Exulta e alegra-te, ó filha de Sião, porque
eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o SENHOR.
Zacarias
2.10
Deus despiu-se de suas vestes reais,
declinou da realeza, desceu do seu trono e tornou-se um bebê recém-nascido,
ingressou num mundo de dificuldades, pecado, corrupção, egoísmo, enfermidades,
enganos, carências físicas, mentais, espirituais...não Se deixou abater por tudo
que certamente anteviu que O aguardava por aqui.
“E o verbo se fez carne e habitou entre nós,
e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade” (João 1.14).
Ele viveu entre nós, revestiu-se do mais
pesado e nobre manto: a pele humana. Transformou o local onde os animais viviam
em sua suíte real. Santificou um nome comum – JESUS. Fez o mesmo com pessoas
simples que o seguiam. Ele tinha a opção de viver distante de todo o caos da
terra e acima da humanidade. Não foi a sua escolha; entre o conforto, a realeza,
o amor, a comunhão com o Pai e ver a humanidade perder-se na morte eterna,
arder-se no fogo do inferno, e o sucesso na conclusão do plano satânico sobre a
criação, tudo isso pesou em seu coração. A dor de ver-nos padecer sem salvação
fez Ele descer do trono e tomar nosso lugar...
Imaginemos o Jesus adolescente, cheio de
planos, de amigos (os adolescentes sonham muito)... Ele ajudava o pai na
carpintaria, ao trabalhar a madeira, os troncos que eram transformados, os
pregos que usavam; como lidava com a emoção, o medo de saber que tudo isto que
trazia o sustento para sua casa um dia seria usado para tirar sua vida.
Imaginemos a dificuldade para romper a segurança que o anonimato lhe
proporcionava ali na carpintaria, antes de iniciar seu ministério terreno. Sim
porque Ele era Deus, mas era 100% humano, não deve ter sido fácil abrir mão da
bancada de trabalho, seus serrotes, martelos, pregos; porque até então Ele era
o ajudante do carpinteiro, era apenas o filho de José e de Maria.
Que seria da humanidade se Ele desistisse
de tomar nosso lugar? Afinal de contas Ele nunca pecou, veio nos resgatar e O
crucificamos, é como se disséssemos: Ei cara, não precisamos de Você, estamos
bem, desta forma, cuida de sua vida que é melhor...
Todo o povo respondeu: "Que o sangue
dele caia sobre nós e sobre nossos filhos! "(Mateus 2.25).
Somos tão frágeis, pequenos e egoístas que
nem mesmo para orar e permanecer ao lado Dele, no momento mais difícil de sua
vida terrena os discípulos conseguiram: Disse-lhes então: "A minha alma
está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem
comigo".
Então, voltou aos seus discípulos e os
encontrou dormindo. "Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?
", perguntou ele a Pedro. "Vigiem e orem para que não caiam em
tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26.
38,40-41).
E se em sua agonia, diante da dor dos braços
estendidos, aos mãos ou os punhos pregados juntamente com os pés, suas vestes
que foram arrancadas violentamente juntamente com partes de sua pele onde o
sangue já havia secado do açoite que sofrera na noite anterior; se suas pernas
fraquejassem em suportar o peso de seu corpo, certamente Ele iria se projetar
para frente e o pulmão seria comprimido, o ar não iria entrar, e fatalmente Ele
seria asfixiado, e a carne sufocada, Deus não recebe como sacrifício... o
inimigo triunfaria e estaríamos perdidos, literalmente. Tudo tinha que exatamente
ser como foi, mas aos olhos humanos, diante de nossas limitações: quase que não
foi, o astuto inimigo investiu pesadíssimo sobre o Filho de Deus...Foi grande o
sacrifício de nossa salvação, mas pela graça somos salvos! Por isso a cada dia
nos gloriemos nessa tão grande salvação! Aleluia! Obrigada SENHOR!
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