domingo, 30 de novembro de 2014

Festa sem precedentes

Feriados especiais trazem-nos a memória o passado, fatos ocorridos. Festas por sua vez nos recordam nosso compromisso. No Novo Testamento, a celebração da Ceia do Senhor traz-nos à lembrança a morte sacrificial do SENHOR Jesus Cristo sobre a cruz, por nossos pecados, e convoca-nos a renovar nossos compromissos.
A última coisa que as três mulheres esperavam ao aproximarem-se do túmulo naquela madrugada de domingo, seria uma festa. Nos últimos dias, nada houvera para ser celebrado. Os judeus sim poderiam comemorar: Jesus deixava de ser-lhes uma ameaça, estava definitivamente fora do caminho deles. Os soldados também podiam festejar, folgar: o trabalho deles estava concluído. As mulheres, porém, não tinha motivo para celebrar, os últimos dias nada lhes trouxeram, a não ser tragédia, tristeza, derrota...
O céu cinzento, deu lugar ao dourado, à medida que elas caminhavam pela trilha estreita e empoeirada. Ao virar na última curva, assustaram-se, apavoraram-se: a rocha em frente ao túmulo fora afastada – “alguém levou o corpo”.
Duas delas correram alarmadas para avisarem aos discípulos de Jesus. Só Maria Madalena, provavelmente sem forças pelo abatimento, permaneceu ali. Ela apenas sentou-se defronte, e começou a chorar. Todavia, algo ou alguém lhe dizia que ela não estava só, talvez tenha ouvido um barulho, ou um cochicho, ou um som qualquer, ou o seu próprio coração... De alguma maneira, ela abaixa-se, estica a cabeça para a entrada, e espera que os olhos se ajustem à penumbra do interior.
“Por que você está chorando?” Ela vê o que parece ser um homem, mas ele é alvo, radiosamente alvo, brilhante como luz.
“Por que está chorando?” Pergunta incomum num cemitério. De fato a indagação é rude. A não ser que o indagador saiba algo que o interrogado desconheça...
“A quem está procurando?” Ele não a deixa admirar-se por muito tempo; apenas o suficiente para lembrar-nos que adora surpreender-nos. Espera que nos desesperemos, desesperancemos e que faleçam nossos recursos humanos, e então intervém com os recursos celestiais. Deus espera que desistamos, quando estamos lavando as redes... e então: Surpresa!!!!
E ouça a surpresa, enquanto o nome de Maria é pronunciado por alguém a quem ela amava – “Maria” - Deus aparece nos lugares mais estranhos... ela está em choque – não é sempre que alguém ouve seu nome pronunciado numa língua eternal. Mas quando ela ouviu, reconheceu, e ao reconhecer, respondeu corretamente. Ela o adorou.
A cena teve todos os elementos de uma festa surpresa: - segredo, olhos arregalados, admiração, gratidão.
Contudo, esta celebração é tímida, singela, se comparada a uma que será realizada no futuro. Será semelhante a de Maria, mas em grande proporção. Muitos outros túmulos se abrirão, outros nomes serão chamados, todos os joelhos se dobrarão, e todos os que O buscam celebrarão, neste encontro.
Será uma festa inédita. Há pessoas da sociedade que não medem esforços para ter seus nomes em lista de convidados dos eventos colunáveis, simplesmente para terem seus nomes publicados em jornais famosos.

Devemos também nos esforçar ao máximo para certificarmos de que o nosso nome conste da lista dos convidados para esta celebração sem precedentes!

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