seu santo óleo, seu bálsamo de gileade e nos ungir para nos proteger.
Davi sentia-se seguro, convicto de que a bondade e a misericórdia de Deus o seguiriam “todos os dias da minha vida” (v.6). Porque de eternidade a eternidade Ele é Deus, e nEle não há sombra de mutação, é o mesmo desde sempre, podemos também afirmar e descansar em seus braços de amor como fez Davi.
Jesus também usou a analogia do pastor, quando disse: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11).
Precisamos fazer a nós mesmos a pergunta crucial: - Eu conheço o bom Pastor e sou conhecido por Ele?
"Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas" (João 10.14-15).

Podemos ter a mesma confiança de Davi, sabendo que passaremos toda a eternidade no céu vivendo em pastos verdejantes, com o Bom Pastor suprindo todas as nossas necessidades, basta que façamos Dele ainda hoje o nosso eterno Pastor.

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