quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Tempo de beber das águas que dessedentam


Hoje vivemos dias tumultuados, onde tudo é urgente, todos têm muita pressa, o tempo voa e não espera por ninguém... tempo é dinheiro...não temos paciência ou toleramos aqueles que têm muita paciência... A espera é insuportável...O sinal do trânsito que é lento; a fila do banco e do mercado é lamentável; a comida que demoram de servir...
Os dois grandes problemas em servir aos outros são ambos de natureza humana; de concentrarmo-nos em nosso relacionamento com os outros, ao invés de em nosso relacionamento com Deus. O primeiro inconveniente é que esperarão muito de nós; e o segundo problema é que esperaremos muito dos outros. Ambas expectativas são irrealísticas, nossas expectativas devem estar centradas somente em Cristo, e não em outro ser humano. Ele é o único que jamais nos decepcionará.
Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor (Jeremias 17.5).
O alimento da simpatia humana deixa nossa alma subnutrida, não dispõe de nutrientes capazes de nos saciar, só o SENHOR pode aplacar a fome e a sede de nosso ser.
Nenhuma quantia de gratidão humana, sucesso, fama, dinheiro, reconhecimento, compensará apropriadamente nosso esforço para melhorar a condição humana.
...”Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver AMOR, nada disso me valerá” (1 Coríntios 13.3).
Ao nos concentrarmos em servir as pessoas, por mais que nos esmerarmos iremos desapontá-las, sempre haverá algo em desacordo com as expectativas e se as servirmos em busca de sua gratidão ou de reconhecimento humano, inevitavelmente seremos decepcionados. Justamente quando começamos a crer que alcançamos nossos objetivos, que nosso empenho atingiu o alvo, alguém nos desaponta, ou aponta nossas falhas, ou nos decepciona. Sempre esperamos “mais”, nunca seremos “bons o suficiente”, esta é a verdade.
O foco deve ser sempre o nosso relacionamento pessoal com Deus, através de Jesus e seu Santo Espírito, não podemos nos concentrar em “servir” ou "ser servido" pelas pessoas. Nossa atenção deve estar voltada para Cristo e em tornarmos tão absorvidos em nosso relacionamento com Ele, que tudo o mais torna-se secundário, o restante torna-se uma conseqüência da nossa comunhão com Ele.
Não servimos a homens, servimos a Deus, já temos um SENHOR. Nada esperemos de homens, focalizemos em nossa intimidade, em nossa comunhão, em prestarmos reverência e adoração ao nosso Deus, e haverá um transbordamento disponível aos outros; haverá bênçãos para encher as vasilhas dos nossos vizinhos, haverá azeite em nossas botijas para atravessarmos todos os desertos...
Olhemos unicamente para o SENHOR, com olhos de gratidão, dispostos a servi-Lo, em busca de Sua aprovação e não o alimento ralo, as águas turvas e instáveis da simpatia humana e dos aplausos mundanos, que em um dia nos elegem e em outro nos descartam. Deus nos recompensará por ministrarmos aos outros, somos seus despenseiros, suas testemunhas, primeiro Ele supre a nós para que possamos distribuir Dele aos outros.
Quando alguém sentir que o desapontamos, tenhamos humildade para submeter todo conflito ao SENHOR, e Ele nos dará a sabedoria, a tolerância, o escape, a força necessária para todas as situações, pois tudo se submete a Ele: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mateus 28.18). Muitas vezes desejamos fugir da ingratidão, das demandas insaciáveis dos que nos cercam – mas Cristo nos habilita a sermos servos, se nos concentrarmos apenas em nosso relacionamento pessoal com o SENHOR; e até no deserto estaremos dando frutos para o engrandecimento do nome Dele, afinal tudo coopera para o bem dos que estão Nele.

O relacionamento pessoal com Deus é um oásis no deserto das relações humanas conturbadas. Quando somos cobrados em demasia, além do que podemos suportar, recordemos que não estamos sós e de que é tempo de beber de Cristo, o nosso refrigério, a nossa fonte inesgotável! Descansemos em seus braços de amor!

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