Hoje vivemos dias tumultuados, onde tudo é urgente, todos
têm muita pressa, o tempo voa e não espera por ninguém... tempo é dinheiro...não
temos paciência ou toleramos aqueles que têm muita paciência... A espera é insuportável...O sinal do
trânsito que é lento; a fila do banco e do mercado é lamentável; a comida que
demoram de servir...
Os dois grandes problemas em servir aos outros são ambos
de natureza humana; de concentrarmo-nos em nosso relacionamento com os outros,
ao invés de em nosso relacionamento com Deus. O primeiro inconveniente é que
esperarão muito de nós; e o segundo problema é que esperaremos muito dos
outros. Ambas expectativas são irrealísticas, nossas expectativas devem estar centradas
somente em Cristo, e não em outro ser humano. Ele é o único que jamais nos
decepcionará.
Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos
homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do
Senhor (Jeremias 17.5).
O alimento da simpatia humana deixa nossa alma
subnutrida, não dispõe de nutrientes capazes de nos saciar, só o SENHOR pode
aplacar a fome e a sede de nosso ser.
Nenhuma quantia de gratidão humana, sucesso, fama,
dinheiro, reconhecimento, compensará apropriadamente nosso esforço para
melhorar a condição humana.
...”Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e
entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver AMOR, nada disso me
valerá” (1 Coríntios 13.3).
Ao nos concentrarmos em servir as pessoas, por mais que
nos esmerarmos iremos desapontá-las, sempre haverá algo em desacordo com as
expectativas e se as servirmos em busca de sua gratidão ou de reconhecimento
humano, inevitavelmente seremos decepcionados. Justamente quando começamos a crer
que alcançamos nossos objetivos, que nosso empenho atingiu o alvo, alguém nos
desaponta, ou aponta nossas falhas, ou nos decepciona. Sempre esperamos “mais”,
nunca seremos “bons o suficiente”, esta é a verdade.
O foco deve ser sempre o nosso relacionamento pessoal com
Deus, através de Jesus e seu Santo Espírito, não podemos nos concentrar em “servir”
ou "ser servido" pelas pessoas. Nossa atenção deve estar voltada para Cristo e em
tornarmos tão absorvidos em nosso relacionamento com Ele, que tudo o mais
torna-se secundário, o restante torna-se uma conseqüência da nossa comunhão com
Ele.
Não servimos a homens, servimos a Deus, já temos um
SENHOR. Nada esperemos de homens, focalizemos em nossa intimidade, em nossa
comunhão, em prestarmos reverência e adoração ao nosso Deus, e haverá um
transbordamento disponível aos outros; haverá bênçãos para encher as vasilhas
dos nossos vizinhos, haverá azeite em nossas botijas para atravessarmos todos
os desertos...
Olhemos unicamente para o SENHOR, com olhos de gratidão,
dispostos a servi-Lo, em busca de Sua aprovação e não o alimento ralo, as águas
turvas e instáveis da simpatia humana e dos aplausos mundanos, que em um dia
nos elegem e em outro nos descartam. Deus nos recompensará por ministrarmos
aos outros, somos seus despenseiros, suas testemunhas, primeiro Ele supre a nós
para que possamos distribuir Dele aos outros.
Quando alguém sentir que o desapontamos, tenhamos
humildade para submeter todo conflito ao SENHOR, e Ele nos dará a sabedoria, a
tolerância, o escape, a força necessária para todas as situações, pois tudo se
submete a Ele: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a
autoridade no céu e na terra” (Mateus 28.18). Muitas vezes desejamos fugir da
ingratidão, das demandas insaciáveis dos que nos cercam – mas Cristo nos
habilita a sermos servos, se nos concentrarmos apenas em nosso relacionamento
pessoal com o SENHOR; e até no deserto estaremos dando frutos para o
engrandecimento do nome Dele, afinal tudo coopera para o bem dos que estão
Nele.
O relacionamento pessoal com Deus é um oásis no deserto
das relações humanas conturbadas. Quando somos cobrados em demasia, além do que
podemos suportar, recordemos que não estamos sós e de que é tempo de beber de
Cristo, o nosso refrigério, a nossa fonte inesgotável! Descansemos em seus
braços de amor!
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