Certa
vez Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta, e passou a noite com ela.
Disseram ao povo de Gaza: "Sansão está aqui!" Então cercaram o local
e ficaram à espera dele a noite toda, junto à porta da cidade. Não se moveram a
noite inteira, dizendo: "Ao amanhecer o mataremos".
Sansão,
porém, ficou deitado só até a meia-noite. Levantou-se, agarrou firme a porta da
cidade, com os dois batentes, e os arrancou, com tranca e tudo. Pôs tudo nos
ombros e o levou ao topo da colina que fica defronte de Hebrom.
Depois
dessas coisas, ele se apaixonou por uma mulher do vale de Soreque, chamada
Dalila. Os líderes dos filisteus foram dizer a ela: "Veja se você consegue
induzi-lo a mostrar-lhe o segredo da sua grande força e como poderemos
dominá-lo, para que o amarremos e o subjuguemos. Cada um de nós dará a você
treze quilos de prata".
Disse,
pois, Dalila a Sansão: "Conte-me, por favor, de onde vem a sua grande
força e como você pode ser amarrado e subjugado".
Juízes
16.1-6
A
história dramática de Sansão, que foi tentado para desobedecer a Deus por meio
da luxúria é contada em Juízes 13—16. A estratégia que Satanás usou para anular
o plano de Deus na vida de Sansão é a mesma que cada um de nós enfrenta.
Ninguém
escapa da luta entre resistir e desistir, da escolha entre andar com Deus ou
com Satanás. A batalha da vida, travada no palco das nossas mentes é a
diferença entre o plano de Deus e o propósito do Diabo.
Na
vida de Sansão, podemos ver tanto a estratégia de Satanás quanto o plano da
redenção de Deus pela vitória na batalha espiritual. Até mesmo Sansão, homem
ungido e usado por Deus, separado para Ele antes do nascimento, enfrentou a
batalha da vida. NINGUÉM ESCAPA DESSA BATALHA, principalmente quando somos
escolhidos pelo SENHOR para realizar alguma obra especificamente.
Sansão
nasceu em uma época na qual Israel precisava de um libertador. Com efeito, ele
nasceu para esse propósito. O seu nascimento foi uma resposta à lamentação do
povo, que sofreu quarenta anos sob o domínio dos filisteus (13.1). Desde o
início, ele foi um instrumento escolhido, separado para o Senhor (v. 4,5)
Enquanto
crescia, Deus o abençoava. Sansão, movido pelo Espírito Santo de Deus, começou
a realizar feitos poderosos e sobre-humanos. Ele era uma ameaça que Satanás
precisava deter.
Como
vemos no texto em estudo, o inimigo começou a tentar Sansão por meio da paixão
física, quando este desejou uma mulher filistéia. O propósito de Satanás era
destruir o testemunho e a eficácia de Sansão no trabalho de Deus, a fim de
destruir-lhe a vida e todos os planos que Deus tinha para ele e por intermédio
dele.
Apesar
dos alertas de Deus, o apetite pecaminoso de Sansão prevaleceu. A sua natureza
rebelde levou-o a dar as costas para Deus a seguir os desejos da carne — a
batalha da carne, empreendida entre a lei de Deus e a lei da natureza
pecaminosa do homem, a qual se levanta e diz: "Eu quero, eu desejo, eu
preciso, eu necessito...!" “Eu:carne”
O
sexo foi a fraqueza de Sansão. Satanás dificilmente ataca onde somos fortes.
Ele se move para onde tem mais chance, nas áreas comprovadamente mais
vulneráveis de nossa vida. Satanás enxergou a fraqueza de Sansão quando este
foi para Gaza e se encontrou com uma prostituta (16.1). Foi fácil, então, levar
Sansão à luxúria por meio daquela mulher, Dalila (v. 4). Sansão permaneceu em
pecado com Dalila, até que ela passou a exercer domínio sobre ele.
Os
filisteus aproveitaram-se dessa vulnerabilidade e procuraram Dalila com um
plano (v. 5). Eles sabiam que ela podia fazer Sansão revelar o segredo de sua
força sobrenatural e que, de posse desse conhecimento, poderiam derrotá-lo. O
plano funcionou (v. 16-20). Sansão estava preso ao seu pecado e tornou-se
escravo de seus inimigos. Foi encarcerado, estando cego física e
espiritualmente (v. 21).
As
Escrituras advertem: "Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém
para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem?"
(Romanos 6.16). Se brincamos com o pecado, ele acaba por nos vencer e dominar;
desobedecemos a lei espiritual de Deus e nos tornamos escravos do pecado. Foi o
que aconteceu com Sansão.
Deus
tinha um propósito para a vida dele, mas Sansão permitiu que Satanás
interceptasse esse propósito. Sansão não era mais um juiz e líder ungido. Em
vez disso, rendeu-se ao pecado. O poder de Deus afastou-se dele (Juízes 16.20).
Sem o poder e o favor de Deus em sua vida, Sansão era um homem fraco, um
derrotado. Assim como nós longe da presença do SENHOR estamos expostos, frágeis
e vulneráveis, presa fácil para o inimigo.
José
muito tempo antes, dissera aos seus inimigos: "Vocês planejaram o mal
contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de
muitos" (Gênesis 50.20).
Deus
planejara usar Sansão para o bem, não importando quão difíceis fossem as
circunstancias. Sansão, no final da vida, sujeitou-se a Deus e, assim, obteve
liberação do poder de Deus a seu favor e favorecendo assim seu povo!
"E
Sansão orou ao SENHOR: Ó Soberano SENHOR, lembra-te de mim! Ó Deus, eu te
suplico, dá-me forças, mais uma vez... e disse: "Que eu morra com os
filisteus!' Em seguida ele as empurrou (as colunas) com toda a força, e o
templo desabou sobre os líderes e sobre todo o povo que ali estava. Assim, na
sua morte, Sansão matou mais homens do que em toda a sua vida" (Juízes
16.28,30).
O
pecado pode prender e cegar, mas Deus pode dar vitória, paz e alegria à nossa
alma: "Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do
Diabo" (1 João 3.8).
Não
importa quanto tenhamos nos enganado ou quão grave seja o pecado que praticamos.
Deus, pelo sangue derramado de Jesus Cristo, colocou em nós o seu poder para
conduzir-nos na batalha da vida. Ele nos livra da derrota e do desespero e nos
conduz à vitória completa. Quaisquer feitos de Satanás contra nós, Deus pode
desfazer a partir de hoje, de agora; pois para isto se manifestou o Filho de
Deus! Aquele que Ele liberta, verdadeiramente é livre! Entreguemos nossas vidas aos seus cuidados!
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