Dei-lhes, entretanto, esta ordem:
Obedeçam-me, e eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo. Vocês andarão em
todo o caminho que eu lhes ordenar, para que tudo lhes vá bem.
Jeremias 7.23
O relacionamento de Deus com o seu povo foi estabelecido por duas alianças:
1. Antiga Aliança, estabelecida com Israel
pela obediência à Lei entregue no monte Sinai;
2. Nova Aliança, estabelecida com todos os
que aceitaram o sacrifício expiatório de Jesus Cristo no Calvário, receberam o
Espírito Santo e passaram a obedecer-lhe em amor (Ezequiel 11.19,20).
Cada uma dessas alianças cumpriu um
propósito específico no plano de Deus. A Antiga Aliança foi absolutamente
indispensável aos seus propósitos.
Paulo descreveu as duas alianças em sua
carta à Igreja na Galácia: Está escrito que Abraão teve dois filhos, um da
escrava e outro da livre. O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o
filho da livre nasceu mediante promessa.
Isto é usado aqui como uma ilustração;
estas mulheres representam duas alianças. Uma aliança procede do monte Sinai e
gera filhos para a escravidão: esta é Hagar. Hagar representa o monte Sinai, na
Arábia, e corresponde à atual cidade de Jerusalém, que está escravizada com os
seus filhos. Mas a Jerusalém do alto é livre, é a nossa mãe espiritual.
Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre (Gálatas
4.22-26,31)
Na casa de Abraão, "o pai de todos os
que crêem", nasceram dois filhos: Ismael, de Hagar a escrava; Isaque, de
Sara, a mulher livre. Ismael nasceu da carne e da vontade do homem, e Isaque
nasceu por meio da promessa e do poder de Deus.
Paulo comparou a Antiga Aliança a Ismael,
que era dependente da carne e da vontade do homem e a Nova Aliança a Isaque,
que é baseada na fé e no poder vivificador do Espírito Santo.
Em toda aliança, há duas partes envolvidas.
O próprio fundamento da aliança depende de ambas as partes permanecerem fiéis
aos termos do acordo.
A Antiga Aliança, que Deus estabeleceu com
Israel, dependia da obediência dos israelitas à Lei.
O Senhor revelou a Lei e os seus
mandamentos por meio de Moisés, ordenando a Israel: Obedeçam-me, e eu serei o
seu Deus e vocês serão meu povo. Vocês andarão em todo o caminho que eu lhes
ordenar, para que tudo lhes vá bem.
Era Impossível para o ser humano, em seu
estado pecaminoso, guardar integralmente a Lei e obedecer a todos os
mandamentos de Deus.
Mesmo antes de Moisés descer do monte Sinai
com as tabuas contendo os Dez Mandamentos, os israelitas já haviam pecado
contra Deus, ao adorarem um bezerro de ouro que fundiram com as próprias mãos.
Israel desobedeceu, e a aliança com Deus
foi quebrada! Por sua desobediência, eles perderam os privilégios da Antiga
Aliança e colheram as maldições pronunciadas sobre os desobedientes! Pela sua
desobediência, irritaram o Santo de Israel (Salmos 78.41).
Podemos de repente nos perguntar: Por que
Deus exigiu dos israelitas algo que era totalmente impossível de cumprir?
Por que Deus estabeleceu uma aliança com
eles, sabendo que não eram capazes de guardá-la e a quebrariam continuamente?
Por que Deus estabeleceu uma aliança
insuficiente para libertá-los da escravidão do pecado?
O propósito de Deus ao revelar a Lei sob a
Antiga Aliança era convencer o ser humano do horror do pecado - da miséria e da
escravidão causadas por este. A Lei foi dada para revelar ao homem a sua total
incapacidade de salvar a si mesmo e para mostrar-lhe a necessidade de um
Salvador.
Paulo explicou aos gálatas: "Qual era
então o propósito da Lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que
viesse o Descendente e a quem se referia a promessa, e foi promulgada por meio
de anjos, pela mão de um mediador. Contudo, o mediador representa mais de um;
Deus, porém, é um" (Gálatas 3.19,20).
A Antiga Aliança foi apenas uma preparação,
uma sombra da Nova Aliança, que Deus estabeleceria como a Aliança ETERNA, que
não seria quebrada, definitiva e totalmente eficaz!
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