Misericordiosos

 

Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.

                                          Lucas 6.36

É incrível como nos falta paciência, misericórdia, tolerância com as pessoas, principalmente quando se trata das debilidades, fraquezas ou erros cometidos, que nos envolve de alguma maneira.

Hummm, se falharam conosco então, logo damos o troco, respondemos de pronto. E se deixamos de dar o troco, pelo menos damos um gelo, ignoramos, desprezamos, comentamos com outros...

Mas, será que era assim que o Mestre Jesus reagia diante das debilidades, fraquezas dos outros ou mesmo de vidas carregadas de iniquos e escabrosos pecados; suas atitudes eram carregadas, marcadas pela intolerância, pela falta de compaixão?! Não, definitivamente, não!

Bem ao contrário disso, no Novo Testamento há vários relatos em que o SENHOR Jesus demonstra imensa compaixão, benevolência, longanimidade pelas pessoas. Verdadeiramente Ele Se condoia, apiedava-Se, importava-Se de fato, as amava mesmo quando era incompreendido e desprezado por elas. Ele mudava Seu percurso, trocava de itinerário para interagir, abençoar vidas, curar, libertar e salvar.

O Seu imenso amor sempre tão real e verdadeiro, que Ele deu Sua própria vida por nós: "Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito," (1 Pedro 3.18).

O tomamos como nosso exemplo, modelo padrão a ser seguido, assim sendo, devemos amar as pessoas assim como Ele: "o meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei" (João 15.12).

Por que então seríamos impacientes, intransigentes, intolerantes com os outros, se o SENHOR Jesus tem a maior paciência, zelo, cuidado conosco?! Por que trataríamos com frieza e indiferença, se o SENHOR nos acolhe e cerca com atencioso amor e afetuoso carinho todos os dias, que Ele mesmo nos concede para viver?! Por que somos duros, não liberamos o perdão, se nosso Mestre e SENHOR já nos perdoou antecipadamente?!

Não seria hora de revermos os nossos conceitos, de pararmos e refletirmos melhor?! Não sejamos hipócritas, não temos o direito de agir com os outros como se fôssemos de uma espécie, superior a eles. O fato de não praticarmos uma série de atitudes que consideramos erradas, não nos concede o direito de nos tornar arrogantes, orgulhosos, prepotentes, inflados por uma vaidade "santa" mas, tremendamente derrotante.

Sim, quanto mais compreendemos a grandeza e a profundidade do amor de Deus, Sua graça e compaixão para conosco, mais deveríamos nos diminuir, quebrantar e voltar o nosso olhar para o outro menos favorecido, na mesma proporção, sob a mesma ótica como queremos que o SENHOR nos olhe.

"O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram" (Mateus 25.40).

"É necessário que ele cresça e que eu diminua" (João 3.30).

Ele nos ordena: "Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes" (1 Pedro 3.8).

Que a misericórdia divina nos favoreça, seja sobre nós e possa nos livrar e purificar da impaciência, arrogância, prepotência, orgulho, vaidade, desamor e da intolerância para com os outros, que sejamos verdadeiramente a expressão e manifestação do Seu amor nesta terra!